Boa tarde pessoal da casa
Sei que andei sumida por um bom tempo e não venho aqui me justificar mais uma vez, a vocês basta saber que as exigências do dia a dia não tem me permitido ficar mais tempo apreciando as histórias da casa, mas tenho tentado ao máximo acompanhar cada um de vocês. Como vocês sabem, eu sou professora e há mais de um ano nós estamos trabalhando de casa devido a pandemia do covid-19. Nesse ano que se passou, acumulei outras histórias que pretendo narrar em outro momento para vocês, mas hoje vou relatar algo que aconteceu recentemente comigo e penso ser digno de compartilhar aqui.
Nos dias atuais, como já relatado, minha vida tem se resumido em ficar no computador, a fim de cumprir as exigências do Estado de dar continuidade as aulas, ainda que de maneira remota e online, e para variar, iniciei o doutorado em março deste ano. Resumo da Ópera: estou fodida ao quadrado (Mas quem me dera se fosse no sentido literal da palavra, né amores).
Já antecipo que essa história ficará longa, pois quero narrar em detalhes todo o ocorrido,e sei que vocês gostam assim também.
Bom, agora que eu contei como que anda mais ou menos a minha rotina venho relatar algo que aconteceu comigo no início da semana passada. Ano passado, ainda durante o mestrado, conheci um professor na Universidade a qual estudo, que trabalha na mesma linha de pesquisa do que eu, no entanto, apesar dele não ser meu orientador, participamos de algumas bancas e seminários juntos. Qual foi minha surpresa, quando no início desse ano, descubro que esse professor daria aula para turma na qual estava matriculada.
Confesso que fiquei feliz, afinal ele já me conhecia e conhecia meu trabalho então pensei que poderia ganhar alguns pontos extra com isso.
As nossas aulas, ainda de maneira online, iniciaram e ele ficou muito contente em me ver como sua aluna e participante da aula e renderam elogios ao meu trabalho, tanto que ele me convidou para um projeto com ele. Eu, sem sombra de dúvidas, aceitei, afinal renderia pontos para o nosso lattes e me somaria mais pontos na matéria dele.
Após alguns encontros online e discussões sobre o projeto, o professor me sugere um encontro presencial. Segundo ele, algumas coisas precisavam ser discutidas e que ele não conseguiria através de uma tela. É claro que eu fiquei puta da vida, afinal de contas estamos em uma pandemia e as aulas online, querendo ou não, é uma facilidade para nós e especialmente para mim que não moro na mesma cidade a qual estudo. Mas enquanto estudante, resolvi obedece-lo e viajei até a cidade para sei lá o que que ele queria discutir acerca do nosso projeto.
Ao chegar fui para o hotel que já conhecia de costume, tomei um banho e avisei a ele que havia chegado na cidade. Ele prontamente respondeu e marcamos de tomar um café na cafeteria próxima.
E lá vou eu com a cara e a coragem, meio receosa porque eu não sabia qual seria o teor dessa conversa. Ao chegar lá, conversamos sobre o projeto (nada que não pudesse ser conversado online) e amarramos algumas pontas soltas, e em seguida ele perguntou que horas eu voltaria para minha cidade que fica a exatos 6 horas de carro.
Disse que, como se tratava de uma segunda-feira e eu daria aula terça quarta e quinta online, eu só iria voltar para minha cidade na sexta-feira, que seria meu dia de folga. Ele acenou com a cabeça e disse que faria alguns apontamentos, para talvez, render mais um encontro presencial ainda naquela semana. Não fiquei nada boa com isso, mas eu não tinha outra opção.
No dia seguinte, ainda mantemos contato por telefone e ele me convidou para comermos alguma coisa juntos à noite e continuar a nossa discussão do dia anterior. Ok. Me vesti como de costume, e ele me buscou no hotel. Discutimos pouquíssimas coisas e então a conversa foi para outro lado. Começamos a falar um pouco das nossas vidas e das nossas insatisfações, até que chegamos no meu casamento. A partir de então eu percebi que ele estava me olhando com outros olhos. Fiquei muito sem graça porque eu nunca imaginaria na vida que um professor tão conceituado como ele olharia para uma mera aluna como eu, mas continuamos conversando, tomamos algumas cervejas e ele me deixou no meu apartamento. Ele disse que havia se divertido muito com a minha companhia e sugeriu outro encontro no dia seguinte. Como eu já tinha sacado mais ou menos o que ele queria, obviamente eu aceitei e comecei a olha-lo com outros olhos. Na real, eu não sei muito sobre a vida dele. Não sei se é casado, tem filhos, família. No aspecto geral, ele é uma pessoa muito reservada, mas é um cara extremamente inteligente e as nossas conversas sempre rendiam muito papo. Na quarta feira mesmo, liguei para escola e deixei uma atividade assíncrona na plataforma avisando que não teria disponibilidade de dar aula online na quinta-feira, justamente com intuito de me divertir um pouco mais naquele dia. (CONTINUA)