~ continuação ~
#“Curta o Momento e Deixe se Levar”#
ㅤA última semana do mês de Junho passou rapidamente e logo faltava pouco mais de uma semana para o meu aniversário. Lentamente uma tristeza foi se apoderando de mim, fazendo-me lembrar do ano passado e toda aquela situação que eu passei em casa, na frente dos meus amigos, dos meus parentes e de Philip que me defendeu com unhas e dentes, mas eu fazia de tudo para não deixar transparecer. Eu queria lutar contra tudo isso, não queria me deixar cair novamente naquele abismo que agora eu lentamente estava escalando e pouco a pouco ia me libertando.
ㅤManu percebeu que eu estava me forçando uma certa tarde em que eu estava em sua casa, era incrível em como sabíamos o que o outro sentia apenas com uma troca de olhares. Estávamos sentados no sofá olhando filme. Ela percebeu que eu não parava de olhar para os lados e a morder os meus próprios lábios com força.
- Vini? – Chamou ela.
- Hum?
- Vem cá! – Disse ela estendendo os braços.
ㅤSem mais, eu me aproximei dela e a abracei e então comecei a chorar. Chorar como eu nunca mais havia chorado. Ela passava a mão nos meus cabelos e dizia para eu fazer isso, que eu iria me sentir melhor.
- Por que ele fez isso comigo, Manu? – Perguntei com a cabeça deitada em seu ombro.
- Como eu gostaria de saber, Vini, nessa hora eu gostaria de ter todas as respostas do mundo para ver você sofrendo menos.
- Sabe, muitas vezes eu cheguei a pensar que eu passaria a minha vida ao lado dele. Ele tinha algo especial que me fazia acordar todos os dias pela manhã e querer viver, querer enfrentar a tudo e a todos como ele fez com meus pais.
- Você o ama muito ainda? – Perguntou ela já sabendo a resposta, quase que como uma afirmação.
- Não sei se amarei alguém em uma vida como eu o amei naqueles meses.
ㅤAquele tarde passei toda com a Manu. Quando anoiteceu, por volta das 18hs, eu me despedi dela e de seus pais que me acolhiam como se eu fosse um filho e fui para casa. Quando cheguei minha avó estava toda maquiada e com os cabelos penteados para ir a uma festa. Ela foi correndo abrir o portão de casa.
- Vini? Onde você estava? Esqueceu-se que hoje temos um jantar para ir?
- Ahn? Jantar do que? – Perguntei surpreso.
- Dia da Pizza no Brás! – Disse ela.
- Eu não acredito, você não me falou nada, vó! – Disse entrando em casa.
- Estou falando agora, vá se arrumar!
ㅤEu entrei quase que correndo no banheiro já me despindo, ainda não acreditando que eu teria que comemorar o dia da Pizza. Cômico.
ㅤQuando chegamos, o “dia da Pizza” seria comemorado em um clube, até que bem interessante. Cheio de carros e pessoas. Era algo bem família mesmo, só para não passar o dia em branco. Como meu avô era filho de italianos e os pais dele comemoram esse dia, talvez, em sua cabeça, deixar passar isso seria uma afronta aos meus falecidos bisavós que morreram quando eu tinha por volta de seis anos de idade.
ㅤAo entrar, a primeira pessoa com que me deparo foi o Fabrício. Meu dia não poderia ser melhor depois daquela choradeira na casa da Manu. Antes, pedi aos meus avós para sentarem perto da porta caso eu precisasse sair correndo.
- E ai, não sabia que você vinha! – Disse ele aproximando e cumprimentando meus avós que ficaram bem curiosos para saber quem era.
- Pois é, estes são meus avós!
- É um prazer conhecer os senhores! – Disse ele aos dois.
- O prazer é todo nosso! – Disse minha avó. – Está sozinho?
- Não, não! Meus pais vieram de Ribeirão Preto e meus tios os convidaram para virem, então vim junto. – Disse ele com aquele sorriso encantador que pelo jeito estava fazendo minha avó se desmanchar toda. – Bem, foi um prazer te rever, Vini, conversamos depois.
ㅤQuando nos sentamos, meus avós me encheram de perguntas, sobre como eu conheci, se já ficamos, o que ele fazia da vida entre outras coisa. É claro, respondi, nunca mentiria para eles nem coisa do tipo.
ㅤO jantar havia começado. Havia desde as pizzas mais tradicionais até as mais criativas. Meu avô parecia se divertir enquanto minha avó dizia para ele comer menos. De repente algo me fez olhar em direção a porta. Engasguei-me.
- O que foi, Vini? – Perguntou meu avô.
ㅤDe modo discreto eu apontei para a porta e ele viu. Lá parado conversando com seu pai estava o Philip. Logo depois entrou sua mãe e suas irmãs. Ele havia me visto e provavelmente também o modo como me portei ao vê-lo.
- Não acredito no que estou vendo! – Disse minha avó.
- Eu quero ir embora! – Disse.
- Negativo, você vai ficar ai e ponto final! – Disse meu avô.
- Eu não estou bem e é sério! – Disse para eles.
- Vini, por favor! – Implorou minha avó.
ㅤSem dizer nada, levantei-me e segui em direção a saída passando voando por eles sem parar para cumprimentar. Sequer olhei para ver suas expressões. Segui em direção ao carro do meu avô e fiquei lá escorado de cabeça baixa. Eu não estava acreditando. Eu fazia de tudo para ficar bem, mas não acontecia nada de bom para me deixar bem.
ㅤAo olhar para o lado, vi Philip se aproximando enquanto me observava com uma expressão estranha.
- Oi. – Cumprimentou ele. – Vi você correndo e pensei que havia acontecido alguma coisa!
- Como se você se importasse! – Disse me virando para ele observando-o dos pés a cabeça.
ㅤEle não respondeu.
- Você está bem? – Perguntou.
- Digamos que sim, depois de quase seis meses em depressão e indo num psicólogo, psiquiatra e psicanalista. Estou começando a melhorar e tocar minha vida para frente, coisa que eu devia ter feito há muito tempo atrás. – Respondi segurando-me para não chorar.
- Eu... – Disse ele sem terminar.
- Como anda sua vida em Londres? Estudando e trabalhando muito? – Perguntei.
- É, bastante, estou me especializando em cirurgia dentaria.
- Hum, que bom! E não há ninguém para você jogar na cara que ao lado dela você nunca seria feliz e sem sucesso profissional?
- Olha, Vini...
- Vinícius para você! – Trovejei.
- Cara, eu não quero brigar com você, vim aqui numa boa.
- Numa boa?! Deixa de ser falso, Philip. Você me larga em meio a uma tempestade, humilha-me de todas as formas possíveis e ainda diz que veio numa boa? Era só o que me faltava mesmo! – Disse sentindo as lágrimas escorrem pelo meu rosto.
ㅤNaquele momento eu lembrei-me de que desde que ele havia partido, eu continuara a usar o anel de namoro e a pulseira que ele me dera. Praticamente eu arranquei a pulseira e o anel e joguei nele.
- Fique com estas porcarias! Não tenho porque de ficar com essas coisas que me fazem lembrar de você e sofrer.
- Aconteceu alguma coisa? – Perguntou o Fabrício surgindo do nada.
- Nada não, estava apenas conversando com o Philip, mas já terminamos! – Disse secando meu rosto.
- Oi, Philip, como está? – Perguntou ele.
ㅤFiquei surpreso.
- Estou bem e você? Faz tempo que não nos vemos. – Disse Philip.
- Pois é.
ㅤEu olhei para os dois boquiaberto. Sem dizer nada voltei para dentro do clube. Quando ia atravessar a porta, a mãe de Philip apareceu esbanjando aquele sorriso que no começo eu achei que era verdadeiro, mas que agora era tão falso quanto o da minha mãe.
- Vini! Como está? – Perguntou ela. – O que tens feito querido?
- Melhor impossível, eu tenho estudado como sempre e frequentado uma casa de vodu e macumba para poder tirar algumas pessoas do meu caminho!
ㅤDe repente ela ficou séria e eu segui até a mesa dos meus avós. Quando cheguei me sentei ao lado deles.
- Acho que a noite acabou por aqui, não é mesmo? – Perguntou meu avô. – Nós o levaremos para casa!
- Não precisa! – Disse o Fabrício. – Já estou indo embora, eu levo o Vini.
ㅤMeus avós olharam para ele e depois para mim. Sem dizer nada, peguei minhas coisas e sai. Ele veio logo atrás de mim. Na saída passamos por Philip e sua mãe que ficaram nos observando.
ㅤQuando entramos no carro dele ficamos quietos até sair do estacionamento.
- Você não vai falar nada? – Perguntou.
- O que espera que eu fale depois de saber que vocês dois se conhecem?
- Eu o conheci quando criança ainda, minha tia é vizinha dele, nas férias eu visitava meus primos e numa dessas acabei conhecendo ele. Ficamos amigos e depois nunca mais nos falamos, acabamos por nos afastando.
ㅤEu respirei fundo e relaxei ao ouvir sua resposta.
- Nunca pensei que ele fosse capaz de fazer isso. – Disse ele.
- Nem eu.
ㅤDepois de algum tempo ele estacionou o carro e se virou para mim. Ficou me observando durante algum tempo enquanto eu me mantinha de cabeça baixa. Ele levou uma mão até meus cabelos e afastou de meu rosto fazendo com que eu levantasse meu rosto para sua direção.
ㅤEle se aproximou e me deu um beijo, passando por cima dos meus lábios sua língua e em meu rosto seus dedos. Eu me afastei.
- Desculpa, Fabrício, mas não rola, não tenho cabeça para isso, simplesmente não consigo gostando de outra pessoa como eu gosto do Philip...
ㅤEle pôs seus dedos em meus lábios me fazendo parar de falar.
- Vini, eu não sou diferente de você, mas tente ao menos, não precisa amar outra pessoa ou tentar, curta o momento e deixe se levar. Eu gosto de você e sei que gosta de mim, se não, você não teria correspondido aquele dia no shopping!
- Eu sei, mas acho errado fazer com que você seja minha escora e eu corra até você quando eu estiver mal. Não é isso que eu quero para mim. Você é tão legal comigo, não quero que sofra por minha causa! – Disse a ele.
- E quem disse que eu vou sofrer? – Perguntou ele. – Eu só quero estar do seu lado, construir uma amizade e proteger você quando precisar, e você não precisa me amar, mas pode se apaixonar como eu posso por você. Eu sei que amor só existe um na vida, mas paixões são várias e você, para mim, é uma delas.
ㅤEu olhei para ele e ele novamente pôs sua mão em meu rosto, acariciando-o. Eu não entendia em como ele podia ser assim, tão simples, em como ele poderia gostar de estar ao meu lado se o amor da minha vida era o Philip.
ㅤNovamente senti seus lábios aos meus. Apenas senti. Ele queria que dessa vez eu tomasse iniciativa. Foi o que fiz. Beijei-o e ele correspondeu de uma forma extremamente doce e carinhosa. Não era possível que eu estava me apaixonando por ele, mas sim, eu estava e já não podia negar isto. Ele me fazia bem e se sentia bem comigo. Eu tinha mais que aproveitar alguém como ele que fazia questão de estar ao meu lado. E era isso que eu iria fazer.
(Fim da Parte 25)
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#Minha Primeira vez com o Fabrício#
ㅤEu expliquei o caminho a tomar para minha casa, mas o Fabrício me levou direto para a sua, ou melhor, a casa era dele e de seus pais que apareciam por ali uma vez na vida e outra na morte.
- Quando seus avós chegarem, eu o levo, enquanto isso você fica aqui comigo para não ficar sozinho! – Disse ele estacionando o carro em frente a casa.
ㅤAo entrarmos, pude perceber que ele era muito organizado e na sala havia uma parede com uma prateleira cobertas de CDs.
- Uau, você adora músicas! – Comentei observando tudo aquilo boquiaberto.
- Eu preciso as vezes ensaiar ou praticar! – Disse ele ligando o rádio enquanto lentamente no ritmo da música levantava seu blusão juntamente com a camiseta deixando a mostra seu abdômen.
- Você não presta! – Disse revirando os olhos, mas não me contendo e voltando a observá-lo a dançar.
ㅤEle aproximou-se e me segurou pela cintura, ficando parado enquanto me olhava nos olhos. Depois segurou meu rosto com suas mãos e me beijou daquela forma carinhosa e doce que só ele sabia fazer, um beijo diferente dos que eu já havia provado ou sentido. Então, lentamente, deslizou a ponta dos dedos de suas mãos por minha espinha fazendo com que eu arqueasse o corpo contra o seu e ficasse mais colado ao seu corpo.
- Descobri um ponto fraco seu? – Perguntou ele sussurrando em meu ouvido.
- Mais do que um ponto fraco! – Disse de olhos fechados enquanto sentia seu rosto junto ao meu.
ㅤDepois ele pôs a ponta de seus dedos atrás de meu ouvido e deslizou até meu ombro fazendo com que eu soltasse um leve gemido.
- Outro? – Perguntou.
- Não preciso responder!
- Descubra os meus! – Disse enquanto retirava a parte de cima de sua roupa, ficando apenas de jeans. Ele puxou-me e sentou-se ao chão encima dos tapetes e almofadas
ㅤEu fiquei por cima dele enquanto ele colocava suas mãos em minha cintura. Eu beijei seu queixo e lentamente ele foi fechando os olhos. Quando cheguei ao seu pescoço, pude sentir que sua respiração era diferente. Ele estava se controlando para não demonstrar seus pontos mais sensíveis. Depois lambi seu peito até o seu mamilo cujo mesmo mordisquei fazendo-o abrir e boca e pousar a cabeça no assento do sofá.
- Não vai dar... – Disse ele me puxando para cima de suas coxas e me fazendo sentar nelas, enquanto me abraçava e nos beijávamos. – Eu quero mais!
ㅤEle retirou meu blusão e minha camiseta. Estava um pouco frio e por isso senti um arrepio percorrer meu corpo. Ele notando, tratou de me abraçar e esfregar suas mãos e seus braços em mim para que nos esquentássemos.
ㅤDepois de algum tempo, nos levantamos e ele tirou suas calças sentando-se no sofá apenas usando uma cueca preta bem marcada. Então, me puxou pela mão me deixando entre suas pernas. Ele deslizava suas mãos por meu abdômen e depois ia até as costas descendo até a bunda que ele apertava com gosto e vontade.
- Quero isso desde o primeiro momento que o vi! – Sussurrou.
ㅤEu não falei nada. Não sabia o que EU queria, apesar de estar extremamente excitado com toda essa situação.
ㅤEnquanto a musica rolava solta, ele foi se levantando e parando atrás de mim, abraçando-me e beijando meu ombro e rebolando seu quadril de acordo com o ritmo, fazendo-me sentir seu membro mais do que enrijecido roçar em minha bunda.
ㅤFabrício pôs seus dedos em meus lábios até eu começar a chupá-los enquanto ainda dançávamos daquela forma envolvente. De tanto que ele roçava seu corpo ao meu, sua cueca já estava no meio da coxa e eu já podia sentir com muita excitação seu pau explorando o meio de minhas coxas que eu apertava e ele fazia um movimento de vai e vem como se estivesse metendo.
ㅤAlgum tempo depois, ele me fez ficar de quatro por cima do sofá, ajoelhando-se atrás de mim e puxando a minha jeans para baixo, deixando livre minha bunda para ele. Ele passava a mão e beijava até que deu uma linguada em meu cuzinho me fazendo gemer alto.
- Puts! Que boca! – Disse a ele. – Tem certeza que quer continuar, seus pais foram no jantar também, podem chegar a qualquer momento!
- Eu vou comer esse cuzinho nem que meus pais tenham que assistir! – Disse ele cuspindo em meu cu e voltando a lamber, enfiando um dedo.
ㅤEle sabia muito bem o que fazer com aquela boca e língua que ele tinha. Fazia-me rebolar em sua cara, deixando-me quase que desnorteado. Meu pau já babava tamanha excitação que eu sentia, capaz de tocar uma e gozar rapidamente.
ㅤFabrício então se afastou e retirou sua cueca lentamente enquanto eu observava. Deus, que visão era aquele. Aquele homem todo e com um pau monumental daquele. Devia ter por volta de 22 à 24 cm. Ele roçava seu pau e esfregava com vontade da minha bunda, deixando-me quase que louco.
- Fica com a bundinha empinada que eu já volto! – Disse ele correndo para fora da sala e voltando com vários pacotes de camisinha e lubrificante.
ㅤEle lambuzou suas mãos e minha bunda com gel. Ele enfiava os dedos em meu cuzinho com toda a vontade do mundo enquanto me fazia rebolar. Depois pôs a camisinha e lentamente foi me penetrando. Seu pau entrou tão fácil que, quando fui ver, já senti ele praticamente montado encima de mim.
ㅤÀ medida que ele bombava, ele gemia cada vez mais enquanto dizia putarias no meu ouvido e tocava uma para mim. Algum tempo depois de estarmos nessa posição, ele sentou no sofá e me fez sentar no seu colo de frente para ele com minhas pernas de cada lado das suas.
- Cavalga bem gostoso. Agora, vai! – Disse ele pondo as mãos em minhas bundas e aproximando-se para me beijar.
ㅤFiz então o que ele praticamente mandou. Comecei a cavalgar em seu colo, lentamente e aumentando o ritmo rapidamente fazendo com que ele desse tapas em minha bunda e urrasse de prazer. Enquanto isso, ele ia me masturbando até que gozei em seu peito onde ele passou a mão e lambeu os próprios dedos.
ㅤAinda sentado em seu colo, ele me segurou e me levantou, deitando por cima de mim nas almofadas no chão sem tirar seu pau do meu cuzinho. Ele rebolava e socava com vontade. Beijávamo-nos com intensidade até mesmo mordiscando ou mordendo os lábios um do outro.
ㅤQuando ele estava prestes a gozar, levantou-se e retirou a camisinha. Eu, prontamente, comecei a chupá-lo deixando-o doido. O primeiro jato foi na minha boca e depois os outros no meu rosto e peito. Ele mesmo fez questão de lamber e sugar sua própria porra enquanto nos beijávamos. Logo depois meus avós ligaram dizendo que já haviam chegado, perguntando onde estava. Rapidamente eu e Fabrício fomos para o banho e lá ficamos uma meio hora nos pegando. Após o banho ele me levou para casa.
ㅤQuando cheguei, rumei direto para meu quarto sem antes dar uma boa noite aos meus avós. No meu quarto, deite-me sentindo-me muito culpado por ter transado com o Fabrício. Eu ainda me sentia do Philip, como se eu estivesse o traindo. Sentia-me um idiota por me sentir exatamente assim. Eu estava sendo tolo demais. Ficava comparando como era fazer amor com Philip, o modo que ele me segurava, sua pegada, sem comparação. Aquela noite dormi muito mal.
(Fim da Parte 26)
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#Mais Uma Vez Sofrimento#
ㅤNaquele dia, pela manhã, acordei cedo com minha avó vindo me trazer café na cama. Parecia que eu havia recém deitado. Estava com muito sono. Após o café, fui tomar um banho e pus minhas habituais jeans e um moletom. Meu avô ainda estava deitado. Fui até o quarto e lhe dei bom dia. Depois peguei as chaves do carro e fui até a casa do Celo e do Bruno. Quando cheguei lá os dois recém haviam acordado e estavam todos descabelados e usando apenas cueca.
- Pelo jeito a noite foi boa, não? – Perguntei indo em direção a cozinha esquentar o café.
- Boa é apelido! – Disse o Celo rindo enquanto se grudava atrás do Bruno.
- Heeey, sexo explícito na minha frente não! – Disse rindo.
- Ok, deixa-me comer que estou morto de fome! – Disse o Bruno.
ㅤFicamos conversando boa parte da manhã, até que resolvemos ligar para o pessoal ir almoçar lá. Todos aceitaram, até mesmo o William que já fazia algum tempo que não o via. Liguei, é claro, para meus avós avisando que não almoçaria com eles. Eles, então, aproveitaram para passar o dia fora.
ㅤApós combinado o horário com o pessoal, o Celo me deu dinheiro e eu fui ao supermercado comprar massa para panqueca e chocolates, já que as panquecas seriam disso. Aproveitei também e comprei algumas bebidas, mas nada alcoólico, como ele mesmo havia pedido. Ao chegar ao caixa, me deparo com o Philip. Ele, ao me ver, ficou um pouco surpreso, mas não deixou de cumprimentar.
- Oi, Vini... Vinícius! – Disse ele.
- Oi. – Disse olhando para dentro do carrinho. Naquele momento eu parecia ter achado algo muito interessante para observar.
- Como está? – Perguntou.
- Até a pouco tempo bem e você?
- Bem.
- Volta quando para Londres? – Perguntei tentando manter a conversa em um tom agradável, mas parecendo que queria o ver longe dali.
- Depois de amanhã, tenho que voltar ao trabalho, minha namora... – Ele, de repente, parou de falar.
ㅤAo ouvir a última palavra, senti meu coração como se fosse a qualquer momento parar. Senti como se alguém pisasse nele sem dó e sem piedade. Como se, mais uma vez, o meu mundo acabasse e eu novamente estava caindo naquele profundo e infinito abismo escuro que há dias eu vinha escalando.
ㅤPhilip percebeu que eu estava prestes a desabar ali ao ver minha expressão. Quando ele ia começar a falar, eu simplesmente deixei as compras no carrinho e segui, chorando, para fora do supermercado em direção ao meu carro e fui para outro supermercado próximo enquanto, no caminho, tentava me acalmar.
ㅤAo chegar ao estacionamento do outro supermercado, fiquei alguns minutos dentro do carro me recompondo. Depois de ter feito as compras, voltei para o apartamento do Celo e do Bruno e lá já se encontravam a Manu, a Rafa e a Carol. De cara notaram que eu parecia quieto demais.
- Vini, aconteceu algo? Você demorou! – Perguntou o Bruno em frente aos demais.
ㅤEu apenas balancei. Ele cruzou os braços.
- Eu vi o Philip ontem no jantar do dia da Pizza e hoje no supermercado.
ㅤTodos pareceram surpresos.
- Ele está namorando! – Conclui.
- Vini! – Disse a Manu.
ㅤEu olhei para ela e balancei a cabeça negativamente enquanto engolia o meu próprio choro.
- Vini! – Repetiu ela.
ㅤNovamente balancei a cabeça.
ㅤQuando os demais chegaram, ninguém comentou mais no assunto. Eu fazia de tudo para parecer bem, por mais que fosse difícil. Notava que aos poucos eu me tornava um bom ator e conseguia esconder meus sentimentos.
ㅤAquele dia que era para ser de diversão e alegria, para mim não passou de mais um fingimento onde eu me tornava como meus pais, sorrindo apenas para transparecer algo que eu realmente não era. Não queria mais preocupar meus amigos, eles já haviam se ocupado demais comigo.
ㅤEu só me senti como uma lembrança facilmente esquecida ao saber que ele estava namorando. Será que ele não sentia nem um pouco falta de mim? Será que eu realmente havia sido um erro tão grande? E nas diversas vezes que ele disse que me amava, bem como as demonstrações de afeto?
ㅤNamorando. Ele provavelmente devia estar muito feliz e ela também. Será que ela o fazia feliz? Será que ela correspondia a todas suas expectativas? Será que era com ela que ele iria constituir uma família?
ㅤQuando cheguei em casa, por sorte, meus avós não haviam voltado de seu passeio. Eu fui para o banho e chorei, chorei muito. Minhas lágrimas se perdiam em meio a água que caia sobre mim.
(Fim da Parte 27)
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~ espero que gostem do post de hoje e que tenham apreciado o sexo entre Vini e o Fabrício (gostoso), kkkkk. Philip não dá sossego, né? Dó do Vini :(. até amanhã, comentem!!! <3 ~