Descobertas de Simone... (1)

Um conto erótico de Cigana
Categoria: Crossdresser
Contém 1467 palavras
Data: 20/05/2021 09:46:50

Na transformação minha de vida, de um menino franzino para então uma adolescente extremamente feminina, houve pequenas descobertas, as vezes que apenas eu presenciei, algumas descobertas foram digamos provocadas por acontecimentos quer pela minha irmã ou irmão e algumas vezes por mamãe e um grande amigo que depois tornar-se-ia minha amiga.

Pra entender este cenário, recomendaria ler os capítulos de "Uma menina que sonhei...". Num resumo apenas para apresentar alguns personagens temos, meus pais, com seus quatro filhos, sendo eu o caçula e dois irmãos mais velhos e minha irmã um pouco mais velha que eu. Meu amigo inseparável Matheus e sua irmã e mãe. Desta forma, estes relatos terão uma cronologia próxima aos capítulos.

Era um momento delicado na família, papai que sofrera um acidente precisou ficar internado, pois houve mutilações, infecções, queimaduras e isto requeria um cuidado extremo para que não houvesse piores sequelas. Com isso mamãe delegou a função de cuidar da casa para minha irmã.

Um episodio marcante foi a insistência de meu irmão mais velho em colocar um brinco no ouvido, afinal era moda na pré-adolescência e ele como um roqueiro e fã de aviação queria muito, com muita insistência mamãe concordou e minha irmã deu a ideia de todos terem o então brinco na orelha, e assim foi.

Lembro-me que doeu, no outro dia as escondidas minha irmã resolveu furar minha outra orelha.

Com isso ficamos em casa com um brinco cirúrgico, retirando apenas para ir para a aula, mas depois se acabou que todos viram acharam irado e comecei a usar normalmente, no meu caso eu usava na escola só um. Em casa mantinha os dois.

Por descuido de minha irmã ou provocação às vezes ela colocava meus brincos cirúrgicos (um meu e o outro dela) para desinfetar e assim ela emprestava um brinco seu, eu usava, era um pouco diferente, mas sempre era destes simples de pedras.

Eu usava, mas preocupado em não fechar os furos e ter que sofrer de novo, a gente sempre acha horrível isto de furar as orelhas.

Eu fui vaidoso, confesso e não era difícil ver eu parado no espelho às vezes reparando no brinco, na orelha, no cabelo em como o deixar aparecendo ou escondendo conforme o ambiente que estava ou com quem estávamos. Os primos e tios não concordavam da forma como mamãe estava gerenciando a família, inclusive havia muitas brigas nisto e acabamos por nos distanciar.

Já faziam dois meses de brincos e eu acabei por achar um item essencial para mim, nem ligava com as brincadeiras de minha irmã, pois de manha éramos sós nós duas e ficou meio como um segredo nosso. Ela tinha os afazeres da casa e eu ficava trancado no quarto, como sabia o tempo que demorava para ela subir e etc. e nos dias que a empregada e suas filhas não estavam, eu me aventurava a pegar um ou outro brinco e ficava com ele no quarto trancado, fazendo caras e bocas.

Mas não tinha nada com a sexualidade, era como me ver diferente e eu até gostava da brincadeira, afinal não havia problemas em fazer isto, algumas vezes minha irmã perguntava sobre seus brincos, etc. e eu desconversava, sem querer falava que podia ser as meninas da empregada, por descuido no arrumar e tirar o pó podia mexer na caixa de brincos, estas coisas.

Já era o terceiro mês usando, um dia mamãe percebeu que eu estava com dois brincos de pedras bem pequenas, pelo olhar dela não pude identificar se achou ruim, se gostou, mas sabe quando alguém olha surpreso, mas acha bonitinho, bem foi assim que ela fez aquele fim de noite.

Eu tomei mais cuidado e só usava dois quando tinha certeza que ela não iria me ver no quarto, quando tinha um plantão prolongado, não era difícil eu dormir de brincos, ou os tirava e deixava na cabeceira. Creio que muitas vezes ela foi dar boa noite quando chegava e via-me dormindo e o par ao lado. Nunca vou saber, mas volte e meia acordava e eles tinham sido mexidos.

Minha irmã começou a não gostar de eu mexer nas coisas delas eu acho, de uns tempos pra cá, pois ficou azeda, brava, irritadiça, nunca havia visto ela assim, fui só depois saber que ela estava virando mulher, o ouvi e mamãe discutindo que eram os hormônios, era natural, iria passar. Acontece que não passou e minha irmã foi três vezes ao médico, ao final de exames e consultas sendo medicada com alguns grupos de remédios, uns eram para dores abdominais outros para regulação, outros para ajudar na ação dos hormônios, outros para crescimento (só não disse do que), bom era isso que eu tinha entendido quando perguntei para ela para que tanto.

Eram tomados de manha, no almoço e logo que voltávamos da aula à tarde. Creio que ela foi melhorando, pois não via tomar todos, alguns ela levava junto ao lanche pelo que me explicou, sei que ela e a irmã de Matheus dividiam os lanches, pois ambas estavam com os mesmos problemas e precisavam destas vitaminas.

Pra mim não fazia diferença, afinal ela era a responsável pela nossa alimentação e almoço junto com as merendas. Era até divertido, sempre tinha um lanche diferente, pois ela e a amiga revezavam quem faziam os lanches e assim eu e Matheus aproveitamos e não nos preocupávamos mais com a chatice de preparar o lanche. As aulas foram seguindo e já estávamos a algum tempo nesta rotina.

Fui me queixar para minha irmã de uma dores na barriga e ela acabou por usar um de seus remédios para cólicas e melhorou desta forma ficamos um cuidando do outro, esses cuidados iam alem da saúde e alimentação, envolviam aparência, bem estar, preocupação realmente com o outro, pois vez ou outra ela comentava dos brincos, cabelo, como tinha ficado legal em mim, eu ficava vermelho, agradecia.

Fui me descobrindo mais feliz, realmente eu estava gostando de como estava me apresentando, sabe como é gostar de si mesmo, mesmo por que eu ainda não tinha um total discernimento de como deveria ser realmente minhas mudanças hormonais e de crescimento, então eu me curtia, quer no banho, antes de dormir, eu realmente quando me trancava no quarto parecia que outro mundo existia e eu era muito feliz nele.

Certo dia depois do café ela fez um pedido, já fazia tempo que estava indo para a sala de costura e pediu se eu não podia ajudar, fui, pois já estava cansado da rotina de ficar trancado no quarto, ficava pouco tempo lá e já após o café arrumava o quarto e descia pro que ela passou a chamar de Atelier.

Nossa fui tentar entender, mas era tudo confuso, ai ela falou que nas revistas explicava muito do que ela estava fazendo e falando, fui olhando as figuras, vendo as modelos os nomes eram divertidos, cada coisa tinha um nome, uma estação, tinha uns negócios de cores da moda. Com o tempo fui lendo, conversando e ela meio que me ensinou.

Ai um dia já no modo padrão, café, arrumar quarto, uma troca ou não de brincos e descia pro atelier. Neste dia uma pilha enorme e roupas, levei um susto que iria mexer em tudo aquilo, mas neste dia ficamos separando em montes, ela sempre me perguntava algo da roupa eu respondia umas eu já falava direto, nossa totalmente detonada, outras eu falava de como eu achava bonita nela e assim foi ate o monte único acabar e surgir três montes que ela acabou por guardar em três sacos pretos enormes e foi empilhando num canto colocando uma fita adesiva em cada um.

Dali para ajudar a descosturar as coisas foi fácil, assim que eu chamava o negocio de tirar zíper, tirar bolso, desmanchar barras. E fui cada vez mais me aproximando dela, estava muito bom ter alguém pra conversar, pra brincar, pra trocar ideias, mesmo que fossem coisas de menina e minha irmã redrobou os cuidados comigo, dando até dicas de cabelo. EU amei esta fase. Cuidava mais das roupas que eu gostava, acho que fui realmente curtindo estas roupas, pois sentia algo em mim ao tocar nelas em prepara-las para ajustes e achava engraçado algumas acho que nem uso tinha inclusive me apaixonei por uma lingerie, mas não dei bandeira, mas não saia do meu subconsciente o quanto achei linda.

Mas um dia ela pediu para ajudar ela de uma forma que eu realmente me assustei, queria que eu usasse uma roupa para ela ver o ajuste final. Aconteceu que eu disse não meio que tivemos um desentendimento e eu sai dali pro quarto pra me preparar para a aula.

Passei à tarde, noite pensando como tinha sido ingrato. No outro dia iria sim ajudar, sem nem saber o que realmente deveria fazer.

Continua...

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