Passei à tarde, noite pensando como tinha sido ingrato. No outro dia iria sim ajudar, sem nem saber o que realmente deveria fazer.
Continua...
Já estava começando a curtir muito mais minha irmã do que meus irmãos, ainda mais agora, longe de primos. Minha referencia era minha irmã, meu amigo Matheus e Mamãe. Na escola seguia tudo normal, já tinha poucos amigos mesmo e a situação de papai havia se espalhado então todos evitavam se aproximar por não saber o que fazer como ajudar ou se de repente eu iria pedir algo que não estivesse ao alcance. Realmente ali vi o significado da palavra amigos.
Sentia a alegria de quando brincava com meu cabelo e brincos, isso era uma de minhas fugas, estava me desenvolvendo mais lentamente e quando minha irmã propôs eu ajudar ela, fui mais interessado na proximidade, na retribuição dos cuidados do que se seria ou não algo que um menino faria.
Realmente aqueles primeiros dias foi divertido e engraçado, não queria dizer nada de errado, mas falei muita coisa confusa enquanto ela me falava de roupas, o que combinava tipos, tecidos e tinha cada nome difícil. Mas creio que no terceiro dia, ela alem de me falar foi perguntando o que eu achava de cada peça.
Fui falando e apontando, algumas eu realmente gostei, outras pela ousadia da roupa eu dizia que não, mas confesso que elas me chamavam a atenção.
Ai ela fez uns três montes, roupas que estavam sem chances de serem recuperadas ou ajustadas, roupas em condições e roupas que eu gostei, ate não entendi o porquê dos montes, mas segui o fluxo das tarefas.
Como havia recusado uma minúscula minissaia, esta foi pro descarte, um saco que ficava meio que jogado no canto do quarto, que minha irmã chamava Atelier. Os outros dois montes eram guardados com cuidado e todas as roupas guardadas. Ela fazia algumas anotações em um caderno para controle, mas nem quis perguntar por que achei que não era de minha conta.
Certo dia fui descer e ela falou que iria fazer um trabalho com a irmã do Matheus, pediu para eu ficar sozinho, mas voltava pro almoço, tinha preparado tudo com mamãe no dia anterior, iria ser só esquentar.
Eu fiquei os primeiros 15 minutos no quarto jogando, mas entediado, ai fui pra cozinha, peguei o "preparado" de suco de minha irmã e quando me vi estava no atelier. Fiquei ali olhando uma revista, só vendo figuras quando vi uma sobre roupas de verão, minissaias, nossa cada modelo linda. Fui ficando interessado, fui lendo e tudo ai não resisti, abri o saco do descarte peguei a minissaia e subi correndo pro quarto com ela escondido por debaixo da camisa.
Tão eufórico que cheguei ao quarto fechei e só então lembrei rindo que estava sozinho. Olhei a roupa, cheirei, passei no rosto e tudo mais, mas com medo.
Coloquei ela pela frente do meu moletom, mas não consegui ver se ficava como nas fotos. Ai tive uma ideia, coloquei o celular para despertar em 30 minutos, tirei a calça do moletom e entrei na minissaia. Foi tão rápido a ação que quando vi estava La eu de cueca e minissaia com a camiseta jogada por cima, quase tampando tudo.
Mexi aqui, mexi ali subi a camisa. Fiquei aqueles 30 minutos me olhando, da cintura para baixo, era estranho à sensação e a imagem, não era as modelos, mas definitivamente não era eu também. Celular despertou, retirei rapidamente, guardei no armário e coloquei uns shorts, mas solto.
Isso não durou 15 minutos peguei a roupa de volta. Tirei camisa, cueca e tudo, e nu vesti a minissaia. Só que lentamente, aquilo foi diferente, meu coração pulava acelerado, meu corpo reagia com medo ao mesmo tempo em que com uma euforia. Só o tecido da minissaia foi muito arrepiante e senti todo ele em minhas pernas, bunda e meu pintinho deu um sinal diferente, acho que foi minha primeira ereção.
Só que não me atentei ao horário, no meio disso tudo, ouvi minha irmã subindo as escadas me chamando, eu catei minhas roupas, de minissaia fui pro banheiro e lá entrei nu no chuveiro gritando para ela que estava no banho, nossa foi por pouco. Quando sai do banho e entrei no quarto, só vi minha cueca jogada na cama, desenrolei a minissaia de dentro do moletom, escondi na gaveta de meias fechei e fui levar as outras roupas para lavanderia, minha irmã estava saindo do atelier, indo pra cozinha esquentar nosso almoço.
Fez perguntas do que tinha feito se tinha jogado, brincado, pois a casa não tinha sinais que eu havia organizado, muito pelo contrario tinha mais louça suja, bagunça no atelier e ela brigou que eu deveria ajudar e não arrumar mais coisas pra por em ordem. Falou isso dando uma piscadinha, mas achei engraçado, mesmo estando só nós duas e pedi desculpas.
Na aula, não saia à sensação daquela saia no corpo, só via as meninas com vestido e vinham umas ideias estranhas na cabeça, Matheus por umas três vezes me tirou do transe perguntando o que tanto eu olhava nas meninas e sorria sem falar nada. Brincou que eu tinha me apaixonado por algumas delas e queria por que queria saber quem era meu novo amor. Brincávamos disso, pois mudávamos toda semana de qual menina mais gostávamos, o temperamento delas mudavam e a gente mudava de menina pra uma menos chata rs.
À noite jantei e fui pro quarto com a desculpa de muita tarefa, escovei os dentes no banheiro e quando fui fazer as necessidades algo me fez mexer no cesto de roupa suja, acabei por achar uma calcinha de minha irmã, pus no bolso de pequena que era, fui pro quarto chaveei a porta.
Assustado mas com um desejo diferente tirei a roupa, coloquei a calcinha a minissaia e ai pude sentir como ficava como uma menina da cintura para baixo, logo em seguida fui pra escrivaninha, fiz toda tarefa assim, terminei deitei na cama e dormi. Como era cedo, acordei cedo, tirei a roupa, pé por pé guardei a calcinha no cesto, desci e fui ao atelier guardar a minissaia. Veio um misto de arrependimento, medo e tentei não pensar nisto mais.
Voltei pro quarto e ainda pude dormir mais 1 hora até que o primeiro acordou.
Achei que tinha sido apenas uma curiosidade, na outra semana minha irmã fez-me um pedido, queria que eu a ajudasse para um ajuste em uma roupa. Isso mesmo fui eu novamente ter um contato com roupas femininas, ainda na negação que havia gostado da experiência escondido, disse que não, meio que grosseiramente, aquilo confesso que duplamente não me fez bem.
Primeiro não estava ajudando minha irmã, num pedido, que escondido eu já havia feito e até certo ponto gostado. Segundo que estava negando a mim uma coisa que eu já estava pensando em fazer mais vezes, já havia até sonhado, mas sem detalhes, pois me fugia à memória do sonho. Mas como fazer sem demonstrar que gostei, pensei pensei e imaginei que se se trata casualmente, como realmente era não iria modificar em nada minha vida. Só que usei só a roupa mesmo, eram um short e uma camiseta, não ficou como a minissaia, achei bem estranha inclusive vestir. Quando ia tirar minha irmã pediu pra ficar, alegando que já tínhamos perdido muito tempo e eu ia tirar pro banho antes de ir pra aula. Assim foi feito, me atrapalhava a roupa, mas me perdia olhando no espelho volte e meia com eu estava e percebi que minha irmã fazia o mesmo.
Após ter devolvido a roupa para ela, lembro-me de ter falado algo que a roupa estava toda desajustada, ela brincou dizendo que faltava o complemento, pegou dobrou e guardou. O Susto foi no outro dia a mamãe entrar no atelier e como sempre fazia pegava uma ou outra roupa aleatória e quando pegou esta minha irmã disse que não estava pronta faltava uns ajustes e ainda reclamos algo sobre mamãe reciclar roupas intimas.
Sei que minha irmã pediu para eu sair dali e ficou combinando algumas coisas sobre as roupas de doação e uma ideia inicial de vender.
No outro dia entre uma conversa e outra experimentei a roupa e no final minha irmã disse o que faltava e me mostrou a calcinha e o soutien, sei que no ímpeto resmunguei a respondi de forma mal educada, só ouvi o “... acho que perdi meu tempo!", aquilo doía muito em mim, entre eu fazer algo que já havia feito escondido, que gostei e negar um simples pedido.
Foram dois dias ruins com minha irmã, mas ai entre sonhar, pesadelo, relembrar os sentimentos, resolvi realmente ajudar ela, sai do café, peguei as roupas junto com as duas peças intimas e fui para meu quarto, iria surpreender ela, matar uma vontade que estava voltando, o remorso já tinha sido esquecido e assim iria agradar a cada uma de uma forma natural, sem dar a bandeira de quem estava começando a gostar do universo feminino.
Continua...