- Eu não pedi pra você sair somente quando eu mandasse? Tá bisbilhotando o que? Já terminou as tarefas, se arrume já ta em cima da hora e na volta da escola vou conversar com você!
... Continuando.
Nesse dia eu e minha irmã conversamos pouco, quase nada, eu tentava perguntar o que ela tinha conversado com mamãe e as respostas dela eram desconexas, não tinha como tirar dela, ou por que ela não queria ou por que mamãe pediu e isso me deixou pior ainda.
Na escola, no primeiro e segundo intervalo comecei a conversar com Matheus, ele não sabia de nada do que acontecia em casa, apenas do acidente de meu pai, não sabia como conversar com ele sobre meu trabalho com minha irmã, como eu estava me sentindo, mas como ele era bem próximo e sentia uma amizade fora do comum entre a gente iniciei a conversa assim:
- Matheus, você sabe que é meu melhor amigo, acho que muito mais ue do Ricardo, ha muito tempo queria conversar mais com você, mas a gente andou se afastando ou é só impressão minha.
Minha surpresa que ele rapidamente falou:
- Nossa como me sinto bem com você me falando isso, há tempos também quero conversar com você, estou passando por algo que eu nem sei o que é não consigo dormir direito, são sonhos que mexem comigo e não adianta nem me perguntar que sonhos são por que não consigo lembrar, apenas vem à sensação que às vezes é ótimo e às vezes acordo suado, como se tivesse quase morrido no sonho, meu coração vai a mil. Mas o importante agora é você.
E continuou...
- Vi você estes últimos três meses mudado, mas entendi que era por seu pai, minha mãe tem conversado com a sua e fora isso nossas irmãs são amigas então às vezes ouço algo aqui e ali e queria te dar um apoio, mas fiquei com medo, não ficamos mais juntos de manha e agora é só escola e outra atividade depois da aula que estamos juntos. Ate bisbilhotei na escola se você tinha novos amigos, perguntei até pro Ricardo e ele por sinal ainda brigou comigo, disse que estava me metendo em lugar que não era chamado, parecia uma menina toda preocupada, nossa sério se não fossemos amigos desde a infância teria brigado com ele, mas eu sei que ele falou aquilo no impulso, gosto muito dele.
Nossa ouvir tudo isso dele foi me dando algo que nunca havia sentido, não era ruim, era bom e quase chorei, realmente eu estava muito emotivo essa semana, sei que demos um abraço um no outro, mas algo estranho, ambos logo se afastaram como que se tivéssemos nos espetados, tipo agulha, ainda rimos achando que tínhamos tomado choque.
Bom com o caminho em aberto e sabendo dessa proximidade acima do esperado comecei:
- Matheus, e beeeeeeeeeeeeeeeeeep. Ia começar mais uma aula, falei pra ele, vamos conversar depois no recreio ou mais a tarde pode ser?
Com isso já começou a aula e voltamos aos nossos lugares.
No recreio, ainda estava receoso, mas Matheus já veio do meu lado e ficou mudo, como que esperando a continuação.
Eu olhei para ele e continuei
- então já fazem alguns meses que tenho ajudado mais em casa, tanto nas tarefas de casa, pois minha mãe esta se desdobrando em três pra atender o papai, nós e o trabalho dela. Com isso passo a manha nestas atividades e também to ajudando minha irmã.
Matheus parecia eufórico.
Eu sei vocês irão vender roupas né, ouvi minha irmã falar, ela ate ta pensando em doar algumas e pegar um bônus pra comprar outras, vi até ela com algumas roupas de sua irmã. Legal isso, mas ainda não entendi aonde você tá ajudando.
Ai já tinha começado, fui tagarela, já não era a primeira vez que minha língua estava mais solta estava mais "falante" do que o normal.
- Olha, eu faço coisas simples como arrancar botões, zíper velhos, com a tesoura desmancho as roupas. Tentava falar como se fossem coisas brutas meio revoltado, mas as palavras que saiam acho que já tinham me entregado, a cabeça minha pensava e dizia algo, mas o falar já não pensava igual.
Matheus foi só ouvindo, às vezes falava um como assim, e eu explicava mais com calma e ele foi perguntando e perguntando, acho que estava mais interessado no que eu fazia do que sendo eu fazendo, mas como não vi represálias foi libertador aquilo.
Terminou que eu disse tudo, só omiti o vestir e gostar, é enquanto eu media as palavras (ou tentava) era nítido em mim que eu amava aquilo e acho que isso transparecia no falar, era ai que eu me entreguei a ele e já na hora pensei, se Matheus entendeu imagine o que mamãe pensa.
Veio mais uma aula, novo intervalo e ai o Matheus, eu nunca o vi tão empolgado, queria saber mais, só que a ideia era ele me ajudar não eu o inflar de novidades. Pedi para ele dizer o que pensava de tudo aquilo, mas antes fiz uma obsservação.
- Matheus, tudo isso que te falei, contei ontem pra mamãe, e ela quer conversar comigo hoje, depois da aula, me diga o que você achou e será que ela pensou o que.
Matheus era mais novo, mais era astuto, antes de dizer qualquer coisa ele falou. Pera ai tenho uma ideia. Passou uma mensagem pra mãe dele, dizendo que tinha um trabalho que havia se esquecido de fazer, e ia me convidar pra posar na casa dele pra ajudar, se ela podia convencer a Tia de deixar ele posar La em casa que ai ela vinha antes de nos buscar, passava na casa da tia pegava as roupas e íamos direto pra minha casa.
Novo sinal e eu na expectativa acho que isso vai dar M, mamãe não é de deixar pra depois, bom se der ela vai que esquece muito do que falei e ai é mais fácil.
No fim da aula, Matheus veio pro meu lado e disse vamos pra casa, minha mãe já conversou com a sua e tá tudo certo.
Chegando à casa de Matheus subimos pro quarto com as mochilas e a sacola de roupas e nos trancamos no quarto, como sempre fazíamos e ninguém estranhou. A tia já gritou para descermos pra lanchar, fazer o trabalho e já dormir que tínhamos que acordar cedo para ela me deixar em casa anda antes das 07.
Comemos, um lanche gostoso e rápido e a tia já disse, troquem o uniforme, ponham a muda de roupa de dormir, e nada de estripulias não tem outra.
No quarto fomos trocar de roupa, estranho como na gente a mudança não é percebida, mas nos outros muitas vezes soltam aos olhos. Quando estávamos nos trocando, assim que ambos rapidamente tiraram as camisas, foi nítido que paramos na hora a pressa.
Um olhou fixamente no corpo do outro e meio que juntos falamos, nossa seu corpo tá mudado. Eu olhei pra mim, olhei para ele e por instinto eu pus a camisa do pijama, ele não, ficou parado me olhando ainda sem camisa, um olhar diferente, carinhoso.
Tirei-o do transe e falei.
- Matheus, o que foi. Ele falou.
- Eu não tinha reparado que estamos com o corpo igual, você não notou nada diferente, parece que você tem pequenos seios e eu também.
Eu olhei para ele ainda sem camisa e falei.
- Sim, mas veste uma camisa, tá estranho.
Ele perguntou:
- Achei seu corpo bonito, você não gostou do meu!
Matheus parecia realmente em transe, estava falando coisas que eu queria mais não tinha a coragem, realmente ele era mais novo e alem de mais astuto agora vi que era mais carinhoso e atento a tudo.
Eu meio que resmungando disse. - Sim achei realmente você esta com um corpo diferente dos outros meninos, parece que ambos temos pequenos seios.
Ele se aproximou mesmo por cima da minha camisa me tocou e aquele arrepio, choque que sentimos no abraço voltou, sorrimos. Eu por instinto o toquei exatamente igual, mas como ele estava sem a camisa, o toque foi logo no pegueno seio. Ficamos neste toque suave, por um tempo, acho que uns 15 minutos e nos afastamos sem falar nada. Ele colocou sua camisa, e foi vestir o shorts eu fiz o mesmo e ambos demos as costas ainda na mistura de envergonhados, pensativos.
Aconteceu que daquele momento em diante a conversa foi mais suave, comecei a dar detalhes para ele do que estava fazendo, sobre a costura e tal, embora eu não seja a costureira, mas dizendo sobre as roupas, as sacolas inclusive a Especial e tudo mais exceto eu vestio de menina, achei que ainda era um passo a se pensar.
Mas em casa, minha mãe aproveitando minha ausência foi conversar novamente com minha irmã. Acho que medi errado este esquecer. A gente só tem 13 anos e acha que sabe mais que nossas mães.
Fomos fazer as tarefas, e depois jogar, mas nos entediamos rapidamente, isso nunca tinha acontecido. Ai a mãe dele veio no colocar pra dormir, nem precisou insistir o jogo nos entediou e fomos pra cama.
Nem bem ela fechou a porta, Matheus me falou.
- A gente ainda é super amigo?
Eu respondi:
- Claro, acho que agora mais ainda, afinal temos um grande segredo. Você não pensa assim?
Matheus respondeu:
- Sim Claro! Você é o melhor do mundo.
E emendou.
- Sei que estou com o corpo igual ao seu, mas posso tocar o seu sem camisa, eu olhando nos olhos dele disse, pode sim, vamos tirar as camisas, e ficamos agora muito mais do que 15 minutos nos tocando, de forma suave. Apenas passando os dedos, colocando o pequeno seio na mão, sem apertar, estávamos com medo do que viria pela frente. Tocamos nossa pele, braço, pescoço e barriga. Ai ele viu meus furos no ouvido e sentou na cama assustado. Eu sentei e comecei a contar o que significava e assim fomos conversando, colocamos as camisas e de forma lenta e gradativa fomos pegando no sono.
Acordamos antes e já fomos pro banho e novamente nos tocamos, só que desta vez estávamos nus e pude perceber que ambos estavam com um corpo mais cheio de curvas do que o normal. Algo ali estava me intrigando.
Estávamos ali brincando no banho, quando ficamos bem próximos, nos tocando e estávamos próximos demais, íamos acabar nos beijando quando ouvimos a mãe dele gritando no corredor para todos acordarem e irem pro banho que o café já iria sair e ela tinha pressa.
Eu sai primeiro, me enxuguei, me vesti com o uniforme e sai rápido do quarto com minha mochila e sacola. Ele demorou mais, a mãe dele foi buscar e ele estava chorando, perguntou se ele não ia junto, se estava doente, com alguma dor ou algo ou se havíamos brigado, ele disse que não. Ai ela falou que iria me levar e depois conversavam.
Sai logo em seguida, não vi e não conversei com ele quando sai, nem pelo celular, pois nem bem cheguei em casa minha mãe estava a postos, me esperando.
Entrei e minha mãe tirou o celular do ouvido e disse:
- Tire este uniforme antes que suje, vai tomar um banho, faça um lanche e to te esperando aqui, vamos conversar. Ainda pude ouvir um tchau Doutor.
EU de bobo falei, a tia já deu lanche e já tomei banho no Matheus, no automático eu e minha boca. Ela nem esperou eu falar mais nada e disse:
Então troque o uniforme, ponha uma roupa qualquer e desça. Procurei minha irmã e não achei meus irmão nem sinal só estávamos eu e ela.
Desci fui direto pra sala, mas não a achei ai ouvi um chamado.
To aqui no Atelier venha aqui!!!
... Continua.