A noite foi longa. Minha esposa estava com tanto tesão que trepamos por algumas horas. Depois, ela ainda quis dar uma volta fora do chalé, nós dois completamente nus. Curiosamente, havia casais passeando, que nos viram mas não demonstraram surpresa. Depois, tomamos um banho e dormimos.
Na manhã seguinte, Grasi veio até nossa porta para avisar do café da manhã e também que, em seguida, Claudia deveria ir com ela ao Salão de Beleza que havia sido mencionado anteriormente, porque depois daríamos um outro passeio, em uma parte da pousada que ainda não conhecíamos, reservada para poucos. A minha curiosidade em relação a tudo o que estava acontecendo só aumentava, e tenho a certeza que a de Claudia também.
Conforme havia sido solicitado, fui até o restaurante vestido com um traje passeio, sem gravata, e Claudia, totalmente nua. Como já havíamos sido apresentados, o café da manhã foi mais tranquilo. Todos continuavam olhando para minha esposa, e creio que o tal passeio que ocorreria depois era mais do que parecia.
Após o café da manhã, Grasi acompanhou Claudia até o Salão, e eu estava retornando ao chalé, quando Hector se aproximou.
- Sabe amigo, fiquei curioso... quando exatamente você reparou no Mosteiro?
Expliquei detalhadamente como eu e Claudia havíamos visto o lugar, primeiro eu, depois ela... e descrevi o que havia visto com a maior precisão possível. Ele parecia realmente surpreso, enquanto eu falava.
- Não entendo ao certo por que você está perguntando, afinal para mim estava bem visível, e acho que qualquer um que passasse ali veria o mesmo.
- Não é bem assim, meu amigo. Você já deve ter tido a experiência de procurar algo que achou que havia perdido, de de repente estava bem à sua frente, só que você não havia visto...
- Isso é verdade. Está querendo dizer que nem todo mundo consegue enxergar o mosteiro?
- Mais ou menos isso. Mas foi um bom sinal. Um excelente sinal, aliás. Significa que um casal como vocês é algo raro.
Agradeci, mas não entendi bulhufas. De qualquer maneira , caminhamos e conversamos. Ele se revelou um desses tipos “alternativos”, que em outros tempos seria chamado de “Ripongo”, um Hippie deslocado no tempo. Falou genericamente sobre assuntos de Astrologia, energia, campos energéticos, e, como eu havia tido interesse nisso quando mais jovem, o papo foi evoluindo.
- Então você sabe alguma coisa sobre os centros de energia do corpo humano...
- Os Chakras? Sim... também os lances de corpo astral e mental...
- O uso da energia psíquica também? E já leu sobre a energia sexual?
- Ah sim... houve um período em que eu comecei a ler sobre Magia Sexual. Mas não foi muito legal... acho que não apliquei bem o que eu li.
- A energia sexual precisa ser cuidadosamente controlada e trabalhada. Se não , os resultados podem ser desastrosos. Por isso, deve ser desenvolvida de forma gradativa.
- Isso tem a ver com minha esposa, não é mesmo?
- Você é direto. E demonstrou ter intuição e percepção aguçadas, tanto que não se opôs a que Claudia exteriorizasse parte de sua energia através do seu exibicionismo. Não é tanto pela nudez, mas a ausência de roupas faz com que a energia sexual circule mais livremente pelo corpo e pelo ambiente. Sim, Grasi e eu percebemos essa energia nela. E você, de alguma forma, age como um amplificador dessa energia. Juntos, vocês podem ser sentidos de longe por uma pessoa sensitiva.
- E...?
Minha pergunta ficou sem resposta. Grasi e Claudia vinham em um daqueles carrinhos. Minha esposa estava deslumbrante. Os cabelos arrumados, manicure feita, maquiagem leve...e completamente nua.
- Vamos? Daqui a pouco teremos uma atividade agradável .
Entramos no carrinho. Grasi e Claudia no bando da frente, eu e Hector no de trás. Seguimos por uma trilha no gramado, e fomos até a base de um morro, que fomos contornando. Para minha surpresa, depois da curva chegamos a uma pequena vila, com casas estilo europeu, uma bela praça, um coreto...como se fosse uma viagem no tempo. Eu só havia visto algo assim em filmes de época.
- Você cavalga, Claudia? Grasi perguntou.
- Se eu cavalgo? Bom... eu gosto de ficar por cima no sexo... ela riu.
- Não...cavalos mesmo.
- Ah sim... minha família era do interior do Estado, andei muito a cavalo na infância e adolescência...
- Então vai gostar . Grasi estacionou o carrinho na praça, e um senhor bem vestido se aproximou.
Antes de descermos do carrinho, ele entregou a Claudia um par de chinelos de veludo. Grasi disse:
- Você não vai querer sujar seus pezinhos, não é mesmo?
Claudia sorriu com todo aquele cuidado. A seguir, um outro homem trouxe um belo cavalo branco, de raça... eu não sou conhecedor, mas me pareceu ser um raríssimo cavalo dourado, creio que o nome seria “Akhal Teke” .
- Nossa, que cavalo lindo!
- Você já cavalgou em pelo, sem arreios?
- Já...por que?
- Porque você vai poder cavalgar este belo animal agora mesmo.
Claudia ficou boquiaberta. Realmente, era um cavalo lindíssimo.
O homem ajudou minha esposa a subir no cavalo, apoiando as mãos justamente nas nádegas dela. Com esse movimento, percebi algo inusitado: ela estava usando um plug anal, daqueles com uma jóia na base. Usávamos um desses para aumentar a excitação sexual...
- Ê mão boba...Não perdeu a chance, hem? Mas ela riu, e o homem também. Os chinelos foram retirados.
De repente, todos pararam, extáticos, inclusive eu. Era uma visão impressionante: aquela belíssima mulher, montada naquele belíssimo cavalo. Parecia haver uma aura de energia ao redor deles. Ouvi um sussurro, não sei de onde veio:
- ( Godiva!)
Eu conhecia a história de Lady Godiva, a nobre que cavalgou nua pelas ruas da cidade de Coventry, na Inglaterra. Mas o que isso poderia ter a ver com o que estava acontecendo ali, eu não fazia ideia. Mas Claudia estava adorando a situação, e sua pele arrepiada e os mamilos eriçados também demonstravam sua excitação.
Grasi se aproximou de mim e falou bem baixinho:
- Vi que você percebeu o “princess plug”. E ela também está com um outro na vagina.
- ( O que? ) Perguntei.
- O da frente também é um vibrador... Grasi riu.
- Então, vocês querem que ela tenha um orgasmo enquanto cavalga...
- Olha...eu acho que só o fato do clitóris dela esfregar na coluna do cavalo já faria isso, mas não custa dar uma ajudazinha, não é mesmo?
- E isso tudo tem a ver com a energia sexual dela...
- Tem. Depois tudo será explicado, eu prometo.
O cavalo parecia saber o que deveria fazer. Começou a andar pela ruazinha central da vila, e já pude perceber o efeito do roçar da bucetinha dela nas costas do animal... ela suspirava levemente, a pele se arrepiava, algumas pequenas contrações musculares prenunciavam um orgasmo. As pessoas foram saindo das casas, formando filas dos dois lados da rua, por onde a bela mulher nua passava, cavalgando. Mais um pouco, e minha esposa soltava alguns gemidos entremeados com os suspiros. O corpo dela tremia levemente. Fui acompanhando por um dos lados da rua, o passo do cavalo era lento. Os murmúrios de “Godiva!” se repetiam aqui e ali.
Claudia estava de olhos fechados, suas mãos segurando a crina do cavalo dourado. Dava para ver o roçar da coluna dele na bucetinha dela. Mais um pouco, e a rua terminava em uma pracinha redonda, cujo calçamento tinha o desenho de dois círculos concêntricos e uma estrela de oito pontas. Quando estavam quase chegando lá, Claudia passou a estremecer inteira, prenunciando seu gozo. Bem no momento em que o cavalo chegou ao centro do círculo, ela explodiu em um orgasmo muito intenso. Seu corpo inteiro endureceu, e ela soltou um gemido alto. Pareceu, nesse instante, que uma nuvem de energia dourada se formou ao redor dela, rodopiando e subindo em direção ao alto. Creio que muita gente também percebeu isso, porque ouvi “OOHS!” e “AAHS!” por toda a parte. A este orgasmo, se seguiram mais alguns, e ela segurava com força na crina do animal para não perder o equilíbrio. A energia dourada rodopiava e se espalhava em círculos cada vez maiores. Claudia sabia que estava sendo vista por dezenas de pessoas , se estivéssemos só nós dois, em casa, trepando, ela teria caído molinha na cama. Mas isso quase aconteceu, ela foi amolecendo e se desequilibrou momentaneamente, mas o cavalo sentiu o movimento e compensou, virando um pouco o corpo. Ela então se deitou sobre as costas do animal, exausta. A nuvem dourada ainda pairava sobre ela, porém girando mais devagar. Depois de alguns minutos, foi ficando mais transparente, e finalmente se dissipou. Mas a sensação de uma energia intensa permanecia.
O homem ajudou minha esposa a descer do cavalo, não sem antes colocar os chinelos de veludo novamente em seus pés e dar uma boa passada de mão nas nádegas dela.
- Hmmm... olha a mão boba... Amparei-a , porque ela estava bem molinha devido aos orgasmos. Hector trouxe o carrinho, e lentamente a ajudei a subir e se sentar.
- Nossa, que experiência... e que tesão... ela murmurou.
- Claudia, o cavalo é seu – Grasi falou. O nome dele é Apolo.
- O QUE??
- Isso mesmo... agora Apolo é seu. Claro que ficará aqui, e será muito bem cuidado, mas agora suas energias se mesclaram, e ele só pode pertencer a você.
Minha esposa abraçou Grasi. Era um presente inacreditável. Mas será que era apenas um presente, ou vinha com alguma cobrança posterior?
( Continua)
