O sol já ia alto e a chuva fechara de vez seu ciclo, apenas deixando no ar o gosto bom de terra lavada, de natureza limpa e pingante. Nossos corpos, meio adormecidos sobre a cadeira de vime, na varanda, o dele por cima do meu, nossas respirações se confundindo, nossas rolas, enfim vencidas pelo cansaço, também dormiam, inertes.
Aos grunhidos de quem acorda, e ainda sonolentos, meio trôpegos, nos levantamos e entramos na casa, reclamando de fome. Disse-lhe que fosse tomar outro banho, enquanto eu preparava uma refeição mais forte pra nós. Ele quis fazer cu doce, dizendo que preferia ajudar a fazer a comida, afinal ele que sabia onde estavam os ingredientes e tal... Improvisei uma cara feia, de reprovação, e com um gesto de cabeça, enviei-o para o banheiro.
Ele fez uma cara de moleque, sapecou-me um selinho nos lábios e foi saltitando para o banho; alguns passos adiante, entretanto, voltou-se, correu e se atirou sobre mim, colando seus lábios nos meus, num beijaço maravilhoso, suas pernas circulando minha cintura... Por pouco minha rola não entrou em seu cu de novo...
Safadinho! Já pr’o banho!
Comecei a fazer a comida, ouvindo o barulho do chuveiro e Arthur cantarolando Cazuza. Estava feliz mesmo, o danadinho. Deixei tudo pronto no exato momento em que ele assomava na porta da cozinha, ainda sem roupa, pica a meio-mastro. Passaríamos o final de semana sem usar uma peça de roupa sequer? Provavelmente... E eu não me cansava de admirar aquele corpo branquinho, perfeitinho, aquela carinha de moleque...
Disse-lhe que fosse comendo, enquanto eu tomava uma ducha (a segunda do dia, às 9 da manhã). Pensei que fosse pentelhar, dizer que me esperaria e coisa e tal, mas concordou. Arthur era surpreendente; falou que estava morrendo de fome e, se me esperasse para comermos juntos, eu só encontraria uma caveirinha sentada na cadeira... Exagerado, não... aquele tanto...
Ainda bem, porque aquela ducha precisaria ser bem relaxante, bem tranquila. Eu não queria pressa. Pensei até em usar a banheira, e se bem o pensei, melhor o fiz. Eu me achava em pleno nirvana, e a água quente da hidromassagem me reenergizaria como a chuva fizera com meu parceiro lindo.
Ao mergulhar delicadamente meu corpo na água quente da banheira, senti um prazer enorme. Minha rola imediatamente deu sinal de vitalidade e endureceu, dentro da água. Comecei a me acariciar todo o corpo, numa massagem demorada, que convergia para meu cacete; eu estava descobrindo movimentos maravilhosos... extremamente prazerosos, que a correria cotidiana não me permitia experimentar, porque, para senti-los plenamente, era preciso não ter preocupação alguma com tempo.
Relaxei completamente, depositei minha cabeça na borda e fechei os olhos, sentindo o carinho da água em meu corpo. Em segundos, senti carnudos lábios sobre os meus e uma língua com gosto de suco de graviola invadindo minha boca. Esse pentelhinho não cansava? Do jeito que eu estava, nem eu.
Atracamo-nos, ele caiu dentro da banheira e nossos corpos se roçavam acintosamente. Enquanto nossas bocas se comiam, seu corpo flutuou e se depositou sobre o meu, e de frente um para o outro, nos acariciávamos e nossos corpos emitiam faíscas de prazer. Por eu estar embaixo e com a rola já preparada, pulsando, ansiando por um buraco onde se enfiar, pouco esforço foi preciso para Arthur sentar em cima, e desta vez nem precisou de lubrificante – seu cu já estava devidamente preparado e elastecido para receber minha rola, que entrou facilmente.
Nossos movimentos, nossos gemidos, nossas obscenidades... tudo fazia aquela banheira virar água fervente... Arthur estava transtornado, agitando desordenadamente seu corpo, que se enroscava no meu, numa loucura nunca antes vivida por mim.
Mas não gozei desta vez. Queria senti-lo dentro de mim, novamente. Num jogo de corpos, nossas posições se alternaram e eu é que estava sentado sobre seu colo agora, descendo sobre seu mastro rígido, que desaparecia rapidamente dentro de mim. Que delícia sentir aquele músculo teso nas minhas entranhas, sentir aquele macho novinho a me foder, me mordiscar e me dizer putarias ao ouvido, e a me estocar com tesão.
Em certo momento, a enfiada mais profunda e a paradinha que eu já conhecia; a rola a crescer, a pulsar e eu sentindo os jatos percorrendo seu interior e explodindo dentro de mim, quentinhos, enquanto Arthur grunhia feito um animal selvagem, e se agarrava fortemente a mim. Completo silêncio – somente o barulhinho característico do motor da hidromassagem. E nós dois, abraçadinhos, dentro d’água, sentindo todo o gostoso do corpo um do outro.
Finalmente nos separamos, levantamos da banheira, nos enxugamos, e enfim pude atender às exigências do estômago, que reclamava imperiosamente. Enquanto isso, Arthur elaborava a lista de “que-fazer” naquele sábado, entre séries para assistir, filmes para ver, jogos para eu perder e coisas tais, que não íamos ficar o dia todo trepando – isso não seria verossímil o tanto que esta história pretende ser.