Superviso bronco 7

Um conto erótico de Dan_emin
Categoria: Gay
Contém 4035 palavras
Data: 13/06/2021 14:08:28
Assuntos: Gay, Sacanagem

Cresci numa família de 4 irmãos, todos homens. Meu pai era o homem da casa e minha mãe a esposa submissa e foi assim que sempre aprendemos que o mundo era. Sabíamos que meu pai tinha várias amantes pela rua. Minha mãe resignada ao seu papel cuidava da casa e esperava meu pai chegar sem a mínima culpa a noite após ter passado a tarde com uma amante. Algumas vezes eu e meus irmãos chegamos a ver ele no bar do bairro com alguma mulher no colo tomando sua cerveja.

Ele nos disse, uma vez que eu e meus irmãos questionamos ele, que o homem provê o sustento e a mulher tem mais que ser submissa e cuidar da casa. Que se aliviássemos e cedêssemos íamos virar frouxos e a mulher dominar.

“Homem que é homem não recusa um rabo de saia (ele falou uma vez que estávamos em uma obra ajudando ele como serventes). Se aparecer viado também mete a rola, mas viado nada de baitolagem, só serve pra meter a rola e tchau; mulher a gente tem que ir dobrando com mais cuidado” ele falava aquilo rindo.

Esse era o meu pai e minha mãe vivia já resignada aos chifres e falatório das vizinhas, que óbvio sabiam das puladas de cerca dele. Assim vivemos até que um boato surgiu de que ele andava comendo um viado totalmente afeminado do nosso bairro.

Foi a primeira vez que vi minha mãe questionando ele sobre suas traições, se sentindo mais humilhada que nunca. Mas ele, sem perder a pose de macho da casa mandou ela calar a boca na nossa frente mesmo, se não ele calava.

Ela se calou, mas depois desse dia ficou mais retraída que nunca e assim permaneceu até o dia da morte. Eu não sabia se admirava ou odiava meu pai, mas já idoso e viúvo ele morreu alguns anos depois dela sozinho e melancólico. Quando a saúde e a grana acabaram, as putas sumiram e acredito ele sentiu falta da mulher.

Acabou que me casei e comecei a repetir o mesmo que meu pai. Traía minha mulher sempre, mas diferente da minha mãe, ela não era tão submissa e pediu separação.

Depois disso, tornei pior do que nunca, parti muitos corações por aí. Pegava as mulheres e quando conseguia o que queria descartava, descontando o que minha mulher me fez de pedir separação. Nessa altura da vida já tinha comido uns viados também, mas esses eu fazia questão de esculachar mesmo. Pra mim viado era pra ser usado e pronto.

A única coisa que me dava mais raiva que viado que chegava querendo por banca era quando chegávamos pra trabalhar e tinha algum desses playboys riquinhos de cidade grande que vinham trabalhar uns meses aqui, pondo banca de superiores e saíam promovidos sem fazer nada.

Ultimamente chegou um novo aqui pra trabalhar. Apesar dos outros falarem que ele é humilde e bom de serviço, já antipatizei com ele de cara. Alguma coisa nele me deixa agitado. Na verdade, acho que sei o que é. Apesar de não ser afeminado, esse jeito educado e essa raba avantajada dele não me enganam, é viado.

Confesso já gozei duas vezes batendo punheta com a imagem da bunda dele na cabeça. Fiquei puto comigo mesmo e ao pensar que esse viado granfino jamais se deixaria pegar por um cara como eu; deve pegar só esses playboys riquinhos com carro do ano.

Assim foi seguindo o tempo enquanto trabalhávamos juntos. O viado realmente era bom de serviço, mas eu não dava o braço a torcer e sempre colocava ele no lugar.

Tudo mudou no dia que ele me afrontou na frente dos meus meninos. Fiquei possesso e minha vontade era voar nele ali mesmo na frente deles, mas me controlei pensando no meu emprego e que seria melhor castigar ele depois sozinho.

Quando ele disse no carro que era meu superior acendeu um estalo em mim, quando vi já tava virando ele no capo da minha caminhonete e abaixando sua calça.

Quando já estava deslizando minha rola no rego dele, que me deu uma despertada e pensei “puta que pariu, que estou fazendo? Praticamente estuprando esse cara”. Mas foi só checar e ver que o viado tava de pau duro, que mandei esse pensamento embora, afinal ele tava excitado com aquilo e viado tem mais que ser usado mesmo.

Comi ele sem dó descontando toda animosidade que sentia por ele nas últimas semanas. Quando terminei bateu um leve remorso, mas não falei nada. Só guardei a rola na calça e voltamos pro alojamento.

Fui jantar e quando ele entrou vi que estremeceu ao me ver. Aquilo me deu uma sensação de poder e quando voltei pro quarto, tive que bater mais uma lembrando daquele rabo quente na minha rola.

No outro dia já estava decidido. Ficava a semana inteira naquele lugar sem uma buceta, ia usar muito aquele viadinho. Antes mesmo de ir tomar café já ajeitei minha mudança e fui pra dividir o alojamento com ele, que eu sabia estar vago desde a semana anterior.

Ele ainda tentou resistir no início, mas logo pus ele no lugar de viado e fiz me mamar. “Puta que pariu, como esse viado mama gostoso, melhor mamada da vida”. Eu me deliciava na boca dele e assistia vitorioso ele me mamando doido pela minha rola e pensava comigo mesmo: viado não resiste um macho mesmo, esse já tá na mão.

Quando acabou de mamar, dei logo um jeito de dar uma cortada nele pra não ficar se achando por eu ter gostado da mamada.

Passei o dia lembrando daquela mamada, perdi as contas de quantas vezes minha rola ficou dura lembrando da textura daquela boca e da carinha dele me mamando. Eu pegava muita mulher na cidade, não era segredo pra ninguém, mas uma mamada daquela ainda não tinha ganhado. Que devoção ele mamava meu cacete, fazia eu me sentir poderoso.

Cheguei ao quarto já louco pra pegar aquela delícia. Quando entrei e vi aquela raba estufando a bermuda colada meu tesão foi as alturas. Coloquei ele pra mamar do jeito que cheguei mesmo, sem nem tomar banho. Pensei comigo, mulher a gente tem que tratar mais nos conformes, estar cheiroso; viado a gente usa do jeito que quiser mesmo.

Ele ainda tentou resistir pra não come-lo, mas ignorei e logo joguei a real pra ele; que acabou se esbaldando na minha rola. Coloquei a cueca no rosto dele e senti o cu piscando no meu pau. “é uma puta mesmo” concluí ao fim daquela foda.

Fui tomar banho e quando abri os olhos vi ele me olhando todo apaixonado da porta. Dei logo uma cortada nele pra saber que viado pra mim é só pra ser usado e descartado. Afinal sou macho e não fico de baitolagem com viado.

No outro dia acordei e ele já não estava no quarto, fiquei puto pois queria uma mamada logo cedo. Mas faria ele pagar por aquilo e já sabia como. Levei ele pro almoxarifado pra dar uma boa foda, mas ele me tirou do sério com o jeito insolente querendo por as mangas de fora.

Tratei de dar um tapa bem dado nele e resisti a me deixar amolecer pela carinha que fez. Peguei sem dó de novo, pra enterrar mesmo qualquer sentimento de culpa pelo tapa. Ficava repetindo pra mim mesmo o que ouvi um dia: viado a gente não precisa ter dó.

Mandei ele ir se limpar e já fui caminhando pra caminhonete. No caminho lembrei o meu pensamento durante a foda e estremeci ao pensar que era exatamente o que meu pai tinha me falado uma vez.

Na outra semana algo de diferente aconteceu. Estava dirigindo com ele ao meu lado e percebi pela visão periférica que ele não tirava os olhos de mim e fiquei surpreso quando ele pela primeira vez tomou a iniciativa falando que queria minha rola. Senti empoderado, pois no fundo ainda sentia que aquele cara todo culto jamais ia querer ter alguma coisa comigo por livre e espontânea vontade. Toda vez que eu pensava isso comia ele mais sem dó ainda.

Mas agora satisfeito, deixei ele tomar a iniciativa e foi uma delícia. Que tesão o cu macio e quentinho deslizando na minha rola, parece que sentia cada cantinho dele enquanto as mãos macias deslizam pelo meu peitoral.

Estava adorando ver ele assim todo entregue, curtindo meu corpo; mas de repente ele vem em minha direção e desvio o rosto no automático.

Já estava preparando algo escroto pra falar pra ele por aquele atrevimento, mas vejo a carinha triste dele e confesso que meu coração dá uma amolecida. Além disso, hoje ele tá tão entregue que não tá merecendo aquele esculacho. Fico nesse pensamento um tempo e acabo não falando nada. Quando ele me pediu leite não resisto e gozo muito no cuzinho quente. Por incrível que pareça, aquela foda improvisada foi uma das melhores que já tive na vida. Fico até leve depois e passamos a tarde tranquilamente.

Acordo no outro dia sentindo minha rola sendo sugada e vejo meu viadinho já ali me mamando. “Caralho, nunca fui acordado tão gostoso” penso comigo mesmo e me sinto sortudo por ter aquela delícia pra mim. Transamos gostoso e eu pego leve com ele. Primeiro porque não podíamos fazer barulho e segundo porque ele está merecendo ser bem comido depois da foda de ontem e de me acordar desse jeito. Quando vi ele todo manhoso mordendo o travesseiro e abafando os gemidos doido com minha pegada não resisti e enchi o cu de leite. “Parece que cada foda com esse viado é melhor do que a outra”, penso enquanto estou no banho após comer ele.

Acordei no sábado com a rola dura lembrando do meu viadinho me ordenhando durante a semana. “Caralho, João. Comeu uma buceta ontem e ao invés de lembrar excitado da mulher tá pensando naquele viado?”. Fico puto comigo mesmo por essas lembranças e vou pro chuveiro tomar um banho pra acalmar.

A tarde estava na garagem ajeitando umas coisas no carro e recebi uma mensagem dele. Meu pau pulsa como já pulsou várias vezes naquele dia lembrando das nossas fodas quando vejo ele me chamando pra ir come-lo. Mas eu logo corto esse pensamento e falo pra mim mesmo que estou precisando é pegar uma mulher, nem estou me reconhecendo. Dou uma resposta bem ríspida pra por o viado no lugar e passo o resto do fim de semana evitando pensar nele, sem muito sucesso.

As semanas foram passando e eu cada vez mais viciado no cu e na boca daquele viadinho. As vezes ficava assustado, pois nunca tinha pegado nenhuma mulher tantas vezes assim, quanto mais viado.

Um dia meu tesão tava tanto que não aguentei comer ele no meio do mato mesmo fora do carro. No outro dia cedo quando meu chefe me chamou na sala pra conversar eu pensei comigo mesmo “fudeu, alguém viu”.

Mas pra minha surpresa era uma promoção. Fiquei tão atônito depois de estagnado anos na mesma posição que mal escutava meu chefe falando. Fui despertado desse transe ao escutar a voz do Dani me parabenizando. Olhei pra ele e correspondi o aperto de mão e só então comecei a perceber o quanto pouco a pouco ele foi nesses últimos meses me ensinando e me moldando pra conseguir chegar nessa promoção.

Passei a sexta a noite e o sábado pensando nisso. Sábado a tarde liguei o foda-se e mandei mensagem pra ele como quem não quer nada. Não ia dar o braço a torcer de chamar ele pra encontrar e fiquei aliviado quando ele tomou a iniciativa e me chamou.

Ficamos na área da piscina vendo o jogo e pegava de vez em quando ele me olhando faminto vendo meu pacote. Me sentia o máximo sendo adorado por ele, mas o filho da mãe desfilava aquela raba na minha frente e logo os papéis se invertiam. Dei graças quando o jogo acabou e fomos pro quarto. Meu saco já estava doendo de vontade de pegar ele, um fogo pior que adolescente.

Comi ele bem gostoso, tentando dar prazer para aquela delícia e retribuir o que não consegui dizer em palavras no dia da promoção. Fiquei comendo ele bem de frente com o rosto a centímetros e meu olhar deslizou para boca carnuda e rosada. Pensei numa fração de segundo me censurando: “puta que pariu, João...tá com vontade de beijar um viado?”

Antes que eu tivesse tempo pra sair desse dilema ele tomou a iniciativa e me beijou. “que boca macia, gostosa, sinto meu pau pulsar e penso que delícia de boca de...viado?! puta que pariu, estou virando viado também”, penso e já me separo dele e levo a mão até seu pescoço.

“Puta que pariu esse viado tá me fazendo virar viado também” eu penso com raiva e dou um tapa na cara dele e cuspo expulsando o gosto da boca dele da minha. Vejo ele me olhando assustado, mas não alivio. “Preciso punir ele, preciso me livrar dessa imagem, caralho que cu gostoso, vou gozar”.

Só depois de gozar alivio a pressão no pescoço dele e sinto um pouco culpa vendo a expressão assustada dele, mas só rolo pro lado sem falar nada. Ficamos um tempo em silencio até que sinto ele indo pro banheiro. Tenho o impulso de ir atrás e abraça´-lo, mas logo me vem uma antiga frase a cabeça: ‘’se ceder vai virar um frouxo e acabar sendo dominado”. Acabo decidindo sair dali e visto minhas roupas e saio sem nem dar tchau.

No domingo minha mão coçava pra mandar uma mensagem pra ele, mas resisti e ao final do dia já estava decidido a voltar agir como se nada tivesse acontecido.

Foi o que fiz na segunda logo de manhã, mas percebia que ele não me mamava com o mesmo tesão de antes. Preferi não provocar mais e não disse nada. Estava confuso e um pouco culpado pelo meu tratamento do fim de semana. Fiquei esperando ele me procurar a noite, mas nada. Na terça de manhã também não tivemos oportunidade.

A noite não estava aguentando mais aquilo e dei o braço a torcer e fui atras dele, que resistiu no inicio; mas acabou se entregando o que estranhamente deixou meu peito aliviado. Comi ele e me deu uma vontade enorme de beijá-lo e selar a paz, me deixei levar, mas ele se esquivou. Acho que com medo, mas peguei o rosto dele e beijei lentamente. Que sensação gostosa, minha rola toda atolada nele e a língua na minha boca. Aquela sem dúvida era a foda mais gostosa da vida, nunca me senti tão conectado a alguém.

Gozo e afundo o rosto no seu pescoço, sentindo o cheiro gostoso que vem dele. Sinto as mãos macias passeando pelas minhas costas e minha vontade é não sair nunca dessa posição. Já estou quase dormindo assim, quando sinto uma vozinha na minha cabeça que fala: “viado é pra usar e descartar, ou tá virando viado também?”.

Separo dele sem querer, tomo um banho pra esfriar a cabeça e vou pra minha cama.

No outro dia acordo decidido a parar com aquela viadagem, quero voltar pra igual era no início daquela coisa toda com ele. Pego ele com força e esculacho bastante pra ele saber que comigo não vai ter nada de baitolagem. A entrega dele, mesmo com meu tratamento, me desarma por um instante, mas eu logo corto qualquer afetividade chamando ele de vagabunda.

Vejo ele gemendo de dor quando meto minha rola de uma vez e rio aliviado me sentindo de novo o machão comedor. Reafirmando meu papel de macho. Sinto meu pau pulsando entrando e saindo daquele cuzão e o gozo próximo. Tiro ele da minha rola e pra acabar de domá-lo enfio minha rola na garganta e despejo meu leitinho.

Ele recebe tudo sem questionar e essa entrega incondicional me deixa mais mexido ainda após gozar. Só falo pra ele se limpar e saio pra caminhonete pra evitar demonstrar qualquer sentimentalismo com ele.

Fiquei nesse misto de comportamento nas próximas semanas. As vezes tinha vontade de só abraçar aquele carinha gostoso e cuidar, as vezes arrependido de ceder nesses pensamentos comia ele pior do que uma puta de estrada.

Quando recebemos uma premiação da área, mais uma vez senti o quanto devia ser grato aquele cara por toda evolução profissional que eu tinha tido desde que ele chegou ali. Eu sabia que apesar dele sempre se entregar pra mim independente do jeito que eu pegasse ele, Dani sentia falta de um encontro de verdade mesmo.

Pensei comigo mesmo: “cara, já tratei bem e levei pra programa legal tanta mulher vagabunda que não merecia um décimo do que esse cara merece, que vou realizar esse desejo dele.” E assim convidei ele pra um programa normal no fim de semana. A carinha de felicidade que ele fez quando eu disse isso me amoleceu, que senti até meio culpado por ser sempre tão duro com ele.

No outro dia, caprichei no visual e no perfume pra dar uma noite especial pra ele. Até o carro levei pra lavar. Quando cheguei pra busca-lo, ele teve estava muito gostosinho com uma calça preta realçando aquela raba maravilhosa e uma camisa justa, que só fazia ressaltar mais ainda a raba.

Tive vontade de levar ele pro motel direto mesmo, mas estava decidido a seguir o cronograma. Chegamos no barzinho e logo aquela vozinha veio na minha cabeça e já achei que algumas pessoas olharam meio atravessado eu chegar junto com ele. Pra minha sorte pouco depois chegou uma colega de serviço com uma mulher gostosa do lado, que ainda não conhecia. Percebi que a vadia me olhou de cima a baixo e logo tratei de lançar as garras pra afastar qualquer pensamento da galera em mim relacionado ao viadinho.

Na verdade, eu mesmo me convenci que uma mulher gostosa daquelas era o que eu tava precisando pra tirar essa viadagem toda da cabeça. Poucos minutos de conversa e eu já percebi que a puta tava no papo. Esperei mais um pouco e taquei a direta nela chamando pra irmos pra um lugar só nós dois. Como toda mulher que se finge de recatada ela se mostrou evasiva de cara e eu, pra entrar no joguinho dela, falei que ia ao banheiro. Na verdade só pra dar tempo dela fazer um doce e sairmos em seguida.

Estava no banheiro quando o Dani entrou já me intimando e tratei logo de por ele no lugar. Achei de tá tudo arranjado, mas quando já estava pra sair ele veio falar de não dar mais pra mim e perdi a cabeça. Zombei da condição dele e como não teve resultado acabei por ameaça-lo. Fomos interrompidos por alguém aproximando e saí na frente, mas no corredor já estava meio arrependido do que fiz.

Pouco depois ele voltou pra mesa e senti culpado por ver sua cara triste. Ele se despediu da nossa colega aniversariante e saiu. E eu, apesar de sem vontade nenhuma, parti depois com a gostosa e fui pro motel. Quando entrei senti uma pontada de culpa, quem era pra estar ali comigo não era essa mulher que nem conheço e que pelo pouco que conversei parece ser uma anta.

Transamos no automático, o tempo todo me vinha na cabeça a imagem do Dani. Gozei e já chamei a mulher pra ir embora. Senti repulsa dela e só deixei em casa e fui pra minha.

Passei o domingo pensando em mandar msn pra ele e desculpar, mas meu jeito turrão não permitia. Por fim acabei me convencendo que já tinha sido filho da puta com ele antes várias vezes e ele sempre voltava pra mim. Na segunda tudo se resolveria.

Na segunda cheguei ao site e fiquei inquieto por não ver o Dani chegando no ônibus com o pessoal. Fui pro quarto e ele também não estava ali. Fiquei sentado na cama um pouco, com uma sensação estranha, quando um colega bateu na porta e falou que o chefe queria falar com o pessoal da equipe.

Fiquei aliviado ao entrar na salinha e ver o Dani ali. Fiquei procurando o olho dele, mas ele olhava pra todo mundo e conversava com alguns se recusando a olhar na minha direção. Ficamos nessa até que todos chegassem.

O chefe começou a falar e não acreditei quando ele disse que o Dani tinha pedido demissão. Essas foram as últimas palavras que escutei, fiquei aturdido parecendo que tinha levado uma pancada na cabeça. Vi o pessoal saindo da sala pouco a pouco até que só restamos nós dois e ele mesmo saiu depois em puro silencio.

“Caramba, não acredito que isso tá acontecendo...foi pelo que eu disse no fim de semana...eu tenho que pedir desculpa, tenho que falar que tava só blefando, que nunca faria nada pra prejudicar ele na empresa... puta que pariu, onde eu tava com a cabeça, mas o chefe falou ainda tem tempo de voltar atrás...” fiquei mais uns minutos aturdido até que levantei e fui atrás dele no quarto.

O jeito frio dele me tratar acabou comigo, a sensação de perda já me dominando. Tentei falar que gostava dele, mas a garganta travou. “Covarde filho da puta” pensei de mim mesmo e ainda tentei pedir desculpa, mas ele faiscando de raiva saiu do quarto.

Sentei na cama com as mãos na cabeça, parece que o chão tinha aberto sob meus pés. Balançava a cabeça não querendo acreditar no que tava acontecendo. Fiquei assim um bom tempo até que escutei uma batida na porta de um colega me chamando pra uma atividade.

Fiquei o dia meio anestesiado. No almoço mandei várias mensagens pro Dani, abri com ele pela primeira vez. A mensagem não chegou e imaginei que ainda estivessem na estrada. Voltei pra trabalhar, mas não concentrava em nada. Peguei meu celular e vi que as mensagens tinham sido recebidas e ele estava online.

Fui digitar pra ele que eu estava sentindo falta dele, pra não ir embora, que me perdoasse pelo comportamento de sexta; mas antes que eu terminasse de digitar ele me bloqueou.

Terminei o dia de trabalho com um nó na garganta que permaneceu até quarta-feira; quando fui sozinho até o antigo almoxarifado. Olhei o colchão que tínhamos transado ali no chão, a mesa e quando percebi umas lágrimas rolavam pelo rosto. Nem lembro de quando tinha chorado na vida. Era uma mistura de perda, culpa, remorso.

Voltei dirigindo e passei pelo lugar que tinha parado a caminhonete e comido ele a primeira vez. “Como eu fui cretino com ele, um cara que me fez tão bem esse tempo todo”. Dei um murro no volante com raiva de mim mesmo e esperei um pouco me recompor pra voltar pro alojamento.

Sexta voltei pra cidade, só passei em casa pra tomar um banho e já fui direto pro hotel. O gerente disse que ele não estava, mas suspeitei que fosse mentira e ele que não quisesse me receber. Conformei e fiquei sentado no saguão esperando ele sair. Após algumas horas vi ele chegando e confirmei que realmente ele não estava.

Dei a cara a tapa com a possibilidade dele me por pra fora, mas precisava arriscar e após alguma insistência ele aceitou jantar.

Durante o jantar eu não conseguia parar de olhar cada detalhe dele e pensando comigo mesmo: “meu Deus, que cara lindo. Sou muito burro mesmo não dar valor um cara desse que fez tudo por mim”.

Ainda tentei vencer a barreira dele, mas ele se esquivava e eu entrava em desespero pensando que “ele já não sentia nada por mim”.

Doeu quando ele recusou me dar um beijo despedida, mas eu entendi...no lugar dele não teria aceitado nem sair pra jantar.

Sábado ainda tentei ir encontra-lo de manhã, mas ele não estava. Quanto mais aproximava a hora do voo dele mais eu ficava inquieto, ele não respondia nenhuma mensagem minha.

Com a sensação de perda, mas um fio de esperança fui trabalhar segunda. Pensei em me demitir, que não ia aguentar ficar ali naquele ambiente que tanta coisa tinha acontecido, mas ainda tinha esperança dele desistir de sair da empresa. Só isso me fez continuar.

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Comentários

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quem tem pena é a Edwiges, quero mais é que esse aí sofra

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Incrível, senti a dor dele aqui.

Uma pena que o autor passa anos e anos pra postar.

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Oi !

Dan

Espero ansioso pela continuação do conto ( espero que eles se encontrem ainda ).

Parabéns pelo conto 👏👏👏

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Excelente, um dos melhores capítulos, apresentando a perspectiva do João, e dando contexto a algumas atitudes dele como cicatrizes psicológicas por conta da criação que recebeu. Mas agora vai ter que se esforçar e sofrer um pouco mais pra recuperar o Daniel, mas não acho que seja impossível. Ainda podem ficar juntos, mas as cartas certas terão que ser jogadas. Gostei muito dessa reviravolta no enredo, continue por favor.

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Caro Dan, sem pestanejar, este foi o melhor capítulo de toda a narrativa. Tua escrita é certeira e cheia de sentidos. Avante a nos embevecer... Conte-nos mais...

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O sofrimento dele vai ser necessário para ele realmente mudar, espero que o dani vá embora para ele sofrer mais e só depois que ele realmente mudar é que o dani deve dar outra chance

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Foi um estúpido com ele e mereece cada minuto desse sofrimento ai. Continuaa!!

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