Da varanda da minha casa, vejo o mar e a espuma branca das ondas beijando a praia...as gaivotas sobrevoam ao longe, contrastando com o verde dos morros e este lindo céu azul.
Novamente é verão. Fecho os olhos, respiro fundo e me deixo levar pelas lembranças da minha doce juventude. Apanhando um diário, me ponho a escrever as minhas memórias.
Voltemos a Campo Florido, no interior de Santa Catarina, onde passei boa parte da minha vida. Distante uns quinze quilômetros na área rural da cidade, havia uma grande fazenda, onde minha família era empregada de um rico agricultor. Na fazenda era cultivado soja, milho, trigo e batatinha. Há uma certa distância da linda casa do patrão, haviam seis casinhas modestas, onde residiam alguns empregados e suas famílias.
Meu pai, um homem de origem alemã, trabalhava com trator e a colhedeira, desempenhando várias tarefas ao longo dos meses. Em casa éramos três irmãos: Lindomar com dezesseis anos, e mais dois garotos: um com doze e outro com dez anos. Minha mãe era uma dócil dona de casa, sempre submissa às ordens do marido. Meu pai era rude, brabo e grosso. Por qualquer mal entendido, o velho levava os filhos no chicote.
Estávamos no início de dezembro deEra a minha formatura na oitava série do curso ginasial e duas professoras madrinhas da turma haviam organizado uma viagem à praia de Balneário Camboriu. No auge dos meus dezesseis anos, estava ansioso para conhecer o mar. No último semestre, a turma não falava em outra coisa, se não, na viagem à praia. Porém, dos quarenta formandos, somente vinte confirmaram a viagem. A metade ficou apenas no sonho...
Todo dia uma das professoras passava cobrando as passagens e acertando os detalhes para aquela viagem de quinze dias no paraíso catarinense. Eu enrolava, garantindo que iria, mas tinha dúvidas se meu pai iria me arrumar o dinheiro da passagem.
Naquela manhã de sábado, antes que meu pai saísse para fazer compras na cidade, falei a respeito da viagem com a turma da escola. O velho com uma cara feia, respondeu em alto e bom tom: - Isso é coisa de vagabundo. Vê se tenho cara de sustentar passeio de gente vadia. Assim que acabar a porcaria dessas aulas, quero você no cabo da enxada.
Ainda chocado com a resposta, ouvi a caminhonete do patrão estacionando perto de casa, para dar uma carona ao meu pai. Tive a impressão de que o patrão tinha ouvido os berros do meu pai. Baixei a cabeça e aborrecido saí a caminhar pela mata, cheio de raiva e vendo meus sonhos naufragarem.
Meu pai já havia falado com o patrão para me ensinar a dirigir o trator e que tão logo fosse possível, queria uma ocupação para mim na fazenda. Parecia que meu destino estava selado. No silêncio daquela noite de sábado, passei a chave na porta do meu quarto, deitei na cama, já de cueca e me pus a ler duas revistas playboy que havia ganho certa vez, de um colega de escola.
Já eram revistas de uns dois anos atrás, mas era a única fonte de sexo ao meu alcance. Passava horas admirando as fotos de lindas atrizes nuas, algumas com a buceta raspadinha, outras com um pouco de pentelhos, os peitos gostosos de serem chupados, tão atraentes quanto as coxas lindas e excitantes. Embalado pela fantasia, acabava numa punheta gostosa. Molhado pelos jatos da minha porra quentinha, apagava a luz e adormecia.
Domingo pela manhã, a tradição mandava que todas as famílias da fazenda fossem à missa na cidade. Quem tinha carro, dava carona para quem não tinha e assim um ajudava o outro. Fiquei em casa porque um capataz havia combinado de me dar algumas aulas de direção com o trator, naquela manhã. O pessoal já havia saído há tempo, quando ouvi a buzina do trator na frente de casa. Olhando da porta, estranhei que não era o capataz Tonico no volante, mas sim nosso patrãozinho Gustavo.
- Bom dia! - saudou-me o patrão com seu sorriso sempre simpático. – Vamos aprender a guiar?
- Pensei que era o Tonico que vinha me ensinar.
- Não, o Tonico teve um imprevisto e me avisou que não poderia vir. E já que eu estava mesmo indo vistoriar as plantações, resolvi aproveitar para te dar algumas instruções. Senta aí, que o volante é seu.
E lá fomos nós adentrando pelas plantações afora. Uma meia hora mais tarde, já bem longe das casas da fazenda, onde só haviam plantações e mata fechada, o patrão pediu que eu freiasse. Tomou o volante e bem simpático foi dizendo: - Muito bom garoto. Para primeira aula, você mandou bem.
E assim dizendo, ele conduziu o trator para dentro de um capão de mato, onde por trás das árvores havia um lindo campinho. Freiou o trator de maneira que o mesmo ficasse oculto na mata e me olhando nos olhos, passou levemente suas mãos em meus cabelos, perguntando: - Então você que ir conhecer o mar, mas o teu pai não quer pagar a passagem? Eu ouvi a conversa de vocês...
- É...- respondi meio encabulado.- Acho que dessa vez não vai dar.
- Mas eu posso realizar o teu sonho.O sonho de conhecer o mar. Veja só como rima: “Lindomar foi conhecer o mar!”
O patrão Gustavo, homem de uns quarenta anos, de origem latina, era moreno claro, alto e bonito, andava sempre bem apresentável. Tinha uma linda esposa e era pai de duas moças que cursavam a faculdade em Curitiba. As senhoras, nossas vizinhas diziam que o patrão era um galã de novela. E nisso eu concordava com elas.
- Posso pagar sua passagem e ainda dar mais um dinheiro para você gastar na praia.
- Mas...mas...- comecei a gaguejar sem entender direito aquela proposta.
Com seu lindo sorriso, ele afagou novamente meus cabelos, chegou mais próximo e sussurrou no meu ouvido: - Eu gosto de trepar com homens e de preferência com garotões mais jovens.
Estremeci, senti um arrepio percorrer todo o meu corpo e mil coisas vieram a minha cabeça naquele instante. Mas, eu queria muito me vingar do meu pai, queria esfregar na cara dele a minha passagem para a praia. E se me tornasse amante do patrão, poderia vir a desfrutar de muitas mordomias. Foi então que fechei os olhos e me entreguei aos seus encantos. Nossas bocas se uniram, nossas línguas se cruzaram e ele muito faminto foi deslizando sua boca gulosa pelo meu pescoço, com longas chupadas.
- Venha. – ele estendeu a mão, me conduzindo para o campinho dentro do capão de mato, onde atirou um pedaço de lona sobre a relva, cobrindo-o em seguida com uma colcha madrigal verde clarinha. Continuamos nos beijando e ele foi me despindo lentamente...tirou a camiseta, a bermuda, deixando-me só de cueca. Rapidamente tirou minha cueca e abocanhou todo o meu pau, chupando loucamente. O tesão era intenso, percorrendo todo o meu corpo, mas eu não conseguia gozar. Entre um gemido e outro, informei:
- Patrão, eu sou virgem!
- Não tenha medo, pois sou carinhoso.
Despiu-se em seguida e ajoelhando-se, pediu que chupasse o seu cacete. Era uma pica grande, bem maior que a minha. A cabeça avermelhada latejava, toda lambuzada pela babinha. Fechei os olhos, abocanhei aquela vara grossa, enquanto o patrão acariciava minha bunda e seus dedos procuravam pelo meu cuzinho. Quanto mais eu chupava, mais ele queria ser chupado. De repente, respirou fundo e pediu:
- Fica de quatro.
Senti então seus dedos deslizarem um creme geladinho na entrada do meu rabo virgem e enquanto introduzia os dedos no meu cu, ele me explicou que era lubrificante, para facilitar a trepada. Gemi de prazer, sentindo seus dedos entrarem e saírem, indo e vindo, levando-me à loucura.
Segurou-me firme pela cintura e numa estocada rápida e forte, começou a rasgar as pregas do meu cuzinho virgem. Gemi mais forte e um sensação nova e gostosa desabrochava em meu corpo. Meus gemidos o enlouqueciam e ele fincava ainda mais forte.
Encaixou sua boca junto do meu pescoço, gemeu feito um touro e gozou toda a sua porra dentro do meu cu. Senti a porra quente lá dentro, enquanto o patrãozinho foi me fazendo deitar e debruçou-se sobre mim, com o pau ainda lá dentro. Extasiados, cochilamos um pouco. Acordei com ele me oferecendo papel higiênico para limpar a bunda, pois a porra escorria pelas minhas coxas.
- Foi muito gostoso. – ele sorriu satisfeito. – Vamos até a minha casa, que vou te fazer um cheque.
E cumpriu. Pois o cheque era de um bom valor, o qual dava para pagar a viagem e ainda sobrava bastante para gastar na praia. Antes de sair da sua casa, ele ainda me deu um beijo dizendo: - Você vai precisar de umas roupinhas novas para viajar. Vou te mandar alguma coisa, mas esse segredo fica entre nós.
Sorri, botei o cheque no bolso e consultando o relógio de pulso, percebi que dali a pouco todos estariam de volta da igreja. Apressei o passo e corri para casa.
Naquela noite, pelado na minha cama, me vinham as lembranças daquela foda, onde o patrão havia arrancado o meu cabaço. Fiquei rolando na cama, de um lado para o outro, sem conseguir pegar no sono. Com o pau endurecido, enfiei o dedo indicador bem fundo no cuzinho e gozando loucamente, adormeci.
Com dinheiro na mão, tudo fica mais fácil. Segunda-feira pela manhã, acertei a viagem e na saída da escola, um carro me esperava. Era o patrãozinho.
- Entra aqui, vou te dar uma carona. Tenho um presentinho para você. – ele disse me entregando algumas sacolas das Casas Pernambucanas, onde haviam seis bonitas camisetas, duas bermudas, seis cuecas, uma sunga, três pares de meias esportivas, um par de chinelo e um par de tênis.
- E não se incomode com teu pai. Já “passei o bico nele”. Disse que vou descontar o empréstimo, depois que você começar a trabalhar na fazenda. Lindomar, comigo você vai ter uma vida de rei. – prometeu ele dando a partida.
Enfim lá estava eu tomando água de côco, com meus colegas de escola, naquela praia maravilhosa de Balneário Camboriú. Tudo era lindo e tinha o seu encanto: a praia, o mar, a ilha das cabras, os turistas argentinos com seu linguajar, eram motivo de riso para nós que não entendíamos nada de espanhol. E assim transcorreram os quinze dias de férias, bem longe da fazenda e da rudeza do meu pai.
Às vezes, quando deitava para dormir, me vinha à cabeça, que eu havia pago um alto preço por toda aquela diversão. Havia sido a putinha do meu patrão, dando o meu cuzinho virgem para ele foder. Mas...eu não queria mais ser o caipira pobre da roça, remendado e sem futuro. Queria uma vida melhor e sabia que tudo tinha um preço. Certo ou errado, o primeiro passo eu havia dado...
Novamente era sábado e ao anoitecer, o ônibus escolar me deixou próximo da entrada da fazenda. Com a mochila a tiracolo, fui caminhando na direção de casa.
Na varanda, meu pai me esperava com a cara feia. Ao cumprimentá-lo, ele esbravejou e me acertou a cara com as duas revistas playboy, que eu havia escondido debaixo do colchão da minha cama. Os meninos haviam encontrado e mostraram aos meus pais.
- Seu punheteiro de uma figa, trazendo putaria para dentro de casa. Seu safado. – ele esbravejou apanhando o chicote pendurado na parede e partindo para cima de mim. Acertou duas chicotadas nas minhas costas, mas pela terceira não esperei. Segurando a mochila, fugi para o mato em disparada e ele veio atrás, berrando alto e chamando a atenção dos vizinhos que começaram a sair nas janelas.
Me escondi no mato e naquela noite fui dormir num galpão de milho, onde o patrão guardava barracas, colchões velhos, lonas e outras coisas de pescaria. Arrumei um colchão velho e como fazia calor, não precisava de cobertas.
Enquanto cochilava, comecei a refletir que se o velho havia ficado louco por causa daquelas revistas, imaginem o que não faria se descobrisse algum dia, do meu caso com o patrão? O melhor seria ir embora da fazenda, para sempre.
Domingo pela manhã, aproveitando que todos haviam ido à missa, voltei para casa, tomei banho, degustei de um saboroso café, arrumei minhas coisas, meus documentos e deixei sobre a mesa um bilhete de despedida. Naquele final de semana o patrão e a esposa estavam em Curitiba, visitando as filhas. Pensei qual seria a sua reação, quando contassem que eu havia ido embora? Caminhei até a BR em busca de uma carona para a cidade e logo consegui. Já em Campo Florido fui procurar pela pensão da dona Nicota, que era avó do meu colega Beto. Ela me conhecia de vista, pois eu já havia ido na pensão algumas vezes, para fazer trabalhos escolares com o Beto, que lá residia.
Contei que estava em busca de emprego e que no momento dispunha de algum dinheiro para pagar a pensão. Muito simpática, a senhora me recebeu e informou que seu neto havia voltado para a casa dos pais em São Ludgero, no sul do Estado e não sabia se voltaria a morar com ela. O quarto do Beto estava vazio e agora seria meu. Não cobraria nada até que eu conseguisse um emprego. Em troca, só me pediu uma ajuda nos pequenos afazeres da casa. Não demorou uma semana e comecei a trabalhar como entregador de jornal. E foi através desse jornal, que um dia, determinado anúncio chamou minha atenção. Procuravam por um dançarino de boate e o salário era muito bom.
Numa daquelas tardes recortei o anúncio do jornal e fui procurar pelo endereço indicado. Pois quando ainda estudava, durante uma gincana escolar, havia tirado o primeiro lugar numa imitação do John Travolta. Motivado por isso, gostaria de fazer um teste, porque além de tudo eu gostava de dançar. Andei feito um cavalo e lá no final de um bairro bem distante do centro, quase na BR, cheguei ao endereço. A tal boate era na verdade uma casa de zona, um puteiro ou a casa da luz vermelha, como diziam no popular. Àquela hora da tarde, com o sol alto, tudo era um silêncio total. Arrisquei a apertar o interfone. Do outro lado, uma mulher respondeu: - Função somente à noite.
Insisti dizendo que viera por causa do anúncio e a mulher pediu para aguardar. Logo a porta se abriu e a gerente da zona me convidou a entrar, me conduzindo por um lindo salão até chegar diante de um bar.
Dona Matilde, com sua vasta cabeleira ruiva, batom vermelho bem forte, brincos de argola e os dedos cheios de anéis, me pareceu uma mulher muito esperta, uma vigarista de primeira. Medindo-me de cima a baixo, ela falou gargalhando:
- Frangote, você é bonito, não nego. Esse cabelo loiro sedoso, seus olhos verdes são um encanto. Mas você é muito novo para trabalhar aqui. Duvido que já tenha dezoito.
- Tendo dezesseis. – respondi mostrando a identidade.
Com pouco caso, ela consultou a identidade e arriscou a perguntar: - Mas você sabe mesmo dançar?
- Ganhei o primeiro lugar na escola, imitando uma dança do John Travolta.
Ela ligou no toca-fitas a música “Summer Nights”, do John Travolta com a Olívia e mandou eu dançar. Fiz o possível para agradar.
- Você requebra bem, tem uma bundinha erótica e é disso que eu preciso. Senta aí e vamos conversar.- pediu ela me oferecendo uma coca-cola. Contou então que o trabalho era noturno e a dança consistia em apresentações sempre fantasiado de algum personagem e na medida que ia dançando, ia fazendo um streape até arrancar as calças e ficar somente de sunguinha, na qual os homens geralmente colocavam altas gorjetas. Era uma dança exclusiva para gays e simpatizantes, no salão vip. Haviam dois salões naquele puteiro e muitos quartos. O salão real era dedicado aos heteros e às prostitutas. No salão vip, entravam os gays e simpatizantes.
- Puta que pariu! – resmungou dona Matilde acendendo um cigarro. – Gostei de você rapaz. Mas não posso contratar menor de idade. Você sabe, aqui é um puteiro. A não ser que...se eu falar com o meu amigo delegado, talvez ele me quebre esse galho. Me deixe seu telefone, que eu vou falar com ele e depois te dou a resposta.
Continuei a entregar jornais e após uma semana, dona Matilde me ligou informando que o emprego já era meu. Além do salário combinado, me ofereceu moradia num quarto aos fundos do puteiro. É lógico que para a bondosa dona Nicota, tive que inventar uma outra história qualquer e agradecendo pela hospedagem, me despedi e fui trabalhar na zona.
As apresentações na zona, eram somente no horário das vinte e três horas até a meia-noite e meia, todos os dias. Durante o dia eu descansava, ensaiava novas coreografias, provava as fantasias e junto com uma das putas, escolhíamos as músicas.
Quando entrava no salão vip, sentia que estava lotado de machos, porém as luzes dos refletores impediam de reconhecer a plateia. Sempre me apresentava com uma fantasia diferente: marinheiro, soldado, bombeiro, médico, Batman, Homem Aranha, etc.
E o dinheiro entrava que nem água. Os machos rapidamente enfiavam notas altas na minha sunga, aproveitando para apalpar meu saco ou minha bunda. O sucesso do Boy dançarino, era total.
Quando terminava o meu número e voltava ao quarto, haviam sempre umas duas putas esperando para dormir comigo. Cortesia da casa. Na maioria das vezes ficávamos fodendo até clarear o dia. Em outras noites, eu estava tão cansado e com sono, que o pau não levantava nem com promessa.
No ritmo da dança e inebriado pelo sucesso, não vi o tempo passar.
Novamente estávamos próximos do Natal e com o dinheiro que havia guardado, comprei um fusca e aluguei uma pequena casa no centro da cidade. A partir de então, passei a ir na zona somente à noite, para trabalhar. Foi no raiar do novo ano, que dona Matilde me procurou com uma nova proposta. Conforme me contou, já estava com a agenda cheia de pedidos de homens que desejavam fazer programa comigo.
- Se você topar a parada, vamos cobrar alto.
Traçamos então um novo plano de trabalho a partir daquele ano. De segunda a quinta-feira eu atenderia um cliente por noite e as apresentações de dança aconteceriam somente de sexta-feira a domingo. Para minha nova atividade, dona Matilde montou uma linda suíte, na ala do salão vip. Ali eu faria os meus programas.
Muito franca, ela esclareceu que não podia garantir se meus clientes seriam homens heteros, gays ou bissexuais. Teria que estar preparado para o que aparecesse. Me levou para conhecer a suíte, que sem dúvida era muito agradável. Começando pelas cortinas de voal e cetim salmão e cores pastel, a cama de casal, colchão e travesseiros macios, frigobar com licores, chocolates e petiscos, ar condicionado, guarda-roupa (onde sempre havia um estoque de preservativos, lubrificantes, e papel higiênico, além de toalhas e algumas cuecas que eu deixava de reserva). O banheiro era lindo, com detalhes dourados sobre as peças de mármore branco e espelhos que desciam até o chão.
No carnaval daquele ano fiz minha estreia como garoto de programa.
Deitado na minha cama, vestindo apenas uma cueca sleep azul clarinha, sob a luz do abajour, recebi o meu primeiro cliente. E pasmem! Era o prefeito da cidade.
Um homem jovem, quase a mesma idade do meu patrãozinho da fazenda e o mesmo perfil atlético. O conhecia das colunas sociais, daquele jornal que entregava. Sempre via sua foto ao lado da esposa, inaugurando obras e isso, mais aquilo. Ele chegou me beijando e em poucos minutos estava nuzinho, pedindo chupada no pau. Chupando e rolando na cama, ele não demorou a pedir: - Quero o teu cu. Fica de quatro.
Encapei seu pau com a camisinha e ofereci o lubrificante. Ele bem carinhoso foi untando o meu rabinho, me deixando puto de tesão. Me segurou firme e mandou bala. E como gemia aquele macho. Sabia controlar o gozo e isso prolongava a foda. Senti seu pau encostar na minha próstata e aí não pude mais segurar e então gozei muito sobre os lençóis macios. Mas o prefeito continuava me fodendo e ao sentir que estava prestes a gozar, sacou o pau e despejou no meu rosto, toda a sua porra. Ainda tomado pelo tesão, veio me beijando e lambendo seu próprio creme. Respirou fundo e adormeceu me abraçando.
O rádio-relógio marcava cinco horas da manhã, quando ele acordou e meio sonolento, foi vestindo a roupa. – Que noite maravilhosa, garoto.Tenho que ir, mas prometo voltar em outra ocasião. Já paguei o programa com a gerente, mas...gostei tanto de você, que vou te deixar uma boa gorja..- falou deixando o dinheiro sobre a cômoda.Me deu um beijo e se foi.
E assim transcorria minha vida no puteiro, atendendo os mais variados tipos de homens: alguns com o corpo todo lisinho e até a entrada do buraquinho depilada. Outros mais peludos, com barba, sem barba, hetero, gay, passivo, ativo, versáteis, etc.
Certa noite veio trepar comigo, um seminarista muito safado que estava explodindo de vontade para dar o rabo. Abocanhou meu pau e enquanto não enchi sua boca de leite, ele não desistiu de mamar. Deitou de costas na cama, abriu bem as pernas e pediu foda pela frente. Pau encapado, buraquinho lubrificado, comi o seminarista com muito gosto e ainda no final ganhei auma boa gorja do safadinho.
Em outra ocasião atendi um lindo jovem que estudava medicina em Curitiba e era filho de uma rica família local. Assim que baixou a calça, vi sua cuequinha de renda cor-de-rosa. Ele queria pica no buraco e foi logo pedindo leite. Dei o pau para ele chupar, enquanto com minhas mãos acariciava sua bunda gostosa. Não demorou e lá estava eu montado no meu cavalinho. Se era pica o que ele queria, seria satisfeito com prazer. Sua beleza era tanta, que não consegui segurar e gozei dentro dele, com camisinha, é claro.
Quem nunca trabalhou num puteiro, não pode imaginar o que se passa dentro daquelas paredes. Somente quem lá já viveu, faz ideia de até onde chegam as taras e as orgias da humanidade.
Já faziam vários meses que eu atendia os clientes em busca de um programa e eis que numa noite chuvosa, o inesperado aconteceu.
Só de cuequinha vermelha, lia uma revista na minha cama, acreditando que com aquele mau tempo, o cliente não viria. A campainha tocou e fui recebê-lo. Era o patrãozinho Gustavo. Gelei e ficamos mudos por alguns instantes até que ele fechou a porta e me abraçando forte, quase chorou.
- Meu amorzinho, onde é que você veio parar...você não sabe a falta que me faz. Que saudade, que saudade. Por que você me deixou?
- Foi melhor assim.- respondi caminhando até o aparelho de som três em um, onde deixei tocando baixinho uma fita com lindas músicas italianas, que eu adorava- comecei a despí-lo, deixando-o só de cueca.- Como descobriu que eu trabalho aqui?
- Sou cliente antigo deste puteiro e numa das visitas vi seu shou no salão vip. Daí soube que você estava atendendo programas e resolvi pagar para vir matar as saudades do nosso primeiro encontro.
- Então me coma todinho. – pedi engolindo sua pica suculenta e ele não se fez de rogado, me chupando pelo corpo todo e enfiando todos os seus dedos dentro de mim. Por outro lado, também o chupei todinho, da cabeça aos dedos dos pés, enquanto ele me devorava feito um touro selvagem. A romântica música italiana dava um clima ainda mais sensual, levando-me a pedir mais e mais...Senti-me sendo rasgado novamente como da primeira vez e uma onda de prazer sem limites tomou conta de mim. Despejando toda a sua porra morninha sobre mim, ele implorou me beijando.
- Vamos embora. Saia dessa vida. Posso te dar uma vida de rei, só para ser seu amante.
- De todos os machos que já deitaram nesta cama, posso dizer que só tenho amor por um único homem...você. Venha me ver quando quiser. Estarei sempre aqui. Mas não posso aceitar seu convite.
Aborrecido, ele olhou no relógio e observou que eram quase cinco horas da manhã. Precisava voltar à fazenda, a fim de não levantar suspeita nos moradores mais próximos. A esposa não era problema. Pois estava em viagem pela Argentina, na companhia das filhas.
Querido diário, confesso que quando Gustavo deixou o quarto, senti uma vontade imensa de sair correndo, gritar e pedir: - Me leve com você.
Porém, um orgulho ferido, a raiva e o ódio de alguns momentos tristes do passado, me impediam de assumir aquela paixão. O puteiro me recebeu com carinho e ali eu era valorizado. Pela primeira vez deixei algumas lágrimas caírem dos meus olhos lentamente. Tinha um grande afeto pelo Gustavo, pois afinal, ele havia sido o primeiro.
E o tempo passou...
Meu carro agora era um chevette e a casa que antes era alugada, eu havia comprado. Contando com vinte e três anos e após ter trepado com machos de todos os tipos, credos e raças e de ter tirado deles, muito dinheiro, caí nos braços de um jovem e lindo candidato a deputado. A caravana política estava hospedada na cidade, e após um caloroso comício, alguns candidatos foram pedir votos na zona. Esse candidato era casadinho de novo, tinha até aliança de ouro no dedo e também muito dinheiro. Peladões na cama, ele pegou firme no meu pau e informou: - Sou versátil. Que tal um 69?
Foi assim que começou a nossa brincadeira que terminou em paixão. Ele foi eleito e me levou para trabalhar consigo, me oferecendo o cargo de seu secretário particular. Logo me comprou uma casa na praia, onde resido até os dias de hoje e noite sim, noite não ele me procura para uma boa brincadeira, onde nos entregamos às maravilhas do sexo e do prazer, feito dois adolescentes no cio e acabamos nos encharcando com nossas porras alvas e quentinhas.
E assim, querido diário, aqui nesta tarde de verão gostoso, junto às ondas do mar, deixo registrado uma parte da história de Lindomar...
FIM