Anteriormente...
Eu fui no banheiro, lavei o rosto, tirei a maquiagem, voltei para o quarto.
Tirei aquele vestido de tecido maravilho ficando só de calcinha e sutiã, meu peito ainda estava inchado.
Então coloquei a camisolinha, era outro tecido fenomenal, deslizava pela minha pele hidratada e sensível, tinha ainda o cheirinho daquele perfume doce de chiclete.
Então eu pulo me cima da cama, e adormeço nos braços de Morfeu!
Continua...
Os raios de sol novamente atravessavam as vidraças da janela para dar bom dia.
Acordo espreguiçando meu corpo com um gostoso bocejo.
Olho no espelho surrado pelo tempo, me vejo de camisola e franjinha, com os peitos enormes pelo sutiã.
Soprava um vento forte entre os buracos deixado pela vidraça quebrada, o que fazia meu corpo sensível pelo hidratante, gelar, o que fazia o tecido da camisola ser mais gostoso ainda.
Foi com certeza, o melhor amanhecer que tive o qual conseguia lembrar.
O cheiro do café anunciava que minha mãe já havia levantado.
Eu então levanto e vou caminhando pelos corredores ao som dos pisos solto pelo chão.
Minha mãe me esperava, ela estava com sua camisolinha de cetim judiada pelo tempo, ela mantinha um sorriso lindo.
Estava lá, eu e minha mãe, ambas de camisola.
- Bom dia filha!
Eu passo a mão nos olhos para tirar as ramelas deixada pela noite.
- Bom dia mãe.
Sentei na cadeira quebrada, tinha pão com presunto e queijo e um buque de flores no centro da mesa.
- Que flores lindas! E que café da amanhã mais chique! Falo com sorriso no rosto.
Minha mãe sorria e falava.
- As flores são lindas não são?
Então vejo alguém dar descarga no banheiro.
Eu arregalei os olhos.
- Mãe! Temos visitas?
- Ah sim, não te contei! Temos visita.
Meu coração acelerava. Estava de sutiã e calcinha coberto por uma camisola.
Eu me levanto assustado para ir para o quarto quando me deparo com um semblante aparecendo pelo corredor escuro.
Agora não tinha jeito, estava sendo exposto para a visita.
E aquele semblante ia se revelando ao passo que a luz o iluminava.
Não podia acreditar.
- O que você está fazendo aqui! Falo aos gritos.
- Bom dia para você também Rafa.
Era quase 6:30 da manhã, e o Alexandre já estava lá em casa.
- Você agora está dormindo aqui em casa por acaso?
- Não, eu me arrumei para o colégio, e resolvi passar aqui para te trazer um presente.
Minha mãe estava com um sorriso gigantesco.
- As Flores são para você filha.
Eu fiquei roxo, queria me esconder de vergonha.
- Qual parte que você não entendeu que NÃO SOMOS NAMORADOS!
- Calma rafa, amigos dão presente também!
Eu fiquei meio desconfiado, olhava atravessado para ele.
Então ele puxou a mochila, tirou uma caixa de bombom em forma de coração.
- Eu trouxe outro presente para você.
Eu olhava para caixa em forma de coração.
Queria gritar com ele, falar que aquilo não era presente que um amigo dava para outro.
Mas, minha boca começava a salivar, fazia muito anos que não sentia o doce sabor de um bombom, e aquela caixa era muito cara, podia imaginar o quão saboroso aqueles bombons deveriam ser.
- Amigos é?
Eu olhava fixamente, estava divido pelo formato de coração e pelo aroma e sabor dos bombons.
- Tá bom! Vou aceitar! É Como amigos né.
Então peguei a caixa, imediatamente abrir a caixa, peguei um dos bombons e coloquei na boca.
Que delícia! O Chocolate derreia na boca, tinha avelã por dentro, parecia que estava caminhando nas nuvens.
Não podia resistir, e expressei uma cara de uma pessoa mais feliz do mundo.
- Mãe, mãe, experimenta! É delicioso.
Minha mãe com um sorrisinho no rosto, feliz da vida, provavelmente com o pensamento: Ele acertou em cheio! Pegou um bombom.
- Tem razão filha! É delicioso.
Eu na empolgação do sabor falei.
- Alexandre, experimenta também!
Ele com um sorriso do rosto abriu a boca e fechou os olhos.
Não acreditava! Ele ainda abusava da sorte. Mas estava muito contente.
Peguei um bombom e coloquei na boca dele.
- Que delícia! É bem gostoso mesmo.
Olhei para cara de safado dos dois e falei.
- Chega! Vou guardar eles!
E voltei com a caixa de bombom para o meu quarto.
Comi mais um bombom, lentamente, pedacinhos por pedacinhos, saboreando aquele momento, era 1 minuto que se eternizava, que delícia eram aqueles bombons.
Então eu me recobro, guardo a caixa em uma gaveta da minha velha e surrada cômoda, dou com as duas mãos no meu rosto para recobrar a postura e digo.
- Pronto! Agora tenho que ir trabalhar.
Retiro aquela camisolinha puxando pelas barras, a camisola deslisava pelo meu corpo que a cada dia parecia mais sensível, ficando somente de calcinha e sutiã.
Olho no espelho, fazia tempo que não me via sem maquiagem, minha pele era branquinha, meus lábios carnudos e rosados, meu peito diminuiu de tamanho, mas ainda assim, estava inchado e sensível.
Baixei as alças do sutiã, dava para ver o peito saliente, toquei com o dedo, sentia ele sensível.
Retirei o sutiã, e coloquei a blusinha babylook, era o que tinha de mais másculo para lembrar que eu ainda era um menino, além de ser a roupa que tinha ganho de dona Rosa.
Coloquei ela, mas, o peito saliente fazia questão de marca a blusinha.
Resolvi colocar o sutiã, o que não ajudou muito, dobrou o tamanho do peito, porém, tirou a marquinha da ponta do peito.
Estava em um dilema, vou de sutiã ou não, de qualquer forma, a Dona Rosa iria notar meus peitos, então, resolvi ir de sutiã, pelo menos era menos vergonhoso aparecer de sutiã do que com o peito marcando a camisa.
Olhava para o espelho, parecia cada vez mais feminino, minhas unhas verde-limão, a camisa baby look dando uma silhueta feminina, o cabelo sedoso, brilhoso como nunca, e ainda uma franjinha.
Chego na cozinha, minha mãe olha minha aparência, parecia muito mais menina do que com o vestido. A calcinha com várias camadas de renda, aumentava mais minha bunda, e o sutiã aumentava mais meu peito, e a blusinha baby look colada ao corpo, fazia ficar mais acinturada.
- Filha, você não pode sair sem batom!
Olho atravessado para ela, e disse.
- Lógico que posso!
O Alexandre pergunta.
- Não vou ganhar beijo pelo presente?
- Ué, não é presente de amigos? Amigos não ficam de beijo.
Então dou um abraço e um beijo na minha mãe.
- Vou trabalhar mãe. Tchau!
- Que maldade filha. Dê pelo menos um beijo no rosto dele.
Eu meio que me sinto enrolado, não podia negar que os bombons eram deliciosos.
- Tá bom! No rosto!
Então fui lá pertinho dele, e toquei meus lábios no rosto deve fazendo uma leve sucção.
Ele ficava com a cara mais derretida do mundo.
Ele levanta e disse.
- Também vou!
Olhei desconfiado para ele.
- Onde pensa que vai?
- Ué, para a escola.
Eu aliviado, falei.
- OK. Bons estudos!
- Obrigado Rafa!
Ele então pegou na minha mão e foi me conduzindo.
- Ei! Espera aí mocinho! O que pensa que está fazendo!
- Meu colégio fica perto do Ateliê que você trabalha, vou te acompanhar até lá.
- Nada disso! Eu posso muito bem ir sozinha!
Minha mãe interviu!
- Mocinha! Você não vai sozinha! Isso é uma ordem! Quero que ele te cuide até lá. O Bairro é muito perigoso para você ir sozinha essas horas.
Eu fico novamente morto de raiva da minha mãe.
Apenas deixei ele me levar.
- Você só vai me levar até lá perto! Não quero que te vejam lá!
- Ok! Ok! Te levo até lá perto!
E assim, novamente de mãos dadas, saímos caminhando, desta vez, pelas Alamedas de flamboyant.
O Sol raiava, eu caminhava constrangido, sendo conduzido pelo Alexandre, olho para os lados, vejo várias pessoas que saiam para trabalhar ou para estudar, alguns nos observavam, outros nem ligavam, cada rosto tinha seus mistérios, seus sonhos, suas frustações.
Eu caminhava, contemplando o céu azul, a brisa fresta, e a sensação de caminhar de sutiã.
Quando eu volto a realidade, me dou conta que estava quase em frente do Ateliê.
Eu para com tudo, com um puxão, quase que derrubo o Alexandre no chão.
Ele olha assustado para mim.
- Aqui tá bom! Daqui vou sozinha.
- Nada disso, eu te trouxe até aqui, eu te levo até a porta.
- Tais louco! Eu disse, que você só me levaria até perto do Ateliê.
- É verdade! Lembro que disse que te conduziria até perto, daqui podemos ir sem dar as mãos.
- Não, não, não! você não disse nada disso, só que viria perto de onde trabalho.
- Que é isso Rafa. Lógico que faço questão de ir até a porta.
Meu coração acelera, meu desespero bate.
- Você está louco! Eu não quero que te vejam!
- Ué? Porque não?
Ele podia sentir meu desespero, e aproveitava dessa situação.
- Não sei o que está acontecendo lá Rafa, mas, agora quero falar diretamente com sua chefe, você não pode ficar assustada só porque eu quero te acompanhar, deve ter algo errado lá.
- Não, você não vai! Eu te imploro, você não vai até lá!
- Tudo bem! Eu não vou! Acho que tem algo errado, mas, estou disposto a te obedecer se...
Olhei para ele com os olhos atravessado.
- Se você me beijar.
Eu olhava para um lado, olhava para outro, estava desesperado, não podia acreditar que novamente estava naquela situação.
- Tá bom, se eu te der um selinho novamente, você vai embora daqui?
- Lógico que não! Tem que ser um beijo na boca, bem demorado e de língua!
Eu arregalei os olhos.
- Você tá doido, até parece que vou te beijar de língua.
- Tudo bem, então vamos para o Ateliê?
Eu não acreditava no que eu estava fazendo por desespero.
Tá bom! Tá bom! Falo aos prantos.
Então ele me pegou pela cintura. E me mandou passar os braços no pescoço dele.
Eu fiz isso.
Ele então aproximou seus lábios perto do meu e me beijou.
Eu sentia a língua dele invadindo minha boca, era mole, molhada, misturando a sua saliva com as minhas, eu meio que chupava a língua dele que se entrelaçava com a minha, sua mão se aproximou por traz da minha cabeça, eu tentava se afastar, mas, ele me segurava, e continuava com a língua dentro da minha boca. E assim ficamos por quase 3 minutos, até que ele me soltou.
Eu olhei arregalado para ele sem ação.
Então ele quebrou o silêncio.
- Nossa! Foi ótimo! Te vejo no almoço.
Eu estava paralisado, sem ação, não sabia o que fazer.
Ele então me deu outro beijo na boca, desta vez foi rápido, e disse.
- Tchau coração, vou ir para a escola.
Eu estava ali parado, vendo ele se afastando, eu apenas estava em silêncio, olhado como que não olha para nada, apenas perdido.
Aquele estado catatónico é quebrado somente com a voz da Michele.
- Rafa? Porque está aí parada?
Então recobro a consciência, e digo.
- Nada, não é nada não.
E juntas entramos no Ateliê.
Dona Rosa se assustou ao ver de sutiã, acho que ela achou que estava com enchimento.
- Bom dia Rafa! Que mudança eim.
Eu estava roxo de vergonha.
- Gostei no seu corte de cabelo e suas unhas.
Eu queria morrer!
- Porque está de sutiã?
Eu roxo de vergonha falei.
- Meu peito está dolorido, coloquei para esquentar, foi ideia da minha mãe.
Ela riu.
- Peito dolorido? Hahahaha. Você é um menino, não fica com peito dolorido.
Eu dei uma risadinha sem graça, mas confesso que gostei dela me chamar de menino, eu precisava ouvir isso para não enlouquecer.
Então, como sempre, comecei a varrer o chão.
Continua....
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