Já corri muitos cinemões, saunas, cabines, banheiros e clubes de sexo. E já frequentei muita internet em busca de parceiros. Tantas vezes nas horas vagas entrei nos famosos bate-papos online e em sites especializados para ver o que estava rolando. Descontados os 90% de enroladores, curiosos e picaretas que batem ponto nesses espaços, eu tinha algum sucesso: verdade seja dita, não há tantos ativos à disposição por aí.
Mas, por melhor que seja, encontro marcado pela internet não oferece um pingo da sensação de aventura, surpresa e satisfação do contato na vida real, olho no olho, pele com pele.
E quando o contato pela internet resulta em altas doses de adrenalina na porta ao lado?
Há muitos anos, quando os riscos de privacidade na rede eram muito menores e prevalecia a expectativa do anonimato, aproveitei um momento de solidão e entrei num bate-papo em busca de homens passivos do bairro. Um cara gostou da minha descrição e me chamou para uma conversa privada. Conversa vai, conversa vem, confiei no cara e liguei a câmera para enviar imagem do meu rosto.
Ele me reconheceu na hora. Era o morador da porta ao lado.
Refeito do susto, lembrei do cara: mais velho, alto, parrudo, não muito bonito. Parecia gente boa. Fora isso, até então era só um anônimo da grande metrópole que eu cumprimentava ocasionalmente na entrada ou na saída do prédio sem nem saber o nome: Nuno. Já tinha notado que ele morava com outro cara, o que me deixou inicialmente intrigado com a proposta.
- Ele está fora por algumas horas. Dá tempo da gente se encontrar aqui - disse Nuno.
- Só se for agora.
Mostrei animação, mas estava meio nervoso de fazer aquilo daquele jeito. E se ele contasse para todo mundo? Ele também estava relativamente exposto, mas não sei se o acordo dele com o parceiro poderia abrir alguma brecha para um lance com um vizinho. Tomei coragem e bati a porta de Nuno. Ele me atendeu só sorrisos, já me conduzindo para o quarto. Ficamos nus e nos abraçamos. Era um corpo gostoso de envolver. Ele me agarrava com volúpia. Entre gemidos, admitiu que há tempos tinha desejo por mim (e sem nada saber da minha "atividade". Que safado!). Ficou encantado pelo meu pau, que estava trincando de tesão, e caiu de boca. Deixei Nuno esparramado na cama e, dominador, meti o pé na cara dele, sem nem saber se ele ia aprovar. Aprovou muito, deixando-se pisar, lambendo e chupando meu pé até deixá-lo limpinho. Me deu uma camisinha e ficou de quatro. Aí foi a festa. Nunca poderia imaginar que treparia tão gostoso com o vizinho comprometido do apartamento ao lado. O cara tinha um cuzão quente e profundo e se remexia como um liquidificador. Mudamos de posição. Ele sentou-se no meu pau e me deu uma verdadeira surra de bunda. Gozamos. Ele deu um jeito para sumir com a camisinha, despedi-me rapidamente e voltei para casa em dois pulos, deixando as coisas como se nada tivesse acontecido.
Preso em afazeres familiares, Nuno não tinha muita oportunidade para me receber, mas em outra ocasião tivemos um repeteco ainda melhor e que me fez sair de lá com mais tesão ainda só de lembrar.