Minha Quarentena - Capítulo 32

Um conto erótico de StayRayy
Categoria: Lésbicas
Contém 2189 palavras
Data: 04/07/2021 01:28:42

Capítulo 32

- Amiga, você por aqui! Que coisa boa ❤️ (Disse Bruno, assim que entrou em casa e viu Júlia sentada ao meu lado, no sofá da sala)

Ela logo abriu um sorriso largo para ele e se levantou para abraçá-lo, fiquei apenas observando os dois velhos amigos. Me lembrei do dia em que a vi pela primeira vez, lá no supermercado, abraçando o Bruno com tanto carinho, exatamente como agora.

- Saudades amigo (Disse ela, durante o abraço)

- Eu também! Você sumiu! (Disse Bruno, agora parando de abraçar para olhar nos olhos dela)

- É, eu andei bastante ocupada esses dias e também... (Pausa) é... Teve outras coisas.(disse ela, me olhando e depois para o Bruno)

Júlia pareceu querer dizer algo a Bruno, que não fosse na minha frente e logo me toquei disso e me apressei a dizer:

- Eu vou tomar banho. Conversem aí.

Ela apenas me olhou e balançou a cabeça positivamente e Bruno deu um tapinha no meu ombro, quando passei por ele. Saí da sala me roendo de curiosidade, mas afinal eu tinha que dá privacidade a ela, e fui para o meu quarto, onde fiquei deitada um pouco antes de entrar no banho.

- Quer conversar no meu quarto amiga?(perguntou Bruno)

- Seria melhor, mas receio que sua irmã esteja lá e nua, ainda por cima. (Disse Júlia, em tom bravo)

- Quê? Nua? (Perguntou Bruno)

- É isso mesmo! Cheguei aqui hj e me deparei com ela totalmente sem uma peça de roupa lá na cozinha. E para completar, estava só as ''duas'' em casa... (Respondeu Júlia visivelmente enciumada)

Bruno sorriu, mas em seguida ficou sério pq notou que Júlia estava muito brava, então se controlou.

- E você acha que elas estavam se pegando? (Perguntou ele)

- O que você acharia se encontrasse duas pessoas sozinhas em uma casa, uma delas completamente nua, sabendo que ambas são solteiras e já ficaram? (Perguntou Júlia, calando completamente Bruno, o deixando pensativo)

Bruno ficou a encarando sério por alguns segundos, mas logo depois não pôde segurar uma espontânea gargalhada.

- Você faz é sorrir? (Perguntou Júlia, um pouco confusa)

- Desculpa Ju, mas é que foi engraçado... -Mas respondendo à sua pergunta: Sim, eu pensaria sim que estavam se pegando! (Disse ele, deixando Júlia insegura)

- Eu sabia... Aposto que elas combinaram de me enganar, como sou burra... (Desabafou Júlia, com raiva)

- Combinaram? (Interrompeu Bruno, com curiosidade)

- É, Éllis fez a Briana dizer se estavam se pegando aqui hj mais cedo, antes de eu chegar e a Briana disse que não. (Explicou Júlia)

- Ah amiga, pois se a Briana disse, então é verdade! Pq ela pode ser TUDO, mas ela não mente. Você a conhece bem... Ela é sincera até demais. (Observou Bruno)

Júlia por sua vez ouvia as palavras de Bruno com atenção, ficou pensativa e por fim teve que concordar.

- É, realmente... Ela não é de mentir. (Falou ela, com alívio)

- Pois é. Éllis também não é de mentir, pelo menos eu nunca vi. (Completou Bruno)

- Mas bem que ela mentiu hj dizendo que estava sozinha e na hora estava mentindo! (Retrucou Júlia)

- E ela não te explicou o porquê? (Indagou Bruno)

- Sim... Explicou. (Disse ela)

- E foi aceitável? (Perguntou Bruno com as sombrancelhas arqueadas)

- Pior que sim... (Respondeu Júlia)

Os dois se olharam e sorriram da situação.

- Aiai amiga, você tá é procurando chifre em cabeça de cavalo... Deixa de brigas! -Vai é trepar que é melhor! 🥵 (Disse Bruno fazendo uma cara safada para Júlia)

- Bruno! Como você é safado mds! (Exclamou Júlia)

Bruno gargalhou fazendo-a sorrir também.

- Agora me conta quais foram as outras coisas que te afastaram daqui, além de Carla, é claro! (Perguntou ele)

- Bem, eu estava dando um ''molho'' na Éllis, lógico! (Respondeu ela, gesticulando com as mãos)

Bruno:- Kkkkk malvada! Não conhecia esse lado teu!

Júlia:- E nem eu! Mas é que com a Éllis, tudo é diferente, sabe? Quando vejo já tô fazendo coisas que antes eu não faria...

Bruno: É pq ela é teu verdadeiro amor amiga! Segura essa mulher de uma vez, sua boba! 🙌🏽

Júlia: -Como assim? Como vou segurar ela amigo? Ela é livre... (Falou com tristeza)

Bruno: -Amor aí que tá! Ela é livre pq você deixa, aceita logo o pedido de namoro dela, senão você não vai poder cobrar absolutamente nada dela!

Júlia ficou pensativa, olhando para o nada como se absorvesse as palavras de Bruno e sentiu um medo enorme de repente, que ela nem sabia explicar, um medo de perder Éllis para outra.

-Eu quero muito ser dela... Me entregar pra ela, mas eu morro se ela me trair 🥺 (desabafou ela)

- Mas amorzinho, você não pode ter medo do amor pq seu antigo relacionamento não deu certo. Sai dessa e vive o que tá sentindo, antes que seja tarde demais...(aconselhou Bruno)

- Eu confio nela... Mas aí quando vejo a Bri perto dela, aqui na mesma casa, me sinto uma boba sabe? Sinto que tô sendo enganada 😔 (Disse ela)

- Ela não precisa enganar você, ela gosta de você, se ela quisesse ficar com a Bri ou a Rebeca ou mais alguma mulher, ela ficaria. -sabe onde ela tem ido todas os dias desde que te conheceu? Para o quarto dela, dorme cedo, nem fica mais no celular... E olha que a Bri é gata e tu sabe! (Falou Bruno, com muita sinceridade)

- É... Eu sei 😔 sou uma boba mesmo. (Disse Júlia)

- Boba não, mas tá vacilando... Agora vai lá no quarto dela, vai. Eu vou banhar para almoçar, tô faminto. (Disse Bruno, olhando nos olhos da amiga)

- Tá bem... Obrigada pela conversa meu amigo ❤️ (agradeceu Júlia e o abraçou)

Antes de sair da sala, Júlia diz :

- B, você pode conversar com a Bri sobre ela ficar nua pela casa?

Bruno sorriu e em seguida respondeu:

- Tá, eu vou dá um belo puxão de orelha nessa minha irmã maluquinha 😏

Em seguida deu uma piscadinha para Júlia.

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Eu estava deitada na minha cama quando escutei uma leve batida na porta, e meu coração já começou a bater descompassado, pois já sabia que provavelmente era Júlia. Levantei o mais rápido que pude, só não tão rápido quanto minhas batidas cardíacas e fui abrir a porta e tive a certeza que era ela.

- Atrapalho? (Disse ela, assim que abri a porta)

- Você nunca atrapalha, Júlia. (Respondi olhando em seus olhos)

Ela sorriu largo para mim e deu um passo à frente, dei passagem para ela entrar, e fechei a porta logo após. Ela ficou parada de costas, arrumou o cabelo para o lado, deixando sua nuca à mostra e eu ainda perto da porta contemplava àquela linda imagem.

Aos poucos fui me aproximando dela, até ficar à centímetros de distância, sentindo seu cheiro e automaticamente a abracei, com meus braços envolvendo sua cintura e meu rosto encostado em seu pescoço, minha boca grudada em sua nuca.

Ela permaneceu do jeito que estava, de costas, enquanto eu a abraçava por trás. Quando a abracei, ela respirou fundo e vi seus pêlos arrepiarem quando encostei meus lábios em sua pele, na nuca. Ela colocou suas mãos sobre as minhas envolta sua cintura e deitou a cabeça para trás, encostando em meu ombro.

- Que abraço gostoso... (Disse ela, baixinho)

- É muito bom sentir você...(Falei em seu ouvido e em seguida dei um leve beijo na ponta da sua orelha)

- Me sinto tão segura em teus braços, neném... (Disse ela, com os olhos fechados)

Nesse momento, a virei de frente para mim, colocando suas mãos em meu pescoço e continuei com os braços envolvendo sua cintura. Olhei em seus olhos e estes estavam serenos, calmos, em paz, como se ela tivesse completa só por está no meu abraço. Desenhei sua boca com a ponta do dedo, fazendo-a fechar os olhos para sentir meu toque. Ela estava ainda mais linda, como se fosse possível...

Parecia até um sonho tê-la alí diante de mim, com sua boca entreaberta, olhos fechados, totalmente à minha mercê. Lentamente aproximei meus lábios dos dela e calmamente os uni, num toque delicado, apenas para sentir o calor de sua boca na minha.

Ficamos assim por alguns segundos, ela também parecia está na mesma vibe, apenas querendo sentir o calor. Depois desgrudei nossos lábios para poder olhar seu lindo rosto e com os seus olhos ainda fechados, uni novamente nossos lábios.

Dessa vez, minha língua pediu passagem para entrar em sua boca e teve total acesso, pois ela abriu a boca para me receber.

Minha língua passeava por sua boca inteira, sentindo seu gosto novamente que parecia que eu não sentia há tempos. E logo começamos um beijo intenso, calmo, mas sedento; logo pude sentir sua língua dentro da minha boca, procurando a minha para enroscar-se à sua.

Aquele beijo quente, nos fez arrepiar todo o corpo, tremendo um no outro, numa eletricidade fora do normal.

- Eu quero ser tua mulher, Éllis... (Disse ela ao parar o beijo, com a voz rouca, me olhando nos olhos)

A olhei no fundo dos olhos intensamente, tentando entender o que aquela frase significava, pois fez meu coração quase sacar para fora do peito.

- Tá me pedindo em casamento, Júlia?(Falei a primeira coisa que veio à minha mente e completamente abobalhada com tamanha hipótese)

Ela continuou a me olhar e deu um sorriso de canto, mas nada disse, apenas me beijou. Me beijou com calma, mas com vontade, me mostrando toda sua vontade nas chupadas que dava em minha língua e meus lábios.

O beijo foi esquentando cada vez mais, enquanto sem percebermos, caminhamos em passos lentos, sem largar a boca uma da outra, em direção à cama, onde ela me puxou para cima dela.

Coloquei meu peso sobre seu corpo, a deixando presa sob mim, enquanto ela passeava com suas mãos por toda minhas costas, levantando minha blusa aos poucos.

Desci a boca para sua clavícula, beijando cada pedacinho, bem devagar, a fazendo arfar. Voltei minha boca para sua novamente e engatamos um novo beijo, mais quente ainda, voraz, cheio de desejo e paixão. Sem parar de beijar, subi a mão até um de seus peitos, e foi quando ela parou o beijo no mesmo instante.

- O que foi? (Perguntei ofegante)

- Você comeu ela aqui, não foi? (Perguntou ela, me deixando confusa)

- Quê? (Perguntei totalmente confusa)

- A Briana, Éllis! Tem mais? (Já falou em tom moderado, me tirando de cima dela)

- Meu Deus do céu, Júlia! Você tá pensando na Briana agora? (Perguntei totalmente frustrada)

- E tem como não pensar? Você tinha que ter transado com ela? Tinha? (Falou claramente brava)

Percebendo sua irritação, tentei acalmá-la.

- Para com isso, pretinha... A gente estava se entendendo... 🥺 (Implorei)

Ela se sentou no meio da cama, e eu bem na beira, olhando para ela.

- Eu sinto ciúmes, Éllis... Dói muito 😔 (disse ela, de cabeça baixa e visivelmente enciumada)

Me aproximei mais, e mais uma vez a abracei por trás, só que agora estávamos sentadas na cama.

- Olha, isso que aconteceu entre ela e eu é passado, não dá pra mudar, só dá pra esquecer... Esquece, vai... (Tentei argumentar)

- Mas você ficou com ela aqui nessa cama, não foi?(insistiu ela)

- Sim. (Respirei fundo, não tinha como negar, não para ela)

- Compra outra cama, Éllis. (Disse ela com convicção, o que me fez sair detrás dela)

Me sentei de frente para ela e a encarei, ela estava séria e me encarando fixamente.

- O que disse? (Perguntei incrédula)

- Compra outra cama, pq nessa não consigo. (Disse ela, sem titubear)

- É isso que quer, Júlia? Tá bom, eu vou comprar hoje mesmo. (Falei, me dando conta que ela estava mesmo falando sério e nada a faria mudar de ideia)

- Ou é isso, ou não dormirei mais aqui contigo... (Disse ela, agora com uma certa tristeza e de cabeça baixa)

- Ei... Tá tudo bem. Eu juro que quando vier aqui novamente, vai ter outra cama. Tá bem? (Falei segurando em seu queixo, fazendo-a me olhar)

Ela apenas sorriu fraco e balançou a cabeça positivamente, em seguida dei um longo selinho em sua boca.

- Ei meninas! Vamos almoçar! (Voz do Bruno do lado de fora)

Nesse momento desgrudei nossos lábios e perguntei a ela:

- Vamos almoçar?

- Cê não quer ir almoçar comigo na minha casa? (Perguntou-me)

Eu dei um largo sorriso para ela e balancei a cabeça positivamente, em seguida respondi ao Bruno:

- Vai indo amigo, depois vamos.

- Ok, não demorem. (Ele retrucou e em seguida ouvimos passos se afastando)

Eu fiquei muito feliz com o convite que ela me fez e lógico que aceitei, afinal era nosso primeiro encontro de verdade e na casa dela! eu fiquei ansiosa. Eu estava muito chateada com o que aconteceu na hora que estávamos quase chegando aos ''finalmente'', mas ciúmes é um sentimento que dói e eu sei que a machuquei muito quando transei com a Bri, então fui compreensiva e aceitei sua condição, agora só me resta comprar a tal cama né?!

Depois de mais alguns beijos, a gente saiu do quarto e fui avisar ao Bruno que iria para casa dela. Bri, que estava na mesa, junto com seu irmão, apenas nos olhou de cima abaixo e deu de ombros.

E que venha esse almoço na casa de Júlia🙌🏽🙌🏽🥵

Continua.

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Foto de perfil genéricaStayyRayyContos: 107Seguidores: 14Seguindo: 1Mensagem Sobrevivo por pura ansiedade...

Comentários

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Muito obrigada DehDeh ♥️ eu irei ler os seus sim! Assim que eu ler, eu deixo meu feedback 😘🌹 mais uma vez obrigada!! 🥰

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Amo seus contos, li todos os seus contos. Quando puder dá uma olhada nos meu tbm. Tô começando uma história

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