Borboletas sempre voltam II Capítulo 33

Um conto erótico de Arthur Miguel
Categoria: Gay
Contém 5188 palavras
Data: 08/07/2021 19:57:15
Assuntos: Gay, Tesão, Mistério, Sexo, Amor

Capítulo 33

Bruno e Diego entraram na sala aos beijos. Os lábios carnudos e quentes do negro deixavam Bruno de pernas bambas e o sexo pulsando.

O calor dos seus corpos aumentavam à medida em que eles se entregavam aos amassos.

Desde que viu Bruno pela primeira vez, Diego sentiu um desejo incontrolável de possuir aquela bunda carnuda, por isso, as suas mãos a percorriam apertando e dando tapas sonoros, fazendo Bruno gemer como uma fêmea.

O jornalista se viu trêmulo quando Diego o jogou contra a parede, segurando em seu pescoço. O olhar ousado, o rosto sério e a mordida nos lábios que Diego deu acendeu o fogo do seu desejo.

_ Você não sabe quantas punhetas eu bati imaginando essa boquinha chupando o meu pau. _ Diego disse, deslizando o dedo pelos lábios de Bruno.

Sem perder tempo, Bruno pôs a mão dentro da calça do jovem, ficando feliz com o que sentia. Como estava ereto dava para perceber que se tratava de um bem dotado.

_ Essa piroca é toda sua.

Bruno sorriu mordendo o lábio inferior e deslizou a língua sobre o lábio superior, deixando Diego louco.

_ Eu vou saber aproveitar muito bem ele.

Enquanto se beijavam, arrancaram as roupas como se quisessem se livrar logo delas.

Diego abaixou a cabeça de Bruno, pondo-o de joelhos diante de si.

O jornalista reparou que o pênis do jovem era um pouco maior do que o de Jonas. Imaginou ter uns 22 a 23 cm, já que sabia que o marido tinha 20 cm.

_ Você tem camisinha?_ perguntou Bruno receoso do rapaz dar uma resposta negativa, já que ele não tinha, pois nunca usava com Jonas.

Diego abriu a carteira, retirando uma carreira com 5 preservativos.

_ Eu vim prevenido.

Segurou delicadamente, pondo a camisinha e o olhou como uma puta pidona, deixando Diego fervendo de tesão.

Começou lambendo a cabecinha marrom, e masturbando o pênis de veias pulsantes. Em seguida, engoliu o máximo que pode e iniciou a chupada, gemendo com o pênis na boca.

Diego sentia as pernas trêmulas, e começou às estocadas, enquanto puxava os cabelos negros e lisos de Bruno.

_ Ah, caralho! Que veadinho gostoso! Huuuum! Delícia! Boquinha mais gostosa que muito cu e boceta que já comi. Você acha que dá conta de sentar em mim?

Bruno retirou o pau babado da boca e disse:

_ Eu gosto de fartura.

O jornalista sugava de cima para baixo aumentando a velocidade.

_ Caralho! Eu vou gozar! Não quero gozar agora! Quero fazer isso no seu cuzinho.

_ Eu quero leite. Goza agora e depois você goza dentro de mim.

Diego retirou a camisinha e mirou no rosto de Bruno. Vê-lo pelado ajoelhado no chão, com os olhos fechados foi um estímulo para que Diego se masturbasse, gozando Jatos de espermas.

O líquido quente e leitoso percorria pela pele de Bruno.

_ Que tesão!_ disse Diego puxando Bruno para si e o beijando intensamente, abrindo as abas da sua bunda branca e carnuda, penetrando um dedo dentro do buraquinho pulsante do jornalista.

Bruno levou um susto quando foi jogado no sofá, caindo com as pernas abertas. Diego veio por cima, segurando puxando o seu cabelo para o lado e beijando o seu pescoço. A sua mão novamente procurou o pênis do jovem, iniciando uma masturbação para deixá-lo rígido .

_ Fica de quatro, que vou chupar o seu cuzinho, safada!_ Bruno tremeu ao ouvir a voz grossa de Diego sussurando no seu ouvido.

O beijo molhado de Diego o deixou ainda mais vulnerável.

Lembrou -se da traição de Jonas e que ainda não havia trocado a cama que dormia com o marido.

_ Quero que me foda na minha cama.

_ É pra já.

Diego o levantou puxando pelos cabelos, pondo-o de frente para ele. Estalou dois tapas na sua bunda, um de cada lado, que o fez gemer. Puxou a cintura de Bruno para si e ficou roçando o pau no rego dele.

A boca foi em cheio na nuca, beijando e chupando.

_ Roça esse bundão na pica do seu macho, cachorra!

Mais um tapa foi estalado. E Bruno obedeceu sem contestar. Rebolava de um giratório, aumentando a ainda mais o fogo de Diego.

_ Me leva logo para o seu quarto. Meu pau tá faminto por esse cu.

Bruno estava adorando o jeito mandão do jovem. Obedecia esbanjando felicidade.

Chegaram no quarto aos beijos e amassos.

Diego o ordenou com o olhar que ficasse de quatro na cama, e assim Bruno fez.

_ Abra essas pernas e empina esse rabo._ disse dando quatro tapas na bunda de Bruno, a deixando vermelha.

Ao ver o cuzinho todo abertinho a sua disposição, Diego o devorou com a língua como um animal faminto diante do alimento.

Bruno gemia o mais alto que podia, rebolando na língua do negro.

_ Tem lubrificante, bebê?

Bruno fez um gesto positivo com a cabeça.

_ Me diz onde está, que eu pego. Não quero que você saia dessa linda posição.

_ Tá na gaveta do criado mudo da direita._ a voz de Bruno era manhosa, quase feminina.

Diego dedilhou aquele cuzinho, deixando bem molhadinho com o lubrificante. Depois de pôr a camisinha, pôs uma perna na cama e a outra manteve no chão.

Bruno segurou firme no lançou e trancou a boca para conter os gemidos de dor que sentia, ao ser preenchido pelo pênis grande e grosso de Diego.

Quando o jovem passou da metade, empurrou com mais força, aumentando a dor e fazendo Bruno erguer o corpo para frente.

Diego o puxou pelas ancas, o impedindo de se mover.

_ Não foge não, safada! Tu não disse que gostava de fartura? Não era pica que tu queria? Agora toma!

Diego metia com força, fazendo os seus quadris se chocarem com a maciez da bunda de Bruno. Puxou os cabelos do jornalista para beijar a sua nuca e boca, enquanto metia num ritmo frenético.

_ Porraaaa! Que cu é esse caralho! Quentinho! Meu pau tá pegando fogo!

Bruno rebolava sorrindo e gemendo. Ia de trás para frente, de cima para baixo e girava.

Diego gozou novamente.

_ Ah, esse foi o melhor cu que já comi na minha vida! Eu tô apaixonado.

Diego jogou o corpo suado sobre o de Bruno e o beijava.

_ Eu quero mais.

Diego o olhou espantado.

_ Você me deu uma canseira e ainda quer mais, bebê?

_ Eu sou insaciável!_ Bruno disse sorrindo, mordendo os lábios. _ Deita na cama e deixa comigo.

Bruno indicou o lado em que Jonas dormia, mandando Diego sobre o travesseiro do marido.

Sentiu-se humilhado ao imaginar Daniel e Jonas transando naquela cama e lutou contra a vontade de chorar.

Subiu em cima de Diego e o beijou, enquanto roçava o cuzinho no pênis do jovem.

Quando estava no ponto exato da ereção, Bruno trocou a camisinha do jovem e o encaixou dentro de si, ficando de costas para ele.

Diego se viu louco, vendo aquela bunda branca subindo e descendo no seu pênis. Em seguida rebolava num movimento de 360°, voltando a quicar em seguida.

Bruno se tocava, enquanto sentava.

_ Que delícia! Caralho! Acaba com o meu pau, vai safada! Senta com força, gostosa! Que rabo é esse?! Isso dá mais onda que baseado.

Bruno lutava contra as lembranças de Jonas. Sentiu raiva de si mesmo por pensar no marido naquele momento, imaginando que Jonas não pensou nele enquanto fodia com Daniel.

Gozou primeiro que Diego, que fez o mesmo em seguida.

Cansado, caiu na cama ao lado do jovem. Tinham os corpos suados e a respirações ofegantes, ambos estavam sem fôlego.

_ Tu é muito foda mesmo! Como aquele comédia foi dar o vacilo de te perder?

Bruno o olhou triste.

_ Comigo vai ser diferente. Eu vou saber te dar o valor que tu merece._ Diego disse, segurando o seu queixo e o beijou.

_ Eu sou muito mais velho que você.

_ Ah, tá bom! Conta outra, delícia.

_ Eu tô falando sério.

_ Quantos anos tu tem?

_ trinta e cinco.

_ Do jeitinho que eu gosto.

_ Até parece. Com tanto novinho por aí.

_ Eu não curto gente da minha idade. Gosto de mais experientes. Vocês são muito mais gostosos e bons de papo. Tá ligado? Eu tô na tua desde a primeira vez que te vi lá na churrascaria. Só de olhar, eu imaginei que tu fosse muito gostoso. Agora que te comi, descobri que você era mais do que eu imaginava.

Diego o puxou para si, abraçando e acariciando a sua bunda.

_ Eu quero essa bundinha gostosa todinha pra mim. Só pra mim.

Bruno o beijou, se entrelaçando em seus braços.

Enquanto o sol nascia do lado de fora, Bruno estava sentado na cama, fitando Diego dormindo ao seu lado. Estava na sentado na cama, sentindo a bunda arder.

Não conseguia parar de pensar e Jonas e chorava baixinho para não acordar o rapaz.

_ Eu sou mesmo um burro! Estou um homem lindo, jovem e gostoso ao meu lado e estou chorando por causa daquele cafajeste.

Na hora do almoço, Bruno se surpreendeu ao receber uma mensagem carinhosa de Diego. O jovem também o ligou no fim da tarde marcando um novo encontro.

Bruno o convidou para ir de novo à sua casa, onde o casal transou novamente, jantaram e dormiram juntos.

Wilson reparou que o irmão andava mais sorridente e presumiu que o motivo seria Bruno.

_ Eu tô muito na dele! Meu o cara é muito foda! Ele é lindo, é cheirosinho, gostosinho! Tipo inteligente, sabe. Aquele papo cabeça. Aí, mano, tô ligadão na dele.

_ Cara, eu se fosse caía fora.

_ Có é, mano? Vai melar o meu lance?

_ Diego, esse Bruno é casado.

_ Separado.

_ Eles ainda não assinaram o divórcio, logo ainda são casados. E além do mais, briga de casal quase sempre não é definitiva. Daqui a pouco, eles fazem as pazes e você fica a ver navios.

_ Isso não vai acontecer. Bruno sofreu muito com aquele babaca e comigo vai ser diferente. Eu vou cuidar dele, meu. Comigo vai ser só marasmo.

_ Bom, você já é adulto já sabe o que faz. A minha parte de irmão mais velho de te dar um toque eu já fiz. O resto é contigo.

Bruno resolveu fazer um churrasco naquele final de semana. A primeira pessoa convidada foi Diego, disse ao jovem que queria apresentá-lo a família e aos amigos, o que deixou Diego muito feliz, na esperança de engatar numa relação séria com o jornalista.

Bruno entrou na cozinha da casa da mãe trazendo um caderninho de notas em mãos e uma caneta na boca. Rose estava sentada à mesa, selecionando os grãos de feijão que iriam para a panela.

_ Mãe, você acha que dez quilos de picanha serão o suficiente?

Rose ergueu o olhar para ele, abaixando em seguida, voltando para a escolha dos feijões.

_ Bruno, você sabe quanto custa o quilo da picanha? Dez quilos custará uma fortuna.

_ Eu não me importo com o preço. O Jonas é quem vai pagar tudo mesmo.

Rose o olhou de um jeito repreensivo.

_ Como assim, Bruno?

_ Ele deixou o cartão de crédito comigo. Eu vou comprar não só a picanha, como os outros tipos de carne, as bebidas e tudo que envolver o churrasco. E ainda vou pagar o churrasqueiro com o dinheiro da nossa conta conjunta.

_ Eu nem sem em quem tenho mais vontade de bater, se é em você pela sua infantilidade ou se é no Jonas por ser tão otário.

Bruno sentou à mesa, continuando as anotações.

_ Você vai chegar mais cedo lá em casa, ou vai chegar com a tia Renata e o Wilson?

_ Eu não vou chegar hora nenhuma! Não vou participar dessa palhaçada!

_ Como assim não vai?!

_ Bruno, você acha bonito o que você está fazendo?

_ Se for começar a defender o Jonas é melhor você nem falar.

_ Eu falo sim! Modere o tom comigo, que eu sou a sua mãe! E para o seu governo, eu não vou defender o Jonas não. Ele tá todo cagado no erro. Primeiro por ter caído na lábia do Daniel, e segundo por tá bancando babaca pra você. O que me incomoda é o que você está fazendo com o Diego. Que feio, Bruno ficar usando o rapaz para fazer ciúmes pro seu marido!

_ Eu não estou usando ninguém, mãe! Eu tenho direito de refazer a minha vida!

_ Ah, Bruno! Você pensa que eu nasci ontem? Você convida o rapaz para um churrasco, onde você fez questão de convidar todos os amigos do Jonas. Está usando o pobre do Diego para fazer ciúmes pro seu marido! Tome vergonha na cara! Se você quisesse refazer a sua vida, se tivesse se apaixonado pelo Diego, aí tudo bem! Mas, usar o rapaz! Ah, tenha dó!

Bruno não gostou da bronca que recebeu da mãe. Como não queria contestá-la, decidiu pôr um fim na conversa, alegando que tinha que ir à redação. Despediu-se dando um beijo no rosto dela.

_ Olha, esse menino tá cada dia mais desmiolado. Aí fica fazendo um monte besteiras, quebra a cara e vem chorar onde? No ombro da mamãe. Sempre sobra para a palhaça aqui! Eu hein!

....

Patrick olhava atento para os rostos dos seus agressores. Mesmo sabendo que eles não o viam do outro lado do vidro de fumê, sentia um tremor pelo corpo e o coração bater mais forte.

Segurou firme na mão de Matheus, pedindo ajuda em silêncio. As cenas do pesadelo que viveu naquela noite passavam como um filme na sua mente. O medo da morte se apossou do seu corpo, do mesmo jeito que fez no dia do atentado.

_ Quem são eles?

_ O três.. oioito ...e o nonove. _ A voz saía trêmula, quase gaguejando.

Novamente prestou horas de depoimentos, revivendo todo o horror que passou naquele noite que mudou a sua vida.

Saiu da delegacia exausto, com o estado emocional abalado.

Dentro do carro, a caminho de casa, Patrick mantinha o olhar fixo na janela, perdido na reflexão de como a sua vida sofreu uma drástica mudança devido ao ódio insano de desconhecidos. Passou as mãos pelas pernas sem sentir o toque delas e desabou no choro.

Soluçava pondo as mãos no rosto, tremendo, sentindo um aperto no peito.

De imediato, Matheus estacionou o carro e o abraçou forte, desejando transmitir para si todas as dores que o marido sentia.

_ Você não merecia isso! Não merecia!_ Matheus dizia beijando o seu rosto e lamentando não ter sido ele estar no lugar de Patrick. Para ele era injusto que o amado sofresse daquela forma. Patrick já havia sofrido muito na vida com a perda da mãe e os maus tratos do pai, ao contrário dele que sempre foi feliz. Por isso, achava que seria mais justo ele estar no lugar do ruivo, para que esse pudesse, finalmente, ter a felicidade que tanto merecia.

Assim que entrou em casa, após o banho, Patrick pediu licença a família para se abrigar debaixo do edredom, onde chorou muito até adormecer.

Quando Renata entrou na cozinha, encontrou o filho sentado à mesa, com os cotovelos apoiados sobre ela e a palma da mão servindo como apoio para o rosto.

Matheus estava introspectivo, perdido dentro de si, onde Renata não podia resgatá-lo. Diante ele estava uma bandeja com um prato de comida intocada e um copo de suco de limão pela metade.

Raramente, Renata viu o filho triste na vida, o que a deixou aflita. Sentou ao seu lado, acariciando os seus cabelos.

_ Ele não comeu nada não é?

Matheus fez um sinal negativo com a cabeça.

_ Pior que também não comeu nada antes de sair de casa. Depois de tudo que ele passou hoje o coitadinho está muito abalado. Ele precisa se alimentar. E você, filho, jantou?

_ Estou sem fome.

_ Você também precisa se alimentar. Tem ter forças para dar suporte ao Patrick.

Ao ouvir a frase da mãe, Matheus se sentou fraco e incompetente. Incapaz de proteger o marido.

_ Pelo menos a justiça está sendo feita. Prenderam aquele marginais.

_ Perderam uma parte deles. Eram mais de dez agressores e os que foram presos não entregaram os outros.

_ Ah, mas a polícia vai descobrir o paradeiro deles. Vão todos pagar pelo que fizeram.

Matheus a olhou exausto.

_ Eu não sei não. Um deles é filho de um desembargador, outro de um deputado e outro de um grande empresário. Por mais que me doa dizer isso, mas não creio que fiquem muito tempo presos.

Matheus abaixou a cabeça, aprisionando as lágrimas que sentia vontade derramar, pois achava que não tinha o direito de desabar e sim ser a fortaleza do marido.

Renata respirou fundo, lamentando em silêncio, sabendo que o filho tinha razão. Segurou em sua mão fria e disse:

_ Meu amor, mesmo que a justiça humana seja falha, a justiça divina não falhará.

_ Que justiça divina, mãe? Aquela que a gente aprende nas missas e nos cultos aos domingos? Aquela que nos classifica como aberrações e pecadores? Que nos condena ao inferno e incitam o ódio contra nós? Aquele deus criado pelas sórdidas mentes humanas que pregam por aí e que religiosos se baseiam nisso para nos atacar? Cadê a justiça divina para impedir que um homem bom fosse atacado por seres demoníacos e ficar paraplégico?

"Cadê a justiça divina para impedir que o meu marido tivesse os sonhos interrompidos, perdesse a capacidade de andar e a coragem de sair da rua sozinho? Cadê? Ele sempre sofreu homofobia dentro de casa! Cresceu tendo o corpo marcada pela violência e pelo preconceito! Entre um pai violento e uma protetora quem morreu? Ela, a mãe protetora! Mãe, não há nenhuma justiça divina!"

_ Oh, meu amor! Eu sinto muito! Mas, a gente não pode perder as esperanças.

_ Oh, mãe, a gente vê nos noticiários como isso termina. Até para criminalizar a homofobia foi uma luta. A bancada fascista disfarçada de evangélica sendo contra, querendo impedir que sobrevivemos. O candidato a presidência da república, que lidera nas pesquisas, é um homofóbico declarado. E o pior, tem LGBT apoiando esse merda, cagando pela boca dizendo que ele é a única solução para o Brasil. Se você disser que a eleição de Policarpo é um perigo, há LGBT chaverinho de homofóbico que zomba da sua cara te chamando de bichinha exagerada! Mãe, nem nós mesmo nos unimos!

Tá tudo perdido, mãe! Eu só queria arrancar a dor do Patrick, dar a ele a felicidade que é dele por direito! Eu me sinto péssimo de poder andar e o meu marido não.

_ Filho, eu também me sinto péssima por tudo que o Patrick tá passando. Eu amo demais aquele menino! Me doeu muito tudo que ele passou. Eu sou mãe e tia de gays e morro de medo que tanto você, quanto o Bruno ou qualquer outra pessoa que amo ou gosto passe por isso. Eu entendo tudo isso que você está passando! Mas, você não pode pegar toda a carga pra si. Você não tem culpa de nada! É tão vítima quanto ele!

_ Seria mais fácil se fosse eu que ficasse paraplégico no lugar do Patrick, mãe!

_ Não diga isso, Matheus!

_ É verdade, mãe! O Patrick sempre teve uma vida difícil, já eu sempre fui feliz. Seria mais justo se eu ficasse paraplégico no lugar do meu marido. Assim ele poderia ter um pouco de paz na vida. Patrick merece ser feliz.

_ Você também. E pelo que conheço do Patrick, com a força que ele tem, não vai demorar muito para ele erguer a cabeça e voltar a sorrir, como ele tem feito nesses últimos meses. Já você, está cansado, vive tenso. Você precisa se cuidar, meu amor.

_;A única coisa que eu preciso é ver o meu marido feliz e aqueles caras mortos da pior maneira possível... Eu vou tentar dormir. Amanhã tenho que acordar cedo para trabalhar._ Matheus levantou da cadeira e deu um beijo na testa da mãe. _ Boa noite, mãe. Eu te amo muito.

_ Eu também te amo, coração. Boa noite.

....

Era quase seis da manhã quando Matheus conseguiu pegar no sono. Durante a madrugada foi atormentado por pesadelos envolvendo Patrick e seus agressores.

Depois que despertou desesperado, não conseguiu mais dormir.

Passou a maior parte da madrugada sentado na cama, amargurando uma tristeza profunda, observando o marido adormecido.

Sem perceber, pegou no sono e quando despertou, levou um susto ao ver o ruivo entrando no quarto, trazendo um mãos uma bandeja com o café da manhã composto por torradas, geleia de morango, mamão cortado em cubos e duas xícaras de café quentes.

_ Oh, meu amor, por você não me acordou? Era para eu te servir o café da manhã na cama! Ainda mais depois de ontem, você deve estar tão cansado, minha ferruginha.

Patrick depositou a bandeja na cama, se transferindo da cadeira de rodas para sentar ao lado de Matheus.

_ Você já me traz o café da manhã na cama todos os dias. É justo que hoje eu traga.

_ Coma e volte a mimi, meu bem. Você ontem não comeu nada e deve tá muito cansadinho.

_ Eu não posso voltar a dormir. Daqui a pouco, eu vou na casa da Olívia, nós vamos ter uma reunião para acertar tudo e apresentar o projeto para o Rafa e o Jonas, se eles aprovarem, a gente já começa a por a mão na massa.

_ Vê se papa direitinho. Ontem você não comeu nada.

_ Não se preocupe, que hoje eu vou comer e muito bem. Depois da reunião na casa da Olívia, nós vamos almoçar na casa da dona Chiquinha. Ela vai preparar um prato da culinária francesa especialmente para mói. Será cassoulet, um prato delicioso feito com feijão seco e carnes.

_ Olha, só como está a bicha! Chiquérrima!

_ Só tem um porém. O Jonas está hospedado lá na casa da dona Chiquinha, devido a treta com o Bruno. Tem algum problema eu ir?

_De jeito nenhum, ferruginha. Você precisa se distrair. Só acho que você deveria tirar o dia de folga. Conversar com a Olívia e vocês sairem para passear e por o papo em dia. Depois, de ontem, você merecia um pouco de descenso.

_ Hum!_ Patrick parou para mastigar um pedaço da torrada._ Nem pensar. Agora mesmo que tenho que pôr a cara no trabalho. Tenho que me dedicar afinco para não ter tempo para pensar em coisas desagradáveis. Além do mais, quero caprichar. Quem sabe assim rola mais freelas?

_ Faz o seguinte: pegue o meu cartão de crédito e mande fazer uns cartões de visita divulgando o trabalho de vocês, que vou distribuir lá no curso entre os meus alunos e colegas de trabalho. Amor, você pode criar uma rede social para divulgar o seu trabalho.

_ Você faria isso por mim, príncipe? Me daria essa força?

_ Claro, meu amor! Faço com muito orgulho. Eu sou o marido de um futuro dono de uma agência de publicidade.

_ Bobo. _ Patrick disse sorrindo, dando um tapinha no ombro de Matheus.

_ Estou falando sério. Você tem potencial para ir muito longe. Você sabe disso.

_ Você acho mesmo, meu amor?

_ É óbvio! Você é foda! Eu tenho muito orgulho de você. Meu, a vida nunca foi fácil pra ti e mesmo assim você ia lá e lutava com garra. Eu fui testemunha de todo o seu esforço para cursar uma faculdade e trabalhar ao mesmo tempo. E ainda era o melhor da sua turma! Gente, eu olho pra você e penso "Que puta cara de sorte eu sou por ter um homem foda desses do meu lado!".

"Ferruginha, eu fui um bosta de achar que você era frágil e precisava de mim para tudo. Mas, você foi lá e me mostrou que era forte pra caralho! Que era homem o suficiente para conquistar a sua independência. Não foi uma deficiência que te parou! Tu se mostrou ainda mais foda, ergueu a cabeça cuidou de si e ainda cuida da minha avó. Patrick, eu não tenho estrutura para você! Amor, você não tem ideia do tamanho da minha admiração por ti. Porra! Tu é força, tu é coragem, tu é superação... cara! Você é o meu maior orgulho!"

Patrick secou os olhos com as costas da mão. Sentia uma alegria imensa por despertar tudo aquilo no homem que amava. As palavras de Matheus eram combustíveis para ele e amenizavam a sua dor.

Atirou-se nos braços do marido. As emoções não conseguiram ser contidas e foram expressas com lágrimas.

_ Oh, meu príncipe! Eu ainda morro contigo.

_ Morre não, nenê! Eu amo tu.

Matheus segurou em sua face. Olhava-o sentindo uma dor uma profunda, pensando no quão injustiçado era o homem amado.

_ Você só merece felicidade. Eu quero tirar todas as suas dores e te fazer feliz.

_ Você me faz feliz, príncipe! Eu nem sei o que seria de mim sem você.

_ Você seria o mesmo homão da porra que sempre foi. Eu é que não seria nada sem ti.

Matheus passou o dia cabisbaixo. A sua tristeza era perceptível entre os seus alunos e colegas de trabalho.

Sempre que perguntado pelo motivo da sua aflição, ele desviava o assunto.

No fim da tarde, recebeu uma ligação de Patrick pedindo para que o buscasse na casa de dona Chiquinha.

O loiro queria aguardar o marido dentro do carro. No entanto, cedeu ao pedido do marido, que por telefone solicitou a entrada de Matheus para que pudesse cumprimentar dona Chiquinha.

Assim que o viu, a idosa o olhou com espanto devido a sua aparência. Os olhos lassos, a pele pálida e a tristeza estampada no rosto era de longe o garoto que ela conhecera quando Jonas o levou na sua casa pela primeira vez.

_ Menino, como você está abatido! Você sempre foi magrinho, mas agora está perdendo muito peso. Você precisa se cuidar! Tem se sentindo mal?

_ Eu estou bem, dona Chiquinha. Só estou um pouco cansado.

_ Eu sempre digo a ele que precisa procurar um médico. Mas, o que o meu marido tem de lindo tem de cabeça dura.

No carro, a caminho de casa, Patrick falava animado. Estava sorridente e empolgado, narrando sobre como foi o seu dia.

Matheus ouvia em silêncio, com um sorriso fraco no rosto, satisfeito em ver a felicidade do marido. Admirando a sua resiliência.

_ Amor, eu tenho uma novidade!

_ É mesmo, paixão?

_ Você está diante de um futuro poliglota. Eu vou estudar francês e inglês.

_ Sério, ferruginha? Vai estudar as duas línguas ao mesmo tempo?

_ Sim. Eu sempre achei lindo quando dona Chiquinha falava em francês ao telefone com os amigos da França. Ela conseguiu para mim uma bolsa integral de esrudos no curso que lecionou há anos. Já inglês, eu vou estudar em casa mesmo. Há muitos materias na internet. Eu só vou precisar da sua ajuda para me passar alguns exercícios e corrigir a minha pronúncia. Já vou logo avisando que você terá que ter paciência, porque a minha cabeça é um pouco dura para inglês. Mas, pense no quanto você insistia para que eu aprendesse inglês e o quanto resisti. Encare a minha dificuldade como um êxito da sua insistência.

_ Deixe de ser modesto. Você sabe que é inteligente.

_ Eu posso ser um mau aluno em inglês.

_ Se for, vai ficar de castigo depois do horário tendo que chupar o professor.

_ Hum! Que delícia! Então, vou ser muito malvadinho!

_ Isso. Fica me tentando pra você ver se não paro esse carro e te devoro todinho.

Patrick sorriu com o brilho nos olhos.

_ Amor, o curso de francês será toda quarta-feira de nove horas ao meio dia.

_ Beleza. As quartas eu pego 10 no trabalho, posso te levar e te buscar na hora do almoço.

_ Perfeito! Assim podemos almoçar juntos! Já que só fazemos isso aos domingos e feriados.

Qualquer momentinho contigo é um presente pra mim.

...

Renata cogitou a possibilidade de encontrar o genro triste ao chegar em casa. Por isso, organizou a noite da pizza.

Encomendou algumas na pizzaria de Jonas e convidou Betinho e o restante da família para animar o genro.

Para a sua surpresa e alegria, encontrou Patrick gargalhando no sofá da sala ao lado de Betinho, que contava uma de suas histórias.

Ela amou ver a cena, sentindo o coração aquecido.

_ Chegou a tia das pizzas! Trouxe outra coisa também, Renatissima? É que tô enjoado de pizzas.

_ Trouxe sim, querido. Trouxe um lanche do Mcdonald especialmente para você.

_ Olha que luxo! Tão maravilhosa essa mulher! Nem parece mãe da Matheusa.

Betinho estranhou o fato de Matheus não responder a provocação, permanecendo quieto com a cabeça apoiada no ombro de Patrick.

_ Veado, você tá bem? Bicha! Matheusa!

_ Oi?

_ Tá onde, mulher? Tá área aí. Com essa cara de borocochô!

_ É mesmo, amor. Você tá tão tristinho. Tá sentindo alguma coisa?

_ Não. Eu só tô cansado._ novamente Matheus usou a mentira do cansaço para ocultar a sua tristeza.

_ Você não parece cansada, Matheusa. Parece triste. Fica assim não, bicha. Tu é uma insuportável, mas eu detesto te ver assim. Faz o seguinte: Patricka, dar uma roçadinha de bunda nela pra ver se a bicha acorda melhor.

Patrick acariciou o rosto de Matheus e o beijou.

_ Meu bebezinho loiro.

Renata veio da cozinha arrumando as caixas na mesa.

Matheus permaneceu em silêncio no sofá observando todos conversarem e gargalharam alegres.

A noite, ficou observando Patrick dormir, acariciando o seu rosto.

_ Oh, meu amor, você não merece nada do que sofreu. Eu vou cuidar de você. Juro que ninguém nunca mais vai te machucar, meu bebezinho.

No dia seguinte, após o expediente, chegou em casa trazendo a caixa de bombons favoritos do marido. Queria fazer uma surpresa e ver o sorriso que tanto ama.

No entanto, diante da cena que presenciou a sua alma feriu de tristeza.

Patrick estava nos braços de Betinho chorando muito. O amigo tentava consolá-lo, mas também chorava.

Renata vinha da cozinha nervosa, trazendo um copo com água para entregar ao genro.

_ O que você está acontecendo aqui?_ perguntou Matheus preocupado, sentindo o coração bater mais forte.

Ao ouvir a voz do marido, Patrick se afastou de Betinho e se aproximou de Matheus, se atirando em seus braços, buscando abrigo e consolo.

Renata e Betinho o olhavam tristes.

_ O que houve?

_ Amor, eles foram soltos. Os monstros que me agrediram vão aguardar a conclusão do inquérito em liberdade!

Matheus sentiu o coração palpitando e os músculos tensos.

_ Isso não é justo! Eles acabaram com a minha vida e não vão pagar por isso?

Matheus o abraçou forte, em silêncio, estava desesperado tendo as suspeitas confirmadas.

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Comentários

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MAS GENTE COMO ASSIM????? CARA, EU LI ESSA PARTE E NEM ME ATENTEI A ISSO HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAAHAAHAHA SOCORRO

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A carga dramática desse capítulo foi pesada. Pra mim o Bruno tá fazendo uma merda gigante ao se envolver com o Diego. O cara não merece ser feito de joguete, a Dona Rose está certa.

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Fico com medo desse envolvimento com o Diego, pq ele não merece sofrer. E tbm tenho medo dessa tristeza do Matheus, que elr fique bem.

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