MALENA - UMA HISTÓRIA PARA SENTIR

Um conto erótico de O BEM AMADO
Categoria: Heterossexual
Contém 2727 palavras
Data: 09/07/2021 00:43:26

Todos os dias, fizesse sol ou não, eu me afastava dos amigos e procurava um lugar para sentar no entorno do chafariz da praça; sempre no mesmo horário …, o horário em que ela passava …, ela …, Malena! Aquele rosto lindo emoldurado por longos cabelos pretos ondulados cujo sorriso iluminado exercia sobre mim quase um efeito hipnótico; e não era apenas isso! Havia a sensualidade de seu caminhar e a deliciosa silhueta que preenchia com perfeição os vestidos estampados com decotes generosos, proporcionando um pequeno delírio em quem se aventurasse a espiar com mais atenção.

Malena era tudo que eu sempre sonhara em uma mulher, e muito mais! Todavia, qualquer possibilidade de um envolvimento entre nós naufragava diante da realidade; eu tinha apenas dezesseis anos e ela quarenta; era casada com o melhor amigo de meu pai, que além de muito ciumento tinha fama de valentão e não permitia que nenhum homem se aproximasse muito dela …, e entre esses homens eu estava incluído por uma conclusão óbvia.

Mesmo assim, eu alimentava minha paixão oculta por Malena; nas tardes ensolaradas do verão, eu corria até a casa dela, um casarão térreo, cujas janelas amplas ficavam sempre aberta durante essa estação para que o vento passeasse em seu interior. Vencia a cerca baixa de madeira, me esgueirava por entre girassóis, rosas e cravos e escondido atrás de um banco de terra gramada eu ficava a observar pacientemente até que ela aparecesse; em uma dessas ocasiões ela surgiu apenas com roupas íntimas, o que me deixou tão excitado que pensei que explodiria.

É engraçado como a vida nos reserva surpresas; em uma desses arroubos juvenis flagrei algo que criou uma oportunidade única para mim; do meu ponto de observação vi quando Malena e seu marido discutiam calorosamente; e como o sujeito parecia muito nervoso me assustei quando ele a segurou pelos braços chacoalhando-a com raiva; depois de um pequeno embate, ele e atirou ao chão e saiu da casa dirigindo-se para a cidade.

Seguindo meu instinto de cavalheiro, entrei na casa de Malena pela primeira vez; fui até ela que permanecia sentada no chão debulhada em lágrimas; me aproximei e assim que ela me viu lhe estendi a mão; ajudei-a a ficar de pé e conduzi até o sofá onde ela se sentou. Meti a mão no bolso da calça e tirei um lenço oferecendo a ela para que enxugasse as lágrimas; Malena sorriu e tomou o lenço nas mãos e o usou para reter as lágrimas que ainda rolavam.

Olhou para mim com ternura e agradeceu a gentileza; eu estava incapacitado de proferir palavras, aturdido com a situação e também com aquele sorriso avassalador; repentinamente, ela estendeu a mão e acariciou meu rosto me chamando de menino bonito; em seguida, aproximou seus lábios e beijou minha face; fiquei enrubescido sem saber o que fazer ou dizer. Assim que ela me devolveu o lenço fiz menção de ir embora, mas ela não permitiu.

-És um gentil cavalheiro, meu rapaz! – disse ela com sua voz doce e aveludada – Queria que mais homens fossem assim como tu!

-Obrigado …, a senhora é muito bonita! – respondi com a voz embargada e hesitante.

-Hummm, além de cavalheiro és também um galanteador! – emendou ela com doce sorriso – Quantos anos tens?

-Quase dezoito! – respondi com certo orgulho – Já sou um homem!

Malena não se conteve e caiu em uma risada solta, o que me deixou enfurecido a ponto de tomar seu rosto entre minhas mãos e colar meus lábios aos dela demonstrando que sabia beijar; Malena reagiu empurrando-me sem se afastar; mirei seus olhos e eles pareciam ganhar brilho próprio; ela permaneceu algum tempo me fitando até que segurou meu rosto e colou seus lábios aos meus; nos beijamos! Foi um beijo tórrido e ousado que me deu arrepios e deixou-me excitado.

Quando nos desvencilhamos, Malena sorriu e em seguida olhou para minha calça onde eu tentava ocultar o volume formado na virilha. “Não precisas ter vergonha disso! É o que faz de ti um homem!”, disse ela enquanto pousava sua mão sobre as minhas, me deixando trêmulo e inseguro. Com gestos suaves, Malena tirou minhas mãos e deixou que a dela sentisse o volume apertando-o com firmeza sem tirar os olhos do meu rosto; mais arrepios percorreram minha pele enquanto meu sexo parecia pulsar.

Ela seguiu em frente, abrindo minha calça e puxando minha cueca até que meu membro surgisse rijo apontando para o teto. “Tens um belo instrumento aqui! Já o usaste com uma mulher alguma vez?”, perguntou ela com tom curioso. Não conseguindo verbalizar, limitei-me a acenar com a cabeça, confirmando minha virgindade. Malena o envolveu com uma das mãos sentindo suas dimensões e dureza; começou a me masturbar lentamente sem tirar os olhos das minhas expressões que eu me esforçava por ocultar, embora fosse impossível fazê-lo sentindo o toque quente e macio de seus dedos cingindo minha virilidade.

-Vou dar-te um mimo …, mas tem uma condição – disse ela com tom carinhoso – Jamais contes a alguém o que aconteceu aqui entre nós …, compreendestes bem?

Ainda incapaz de proferir uma palavra sequer anui com a cabeça; Malena sorriu e começou a baixar sua cabeça até que meu membro estivesse ao alcance de sua boca; no momento em que ela começou a lamber senti mais arrepios e espasmos dominando meu corpo enquanto minha mente ficava turva tomada por um incompreensível mas alucinante torvelinho de sensações que expandiam meus sentidos de uma forma que eu jamais sentira antes.

A boca quente e macia de Malena envolveu meu sexo e fê-lo desaparecer em seu interior, passando a sugá-lo com imensa sofreguidão; involuntariamente eu acariciei seus cabelos e cerrei os olhos entregando-me de vez para aquela sensação de pertencimento e submissão que depois eu descobriria ser o modo como o macho sentia-se ao receber uma carícia oral. Malena deliciou-se em saborear meu sexo e eu também apreciava demais …, entretanto, para um jovem despreparado o orgasmo explodiu sem aviso, inundando a boca dela com meu sêmen.

Fiquei ainda mais surpreso ao olhar para seu rosto e notar um sorriso maroto e os lábios úmidos não entendendo o que ela fizera com minha carga; Malena se levantou e foi até o lavabo. “Agora, recomponha-se rapaz! Você precisa ir!”, disse ela com tom firme, mas ainda carinhoso.

Saí da casa dela e caminhei como se estivesse bêbado, trocando passos e olhando para o céu que já perdia seu brilho com o sol se pondo no horizonte. Tomei um enorme susto ao chegar em casa e dar de cara com o marido de Malena; ele me encarou com aquele seu olhar ameaçador e uma expressão brutal; não sei porque, mas não dei a mínima atenção para ele …, a única coisa que ele me despertava era nojo! Homem que agride mulher é um covarde …, aprendi isso com meu pai.

Após aquele dia memorável, eu mantive meus rituais; pela manhã sentava-me na murada do chafariz e esperava para ver Malena passar; vez por outra ela enviava um olhar discreto e parecia sorrir, sempre evitando denunciar que me conhecia mais que a outros rapazes. O outro ritual também foi mantido; escondido atrás do banco de terra gramado eu esperava para vê-la; certa vez tive a impressão que ela olhou na minha direção, mas se isso aconteceu de fato, ela soube disfarçar muito bem.

Tivemos um outono chuvoso o que dificultava meus rituais; perfilado sob a marquise da Igreja eu esperava por ela; Malena passava sim, mas o guarda-chuva impedia que eu a visse com nitidez; já o outro esconderijo restou prejudicado, embora eu tivesse imensa vontade de correr todos os riscos por ela. No entanto, houve uma tarde que tornou-se memorável e também assustadora.

A chuva cessara antes do normal naquele dia e eu me arrisquei no banco de terra que estava encharcado e acabou por sujar minhas roupas; para meu azar as janelas não estavam abertas, de tal modo que após alguns minutos pensei em desistir e voltar para casa …, antes que eu pudesse fazer isso a porta de entrada escancarou-se e o casal saiu para a varanda em uma discussão que logo evoluiu para algo mais ameaçador; o marido de Malena não contentou-se apenas em ofendê-la, como partiu para a ignorância; ela ainda tentou defender-se, mas dada a compleição física do sujeito suas tentativas eram inúteis, até que algo terrivelmente brutal aconteceu: o marido de Malena, tomado por um acesso de fúria, esbofeteou-a por duas vezes.

E os golpes foram tão violentos que ela foi ao chão chorando e soluçando copiosamente; e o sujeito parecia querer mais; vi-me então, forçado a tomar uma atitude, mesmo que isso custasse denunciar minha presença e pôr Malena sob mais risco ainda; uma revolta cresceu em minhas entranhas. Desatinado, corri na direção deles e me pus entre ele e Malena que suplicou para que eu fosse embora. Me recusei, afirmando que ele não a agrediria mais.

Diante do perigo iminente de tornar-me o novo alvo da violência daquele homem rude, mantive minha firmeza e determinação; por mais estranho que possa parecer, ele baixou a guarda e recuou, saindo da propriedade sem olhar para trás; imediatamente ajudei Malena a se levantar e levei-a para dentro de casa, exato momento em que uma chuva torrencial despencou com toda a sua energia. Com uma toalha úmida e morna cuidei das marcas no rosto de Malena, cujo olhar era pura ternura e arrebatamento.

Quando terminei, ela empurrou-me contra o sofá deitando-se em meu colo; afaguei seus cabelos e deixei que ela se aninhasse junto a mim. “Você foi meu herói …, meu salvador! Como é bom ter alguém assim próximo de mim!”, murmurou ela com voz embargada; em dado momento, ela se levantou enlaçando meu pescoço com seus braços com a boca procurando pela minha.

Foram muitos beijos, sempre mais profundos, mais quentes, mais molhados, mais ousados; senti suas mãos em meu corpo, procurando por minha virilidade cuja impetuosidade já mostrava toda a sua pujança; pensei que ela quisesse repetir o que acontecera entre nós anteriormente, porém não foi isso que aconteceu …, Malena cessou os beijos e levantou-se do sofá; olhou no fundo de meus olhos com uma expressão enigmática. “Espere aqui …, quando eu te chamar, venha até mim!”, disse ela afastando-se em direção ao corredor que dava para o quarto.

Enquanto eu a via afastar-se de mim, sentia meu coração acelerar vertiginosamente ao mesmo tempo em que a respiração tornava-se mais acentuada; dentro de mim crescia a expectativa pelo que estava para acontecer; mesmo não tendo certeza, eu tinha uma estranha percepção do que viria. E quando Malena chamou por mim, senti um arrepio gostoso percorrer minha pele. Caminhando a passos hesitantes e ritmo incerto avancei em direção ao quarto de Malena …, parei na soleira da porta percebendo que havia uma suave penumbra em seu interior.

Meus olhos logo se acostumaram e eu vislumbrei Malena de pé ao lado da cama de costas para mim …, ela estava nua! “Venha até aqui, meu herói! Venha conquistar teu merecido prêmio!”, disse ela em tom sussurrado e provocante. Tremendo da cabeça aos pés avancei em direção dela; assim que me vi próximo, estendi minha mão sentindo sua pele quente e aveludada. Malena voltou-se para mim e deixou que eu apreciasse sua nudez delirantemente arrebatadora. Eu não sabia o que fazer e Malena pareceu achar isso engraçado e também atraente.

Inicialmente, ela me abraçou e novamente nos beijamos; deixei minhas mãos passearem por suas costas desnudas pressentindo a pele arrepiar-se ao meu toque; Malena segurou meu rosto entre suas mãos, sorriu e meu beijou mais uma vez; desceu uma das mãos até a mama segurando-a de tal modo que me oferecia o mamilo para ser apetecido; comecei a sugá-lo sem muita experiência e com algum receio. “Não, meu amor …, não tenhas medo, sugue-o com a vontade que está dentro de ti!”, murmurou ela meu ouvido, ampliando os arrepios ao longo do meu corpo.

Dediquei-me a sugá-lo e passei ao outro assim que ela me ofereceu; alternando um após o outro em minha boca eu lambia e sugava avidamente, ouvindo os gemidos roucos de Malena e suas mãos acariciando meus cabelos. As vezes eu parava de saboreá-los apenas para admirá-los; Malena tinha lindas mamas, perfeitamente redondas e de uma firmeza até mesmo inquietante e envolvente.

Depois de algum tempo nesse interlúdio preliminar, Malena sentou-se na beira da cama e puxou-me para ela passando a despir-me lentamente; eu percebia em seu olhar algo de lúdica inocência, como se tirar minha roupa fizesse parte de uma espécie de ritual de iniciação não apenas meu, mas também dela. Ao ver-me nu, Malena fixou seu olhar no meu e sorriu, enquanto eu sentia meu membro apoiado na palma de sua mão; ela o fitou por alguns segundos e em seguida, levou sua boca até ele.

A sensação de sua língua passeando por toda a extensão de meu sexo causou-me tantos arrepios e pequenos espasmos que eu cheguei a pensar que poderia vir a perder os sentidos ante tanto prazer proporcionado por algo tão simples, singelo, porém carregado de uma enorme carga de sensualidade.

No momento em que ela o tomou em sua boca mais uma vez, eu cerrei meus olhos e antegozei o momento; a boca de Malena exercia uma sensação única e muito especial, embora fosse apenas a segunda vez em minha vida que experimentava aquela carícia oral feita pela mulher dos meus sonhos. Somente após uma prolongada degustação, ela cessou o carinho e deitou-se sobre a cama, olhando languidamente para mim.

-Venha, meu homenzinho …, faça em mim o mesmo que fiz em ti – pediu ela em tom rouco e provocante.

Olhei para o ventre de Malena e espiei seu sexo liso e destituído de pelos; apenas a visão me envolvia de tal maneira que segui meus instintos de macho jovem e um pouco açodado; a medida em que minha língua passeava por toda a região, Malena acariciava meus cabelos e também me orientava da maneira certa de proceder sempre com voz suave e gentil; e tal foi minha dedicação que, de repente, ela soltou um longo gemido ao mesmo tempo em que minha língua foi inundada por um líquido de sabor agridoce que me causou uma inexplicável sensação de prazer. Ela me disse que havia gozado!

E após este, outros vieram ainda mais caudalosos e intensos, enchendo-me de orgulho e satisfação. “Agora, venha aqui …, me cubra com seu corpo e me preencha com teu sexo!”, sussurrou ela enquanto acariciava meu rosto. Fiz como Malena me orientou e ela incumbiu-se de mostrar o caminho para que meu membro penetrasse sua gruta que era quente e apertada; com algum esforço o encaixe sucedeu-se e eu me senti pleno dentro dela.

Malena me orientou como movimentar minha pélvis, ora sacando, ora enfiando o membro dentro de sua gruta, sempre procurando acelerar a penetração, até que ela, mais uma vez, atingiu o clímax …, só que desta vez ele pareceu mais veemente já que seus gemidos sucediam-se no mesmo ritmo em que experimentava mais gozos proporcionados por meu desempenho. Nosso idílio sexual prosseguiu como se não tivesse mais fim; foi tão inebriante que nem percebi o tempo passar.

A chuva foi e voltou mais de uma vez, acompanhada da chegada do manto escuro do anoitecer que nos encontrou ainda envolvidos em um apetitoso embate sexual repleto de indescritível prazer sensorial; Malena parecia em transe no momento em que pediu que trocássemos de posição com ela me cavalgando alucinadamente e explodindo em mais gozos insanos. Vê-la sobre mim, subindo e descendo com os cabelos úmidos e a pele suada era a visão do paraíso.

Eu segurava suas mamas, apertando-as moderadamente e também beliscando os mamilos que algumas vezes serviram para saciar minha boca ávida. O quarto cheirava a sexo, mas também tinha o odor do prazer entre homem e mulher em plena entrega; eu desejava que meu encontro com Malena não tivesse mais fim e que pudéssemos permanecer juntos para sempre! A doce inocência de um sonhador! Repentinamente, meu corpo foi tomado por uma surpreendente convulsão com músculos contraindo-se e espasmos sucedendo-se de forma descontrolada …, até que …, meu gozo eclodiu! Foi algo tão intenso e profundo que tinha a sensação de que o mundo todo rodava e que meu corpo esvaía-se em prazer …, até que tudo chegou ao fim …, dominados por um imenso cansaço adormecemos …, acordei com os gritos furiosos do marido de Malena que invadira o quarto …, a noite já dera lugar a um novo dia …

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Comentários

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Muito bom! É bem interessante a sua releitura das cenas do filme em um contexto diferente. Ficou incrível! Parabéns!

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