Supervisor bronco 08

Um conto erótico de Dan_emin
Categoria: Gay
Contém 2280 palavras
Data: 01/07/2021 21:56:43
Assuntos: Gay, Putaria

A medida que eu andava pro meu portão de embarque ia reparando em cada detalhe do aeroporto e pensando na diferença de sensações de agora para a primeira vez que cheguei ali.

Nunca imaginaria naquela época que iria embora dali sem emprego e com aquela sensação de dever não cumprido, em um estado de espírito bem diferente da euforia da chegada.

Pra cortar esses pensamentos, peguei um café numa lojinha próxima do meu portão, sentei numa mesinha e tirei meu livro pra ficar lendo até a hora de embarcar.

Depois de um tempo percebi um homem próximo que olhava sempre pro meu lado e num dos momentos que o surpreendi, fiz um gesto com a cabeça cumprimentando.

Ele que parecia esperar uma oportunidade pra se aproximar, fez um comentário:

- Difícil achar alguém que leia Dostoiévsky, ainda mais por esses lados – ele falou sorrindo.

- Eu adoro, comecei a ler esse ano e estou achando um livro melhor que o outro

- Sou suspeito pra falar, já li todos

- Mas você não parece ser dessa região, aliás não parece nem ser do país – eu falei rindo, pois além de ser um baita loiro dos olhos claros e de porte alto, o sotaque dele deixava transparecer ser de fora.

- Alemão, mas já me considero brasileiro, vivo aqui há anos – ele falou amigável e eu chamei ele pra mesa pra continuarmos o papo.

- Prazer, sou Daniel

- Klaus...mas o que um leitor de Dostoievsky faz pra esses lados?- ele falou brincando.

- Estava trabalhando aqui, sou da capital

- Estava?- ele perguntou franzindo a sombrancelha.

- Estou saindo, nem devo voltar mais aqui.

Klaus contou que tinha uma empresa que prestava serviço na cidade e ficava, geralmente, quinze dias ali na cidade e quinze na capital. Continuamos o papo até a hora do voo, o que foi ótimo pois nem vi o tempo passar.

Só quando aterrisei e me despedi dele, fui sentir de novo aquele aperto no peito por todos acontecimentos recentes.

Minha mãe ficou surpresa quando contei o motivo de ter pedido demissão, sem entrar tanto nos detalhes sórdidos, e apesar de apoiar minha decisão me falou pra pensar bem. Eu não devia abrir mão do meu emprego só por que me envolvi com alguém e que nem me merecia.

Fui pro escritório da sede trabalhar normalmente, porém decidido a ser aquela minha última semana. João mandou umas mensagens, que respondi secamente ou as vezes nem respondia.

Não vou mentir que morria de saudades da sensação da pele dele na minha. Deitado na minha cama a noite lembrava da rola gostosa dele deslizando em mim, do corpo peludo roçando o meu, do gosto do leitinho. Quando via já estava completamente excitado.

Em virtude dessa vulnerabilidade total a ele ainda, preferi nem responder mais as mensagens e cortar papo de vez.

Na quinta-feira o gerente regional me chamou na sala dele pra discutirmos minha saída. Assim como meu gerente do site, tentou entender o motivo e eu só respondi que era um motivo pessoal e acrescentei que sentia falta da minha cidade.

Ele me recomendou ter paciência, que faltavam apenas mais uns meses pra acabar meu período no site e depois eu teria portas abertas ali na sede, ainda mais com as avaliações que eu vinha recebendo pelo meu serviço.

Fiquei balançado quando ele disse isso e antes que me recobrasse e negasse interesse novamente, ele já foi me mostrando os planos que a empresa tinha pra mim e me falou pra pensar bem até o outro dia antes de dar minha palavra final e que eu poderia ficar ali na sede as próximas duas semanas, antes de voltar pro site pra resolver minhas questões pessoais.

Confesso fui pra casa muito balançado. Pensei muito a noite, pesei todos os prós e contras e resolvi não abrir mão do meu futuro profissional num emprego que eu adorava por causa de um macho. Se ele resolvesse me ferrar, ou espalhar pra todo mundo o que fizemos (o que eu sinceramente acredito ele não faria com base nas últimas mensagens) aí eu simplesmente sairia e pronto.

Assim no outro dia dei a resposta que voltaria pro site, mas deixei claro que não queria que minha vida pessoal atrapalhasse nas minhas entregas e que só por isso tinha tomado aquele impulso de pedir demissão.

- Eu tenho certeza, que sim, Daniel. Olha, pelas avaliações dos seus chefes e pelas conversas que tivemos eu vi que foi uma questão pessoal mesmo. Eu sou experiente, chegam umas pessoas aqui com esse papo de pedir demissão só pra forçar uma promoção ou aumento. Como se eu fosse bobo. Gosto de pessoas transparentes e senti isso em você. Por isso não queremos perde-lo.

Agradeci todo suporte e voltei pra minha mesa aliviado. Confesso que nas noites seguintes eu sempre ficava excitado só de imaginar encontrar João novamente, mas já estava decidido que se voltasse não ia rolar mais nada entre a gente.

Não contei nada sobre minha volta pra ninguém e apenas o meu gerente do site foi informado antes que eu tinha concordado em ficar.

No dia do retorno eu não sabia o que sentia, quando cheguei ao aeroporto. Parecia estar mais ansioso ainda, que na minha primeira ida. Pedi um café e fiquei distraído tomando, quando vi uma figura no balcão fazendo o pedido também.

Quando se virou e me viu sorrindo, Klaus se aproximou e engatamos em um papo até a hora do embarque. Contei pra ele que havia resolvido permanecer na empresa.

No outro dia cedo fui pro site e mal desci do ônibus vi de longe João caminhando em direção ao alojamento.

Nossos olhares se cruzaram e ele abriu um sorriso e veio na minha direção, mas meu gerente chegou antes e logo foi me cumprimentando e felicitando por voltar. João aproximou e me cumprimentou.

- Bom demais esse moço de volta né, João? – ele falou se dirigindo a João e depois voltando pra mim – Esse aí ficou meio perdido aí na sua ausência. – ele falou pra mim e cutucando João que sorriu e se limitou a dizer, pro meu alívio, que eu fiz falta mesmo.

Deixei os dois e fui até o setor de rh pegar minhas orientações e logo fui pro alojamento designado.

O primeiro dia foi muito estranho, não fiquei rodando como costumava com João. Fiquei com meu gerente rodando a unidade enquanto ele ia me atualizando de tudo que aconteceu nas duas semanas.

Só fui encontrar João novamente a noite, no refeitório quando fui jantar. Ele estava sentado em uma mesa com algumas pessoas e eu fui pro outro lado.

Pegava ele me olhando direto, mas felizmente pro meu sossego eu percebi logo pela manhã que ele não ia tentar me pressionar a nada.

Jantei e ele me esperava do lado de fora junto com nosso gerente, que me falou que no dia seguinte eu já voltaria a rotina de sempre com João.

Conversamos mais um pouco ajustando uns detalhes e quando meu gerente se despediu, eu também falei que estava cansado da viagem e iria pro meu quarto.

- Daniel – ouvi a voz grossa dele já próximo de mim, após eu ter andado alguns passos e me virei pra olha´-lo. – será que podemos falar um minuto?

- Pode, João. O que deseja?

- Só queria dizer que é muito bom ter você de volta – ele falou com uma expressão animada,

- Obrigado

- Eu queria falar também que não precisa ficar tenso comigo, não vou fazer nada...que não queira.

Difícil estar ali frente a frente sem demonstrar nada. Vendo os pelos do peito aparecendo pela gola, os braços grossos e as coxas comprimindo a bermuda jeans e aquele pacote tentador.

Mas estava decidido a não misturar mais as coisas, mesmo tendo pensado naquela rola e desejado aquele macho todos os dias desde que haviamos nos separado.

Agradeci as palavras dele e falei que esperava que pudéssemos trabalhar bem juntos de agora pra frente, tentando deixar claro que só teríamos relações profissionais.

Voltei pro alojamento com a sensação de que se tivesse ficado mais um segundo na frente de João teria perdido o controle e simplesmente chamado ele pro meu quarto pra mamar a rola até ganhar seu leitinho que tanto sentia falta.

A semana se passou enquanto eu me controlava ao lado de João, que não forçava a barra. Mas eu percebia ele me provocando as vezes, sentando mais largado do meu lado na caminhonete, extremamente sexy, as vezes dando uma pegada disfarçada na rola pra ajeitar. Duas vezes quando fomos inspecionar uma frente e eu fui andando na frente, ao me virar vi ele com uma ereção. Mas eu fingia não ver e falava com ele como se nada estivesse acontecendo.

Eu não estava aguentando mais de vontade daquele macho e ele estava decidido a não tomar a iniciativa pra não correr o risco de me afugentar.

Finalmente chegou a sexta-feira. Antes de partir, uns colegas combinaram de irmos a um barzinho sábado pra comemorar meu retorno.

Chegamos e tinham umas pessoas mais próximas com quem eu trabalhava, incluindo João. Estávamos distraídos conversando quando vi no balcão uma pessoa sozinha tomando cerveja e assistindo um jogo na TV. Levantei e fui até ele, que estava distraído.

- Klauss?!- falei surpreso pela coincidência ao me aproximar por trás dele – tá me seguindo ou é coincidência mesmo? – falei estendendo a mão pra cumprimentar.

- Essa cidade que é pequena mesmo – ele falou sorrindo e retribuindo meu aperto de mão.

- tá sozinho aí? - perguntei

- Sim, meus amigos furaram, mas tava a fim de uma cerveja. E você?

Contei pra ele de estar com uns amigos do serviço “comemorando meu retorno” e perguntei se ele não queria se juntar a nós. Ele exitou um pouco, mas acabou aceitando e voltamos juntos pra mesa.

Apresentei pra todo mundo, que respondeu cordialmente, exceto João que já estava com a cara típica de bronco que tinha.

Conversamos de tudo e Klaus com a simpatia logo se enturmou. Começou a falar de alguns locais bacanas pra conhecer em torno da cidade, como trilhas e cachoeiras e perguntou se eu conhecia ao que eu respondia negativamente.

- O que você faz aqui? – ele falou zoando e eu falei que não tinha carro pra ir nesses lugares e também tinha medo de ir sozinho.

Ele, já totalmente a vontade com meu colegas, falou zoando que era “coisa feia” não levar “o cara” pra conhecer nada na cidade e logo emendou que no próximo fim de semana, se topasse, podíamos ir numa trilha com outros amigos dele. Eu e uma colega topamos e quando me virei pro lado de João, ele estava numa expressão mista de culpa e desgosto olhando Klaus.

Aproveitamos o resto da noite e, antes de partir, João ofereceu carona em alto e bom tom pra todos ouvirem antes que Klaus oferecesse algo.

Acabei aceitando pra não ficar uma situação constrangedora de recusar e partimos juntos.

Ele questionou de onde eu conheci o Klaus e resumi rapidamente pra ele, que pareceu um pouco aliviado e desfez a expressão séria.

Quando paramos e fui sair ele segurou minha mão e eu me virei pra olhá-lo.

- Voce não tem ideia como eu estou louco pra te pegar – ele falou na lata -mas fica tranquilo que não vou fazer nada, só quando você quiser...só me deixa saber, eu vou esperar.

- João, eu não vou mentir que sinto a maior vontade as vezes também...-falei e ele mostrou um pouco animado- mas sofri muito aquela época, melhor não – completei rapidamente.

- eu não vou te fazer sofrer mais, prometo. Senti sua falta todos os dias e vou te contar -ele falou dando uma pegada no saco – estou me controlando muito pra não avançar em você, nunca imaginei tivesse tanta resistência.

Eu não resisti rir do jeito dele falar e agradeci o controle dele. Por fora eu aparentava controle, mas por dentro tremia de tesão vendo aquele macho tão sedento por sexo, exalando testosterona bem do meu lado.

Conversamos mais um pouco e fui logo pro meu quarto, de novo com a sensação de que mais um segundo no carro com ele e não teria resistido.

A semana seguinte passou mais difícil ainda que a anterior. A tensão sexual entre mim e João, pelo menos pela minha parte, parecia que ia explodir.

Toda noite, na cama, imaginava uma foda com ele nas várias situações que estávamos juntos durante o dia. Mas não dava o braço a torcer, tinha medo de me entregar uma vez e perder o controle total novamente.

Sentia ele me comendo com os olhos também as vezes quando ficávamos sós, mas sem forçar nada.

Sexta-feira, antes de sairmos pra folga na cidade, ele chamou pra tomar umas cervejas na piscina do hotel de novo ou fazer algo no sábado, mas eu recusei falando que já tinha combinado um programa com Klaus.

Ele fechou a cara e murmurou “gringo idiota” antes de se despedir.

Fomos a uma trilha no dia seguinte conforme havia combinado com Klaus, minha colega do serviço e uns outros amigos dele. O passei foi realmente bacana, vimos uns lugares legais e fiz amizade com os outros colegas de Klaus também.

Cheguei ao hotel já era meio da tarde, tomei um banho e dei uma cochilada. Tive um sonho intenso com João, me pegando no quarto do alojamento. O sonho era tão real, que parecia ainda sentia o cheiro dele no quarto quando acordei, extremamente excitado.

Peguei meu celular e tinha uma mensagem de João, perguntando se eu já tinha chegado e chamando pra tomar uma cerveja.

No impulso acabei aceitando e antes que eu pudesse ter tempo de voltar atrás, ele visualizou e mandou uma carinha feliz, falando que passava no hotel dali a uma hora.

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Comentários

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Espero o melhor pros dois. Nada de Klauss. Preparando pra esperar tmb o próximo capítulo, que é uma demora...

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Ah, um poliamor seria a glória neste conto. Conte-nos mais...

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Cara eu nunca fiquei tão ansioso por um conto como esse. Pow mano não faz mais isso pfvr na moral.

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Hum muito bom, espero que role algo com o Klaus antes que volte de vez para João, afinal ele ainda tem que sofrer mais pra ter o Daniel de volta, tem que ser uma jornada longa e árdua pq ele abusou muito. Ou quem sabe não fique no final com Klaus mesmo, parece um homem muito melhor.

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A história está incrivel, pfvr n demora a postar!!

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