Por mais gostosa que a loira fosse, alguns teriam chamado Dani de empata foda, mas antes do fim do dia, Luan a consideraria a melhor amiga que alguém podia querer.
Sim, pra quem tava tentando evitar pensar em sexo, era complicado não seguir aquele bundão circulando pelo quarto enquanto ela e Letícia se arrumavam, não apenas amigas inseparáveis como também a dupla dos sonhos -dele e do maracanã inteiro.
O fato de ela ter entrado no quarto bem quando ele apontou o pau pro rabinho da prima só fez piorar as coisas e quando ela entrou no chuveiro, a tentação de pedir à morena ao menos uma chupadinha foi quase demais para resistir: porra, que saudade que estava de dar uma boa gozada na boca da modelo! Mesmo assim, ele se manteve bravo em sua causa.
É claro, sozinho no chuveiro era bem mais difícil não se matar na punheta, mas não rolou porque logo ele se lembrou do motivo disso tudo.
O relacionamento dele e Letícia sempre foi complicado: conheciam-se desde pequenos, mas ela nunca deu bola pra ele, um rapaz inteligente, mas magrelo e simples do interior, e ela uma modelo linda com o mundo a seus pés... isso até ele conseguir um pendrive bastante comprometedor dela.
Luan jamais se esqueceria esses dias... do acordo deles e as brincadeiras gostosas que fizeram. Lelê negava, mas gostava dos joguinhos: a morena se propôs a treiná-lo na arte do sexo por um mês, findo o prazo, ele lhe devolveria o pendrive. Virgem e fresca como era, a patricinha não chegou a transar com ele, mas lhe brindou com altos amassos e uns boquetes de tirar o fôlego... pena que ela insistia na camisinha pra tudo.
Foi nessa época que ele perdeu a virgindade, não com ela, mas com Karol, uma mulata cavala da sua cidadezinha que a detestava por causa de alguma rivalidade unilateral e sem sentido -não que ele fosse se queixar, já que foi o beneficiário da treta-, mas foi também quando ele fez a pior cagada da vida: confiante de ter comido uma gostosa daquelas, Luan queimou a largada com a prima, tentando tomá-la a força, causando uma briga horrível.
No tempo que passaram distantes, Karol conseguiu trabalho na mesma agência de Letícia, que por sua vez arranjou um namorado playboy, riquinho, bonito e prepotente.
Pra resumir, Luan descobriu que o sujeito não prestava e estava só se aproveitando dela: Lelê tinha recuperado o pendrive, mas se você soubesse onde procurar, o que mais tinha na internet eram vídeos e fotos dela com o cara, coisa bem pesada e não só de pegação ou oral, como Luan havia provado, mas pilhas e pilhas de filmes pornô dela... contudo, isso não significa que ele estivesse interessado no cabaço da modelo:
Era sempre no cu.
Anal. Sodomia. Enrabada. Currada.
Vendada. Fantasiada. Chapada. Dormindo.
Eram vídeos de todos os gostos.
A pior parte foi quando ele propôs um leilão da virgindade da morena... mas agora isso não tem mais importância. Foi complicado, mas Luan deu um jeito de se livrar dele, que foi como engataram esso novo relacionamento, o que quer que ele seja.
Carente e assustada com tudo, Letícia o chamou para dividirem o apartamento... o apê e outras cositas más... e embora tenha deixado claro que não havia exclusividade entre eles, não gostava que Luan ficasse de papo com outras, porém, tampouco parecia atrás de outros rapazes.
Porra, ele ia se queixar de quê?
Comia todos os dias uma modelo linda (agora serviço COMPLETO: oral, vaginal e anal!) e morava num apartamento de luxo no centro da cidade! Até no trabalho as coisas iam bem, crescendo a olhos vistos no escritório, já tendo garantido uma vaga quando se formasse.
Mas então ele percebeu o que realmente estava acontecendo: Letícia ainda não havia superado o ex...Luan era o cara que a salvou, por isso confiava nele, fora isso, era apenas um pau duro no qual ela descontava os vícios que adquiriu com aquele fodido.
Quando saiu do banho, de cenho franzido e determinação renovada, Letícia não estava mais no quarto, apenas Dani, que lhe explicou no café do hotel os chatos procedimentos pelos quais ela ia passar antes de subir à passarela, principalmente algo sobre desidratação e jejum.
Mas antes eu falei que Dani era a melhor amiga que alguém podia ter e é aqui que entra o motivo: a loira conhecia não só muitas das modelos, como também alguns dos organizadores do evento e logo o convidou para um “camarote” especial, ao invés de ficar se apertando no meio da multidão.
-Certeza que eu posso?- se bem que Luan ainda lembrava que sempre havia algo por trás dos joguinhos dela -E mesmo que eu possa, vou acabar perdendo o desfile...
-Confia em mim, gato- ela balançou o corpo com cada palavra, gesticulando constantemente -Cê vai ver algo muito melhor.
Foi assim que Luan conseguiu uma passagem VIP para o ambiente interno, onde as modelos se reuniam para os retoques finais antes do desfile, e eu vou te falar uma coisa: se Luan nunca antes havia dito “eu te amo” para ninguém, Dani era uma forte candidata a ser a primeira!
Era uma mais gostosinha que a outra, e pra completar, a loira ainda ficava cutucando, apontando uma e outra, comentando o tamanho da bunda daquela, dos peitos da outra, lhe falando nomes e oferecendo números de telefone, e sabe o que mais?... De vez em quando, quando ela se distraía com uma história, ou acenava para alguma conhecida, Luan aproveitava pra dar uma boa secada era nela mesmo.
Caralho. Como era gostosa essa baixinha! Houve um tempo em que ele perdeu umas boas noites sonhando com ela, relembrando sua expressão de prazer revirando os olhos; o abdômen trincado e definido, molhado de suor, contraindo-se com a respiração; a boceta desafiadora, incrivelmente apertada, que não permitia entrada fácil a ninguém; além do cuzinho guloso, que tanto amava uma rola! PUTA QUE PARIU, QUE BUNDA! Dava de 10 em qualquer das meninas que tivesse apontado além de ter coxas que eram o dobro de uma modelo normal... Vê-la se debatendo em orgasmo então era coisa de louco.
Pena que só transaram uma única vez e desde então ela agia como se nunca tivesse acontecido... Vai ver ela não o achava nada demais, enquanto ele guardava a memória como um grande prêmio, mas tudo bem. Letícia deixou claro que o relacionamento deles era aberto, mas isso não significa que levaria de boa o primo babando na sua melhor amiga.
-Olha ela ali- Letícia chegou num roupãozinho lilás minúsculo, que deixava suas coxas bem visíveis e metade do seu rabo moreno de fora, o tecido fino e decotadíssimo também permitia ampla visão de seus seios, quase saltando para fora, apertados no biquíni azul marinho que lhe patrocinava, altiva e maquiada, seu salto era tão alto que empinava a raba até a nuca.
O corpo da menina parecia esculpido sob medida, com pernas longas, coxas grossas e um maravilhoso bumbum de coração. Letícia cumprimentava a todos, beijava uns e abraçava outros, um genuíno poço de simpatia com o verdadeiro fã clube que dispunha entre meninas e funcionários… pelo menos até antes de vê-los.
A morena acenou para eles e sorriu, balançando os dedinhos. Ela era linda, mas de um modo diferente da Dani, que tinha feições mais redondas, sobrancelhas marcantes e olhos levemente puxados, enquanto Lê possuía nariz arrebitado, lentes verdes, traços finos e lábios delicados... só que ela não parecia confortável com aquilo. Podia ser ciúme? Talvez, mas não parecia. De um modo ou de outro, não era como se pudessem parar agora para conversar e em minutos o desfile começou.
A primeira modelo a sair foi uma ruiva que ainda estava ajustando o sutiã verde clarinho, e todos puderam babar nos seus peitinhos balançando ao sabor de suas passadas fortes.
Na verdade, a maioria chegava seminua à escadinha do palco, arrumando a calcinha ou sutiã, de modo que Luan só podia achar que aquilo era comum, especialmente a paradinha para passar aquele óleo, dando um show incrível de esfregação nas bundas e pernas, sem qualquer pudor, apenas nos seios elas mesmas passavam.
Mas foi quando os olhos de Luan encontraram com os de KAROL que a coisa pegou pro lado dele. Até Dani viu o reconhecimento ali, além de acompanhar com igual interesse quando ela saiu desfilando com a calcinha minúscula, toda enfiada na bunda imensa.
-Luan, Luan…- a desgraçada já era gostosa, fato, agora toda produzida assim, num conjuntinho amarelo bem sacana… podia ser uma puta coincidência, ou não: era fato que trabalhavam pro mesmo grupo.
Dani lhe deu uma cotovelada de alerta, arqueando as grossas sobrancelhas. Letícia estava de volta.
Ao descer do tablado, a morena foi logo tirando o biquini, concentrada no trabalho.
Outras garotas passavam, mas com Karol no desfile, Luan só tinha olhos para a prima, tratada como uma deusa por maquiadores e estilistas que insistiam em retocar o que já era perfeito. O nome disso só podia ser inveja, no que queriam dizer ter contribuído pro sucesso dela, que ainda arrebitava a bunda para ver como estava o biquíni vermelho na sua traseira, então balançava os seios ao ajeitar o sutiã, e chacoalhava o bumbum, empinando-se toda para o olhar crítico dos ajudantes com os óleos.
Quando Karol surgiu, quase do nada, e se posicionou ao lado dela para trocar o biquíni pelo maiô branco, a rola de Luan quis pular pra fora da calça e bater palmas. Era o paraíso, e não fazia ideia de como o fim de semana podia ficar melhor.
Mas ficaria. E MUITO. Mas primeiro as tretas.
O desfile seguiu seu curso e se havia uma dúvida ainda no ar era a de quem se divertiu mais, Luan ou Dani, que a todo momento zoava o amigo, claramente de pau duro.
-Pelo jeito, a Lê não vem te dando muita atenção, hein.
Bom, esse era um jeito de ver as coisas...
Uma vez reunidos, a loira insistiu que almoçassem na praia, afim de aproveitar o tempo, e mesmo sob protestos da morena, que se dizia cansada do desfile, e de Luan, que ainda tinha trabalho a fazer do escritório, acabaram cedendo, até mesmo indo buscar voando o diabo de uma boia que a garota fazia questão de levar.
A praia estava movimentada e escolheram um pequenino quiosque na areia, com não mais que umas três mesas, onde pediram alguns petiscos ao garçom mais atencioso do mundo (pelo menos no que diz respeito às garotas), Dani quis uma caipirinha e Letícia ficou no suco mesmo, aproveitando para se hidratar, agora que o desfile havia terminado. A morena usava um biquíni rosa de lacinho, até comportado com suas listras douradas, da marca que a patrocinava, diferente da loira de óculos escuros, num maiô vermelho berrante, a lá salva-vidas, todo atolado na bunda, protegida por uma saída de praia semitransparente.
O papo fluía bem, como há tempos não fluía. Vira e mexe, as meninas acenavam para um belo rosto conhecido e Luan ficou contente em descobrir que seu esforço na academia rendeu, quando mais de um par de olhos se demoraram nele, contudo, houve uma que fez bem mais que isso, alguém que o reconheceu de longe...
-Oi sumido- cacete, ele sentiu até os pelos do pescoço se arrepiarem na mesma hora -Nem fala nada, né?- e lá estava ela, rindo dele se engasgando com o refrigerante: Karol, uma deusa negra num biquíni branco.
-O-oi!- ok, precisava acrescentar mais alguma coisa... -Não sabia que você ia participar do desfile- tampouco sabia o que dizer agora, na frente das meninas que o encaravam diretamente, mas Dani facilitou, fazendo pose com um dos dedos baixando de leve os óculos:
-Não vai nos apresentar?
Luan fez o melhor que pôde pra isso, resumindo os tempos dele na lojinha do Seu João, mas menos de um minuto depois já nem sabia o que diabos tinha dito. Mesmo assim, o sorriso zombeteiro de Dani, vendo-o suspeitosamente nervoso, e o olhar desconfiado da prima, foram algo que ele lembraria por um bom tempo.
De toda forma, talvez por pena do desespero estampado na cara dele, Karol não demorou a propor que fossem pra água, porém, como as meninas negaram, afinal, Letícia nem mesmo havia tirado a maquiagem do desfie, Luan também ficou à mesa, só observando o balanço mágico daquela bunda surreal se afastando… há pouco, Luan disse que eles eram amigos do tempo do trabalho, em sua cidadezinha, mas essa não era toda a verdade...
-Pra quê entrar na água, quando se tem essa vista, né, Luan?- Dani provocou.
Puta merda.
Ele não fazia ideia se ela ainda lembrava, mas tempos atrás havia contado a amiga do rolo que teve com a mulata. Na época, ela não acreditou, o Magrelo Luan pegando uma gostosa dessas? Mas agora, acreditar ou não, não era o problema, mas sim o que ela faria com essa informação…
Apesar do olhar desconfiado da prima, um tempinho na praia logo aliviou o clima e tudo voltou ao normal. Aliás, Deus abençoe os óculos escuros, que escondem o olhar de primos tarados!
O trio estava curtindo na areia, olhando o movimento e comentando quando viam alguma gatinha estirada ao sol, especialmente se fosse uma das garotas do concurso. A princípio, era mais Dani quem fazia isso, sempre atazandando Luan e descendo a caipirinha gelada:
-Muitas dessas garotas ficam com seus agentes, sabia?- Sim, ele sabia -Elas aprendem muitas coisas úteis com isso... imagina o que elas não fazem pra ter seus 15min de fama!- e ela sabia muito bem que ele sabia disso -Mas tem umas que nunca pegam o jeito... acho que você já conheceu algumas assim, né não?- ela tava falando da... -Um mulherão daqueles, hein...- Não. Elas tinham acabado de se conhecer. De jeito nenhum que ela sabia de algo da Karol... -Tipo a aninha- a contragosto, o pau dele deu um pinote, lembrando-se BEM DEMAIS da garota... -EI, JU!
Repondo os eletrólitos com seu suquinho, Letícia só observou ela chamar a ruiva, do outro lado do quiosque, sempre atenta às reações deles e fazendo-se de santa: os dois sabiam que ela era uma baita de uma safada, mas aos olhos do público, a morena era uma jovem pura e virginal, e com tantos conhecidos aqui e ali, ela precisava manter as aparências, certo?
A tal “Ju” respondeu toda sorrisos e veio até eles, o que chamou atenção de todos ao redor.
-Oi, Lê!- a modelo também era bonita de perto, e as sardas lhe davam um quê especial, mas era bem magrinha comparada com as duas. Sem desgrudar da caipirinha, Dani levantou-se para beijar o rostinho da amiga -Você eu ainda não conheço- a ruiva sorriu ara Luan, que Dani apresentou Luan como primo de Letícia, o que não era mentira, depois a puxou de lado, ainda falando alto o bastante para eles ouvirem:
-Preciso te atualizar dos babados, amiga!- os primos trocaram olhares, sem saber onde a loira queria chegar com isso.
Inconsequente como sempre, Dani deixou-se levar por seus instintos de piranha, começando um festival de empinadinhas, falando e gesticulando, arrebitando o rabo pra cima dos olhos de quem quer que estivesse passando do lado, rebolando a bunda na cara de garçons e banhistas, arrancando risinhos nervosos dos homens e olhares ferinos das mulheres pro rabo loiro dela (aliás, não demorou nada pros comprometidos arranjarem o que fazer mais adiante na areia, antes que apanhassem das donas), tudo isso enquanto contava uma história que tanto Leticia quanto Luan sabiam que era mentira:
-Gata, tu nem sabe!- ela falava alto, pra chamar atenção mesmo -Vim com um peguete meu pra ver vocês desfilando- e bem nessa hora, ela virou-se totalmente de costas pra mesa, como que se precavendo pro caso de algum deles querer interromper, enquanto Julia ouvia atenta, olhinhos brilhando de curiosidade e imaginação à mil pra descrição que a loira lhe fazia: -...alto, bonito, inteligente... e muito safado!
Luan riu. Achava que sabia de quem ela estava falando.
-Menina...- e nessa hora ela até falou um pouco mais baixo, não o bastante pra esconder nada de ninguém, somente pra fazer capa: -O pau dele é MUITO GRANDE! Eu PRECISAVA arranjar um quarto pra gente- foi a vez de Letícia engasgar -Me deu a maior canseira ontem!
Por algum motivo, a morena olhou séria pro Luan.
Porra, os 3 dormiram juntos ontem. Ela sabia que era invenção!
-Ai amiga, era tão grande e tão gostoso que eu até deixei ele me pegar por trás...- exceto se... Luan gelou -E aguentei tudinho!- ah, merda -Hahaha tem espaço de sobra aqui atrás amiga...- Letícia bateu o copo vazio na mesa.
-Que foi, gata?- Dani não tava falando de ontem. Ela tava falando da noite em que passaram juntos. Letícia sabia disso. -Quer um gole?- Dani ofereceu a amiga sua caipirinha, mas a morena negou, conseguindo dela um muxoxo: -Deixa disso, cê é a maior gata da praia Lê!- ela disse, virando-se pra eles -Alta, corpo esguio, pele morena e olhos verdes! Olha esse par de seios, Luan! Quê cê me diz? E essa bundona?? Acho que só perde pra minha, mas também não precisa ficar chateada por isso! Tu é jovem, tem mais que aproveitar!
-É verdade!- ele concordou, ligeiro, no que Letícia perguntou, fria:
-Verdade que a bunda dela é melhor que a minha?
Julia riu alto e Letícia aceitou o drink da loira, que foi rápida em pedir um Ice ao garçom que secava as garotas, convidando a ruiva para se sentar com eles. Após umas duas rodadas de Ice, a conversa ficou bem mais leve, e entre uma brincadeira e outra, até Luan aceitou as bebidas, tentando acompanhar a prima… não que ele soubesse o que aquela bebedeira significava.
Mas Dani sabia, e por isso, lá pelo quinto Ice, achou de dar um mergulho com Julia e deixa-los a sós, o fato de quase todos os homens restantes do quiosque também terem ido para a água deve ter sido apenas coincidência... mas foi quando Lelê notou, apesar dos óculos escuros, os olhos do primo se demorando no monumento que a loira chamava de bunda.
-Tu gosta, né?- Luan começou a responder qualquer coisa, mas ela não o deixou terminar -Será se não tem um lugar escondidinho por aqui? Que nem lá na tua cidade?
-Oi?- no susto, ele chutou sem querer a boia que Dani esqueceu com eles.
-A Karol... é Karol o nome dela, né? Já conhecia ela de vista. Acha que ela frequentou muito a ponta de pedra?- Luan começou a gaguejar -Que foi? Eu também frequentava aquela praia, não é porque não sou de lá que não ouvi as histórias…
-Como eu vou saber, Letícia?- mas ele sabia. Já tinha até visto, só nunca aproveitado.
-Haha! Não sabe, é? Mas a Dani tem razão... ela entrou tarde na passarela, certeza que já passou na mão de muita gente pra conseguir trabalho.
-Pára com isso, Lê- atenta ao tom do rapaz, a morena deu um looongo gole no Ice e se aproximou, pondo a mão sobre a coxa dele.
-Por quê? Tu faz que não gosta, mas eu vi como tu olha pra ela- Luan empertigou a coluna, nervoso -Cê tá doido pra comer ela, não tá? Já imaginou um mulherão daqueles te chupando? Tu devia trabalhar como agente, esses caras tem filas de modelos à disposição...
-Quanto Ice cê já bebeu?- a modelo não respondeu, apenas se aproximou ainda mais, pondo a mão entre as pernas dele.
-E você? Tá excitado, já?- a morena olhou pros lados: havia uma família na barraca lá atrás e uns dois jovens da idade deles não muito longe, a maior parte das pessoas estava mais perto da água, curtindo o sol, e o garçom havia sumido, atrás do bar -Ei, Luan- Ela baixou os óculos num gesto parecido com o da Dani, bem sexy -Quero ver o teu pau.
-Tá doida, menina?
-Que foi? Achei que tu não ligava pra essa conversa da Dani... então prova que não tá de pau duro... Mostra pra mim que eu caio de boca pra ti: fico chupando e cê pode ficar só admirando a vista. Não quer saber como é um boquete enquanto tu fica só de olho na bundona da Dani, torrando no sol?- desta vez, ela nem deu tempo de ele responder, simplesmente metendo a mão no pau dele por cima dos shorts -Se você for rápido, ninguém vai ver... bom, talvez o garçom, que já tá de olho na gente mesmo.
-LÊ....!!- Ele segurou o grito -Tem gente aqui, sua doida!
-Devíamos viajar sempre juntos- ela o ignorou completamente -Quando for de carro, cê pode vir dirigindo que eu vou te chupando pelo caminho, só mamando a cabeça da tua pica- ela segurou firme no pau duro do rapaz, erguendo uma sobrancelha sugestiva diante do estado dele.
-Isso é culpa tua...
-Mesmo?- ela sorriu, terminando a sexta garrafa de Ice -Tu sabe como te ver assim deixa minha bocetinha?- então mordeu o lábio inferior: -Não quer me ver pôr tudo o que couber na minha boquinha? Só curtir eu me babando todinha nessa delícia, subindo e descendo bem gostosinho?- caralho. Ele tinha até se esquecido como ela gostava de falar putaria -Eu vou só mamando... às vezes olhando pra baixo, às vezes olhando pra cima, e você de óculos escuros só de olho no rabo da Dani, da Karol, da Ju, ou dessas outras meninas, mas adorando ter uma modelinho de lábios delicados chupando com muito gosto o teu pau.
Luan engoliu em seco. Estava entendendo porque ela nunca bebia.
-Sabe por que eu gosto de biquíni de lacinho? Sai fácil. Eu sei que cê também gosta- Instintivamente, Luan ajeitou o pau dentro do short, o que não passou despercebido pela modelo, que por sua vez apontou a boia na areia com o queixo -Cê sabe porque a Dani trouxe a boia?
-Hã?- onde ela queria chegar com isso?
-Nós podíamos ir pra água e eu te mostro, sabe? Eu sento na boia, me segurando com os braços e com os pézinhos pra fora, assim, ninguém consegue ver meu bumbum debaixo d’água... imagina só, primo, você faz a festa lá embaixo, na frente de todo mundo, sem ninguém ver nada... duvido que cê já tenha comido uma menina na praia...
-Letícia, não dá...- isso só podia ser invenção dela... certo? Não importa o quanto ela tenha bebido, isso tudo era só conversa...
-Quer privacidade, então? Eu consigo pra gente- A morena simplesmente tomou a garrafa dele de suas mãos, deu uns dois goles fartos, depois derramou tudo sobre os próprios seios, sorrindo pro primo babão... então se levantou de um salto: -Cuidado, garoto!
Feito o homem mais veloz e gentil do mundo, o garçom surgiu rápido como um raio, enquanto o cérebro de Luan engasgava na marcha errada e Letícia se limpava com os guardanapos:
-O que houve?
-Esse desastrado... você tem mais lenços?- prestativo, o cara foi direto na mesa ao lado -E você, Luan, cadê tua camisa? Me ajuda!- quando o sujeito voltou, estava tão confuso quanto Luan, pois em vez de pegar a blusa ou o guardanapo que eles lhe ofereciam, Letícia ergueu os braços, pedindo que alguém a secasse.
Aí é que está. O que Luan ainda não havia entendido é que quando estava nesse estado, a morena tornava-se outra: tinha sim, totais tendências à submissão na cama, mas o jogo de ter o poder na mão, escolher a vitima, seduzir, mostrar que pode, que consegue quem quiser, só pra depois ver o jogo virar, sofrendo gostoso na mão de um tarado qualquer... era isso que ela mais amava fazer, sempre que bebia.
Foi pura sorte que ele tenha agido antes do garçom. Secando timidamente a barriguinha da modelo, sem se atrever a subir as mãos em direção aos seus seios tentadores, diante dos olhos do outro sujeito, ou talvez até daquela família ali perto, que ele não tinha coragem de verificar... Letícia baixou um pouco os braços e pediu pra que limpassem um pouco ali também e desta vez o garçom foi mais rápido, ignorando Luan e pulando com o guardanapo neles, hora um, hora outro. Aí entra o tal poder, a liberdade de dar uma ordem e ver o safado atender, não apenas sem nem pensar, mas ainda se sentindo grato pela oportunidade...
-Aqui também, PRIMO- Ela pronunciou todas as sílabas, apontando pros próprios seios... Ele lhe encarou fundo nos olhos, no que ela fez um gesto afirmativo com a cabeça... e lá foi ele se aventurar, espalmando as mãozonas, apertando com toda vontade do mundo, enquanto o garçom mordia o beiço, invejoso. Luan não se preocupou em secar a modelo, nem disfarçou: apertou descaradamente os seios dela e depois só fingiu que limpava por cima dos ombros da menina, satisfeito por ter estabelecido dominância em relação ao outro cara. Letíca não falava nada, apenas olhava para ele e para o garçom com a cara mais dissimulada do mundo, agradecendo, ainda toda grudenta.
-Preciso de um banho.
-Quer ir pra água?- a essa altura Luan arriscaria mil vezes a história da boia.
-No mar?- o garçom perguntou, olhando ao redor. Tirando o moleque da família ali do lado, parece que ninguém estava dando muita atenção a eles -A água salgada só vai piorar a situação -Tem um posto aqui perto...
-Ah, não!- a modelo deixou vir à tona toda frescurite de patricinha, fazendo carinha de mimada -Não vou pegar aquela fila só por uma ducha horrível dessas! Vocês não tem um banheiro aqui?
-Tem, mas só pros funcionários...
-Não tem como liberar rapidinho... PRA MIM E PRO MEU PRIMO?- Fazendo beicinho de menininha mimada, como se pedindo uma ajudinha, ele entendeu o que ela queria -Por favor...- então completou baixinho: -A gente deixa você ver.
-Estou de serviço, moça...
Mas então Luan já estava metendo duas notas de cem na mão dele.
De jeito nenhum que ele perderia essa chance agora.