Borboletas sempre voltam II Capítulo 37

Um conto erótico de Arthur Miguel
Categoria: Gay
Contém 2531 palavras
Data: 18/07/2021 21:17:46
Assuntos: Amor, Gay, Mistério, Sexo, Tesão

Capítulo 37

Matheus estacionou o carro na vaga de deficientes no shopping.

_ E aí, ferrujinha? Tá tudo tranquilo para sair em público? Se você não tiver bem, a gente volta pra casa numa boa.

_ Com você eu me sinto muito tranquilo. Você me passa segurança. _ Patrick disse sorrindo, dando um selinho em Matheus._ Príncipe, depois que comprarmos o sofá, o que você de passarmos na loja de queijos e comprar aquele queijo minas delicioso para comer no café da manhã?

_ E depois, podemos ir a aquele restaurante português que você adora.

_ Huuum! Comer aquela bacalhoada maravilhosa!

_ Com o seu vinho branco preferido.

_ You master the art of pleasing me my prince. (Você domina a arte de me agradar, meu príncipe)

_ Your smile is my fuel. I'm crazy about you. you are my best part. ( O seu sorriso é o meu combustível. Eu sou louco por ti. voce é a minha melhor parte. )

_ You are beautiful my prince. I love you. (Você é lindo, meu príncipe. Eu te amo.)

As pontas dos seus narizes se tocaram, e o sorriso se fez presente em seus rostos. Ambos olhares brilhavam, irradiando ternura, que vinha direto dos seus corações aquecidos.

Um beijo apaixonado foi inevitável.

Patrick estava em dúvida entre o sofá cama cor de salmão por ser mais confortável e o conjunto de estofados vermelho, por ser da cor do Renata.

_ Amor, o que você acha?

_ O que você escolher pra mim tá bom.

Patrick notou um certo tremor na voz de Matheus e uma inquietação no marido. Ele esfregava a mão na perna e olhava para os lados.

_ Príncipe, você está sentindo alguma coisa?

Matheus o olhou forjando um sorriso.

_ Eu não! Estou ótimo! Já escolheu?

_ Estou na dúvida.

A vendedora se aproximou, perguntando se o casal precisava de ajuda.

_ Eu estou em dúvida de qual comprar.

_ O senhor pode dar uma olhada em outros modelos também.

_ Se eu ver mais opções, aí mesmo que vou ficar mais indeciso. Eu sou libriano, moça.

_ Jura?! Eu também sou! Sei bem o que é isso. Mas, qual é a sua dúvida?

_ É porque o sofá será um presente para a minha sogra e ela adora vermelho. Então, um é da cor preferida dela, mas o salmão é mais confortável.

_ Não seja por isso! Eu tenho a solução. Temos vermelho desse modelo confortável!

_ Olha que maravilha, amor!_ Patrick exclamou olhando para Matheus, percebendo que ele suava mesmo não estando calor. O seu sorriso se desfez, ficando preocupado.

_ Vocês podem me acompanhar até a minha mesa? Eu vou mostrar o modelo vermelho pela tela do computador.

_ Claro!

Matheus empurrava a cadeira em silêncio, sua respiração estava ofegante.

_ Está tudo bem, senhor?_ perguntou a vendedora, notando o nervosismo do loiro.

Ele confirmou com a cabeça.

No caminho até a mesa da vendedora Matheus, respirou aliviado, ao ver Rose caminhando digitando no celular.

_ Bendita hora que vejo a minha tia!

Patrick olhou abismado para Matheus sem entender o motivo do seu alívio com a presença de Rose.

_ Tia! Que bom te ver!

_ Oi, meninos! Que coincidência vê-los aqui!

_ Digo o mesmo, Rose. Nós viemos comprar uma presente para minha sogrinha. Vamos fazer uma surpresa pra ela.

_ Ah, que bom, Patrick! Já eu vim comprar uma TV nova. O Bruninho vai me dar uma de 70 polegadas para assistir o jogo domingo. Aliás, estou esperando os dois lá em casa domingo para assistirem o jogo comigo.

_ Tia, você poderia fazer companhia pro Patrick, enquanto eu vou ao banheiro do shopping?

_ Claro, querido!

_ Mas, agora que vamos fazer o pagamento do sofá? O cartão de crédito é seu. Você precisa assinar.

_ Eu não vou demorar! Volto num instante.

_ Tá bom!

Matheus saiu numa pressa, que deixou Patrick desconfiado.

A vendedora os conduziu até a mesa e mostrou o modelo de sofá a Patrick.

O ruivo confirmou a sua escolha e ela emitiu uma nota para fazer o pagamento.

_ Enquanto você aguarda o Matheus, me ajude a escolher a TV?

_ Claro, Rose.

_ Qualquer coisa a senhora pode me chamar.

_ Claro, querida.

No corredor das TVs, Rose mostrava os modelos que a interessava.

_ O Bruninho é fogo. Você acredita que esse menino veio comigo e escapou alegando que ia ao banheiro?

_ Será que ele e o Matheus se encontraram e estão se matando no banheiro?

_ Que nada! Bruno foi para a loja onde Isabel trabalha. Ele escapou para ficar de fofoca com ela. Você acredita que ele é tão safado, que engana a gerente da loja comprando lá só para poder ficar de papo com a Isabel? Como ele é cliente, a gerente não pode brigar com a Bel.

_ Bruno é esperto.

_ Demais, meu filho. Eu tô preocupado. Você viu como Matheus saiu daqui? Ele parecia aflito e tenso.

_ Deve ter ido fazer o número 2.

_ Ele não faz isso em banheiros públicos.

_ Na hora que a vontade vem, não para segurar. O que você acha desta aqui?_ Rose perguntou, apontando o dedo para uma smart TV na sua frente.

_ Eu acho incrível!

Os gritos dos primos ecoavam pelo estacionamento do shopping. Matheus estava com os olhos vermelhos e gritava tenso.

_ Você não tem nada a ver com isso! Cuide da sua vida, seu Judas!

_ Eu tenho tudo a ver com isso sim! Você não tem o direito de esconder isso da minha tia! Ela tem que saber a verdade!

_ Isso quem decide sou eu! Não você, seu maldito!

_ Matheus, eu quero mais é que se foda, mas você não pode esconder uma coisa tão grave das pessoas! O seu marido e a sua mãe têm o direito de saber o que está acontecendo contigo! Eles te amam! E se isso piorar? Já pensou como eles vão ficar?

_ Cala a boca e cuide da sua vida! Da minha cuido eu.

_ Está cuidando muito mal!

_ Quem é você para me julgar?

_ Eu não estou te julgando! Só estou preocupado.

_ Conte outra, Bruno! Você preocupado comigo? Você me odeia!

_ Realmente, eu te odeio! E a minha preocupação é com a minha tia quando ela souber. Apesar de ser um verme, você é filho dela. E ainda tem a minha mãe, que gosta muito de você! É com elas que me preocupo.

_ Eu não vou mais perder o meu tempo contigo.

Matheus virou de costas para Bruno com a intenção de voltar para a loja. Contudo, parou ao sentir a mão de Bruno no seu ombro.

_ Se você não pensa em você mesmo. Pense na sua família.

Matheus retirou a sua mão com brutalidade e seguiu caminhando.

Bruno o seguiu até a loja.

Matheus entrou na frente de Bruno. Caminhava rápido e sério.

Patrick e Rose temeram que os dois brigassem na loja.

_ Eu preciso falar com você. _ Bruno disse a Patrick, deixando Matheus tenso.

O ruivo o olhava duvidoso, sem compreender.

_ Vamos embora!_ disse Matheus empurrando a cadeira de rodas.

_ Mas, e o sofá, Matheus?

_ Outro dia a gente compra.

Matheus saiu as pressas.

_ Meu deus! O aconteceu, Bruninho?

_ Aconteceu que o Matheus é um cabeça dura. Você acredita queJonas aceitou o convite de Rose com um sorriso nos lábios. Sempre assistia o jogo do Brasil na casa do pai, que reunia a família num churrasco.

No entanto, para ele, assistir na casa de Rose passou a ser mais interessante, devido à companhia de Bruno.

_ Claro que eu vou, sogrinha. Acha que sou louco de dispensar a sua comida?_ Jonas disse numa ligação telefônica.

_ Ih, sinto muito em te decepcionar, mas hoje o almoço será por conta do Bruno. Eu estou louca para comer a feijoada de frutos do mar que ele faz. Você sabe como é divina.

_ Se sei. Tudo que ele faz é divino.

Rose ouviu sorrindo. Estava cada vez mais esperançosa com a possibilidade da reconciliação do casal.

Rose reuniu algumas poucas pessoas íntimas em sua casa. Além do filho e genro, ela convidou alguns vizinhos, Renata, Wilson, Matheus e Patrick. Contudo, Matheus se recusou a ir para não estar perto de Bruno e Patrick resolveu ficar em casa com o marido.

Assim que Jonas chegou, Wilson olhou para Renata e cochichou no seu ouvido:

_ Pelo visto o meu irmão dançou mesmo.

Renata o olhou lamentando. Apesar de torcer para Jonas e Bruno reatarem, Renata sentia pena de Diego.

_Bom, por falta de aviso não foi. Não quis me ouvir, agora chora na cama, que é lugar quente.

_ Tadinho, amor.

Wilson encolheu os ombros.

Jonas cumprimentou a todos com um aperto de mão. Exceto Renata e Rose, as quais ele deu um beijo no rosto.

_ Cadê o Bruno?_ perguntou sorrindo. Animado com a possibilidade de ver o amado.

_ Tá lá na cozinha, terminando de preparar a feijoada.

Bruno cantarolava cortando o tomate na tábua de carne. Assustou-se ao olhar para trás e ver Jonas encostado na soleira da porta.

_ Que susto, Jonas!_ Bruno exclamou com a mão no peito.

_ O corte do tomate está errado.

_ É mesmo? Desde quando você entende de cortes de tomates?_ Bruno perguntava em tom de ironia, pondo as mãos na cintura.

_ Deixa eu te mostrar como se faz.

Jonas se aproximou, se posicionando atrás de Bruno, segurando as suas mãos e indicando como cortar. Aproveitou que o seu pau estava atrás da bunda de Bruno e deu uma leve sarrada.

Bruno deu um passo para frente, fingindo que nada aconteceu. No entanto, não esperava que Jonas bloqueasse a sua saída, voltando a se esfregar nele.

_ É assim que se corta. Tá vendo?

_ Já entendi. Agora, você pode se afastar._ Bruno tentava aparentar seriedade, para esconder o tesão que estava sentindo.

_ Você tá dando molhe.

_ Como assim?

Bruno tremeu ao sentir o hálito quente de Jonas no seu ouvido, sussurrando:

_ Deu molhe com esse pescocinho assim, a disposição. Aí você faz o cara perder a linha e dar linguada.

Ele sentiu o seu corpo inteiro se arrepiar com língua de Jonas deslizando pela pele da sua nuca.

_ Jonas, para com isso! A casa tá cheia de gente!

Bruno tentou se afastar, mas Jonas segurou em seu pau, o acariciando, ao mesmo tempo que esfregava o seu pauno reguinho do jornalista.

_ Você também tá dando molhe com essa bundinha gostosa. Assim eu perco a linha.

_ Jonas!

Bruno tremeu sentindo a mão de Jonas segurando no seu queixo, virando a sua cabeça para o lado.

_ Você tá dando molhe com essa boquinha linda. É impossível não beijar.

Sua boca foi invadida pela língua do marido.

_ Aaah, Jonas!

_ Vamos lá pro quartinho! Eu tô com a mamadeira cheia aqui.

Para deixar o marido ainda mais louco de tesão, Jonas prosseguiu sarrando e pôs a mão por dentro da blusa, girando os biquinhos dia mamilos com as pontas dos dedos.

_ Jonas, daqui vai entrar alguém aqui...aaaa!....uuuu! É melhor parar!_ Bruno sussurrava.

_ Pra que fazer joguinhos? Sente como você deixou o garoto lá em baixo. Ele tá em ponto de bala. E você também está todo animadinho. _ Jonas disse segurando o pau ereto de Bruno por dentro da calça.

_ Aaaaa! Pelo amor de deus, Jonas! Aiiiii! Para!

O medo de ser flagrado por alguém só aumentava o tesão de Bruno.

_ Vai me dizer que esse cuzinho delicioso não tá piscando? Essa rosquinha tá doida para receber a minha pica. Vai! Confessa, safada!

O tapa sonoro na bunda deixou Bruno muito vulnerável, ficando molhe nos braços de Jonas.

_ Isso é covardia da sua parte, Jonas.

Outro tapa estalou em sua bunda, o fazendo gemer como uma garotinha sentindo tesão.

_ Isso é pra você saber que tem um homem, porra!

Bruno teve o corpo girado para frente. Foi puxado pela cintura e beijado.

Jonas aproveitava para por a mão na sua bunda por dentro da calça.

Sem interromper o beijo, Bruno tentou retira-las de dentro da sua calça, mas teve as mãos puxadas com brutalidade, o que o deixou ainda mais excitado.

_ Esse rabo é meu! Eu ponho a mão do jeito que eu quiser!

O jeito mandão de Jonas o deixou louco. Voltou a beijá-lo com ainda mais volúpia. Feliz na sua posição submissa.

_ Essa feijoada sai ou não sai?

A voz de um dos vizinhos o fez pular para o lado, se afastando de Jonas para fingir que nada havia acontecido.

_ Já tá saindo, seu Nestor.

O homem percebeu as ereções de ambos.

_ Pelo visto eu interrompi alguma coisa._ Seu Nestor disse com um sorriso no canto da boca.

Jonas apoiou a palma da mão na pia e abaixou a cabeça para rir.

Ao contrário de Bruno, que sentia a face arder de vergonha e gaguejava ao tentar mentir que nada havia acontecido.

_ Tudo bem! Eu vou indo lá pra sala para não atrapalhar mais.

O homem saiu sorrindo. Bruno deu um tapa no ombro de Jonas.

_ Tá vendo o que você fez?

_ Eu?! Eu não fiz nada, mozinho._ Jonas disse sorrindo e mordendo os lábios.

_ Cínico! Olha como você me deixou! Eu vou ter que tomar um banho frio para poder me recompor!

_ Huuuum! Eu posso te ajudar no banho.

_ Não vai ajudar coisa nenhuma! Se comporte, seu tarado!

Bruno caminhou em direção ao banheiro e recebeu um outro tapa na bunda.

_ Gostosa!

_ Cretino!

Entrou no local e Jonas foi atrás, mas o jornalista fechou a porta na sua cara. Jonas deu um sorriso malicioso, devido ao fogo que acendeu no marido.

Mais uma vitória da seleção brasileira, ganhando de 2 a 1 da Bélgica, se classificando para a final, onde disputará a taça de ouro com Portugal, todos festejavam comemorando.

Fogos de artifício estalavam no céu. Pessoas gritavam de suas casas.

Na casa de Rose, a comemoração seguia com sorrisos e abraços trocados por todos.

Os seus corações se enchiam de esperanças pela conquista do título de Hexa campeão.

Enquanto todos estavam distraídos, Rose foi ao pé do ouvido de Renata:

_ Venha comigo até o quarto. Precisamos conversar.

Renata a olhou assustada. O que será que Rose tinha de tão importante para dizer numa hora tão inusitada?

No quarto, Rose trancou a porta e pediu para Renata sentar na cama, sentando ao lado dela.

_ Amiga, eu sei que essa não é uma boa hora para falar uma coisa dessas. Mas, desde que o Bruno me contou, eu estou agoniada com tudo que está acontecendo. Eu não vou conseguir me segurar até outro dia.

_ O que houve, mulher? Aconteceu alguma coisa contigo?

_ Comigo não. Foi com o Matheus._ Rose disse nervosa! Arregalava os olhos, esfregando o pescoço, como sempre fazia quando estava nervosa.

_ O que você aconteceu com o meu menino, Rose?!

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 15 estrelas.
Incentive Arthur Miguel a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

Aiaiai

Q fofo o Bruno se preocupando com o Matheus

2 0
Este comentário não está disponível