É possível nos surpreendermos com nossos próprios desejos. Todo ano é comum uma nova leva de jovens estudantes se mudarem para o Bairro Velho, procurando estudar na Universidade. Os apartamentos mais antigos costumam ser os mais em conta para serem alugados por jovens sem renda própria e mesmo assim, é muito comum estes dividirem a moradia. Dividir a casa com alguém que se conhece a pouco tempo pode ser estressante quando as duas pessoas não se entendem, mas também ajuda no amadurecimento dos jovens estudantes. Você descobre muitas coisas que não gosta sem nem ter imaginado antes. E coisas que gosta também.
Isadora era uma mulher tão tímida que teve dificuldades em encontrar um lugar para morar. Era difícil ela ter iniciativa e buscar algo sozinha, mas foi ajudada por algumas amigas. Elas a puseram em contato com Catarina, que estava precisando de alguém para dividir as contas. Nos primeiros dias de convivência o choque era evidente. Catarina tinha a personalidade expansiva, ouvia música alta o tempo todo, falava alto no telefone como se ninguém mais estivesse na casa. Isadora, mais tímida, vivia trancada no quarto, sendo este o único espaço da casa em que ela se sentia à vontade. Retraída, ela raramente saía de lá e quando o fazia, se surpreendia com Catarina seminua. A jovem negra de cabelos curtos era adepta de andar em casa à vontade, de calcinha e sutiã. As vezes nem sutiã. As vezes nem Calcinha. Era o benefício de uma moradia só de mulheres. Mas Catarina nem se importava com as janelas abertas ou se haveria alguém olhando. Isadora, pelo contrário, estava sempre vestida. Costumava usar shorts e blusas independente do calor que fizesse.
A interação entre as duas mulheres era mínima, com Catarina muitas vezes chamando Isadora para se juntar a ela nas refeições ou para estudarem juntas. Catarina precisava de alguém para dar atenção a ela, ouvir sobre seu dia, suas reclamações e eventuais fofocas. Isadora não se importava com nada daquilo, preferia ficar sozinha com seus próprios pensamentos. Mas não iria afrontar quem permitiu que ela morasse ali, e sempre esteve presente quando solicitada. Era uma expressão de opostos quando as duas estavam juntas. A barulhenta e desnuda Catarina com a vestida e silenciosa Isabel. Catarina, no auge do seu egocentrismo, não notava em Isadora e não demonstrava se importar muito com ela. E não percebeu que aquela menina silenciosa, com lábios grossos e cabelos longos passeava os olhos pelo seu corpo desnudo enquanto ela se exibia. Isadora notava o quanto Catarina era bonita, com seu sorriso fácil, seus seios médios que pareciam tão firmes. O quadril de Catarina era largo, com a bunda grande, redonda.
Isadora se olhava no espelho nua as vezes, olhava o seu corpo e pensava no de Catarina. Pensava na inveja de não ter a bunda tão bonita, mas pelo menos achava que seus seios eram um pouco maiores. Esse momento de comparação ficou comum, e Isadora passou a ficar sem camisa enquanto ficava dentro do quarto. Dias depois, ela se sentiu confiante para sair do quarto, com os seios de fora.
— Nossa! Isadora com peitinho de fora!!! O que está acontecendo? — diz Catarina ao brincar com Isadora, segurando seus peitos por trás.
Isadora puxou o ar na hora, sentindo aquelas duas mãos apalpando os seus seios. Seu coração disparou. Suas costas desnudas sentiram o calor do corpo de Catarina e os seios dela sendo pressionados. Ela não entendia a emoção que sentia e não sabia o que responder. Ficou calada e sentiu Catarina a abraçar por trás pressionando mais aqueles seios macios contra o seu corpo.
— Não precisa ficar com vergonha, só tem mulheres aqui. Pode sem camisa sempre que quiser.
Isadora acenou afirmativamente com a cabeça e voltou a se trancar pelo quarto. Lá dentro, em seu silencio, ficou tentando entender que emoções eram aquelas até perceber que sua boceta estava molhada. Coisa que sempre sentia com seus namorados anteriores, mas nunca com uma mulher. Naquela noite, Isadora não dormiu.
Algumas noites depois, Catarina batera na sua porta. Isadora estava sem camisa, como tinha virado hábito. Estranhamente, Catarina não queria chamar ela para conversar ou para não jantar sozinha. Sua colega estava com o notebook aberto reclamando das coisas que não conseguia fazer. Como novas alunas, precisavam aprender rapidamente a dominar alguns softwares sem nem mesmo ter que fazer curso. Nem sempre dá para aprender tudo sozinha. Isadora tinha as mesmas dificuldades, mas se viu motivada a ajudar Catarina mesmo sem dominar o programa usado. As duas se sentaram e Isadora ia se acostumando com a brisa invadindo a janela e envolvendo os seus seios. Era uma sensação nova, o seu corpo arrepiava. Com as duas sentadas lados a lado eram comuns pequenos esbarrões de braço no seio uma da outra, mão apoiadas nas coxas e alguns sorrisos bem amistosos a cada momento em que elas aprendiam alguma coisa diferente. Mas no fim, avançaram pouco. Resolveram procurar um professor particular. E foram dormir.
Isadora chegou no seu quarto, tirou o short e a calcinha. Passou a alisar a boceta levemente, sentindo o quanto estava molhada. Subiu na cama e encostou-se na parece. Nua, ela deslizava as mãos pelo seu corpo, mas com o corpo de Catarina na cabeça. Ela usava o silêncio do seu quarto para se concentrar. E o silêncio foi quebrado.
Um som repetitivo vinha do quarto de Catarina. Era um som que lembrava o seu celular vibrando, mas sem parar. Isadora parou de se tocar quando percebeu que havia mais um som ali. Ela fechou os olhos e se concentrou mais naquele segundo som. Era baixo, variava em comprimento e tons e era agradável de ouvir. Isadora identificou como sendo gemidos de Catarina. Isadora nunca imaginou que aquela mulher tão escandalosa tivesse um gemido tão doce. Sua boceta voltou a melar. Isadora apalpa os próprios seios lembrando do toque de Catarina.
Os gemidos se intensificam no outro lado e Isadora leva os dedos a boceta. Ela ouve os delicados gemidos vindos do outro quarto e tenta advinha com seu rosto as expressões que Catarina estaria fazendo. Com gemidos longos e manhosos, Isadora desliza as pontas dos dedos lentamente pelo seu corpo. Indo dos seios, passando pela barriga, seguindo pelas coxas. Seu corpo arrepia. Isadora procura se sincronizar com os gemidos de Catarina como se fosse ela a responsável por eles.
Os gemidos deliciosos de Catarina ficam cada vez mais audíveis e os dedos de Isadora entram na sua boceta. A outra mão leva dois dedos ao seu clitóris tocando-o delicadamente, porém os dedos fodem a sua boceta aceleradamente. À medida em que o gemido de Catarina fica mais alto, os dedos de Isadora aceleram até o momento em que aquele gemido delicioso parece perder o controle e fica ainda mais alto. Isadora se masturba com mais força até seu corpo se descontrolar. Ela treme inteira, fechando as pernas com firmeza, pressionando as mãos contra a boceta encharcada. Nessa posição, ela deixa de lado enquanto se recupera do seu gozo.
Na noite seguinte, Catarina bate mais uma vez na porta de Isadora. Por um momento Isadora se preocupou com a possibilidade de ter sido ouvida se masturbando junto com sua companheira de apartamento. Por sorte, não era nada daquilo. Catarina apenas a chamou para dizer que havia contratado um professor para ensina-las a usar esses programas tão difíceis: Paulo.
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