Quando abri a porta vi que um carro parado em frente à casa ao lado dava sinal de luz, então fui até lá. No caminho até o carro eu sentia um misto de raiva e tristeza somados a uma vontade enorme de voltar correndo para dentro de casa, ele abriu a porta pela parte de dentro e eu entrei, sem dizer uma palavra.
- Cara o que aconteceu? Eu aqui morrendo de preocupação, não sabia mais nem o que pensar.
Me mantive calado, olhando pra frente.
- Pedro? Tô falando com você? Olha pra mim por favor... Ei príncipe, olha pra...
- Não me chama de príncipe Diego!
- Tá, mas você vai me explicar o que aconteceu?
- Você vai ser homem o suficiente pra me contar sobre o vídeo?
Foi nítido quando a expressão de preocupação deu lugar ao total estado de choque.
- Quem foi Diego? Quem foi que chegou no viadinho bonitinho primeiro, comeu, fez vídeo e mostrou pros amigos?
- Você não é um viadinho, você é um homem.
- Mas vocês falavam de mim como se vocês fossem uma espécie de homem superior, que escolhe o viadinho que vai usar e depois joga fora – as lágrimas já escorriam pelo meu rosto.
- Eu não sei quem te contou isso, nem como, mas não é bem assim a história – falou ligando o carro.
- Para, eu não quero ir pra lugar nenhum.
- Mas você vai, se você pôde ouvir alguém te contar isso de forma torta, você pode me ouvir te explicar a minha versão.
Ele dirigiu até a orla, parou numa parte mais ou menos movimentada, puxou o freio de mão, virou o rosto em minha direção e ficou parado ali, me olhando. Fizemos o trajeto calados, eu, por não querer falar com ele e ele por precisava pensar no que ia falar me falar, e ele tinha muito a explicar.
- Prin... – respirou fundo - Pedro, eu preciso começar pedindo desculpas, eu não imagino como você está se sentindo, mas eu quero que você saiba que não tem vídeo nenhum.
- Eu acho que saber disso tudo foi tão humilhante, que ter vídeo ou não nem faz tanta diferença.
- Eu posso fazer só uma pergunta? Como você ficou sabendo disso?
- Seu amigo, agora ex amigo, Hugo.
- O que??? Ele falou com você??? Eu disse pra aquele filho da puta deixar você em paz!!!
- Pelo visto ele é o único honesto até agora. Você ficou comigo durante três meses, eu te via todos os dias naquela academia com eles, sentia vontade de ir te dar um oi, mas achava que a sua decisão da gente não se falar estava nos protegendo das pessoas e dos olhares. A verdade é que fora da academia você era o Diego romântico e dentro dela você era só um coça saco de cabeça vazia.
- Não é verdade, eu só queria te manter afastado deles, exatamente por causa desse comportamento que eles tem.
- Mas pelo que eu entendi, mesmo já estando comigo, você falava de mim da mesma forma que eles, que ia chegar, você nutriu a brincadeira quando deveria ter cortado.
- E o que ele disse que eu falei sobre vídeo?
- “Eu não só vou chegar nele, como vou comer e ainda vou filmar pra esfregar o vídeo na cara de vocês”, tá bom pra você?
- Que filho da puta!!! – Deu dois socos no volante – Pedro, eu falei, eu sei que não tem justificativa e eu só não vou dizer que também não tem perdão por que eu quero que você me perdoe, mas eu falei exatamente para ver se eles entendiam que eu tava afim mesmo e paravam de brincar.
- E é assim que você age quando tá afim de alguém? É esse tipo de coisa que você fala? Você tem noção do quanto isso é humilhante?
- Não tenho, quer dizer, tenho, mas as vezes quando você fala, as coisas não parecem ter o peso que realmente tem, você só percebe quando já falou.
- Pois isso deu margem para depois de oito meses eu coincidentemente ir treinar no horário que o Hugo e o Edgar estão indo agora e o Hugo perguntar meu nome pro Adriano, me seguir no instagram e falar comigo. Você contribuiu para que eles não me respeitassem.
- Eu vou matar esse filho da puta!
- Você não vai, por que com ele, você agia igual, então você não tem moral!
- Cara, eu não sei o que dizer, eu só espero que você me perdoe.
- Eu não consigo Diego, não agora.
- Me dá uma chance Pedro, por favor, você sabe que eu não sou como eles.
- É isso que me dá mais raiva, eu conhecer um Diego completamente diferente e estar tão ligado a você, eu estava planejando te pedir em namoro.
- Eu também, estava só esperando o momento certo. Deixa eu consertar as coisas, por favor?
- Não sei Diego, não sei...
- Olha pra mim Pedro – Agora seus olhos é que estavam cheios de lágrimas - Olha pra mim! Eu te amo cara – Veio em minha direção para um beijo.
Eu deixei o beijo acontecer, a sensação era a mesma, ainda sentia muita raiva, mas ela não apagava tudo que eu sentia por ele e como meu corpo reagia ao seu toque. Nossas lágrimas se misturaram naquele beijo, deixando um gostinho salgado que remetia ao peso do momento, mas ainda assim foi impossível o calor do nosso beijo não resultar em excitação.
Diego voltou-se para o volante dando partida no carro, encontrou uma rua bem mais calma, deserta na verdade, entregue novamente àquele beijo, dei corda ao desejo e minhas mãos abriram os botões da sua camisa de viscose azul, suas mãos levaram as minha ao seu peitoral, rígido, bem formado, os mamilos enrugados de tesão. Eu sai de casa com roupas folgadas de dormir, não houve qualquer esforço para que ele tirasse a minha regata, então eu repeti a cena do dia do meu aniversário, sentando no seu colo.
Quanto mais alto o tesão falava, mais humilhado eu me sentia, mas não conseguia frear o desejo. Se ele me tratou como uma puta, iria agir como uma puta a partir de hoje e ele iria se arrepender de ter falado aquelas coisas de mim, mesmo que da boca pra fora, eu pensava.
Seus braços passados ao redor do meu tronco e mãos entrelaçadas nas minhas costas, agora minhas mãos levavam as dele em direção as minhas nádegas e eu me movimentava no compasso do tesão em seu colo, o calção folgado e de tecido fino quase não fazia diferença ali, as mão de Diego podiam entrar por qualquer uma das três aberturas.
Suspendi o corpo e falei pra ele me comer, ele resistiu um pouco por medo de estar em um lugar público, mas vendo que ali não tinha ninguém ele acatou. Foi muito fácil esticar a costura do calção que ficava entre as pernas para o lado para ele conseguir encontrar o orifício que logo invadiria, difícil foi eu suspender o corpo o suficiente para ele ter espaço para posicionar aquele pau gigante para eu conseguir sentar, mas a cada movimento meu, ele entendia o que devia fazer.
Sentei controlando a entrando daquele mastro em mim, mas sem muita enrolação, eu não queria demonstrar fraqueza, logo eu já estava cavalgando naquele homem que eu amava, e naquele momento também odiava. Eu sentia que o carro balançava, tamanha a força dos meus movimentos, só diminuía a intensidade quando cansava, mas logo retornava.
Desde o início da penetração eu parei de beijá-lo, só o encarava, eu queria que ele me visse que entendesse que por trás de todo o tesão ainda tinha muita mágoa. Quando ele disse que ia gozar eu sai do seu colo e voltei pro carona, agora eu ia finalizar meu show. Comecei a mamar Diego freneticamente, ainda dava pra sentir o gosto de cu no seu cacete, o gemido que ele soltou foi como o de alguém que se machuca muito mas tenta não gritar, a porra quente bateu nas paredes da garganta, engoli tudo.
- Por que você fez isso? – Ele perguntou ainda ofegante.
- Você não gostou? – Disse começando a me vestir.
- Sim, mas não era você, não precisava fazer essa coisas.
- Esse é o Pedro que você deixou eles acharem que eu era.
- Não precisa disso príncipe.
- Eu gostei.
- Você não é assim.
- Tá mas eu gostei e você também.
- Quer namorar comigo?
- Não.
- Tudo bem, amanhã é outro dia, eu vou concertar tudo. Amanhã vai ficar tudo bem.
- É difícil concordar com você agora. Eu não posso dizer que deixei de gostar de você, mas agora eu tô experimentando sentimentos que não conhecia e o que eu sinto é que AMANHÃ NADA SERÁ COMO ANTES.
Continua...