O mau pressentimento que gerou um bom orgasmo

Um conto erótico de Astrogildo Kabeça
Categoria: Heterossexual
Contém 2047 palavras
Data: 21/07/2021 20:14:57

Essa história é uma adaptação de um conto muito antigo publicado nesse site. Contém uma série de modificações, mas o cerne do acontecimento não é uma ideia deste autor.

Urânia é uma mulher de 38 anos, casada e mãe de três filhos. Apesar da idade e da tripla maternidade, tinha aspecto jovial, apesar dos óculos darem um ar de matrona. Era morena, corpo esbelto, seios médios, uma bunda com certa protuberância, coxuda, pele delicada, bombardeada de cosméticos. Seu marido Jacinto é um ex-jogador de futebol mea-boca que nunca jogou em grandes times e por isso abandonou a chuteira cedo para ser corretor de imóveis. Mas de quando em vez, batia uma bolinha com amigos. Já Urânia, foi cozinheira em um grande hotel e hoje é confeiteira, entrega bolos encomendados (delivery). O casal é evangélico. Apesar de não serem tão fanatizados, seguem a doutrina direitinho. Quando jovem, ela era bem espevitada e já participou de algumas festinhas quentes com amigas. Mas vendo que aquela vida não dava futuro, deu uma de Madalena arrependida e foi se enturmando com um grupo jovem que a encaminhou para uma denominação moderada. Foi lá que conheceu o marido, cristão desde novinho.O casal era tranquilo, Jacinto nunca foi um amante arrojado e ela já tinha curtido tanto sua sexualidade que queria mais um romance carinhoso do que estripulia erótica. O sexo que eles tinham dava pro gasto, digamos assim.

No entanto, o inusitado acontece. Jacinto entrou em um torneio de futebol na igreja do seu bairro e o time que jogava chegou à final. A partida do título seria realizada em um aconchegante sítio de propriedade do pastor com as famílias reunidas em uma grande celebração. Urânia não estava a fim de ir, mas não só isso. Ela estava tendo maus pressentimentos desse encontro.

- Como assim, Urânia? Estaremos em comunidade, todo mundo conhecido, são nossos irmãos da congregação! Por que tanta desconfiança? Vamos levar nossa pequena pra se divertir também. Que birra é essa?

- Não sei, Jacinto, não sei... Sinto que alguma coisa não vai sair bem, mas não sei o que é, não dá pra explicar!

- Deixa de besteira, vamos! Nossa filha tá doida pra ir, ela fala isso toda hora.

- Tudo bem, quero que ela vá, brinque... Porém, olha, eu vou, mas minha intuição não está boa...

Dias antes, Urânia teve alguns pesadelos. Comentou com a mãe, amigas, mas todas disseram que era coisa da cabeça dela e pediram pra orar bastante.

O time de Jacinto iria num ônibus alugado com suas esposas e filhos. A viagem de cerca de 50 minutos até o local transcorreu numa boa. Urânia estava numa ansiedade só, aflita, não sabendo o porquê, mas aos poucos ia se acalmando.

Foi então que as coisas parecem que sairiam dos eixos. Jacinto contundiu o joelho durante o jogo e teve que deixar a partida. Seria esse o mal presságio da sua esposa? Bom, o time dele perdeu o jogo e o título... Até aí tudo bem, no esporte há vencedores e derrotados e a torção no joelho não parecia tão grave. Doía muito, mas ele conseguia andar, manquitolando.

Houve almoço, música gospel, a filhinha caçula deles de 4 anos e demais crianças brincaram o tempo todo. Como não havia bebidas, tudo acontecia na maior paz e fraternidade.

- Tá vendo, amor? Tá um dia maravilhoso, céu azul, casais felizes, todo mundo harmonioso. E você cheia de novidade, sem querer vir...

- É, estou me divertindo muito, mas você se machucou.

- Ah, coisa de jogador, isso não assusta...

No retorno, todos se despediram felizes, lamentando o encerramento daquele Mcdia feliz. O ônibus pegou a rodovia de retorno por volta das 17 horas. No meio da viagem, um fumaceiro saia do motor e de repente um barulho enorme e o veículo encostou. Motorista desceu, checou e deu uma notícia desagradável.

- Pessoal, atenção! Sinto muito, mas deu pane no motor. Nem sei por quê! Foi feita a revisão antes da viagem.

E foi aquela chiadeira. Todos inconformados. No meio de uma estrada com crianças exaustas e cochilando.

- Tá vendo, Jacinto! Olha que situação. Sabia que alguma coisa não sairia bem!

- Calma, Urânia... Imprevisto, não é pra se desesperar

- Não é? Tá anoitecendo e daqui a pouco tá um breu! A empresa vai providenciar outro quando??? Que horas vai chegar outro veículo! Sabia que ia dar merda!

O motorista avisou que enviariam outro carro em breve, porém deu uma deixa.

- Eles informaram que já já passa um comercial. Eu posso parar e colocar alguns pra dentro...

O joelho de Jacinto começou a doer, doer, doer... Ainda mais essa...

Não passou dez minutos e o tal comercial se aproxima, vindo de alguma rodoviária. Parou, os motoristas conversaram.

- Olha, gente, todos os assentos estão ocupados. Meu colega aqui só aceita levar um casal, porque vão passar adiante em um vilarejo e o ônibus deve encher.

Todos conversaram e acharam que Jacinto e Urânia deveriam adiantar logo. Urânia estava uma arara, muito faladeira e nervosa e Jacinto impaciente e com dor. Como estavam com uma criança de 4 anos dormindo, alguma boa alma cederia o lugar, tanto pra ela, quanto pro lesionado Jacinto. Urânia queria sair dali o mais rápido possível e não se importava de ir em pé.

Entraram no coletivo e não deu outra: um homem levantou assim que avistou Urânia carregando a filha baqueada de sono. Jacinto se sentou pra descansar o joelho e a menina foi no colo dele. Agradeceram ao homem, um cara de uns 30 pra 35 anos, sem camisa, com um medalhão no pescoço, barba, cabelo meio espetado, jeito meio marrento, lembrava muito o jogador Gabigol.

Na parada seguinte, entrou uma galera! Dois homens carregando três caixas de isopor gigante vazias obrigaram o homem e Urânia a se dirigirem pro fundo. O veículo encheu tanto, que os dois ficaram espremidos entre a janela do fundo e as caixas. Não teve outra alternativa: o homem ficou atrás de Urânia, quase a encoxando. “Onde fui me meter, meu Deus”, pensava Urânia, fula.

E o ônibus pegou outro trajeto pra se dirigir a um município próximo. Estrada horrível, o ônibus dava um monte de solavanco. Nas últimas duas cadeiras, dois bêbados roncavam, pareciam trabalhadores rurais. De repente, naquele sacolejo da viagem, o barbudo encostava sua pélvis constantemente em Urânia. “Ai, ai, ai... Tomara que esse homem não venha dar uma de inconveniente pra cima de mim! Eu grito, faço escândalo!”. Só que ele não fazia por maldade, tava apertado realmente. Assim, o homem passou a se excitar, pois é involuntário acontecer isso encostado na bunda de uma mulher atraente.

E Urânia passou a ficar nervosa, pois sentia a cada segundo aquele musculo pressionar seus glúteos. O aperto piorou, pois alguém pressionou as caixas e o homem praticamente colou nela. “Desculpe, dona, não tenho como evitar”. A voz do homem saia sussurrante e Urânia suando muito. Nesse interim, aconteceu o imprevisto: Urânia também se excitou. “O pinto desse homem não para de crescer não? Nossa, parece enorme...”

Um passou a sentir a excitação do outro. Ficaram ofegantes. O raciocínio ia pro beleleu, os corpos se movimentavam Urânia – que tava transtornada – aos poucos ia perdendo a noção das coisas e aceitava os avanços daquele homem. Ele não se fez de rogado.

- Dona, não estou aguentando... relaxe...

O barbudo mordia o pescocinho e lambia o lóbulo da orelha e Urânia arrepiava toda!! Ela não tinha como culpá-lo de nada e aquilo estava muito, muito gostoso! A mente de ambos se apagou e as sarradas focaram quentes. “que pintão!!! Que pinto grande...estou sentindo...estou sentindo ele...que viril!!!” Eles nem sentiam o cheiro de cachaça da roncada dos alcoolizados sentados na frente deles. Urânia pressionava a bunda e o barbudo estava praticamente “metendo” nela com o pau explodindo de duro. “eu...eu vou gozar assim... não aguento mais, vou gozar com esse homem!!!”

E o veículo parou numa estação. O homem falou no ouvidinho dela

- Vem, comigo, gostosa, vem terminar isso vem! Vc vibrou comigo, vamos terminar isso enquanto a viagem não prossegue!

E o homem se descolou quando as caixas foram arrastadas e o coletivo se esvaziou. Urânia estava num estado de excitação que sua respiração estava bastante alterada. Ainda sem a lucidez restabelecida, ela decidiu descer pra beber uma água. O marido dormia acompanhado da filhota. Na estação, ela olhava para os lados como procurando alguém que havia flagrado aquele ato. Meio nervosa, ia se dirigindo ao banheiro quando ouviu um “psiu”. Olhou e viu aquele barbudo abusador. Ela nem piscava. Ele então pegou um corredor nos fundos da estação a chamando com um sorriso largo e que pra ela naquele momento parecia encantador. Ela o seguiu, sem se dar conta do porquê.

Minutos depois eles estavam se pegando, com fúria, o beijo era venenoso, puro erotismo. Um chupava a língua do outro, uma cena obscena. Tudo se dava atrás de um muro. Ele sacou aqueles peitos apetitosos e chilap-chi-shua-shilep-chis-ssss...lambia pra valer.

- Ai, tesudo, morde meus biquinhos, aiiiiiiiiiii, gostosoooooooooooooo!

Uma mulher casada há mais de 15 anos, que teve uma adolescência periguete, quando se vê numa situação dessa, o passado retorna e a loucura vence. Ela própria arriou a bermuda do homem.

- Uau!!!!! Era esse membrão que estava me cutucando??? Que deliciaaaaaaaaaaaaaa...

E abocanhou a grossa pica do sujeito, e mamou, mamou, mamou, mamou... Sua língua subia e descia, percorria da glande ao saco, punhetava e falaca um monte de besteira

- fode minha boca, roludo, quero seu pintão, goza pra mim, me come gostoso

Nuzinhos em pelo, encostados no muro, o barbudo e a crente fodiam acelerados. A perna dela estava levantada e ele enfiava e socava pra valer, com vigor. A trepada pedia intensidade, já que surgiu de um aperto em movimento onde os dois não pudendo evitar, se entregaram

- Ahhhhhhhhh, delicia, que bucetinha apertadaaaaaaaa

- Arromba porra, arromba!!!Ela quer sua vara, quer vara!!!!

E as linguadas deixavam saliva por queixos, olhos, narizes, bochechas... Sentado encostando no muro, o barbudo curtia a cavalgada louca de Urânia, jogando seu corpo e chocando seu quadril, se esfregando, urrando, beijando, curtindo e gozando com seu amante vespertino. Dois passageiros perdidos numa noite suja, numa trepada alucinante e passageira. O corpo de Urânia reluzia de suor, ficando ainda mais belo com a luz do luar.

Com as mãos no muro, a crente urrava enquanto o barbudo segurava na suas ancas e metia. Ora ele puxava o cabelo dela, ora os ombros, tudo pra facilitar a enfiada magistral que se dava ali.

- Ahhh, gostosa, pede pra eu meter mais, pede, cachorra!!!!!

- Mete!!!Meteeeeeeeeeeeeeeeeee, arromba essa putaaaaaaaaaaaa!!! Me dá surra de rola, garanhão!!!!

Por fim, deitados na relva, Urânia nem tava ai pra algumas pedrinhas que eespetavam suas costas enquanto seu macho descia a lenha nela, os dois curvados ouvindo as respirações agudas e fazendo com que os corpos se escorregassem molhados de tesão, fluidos, suor, tensão, enquanto o barbudo bombardeava sem dó aquela xota protestante. E nesse vai vem louco, gritos roucos e muita sacanagem, ele saca a rola pra dar uma estourada seminal no corpo moreno daquela louca que naquele momento não se dava conta de que havia sim o mau presságio que a atormentava dias antes daquele encontro e estava se concluindo ali.

- Me banha com sua porra, cacetudo!!! Goza nessa vadia!!!

Ela tratou logo de limpar o pau que lhe dera um maravilhoso orgasmo e que ela conheceu enquanto era espremida entre caixas de isopor e dois bebuns sonolentos. E que jamais, em nenhum momento, soube sequer o nome dele e não saberia se o reconheceria dali a alguns anos!

Por falar no ônibus, aquela altura já havia desembarcado um preocupadíssimo Jacinto que ligou dezenas de vezes pra esposa, sem retorno. Eram 20 horas e ele já dava o alerta em redes sociais de amigos e irmãos da igreja. Passava das 22 horas quando Urânia chegou em casa com a cara mais lavada do mundo (de porra!) informando aflita que havia perdido o celular na estação enquanto comprava um lanche e o procurava sem se dar conta que o ônibus que estava já tinha deixado o local

- Acionei a polícia, eles procuraram comigo, conversei com eles até que o encontrei nas mãos de uma atendente e vi suas ligações. Foi um susto. Não disse a você que estava com um pressentimento ruim, Jacinto?

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 49 estrelas.
Incentive Astrogilldo Kabeça a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Muito Bom.👍🏽👍🏽👍🏽

0 0
Foto de perfil genérica

Como sempre, um romance erótico de primeira linha! Voce tem razão, Astrogildo, sou uma horror em dar continuidade aos títulos. Verifiquei que minha última arte é continuação de "Esposinha se desinibindo" Me perdoe e mil beijinhos. Nota dez!!

1 0
Foto de perfil genérica

muito bom , amigo , um interessante conto dei tres estrelas

0 0
Foto de perfil de Jota,S

O jacinto sentiu um chifrada radioativa kkkk

Muito bom! Interessante como o fato de serem protesrantes torna mais excitante a situação. Sem contar que esses encontros em retiros bucólicos são bastante comuns nas congregações religiosas dando uma credibilidade maior no contos.

0 0
Foto de perfil de Leon-Medrado

Astrogildo Kabeça! Que bom ler seu conto! Estou crente que a fiel Urânia não faria nada disso, se não fosse a insistência do marido! hehehe. Ele que é culpado de tudo! Foi no jogo e levou bola nas costas. Gostei, tem ironia, uma crente crente em suas crenças, de que o que é bom sempre vem de deus, mesmo que pareça ruim. Bela recuperada numa história ótima! Jacinto que o marido levou foi "chapéu de touro" nesse jogo. Valeu.

0 0
Este comentário não está disponível