Fui com a família para uma casa de praia aproveitar uns dias de inverno excepcionalmente quentes e ensolarados, e, como não podia deixar de ser, foi a galera toda à enorme praia pegar um sol. Eu gostava de um trecho de pedras no fim da praia, que dependia de alguma habilidade com os obstáculos para se chegar. Como ninguém mais quis ir lá, fui do jeito que estava, com uma mini-sunga ao estilo que se usava naquele tempo, enfrentar o sol de meio-dia num lugar mais calmo. Quando estava indo passar entre duas grandes pedras para alcançar uma outra enseada, sou cumprimentado, por mera educação, por um desconhecido que estava vindo. Uns 25 anos (mais velho do que eu, portanto), moreno claro, magro, saradinho, bronzeado, pernas compridas. Vestia só uma sunga tão curta quanto a minha, óculos de sol e tênis para enfrentar as pedras. Parecia menos um banhista do que um desses caras que correm no calçadão. Nunca nos apresentamos formalmente, mas vamos chamá-lo de Plínio. Muito sorridente, ele falou uma coisa qualquer sobre a praia e aproximou-se. Num trecho estreitinho, que mal dava passagem para duas pessoas, nos cruzamos com cuidado para evitar contato, só que, numa fração de segundo, ele esticou a mão e passou a mão em meu pau por cima da sunga. Não comentei nada. Segui em frente e, morrendo de curiosidade e tesão, olhei para trás pela fenda entre as pedras e só vi a silhueta do gostosinho se afastando a passos rápidos, como se pegar no pau de um estranho fosse a coisa mais natural do mundo. Já era um rapaz aberto à sacanagem, mas não imaginava que algo pudesse rolar de dia num lugar daqueles.
Parecia que o episódio tinha ficado inteiramente para trás quando voltamos à casa de praia no verão seguinte. A praia estava ainda mais entupida de turistas. Cansado de pegar onda no meio da multidão, fui caminhar naquelas mesmas pedras, mas num trecho um pouco diferente. Adivinhem quem encontrei? Plínio, ainda mais bronzeado, novamente vestido de sunga e tênis, e num trajeto em que acabaríamos nos encontrando outra vez. Cumprimentei-o com educação; ele respondeu. Até agora não sei se ele tinha se lembrado de mim de meses antes, mas certamente eu me lembrei muito bem de quem ele era e do que ele tinha feito... Ele me chamou para caminharmos juntos. Não trocamos muitas palavras. Precisava? A intenção era clara. Com o sol de 35 graus sobre nossas cabeças, segui-o para um recanto de pedras que eu não conhecia: uma pedra lisa e não muito inclinada, com outra pedra por cima que impedia a visão de quem passava. Olhei para os lados: realmente, ninguém perceberia que estávamos ali. Só com as fortes ondas por testemunhas, Plínio se sentou para “descansar” na pedra, e eu me sentei ao seu lado. Ele abriu as pernas encostando nossos joelhos. Estreitei o contato. E ele também. Em pouco tempo, estávamos com nossos paus para fora das sungas, ele pegando no meu, eu pegando no dele, gostoso, cheiroso, uns 16 centímetros, formato bom de pegar e de chupar. E assim fiz: enfiei tudo na boca, meio preocupado de sermos surpreendidos por alguém e passarmos vergonha, e ele bombando como quem mete numa boceta. Em cinco minutos ele gozou e eu engoli tudo, como gostava de fazer, enquanto batia uma punheta frenética sobre a pedra. Plínio foi embora, esticando suas pernas para encarar as escarpas, e me deixou lá, com o gosto dele na boca e pensando profundamente na loucura que tínhamos feito. Com surpresa e satisfação, voltei para casa, onde ninguém podia sequer sonhar com os segredos que as pedras ocultam.