Fim de semana num hotel de luxo, em Goiânia. Depois de um banho refrescante, boa espreguiçadeira, na área da piscina; um delicioso drinque, especialidade do barman. Sombra e água (de coco) fresca. A vida que Deus pediu pra mim, como dizia o Juca Chaves.
Navegando absorto no celular, levanto por segundos o olhar. Exato momento em que aquele deus grego moreno-chocolate sai da água. Poseidon – ou o filho dele – que me enche os olhos de gula. Raios de gotas deslizam pelo seu corpo liso. Sua rola está decalcada explicitamente na sunga branca. Todo meu corpo o deseja intensamente e se prepara em lubrificação e rigidez.
Passa a centímetros de mim, deixando-me certa taquicardia. Dirige-se ao banheiro. Disfarço, vou no seu encalço. No mictório, por segundos devoro-lhe a rola marrom, ao passar. Temo errar o bote, pela ansiedade. Tento me controlar. Ouvindo o tamborilar do coração, entro na primeira cabine. Arrumo a pica ereta e saio em seguida.
Passo novamente por suas costas. Impulso de agarrá-lo; impulso contido. Dirijo-me à pia, abro a água, esfrego as mãos besuntadas de sabonete líquido. Ele chega ao meu lado, começa a lavar as mãos também. Ouço o barulho do meu coração. Respiro fundo. Vou me retirando. Procuro dar firmeza à voz ao passar por trás dele: “802, agora!”
Quase fujo. Não olho para trás. Não sei sua reação. Nem se entendeu. Todo o álcool do drinque parece juntar-se na minha cabeça. Suspiro fundo. Simulando normalidade, dirijo-me firme (o mais possível) ao elevador. Aperto o oitavo andar. Meu corpo todo treme. Meu cu mexe-se, involuntariamente.
Quase corro do elevador ao apartamento. Meu corpo nu e quente. Mãos tremendo ao catar o lubrificante na mala; imenso prazer ao passa-lo nas bordas do cu. Deito-me teatralmente, centro da cama. Pernas abertas, rola dura sob a barriga. Pulsando. E aguardo. Ansioso e aflito.
Deixara a porta entreaberta. Ele virá? Terá entendido? Estarei sendo completo idiota? Não importa se não vir. Nesta posição, sentindo o macio do lençol de seda, gozar será fácil e rápido.
Dispenso conjeturas: a porta se abre e se fecha. Ele entra de fininho. Devagar. Sinto-o parar atrás de mim, pé da cama. Imagino a sunga descendo pelo cheiro de pica que chega a mim. Sinto seu corpo projetar-se sobre o meu. Mãos em cada lado do meu corpo. E um músculo rígido vasculhando minha entrada.
Segundos depois sinto-o entrando. Devagar. Suave. Percebo cada milímetro da penetração. Até lhe sentir inteiro dentro de mim. Ele começa um movimento de vai e vem, como em câmera lenta. A cabeça de sua rola roçando nas paredes do meu cu me enlouquece. Sinto minha própria rola babando debaixo de mim.
O cheiro bom daquele corpo que me fode. Os gemidos contidos. As leves estocadas ganhando intensidade gradativamente. Em pouco tempo, os movimentos são febris. Sinto-me a ponto de gozar.
Então remexo os quadris e meu cu mastiga sua rola. Ele não se contém. Explode-se em mim, gemidos transformados em grunhidos. Jorros líquidos no meu interior. Explosão também embaixo de mim. Minha rola inunda minha barriga com meu leite quente. A cada jato, uma estocada mais profunda. Até a última. Lânguida, diria.
Retira-se de mim; sua pica ainda ereta, faz barulho gozado ao sair do meu cu. Eu estou ofegante. Sinto que ele também. Imagino-o catando sua roupa e se vestindo, meio atrapalhado. A porta se abre e se fecha. Fecho os olhos.
Naquele momento, sou o homem mais feliz do mundo.