As noites de Teresa costumam ser muito parecidas. Chegando bem tarde da faculdade ela toma seu banho, onde ouve um casal fazendo sexo em algum andar. Quando acontecia, era sempre na hora do banho dela. Parecia saberem ser o momento ideal para ela se masturbar embaixo do chuveiro. Era comum a boceta de Teresa melar ainda quando estava subindo no elevador. O casal transava e ela se masturbava os ouvindo, como se fosse uma voyeur. Se divertia brincando com o dedo em seu grelo endurecido, tentava imaginar as posições que a mulher fazia enquanto era comida. Às vezes, se masturbava levando um par de dedos no cu, quando ouvia a mulher pedir por sexo anal. A repetidas vezes em que isso acontecia criou uma relação de Teresa com as vozes e gemidos que ela não sabia de quem era.
Em um fim de semana qualquer, Teresa havia saído para ir à feira, usava um vestido curto, leve, bem ajustando ao seu corpo. Fez todas as compras que queria e voltou ao seu prédio. No hall, ficou um tempo, esperando seu elevador descer. Enquanto isso, percebe um par de vozes se aproximar. Eram vozes de um casal, que pela conversa também esteve na feira. Falavam dos preços e da facilidade de ter uma feira tão perto de casa que funciona aos fins de semana. Teresa aos poucos reconhecia aquelas vozes. Eram as vozes dos vizinhos libidinosos de algum andar acima. Por um momento Teresa se esquece que os dois nem sabem quem ela é e se mantém de frente para a porta, de costas para os dois. Nervosa, ela entrou no elevador e ficou de frente para o espelho enquanto o casal conversava. Pelo reflexo ela podia perceber que Afonso era um homem alto enforte de pele bem escura e careca. Os músculos pareciam explodir na camisa que usara com uma bermuda, de tão forte aquele homem era. Junto a ele tinha uma mulher, Ludmila, no mesmo tom de pele, e um cabelo muito volumoso. Assim como ele, os seios pareciam explodir na blusinha decotada. Teresa tentava ser discreta ao olhar os traços e fisionomias dos dois que conversavam distraídos até perceber olhares daquele homem na sua bunda. Era o tipo de coisa que acontecia, ainda mais quando usava um vestido justo e uma calcinha que marcava, mas se surpreendeu ao notar olhares da mulher também. Sua boceta melou na hora ao lembrar das situações que embalavam suas masturbações noturnas. Suas coxas roçaram discretamente enquanto torcia para aquele elevador chegar logo no seu andar. Assim que parou, desceu do elevador rapidamente, passando no meio dos dois, sentindo o calor e os cheiros de ambos se lembrando das vezes em que se imaginou espremida por aqueles corpos.
Ao entrar no apartamento, Teresa foi direto ao quarto e arrancou a calcinha e ficou de joelhos sobre a cama. Ali, rebolou enquanto manipulava o seu grelo com os dedos, se lembrando daquelas sensações, os cheiros, o calor, os olhares desejosos, as vozes tão perto do seu ouvido. Teresa já chegara no apartamento muito excitada e gozou sem precisar de muito tempo. Só então se deu conta que havia esquecido a sacola com as compras da feira. Para a sua sorte, a campainha toca neste exato momento.
Ao atender, viu que se tratava da mulher do elevador que lhe trouxera sua sacola. Após descer e perguntar ao porteiro, ela achou seu apartamento. Agradecia, Teresa a convidou para entrar. Ludmila era o seu nome, e sua blusinha decotada fazia conjunto com um short igualmente justo em um quadril largo. Teresa ofereceu um café a sua vizinha. As duas se sentam a pequena mesa na sala.
— Teresa, você mora aqui a quanto tempo?
— Tem um pouco mais de dois anos, vim para estudar.
— Que legal. Nós nos mudamos para cá tem…
— … um ano e meio, aproximadamente, né?
— Isso! Como adivinhou?
— Eu só adivinhei.
Teresa percebeu que falou demais.
— Esse tempo todo no mesmo condomínio e nunca nos encontramos.
— Nós já vimos você por aí, você chama muito a atenção.
— Como assim?
— Ahh Teresa, você está muito bonita. Todo mundo olha para você quando passa.
Teresa corou.
— Não exagera Ludmila! Vocês dois fazem um casal muito bonito também e tenho certeza de que todo mundo também te olha.
— Não posso negar.
As duas riem e a conversa segue em um clima agradável. Não demora muito a Ludmila falar do seu casamento.
— Teresa, esse homem é uma delícia, mas às vezes né procura tanto que eu não sei como aguento. É quase toda a noite.
— Sempre no banheiro?
— Quase sempre… como você sabe?
Teresa ficou sem resposta e riu de pura vergonha.
— É que dá para ouvir.
Agora foi a vez de Ludmila se envergonhar.
— Meu Deus! Eu não acredito!
— Não fica assim, esses prismas não dão muita privacidade mesmo.
— Mas os outros vizinhos devem ouvir também.
— Eu não acho. Chego tarde da faculdade, por isso eu ouço. Os outros devem estar dormindo.
— Teresa, me desculpa esse constrangimento. Falarei com meu marido para pararmos com isso.
— Para com isso, Ludmila. Não constrange ninguém.
— Jura que você não fica constrangida?
— Não fico, Ludmila. Sexo é uma coisa natural.
— Você gosta de ouvir?
Teresa corou. Ludmila não precisava de resposta e pediu para ir ao banheiro para quebrar o clima estranho. Enquanto isso, Teresa decidiu guardar algumas frutas que comprara. Transferiu-as para a fruteira sobre a mesa, exceto uma, que caiu. A fruta saiu rolando até embaixo do sofá. Ela se abaixou, olhando embaixo do móvel. Focada no fruto, Teresa precisou se abaixar o máximo que pode, esticando o seu braço até alcançar a fruta perdida. Com o fruto na mão, Teresa percebeu estar de quatro no meio da sala com Ludmila olhando para a sua bunda. Teresa disfarçou e fingiu que não percebeu ser olhada. Ludmila, também disfarçou e se despediu da vizinha.
O tempo passou, mas ambas ficaram com aquele momento na cabeça. Em mais uma noite dessas, Teresa chegou tarde, como sempre faz ao voltar das aulas. Tirou a sua roupa e começou o seu banho. Desta vez, não ouvia os gemidos intensos do casal. Pensou que Ludmila tivesse convencido o marido a não fazerem mais aquilo no banheiro. Era uma pena, Teresa gostava de ouvir, mas ao prestar melhor a atenção, percebeu as vozes de seus vizinhos.
— Amor, acho melhor a gente não fazer mais isso aqui.
— Porquê?
— Os vizinhos estão ouvindo.
— Isso a gente já esperava, mas ninguém sabe que somos nós.
— A Teresa sabe.
— Aquela do elevador? Você contou para ela?
— Ela adivinhou, amor. Ela ouve a gente toda a noite.
— Ela ficou constrangida?
— Não é isso, constrangida fiquei eu.
— Se ela não ficou constrangida, então ela gosta de ouvir. Qual é o problema?
— Sei lá, é estranho fazer isso sabendo que ela está ouvindo.
— Estranho nada, sua gostosa. Você já disse querer ser olhada fodendo. Agora achou uma gostosa que gosta de ver.
— Gostosa é? Que história é essa de ficar chamando a vizinha de gostosa?
— Mas ela é mesmo. Você concorda comigo, ou pensa que não vi você olhando para o rabo dela?
Teresa ouve Ludmila rir.
— Ai, amor, você não viu nada.
— O que eu não vi?
— Vou te contar. Fui lá levar a sacola dela. Conversamos um pouco e ela acabou falando que ouve a gente aqui. Fiquei sem graça e ela também. Daí eu pedi para ir ao banheiro, antes que ficasse estranho. Passei pelo quarto para ir ao banheiro e vi uma calcinha toda enrolada em cima da cama. A calcinha estava toda melada, querido. Parecia que ela tinha tocado uma antes de eu chegar.
— Ela devia estar cheia de fogo conosco no elevador. Será que foi por isso que ela esqueceu a sacola?
— Sei lá. O melhor foi quando voltei. Ela estava procurando algo embaixo do sofá e eu só vi aquele rabão para cima.
— Ela nessa posição deve ser uma loucura.
— E como. Até eu que sou mulher fiquei balançada. Com aquela bunda lá em cima o vestido subiu. Daí eu puder ver que ela acabara de molhar aquela calcinha na cama. Se você visse ela ali ia ficar doido.
Teresa ouviu aquela conversa morrendo de vergonha. Ao mesmo tempo, todos aqueles comentários sobre ela a deixavam excitada.
— E você gostou de olhar ela com aquele rabão para cima sem calcinha?
— Gostei. Fiquei mexida.
— O que você quis fazer com ela?
— Eu quis apertar. A bunda dela é linda.
— Só apertar?
— Eu queria bater também.
— Igual bato na sua?
Teresa ouviu um estalo no meio da conversa dos dois enquanto esfregava as coxas uma na outra. Ela já saíra do box e se colocava junto a janela, tentando ouvir melhor a conversa.
— Ai, que delícia! Queria ver ela apanhando de você!
— Você acha que ela iria gostar?
— Se ela gosta de me ouvir apanhando aqui, ela deve gostar também.
— Queria me ver comendo ela também?
— Ai, amor! Você fica me perguntando essas coisas com esse pau duro roçando na minha bunda.
— Você não me respondeu.
— Huuuuummm que rola gostosa na minha boceta. Queria sim! Queria te ver comendo ela. Queria ver aquele mulherão gemendo na sua pica!
Teresa esfrega a boceta apoiada na parede junto a janela. Ela ouvia as estocadas de Afonso em Ludmila junto aos gemidos dela.
— Safado! Mete essa rola na minha boceta!
— Ficou molhada assim falando da vizinha é?
— Fiquei! Ela e você me dão tesão. Mete mais forte amor, finge que está comendo ela. Me chama Teresa, se quiser.
— Teresa, está querendo rola?
— Estou, mete essa rola na minha boceta!
Teresa ouvia as estocadas ficarem mais forte e acelerava o estímulo ao seu clitóris. Os gemidos dos vizinhos atingem um pico. Teresa atinge o seu.
— Isso! Me fode! — gritou Teresa, sem se preocupar se os vizinhos a ouviriam. Em seguida veio seu orgasmo, prendendo a mão com as coxas que se comprimiam. Encostada na parede fria, nua, Teresa aos poucos foi se recuperando enquanto pensava se deveria ter demonstrado estar ouvindo e se masturbando para os vizinhos.
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