PRECISA-SE DE DIARISTA

Um conto erótico de ClaudioNewgromont
Categoria: Heterossexual
Contém 1478 palavras
Data: 14/08/2021 19:51:49
Última revisão: 17/01/2022 09:41:09
Assuntos: Heterossexual

PRECISA-SE DE DIARISTA

Apartamento pequeno, poucos móveis, dinheiro nenhum. Pago com sexo. Tratar no telefone abaixo, pela manhã.

Foi o anúncio que coloquei no mural da portaria do meu prédio, por pura sacanagem, que me rendeu algumas boas gargalhadas sozinho e depois, quando contei a alguns amigos, numa roda de bar. Mas, como toda boa sacanagem, no dia seguinte ou no outro já estava dormindo placidamente no reino do esquecimento.

Por isso que demorei a entender quando atendi o celular, naquela manhã. Uma voz de mulher oferecendo seus serviços de diarista. “Que diabos!”, pensei. “Eu não estou precisando fazer faxina, meu ap está até limpinho e decente, para um homem que mora sozinho”.

Mas aí me lembrei da sacanagem de dias atrás. “Será?!” Claro que alguém estava querendo me sacanear também. Talvez alguém da turminha sacana do bar. Talvez não; com certeza. Resolvi entrar no jogo – quem sabe seria um jogo de sedução? Animei-me e meu companheiro também resolveu acordar e levantar a cabeça, palpitando como a perguntar: “Hã, é o que, hein? Uma xoxota?! Hein?!” (alguém já parou para pensar que quando a rola fica dura e pulsando, ela está fazendo essas perguntas?).

Dei o número do bloco e do apartamento e esperei. Cerca de 15 minutos depois, a campainha me avisa que ela chegou. Fui abrir, na maior... Quando eu já preparava a gaitada, parei, travei, desconcertei-me: era uma senhora (que eu nunca tinha visto na vida), deveria estar pelos 40 anos, vestida com simplicidade (roupas folgadas, não permitiam uma avaliação do corpo – só que era meio baixinha, deveria ter 1,60, por aí), cabelos meio desgrenhados; o rosto não era bonito, estava marcado pela idade, mas tinha traços que diziam já ter sido belo algum dia. Trazia uma sacola em uma das mãos.

Quando eu me preparava para explicar que tinha sido uma brincadeira, ela me falou, séria e sem tom de que estivesse tirando onda: “Bom dia, senhor. Por onde quer que eu comece a faxina?” Fiquei estatelado, sem saber o que dizer, deveria estar com a maior cara de otário. Diante do meu abestalhamento, ela pediu licença e já foi entrando, perguntando onde era a área de serviço e onde poderia trocar de roupa. Mecanicamente, apontei, indicando os locais solicitados.

Enquanto ela se encaminhava para o interior do apartamento, fechei a porta, e voltei para o quarto, para digerir a situação. Que droga! Eu deveria ter tirado o anúncio de lá, quando o tempo da brincadeira passara. Agora estava ali, sem saber o que fazer. Principalmente, sem entender o que aquela mulher queria. Será que ela não leu o aviso até o final e estava ali apenas pelo dinheiro da diária? Apeguei-me a essa possibilidade com todas as minhas esperanças. E assim, mais tranquilo, coloquei uma roupa caseira e fui para a cozinha, preparar alguma coisa para o desjejum.

Encontramo-nos na cozinha, ela arrumando minha pequena bagunça da noite anterior. Pude então observá-la melhor. Era surpreendentemente gostosa. A bermuda colada, de lycra, que usava para faxina delineava em detalhes sua bunda redonda e um pouco grande (mas não enorme), o entrecoxas de pele fina e branca acendeu-me o desejo – até porque as coxas eram bem fornidas, uma ou outra estria apenas. Os seios de tamanho normal e provavelmente já cedendo à força da gravidade, também normal numa mulher daquela idade, e que, provavelmente, não tinha meios para cuidar da estética e retardar a ação do tempo. Ou seja, tudo nela parecia ser ação da natureza.

Cantarolava baixinho quando cheguei. Trocamos uma ou duas palavras sobre o tempo, sobre a política... coisas assim. Ela perguntou por um ou outro ingrediente de limpeza. Enfim, era uma relação totalmente normal, de alguém que fazia uma faxina. Ratifiquei minha tranquilidade, e tomei meu café, ao final do qual até sorríamos de algo engraçado que um ou outro falou.

Ao se abaixar para fazer algo, sua bunda deslumbrou-me. Puta que pariu, eu estava ficando com tesão. Minha rola já se mexia, ansiosa. Mas ela não sensualizava nem nada. Agia sem qualquer afetamento ou insinuação. Eu estava pirando com aquele negócio. Qual seria a dela, afinal?!

Ágil no trabalho, não parava um segundo. Ao passar por mim, não senti o cheiro acre de quem realiza um serviço braçal – mesmo com a pele do colo reluzente de suor, ela cheirava bem. Não era a perfume caro mas também não era aqueles provocadores de dor de cabeça. Fui ficando excitado e envergonhado, porque ela não parecia estar nem aí para o que provocava em mim. Vai ver era tudo produto da minha imaginação sacana mesmo. Deitei no sofá, fechei os olhos e tentei pensar em alguma coisa menos sensual.

Em pouco tempo ela me interpelou, dizendo que tinha acabado (de fato, o apartamento estava limpo, não tinha o que faxinar mesmo) e perguntando se poderia tomar um banho. Disse que sim, e, enquanto ela se dirigia para o banheiro, fui deixando a carteira num lugar fácil, para efetuar o pagamento.

Minutos depois, ela me aparece enrolada na toalha, cabelo molhado (mas não pingando), rosto sereno: “O senhor vai pagar agora?” Perguntou com a tranquilidade de quem pergunta se pode tirar a louça da mesa, o que me deu a completa certeza de que ela falava efetivamente de dinheiro. Procurei ser indiferente também na resposta: “Sim, sim...”

Eu já me esticava e estendia o braço para alcançar a carteira, quando aconteceu: a toalha desceu rapidamente e fez uma pequena trouxa ao redor de seus pés. A mulher estava completamente nua, na minha frente. Os seios eram como imaginei, uma discreta barriguinha, a buceta toda depilada, os lábios desenhando um bonito cenário, encimado por um botãozinho proeminente. Ela estava esplendorosa, mas ainda serena, sem abalo. Eu, pelo contrário, estava uma pilha: meu coração batia descompassado, eu sentia um arrepio na espinha, minha pica forçava a bermuda...

Quando abri a boca para falar alguma coisa (que eu ainda não tinha a menor ideia do que dizer), ela abaixou-se, pegou meu rosto entre suas mãos frias da água e um pouco ásperas, e depositou seus lábios sobre os meus. Avidamente nossas línguas se misturaram, e, finalmente entendendo qual era a dela, meu corpo pode agir de forma condizente com a situação, e como desejava há algum tempo.

Enrosquei-me no seu corpo e deslizei-me por sua pele branca, fresca e cheirosa – ela já gemendo discretamente, mas de forma decidida retirando minha roupa. Em pouco tempo, nossos corpos despidos conversavam a universal linguagem do desejo e do tesão; senti-lhe a buceta encharcada, ela deslumbrou-se com minha rola rígida e a colheu com a boca, passando a sugá-la com suavidade, mas com energia, de um jeito que nunca tinha recebido de ninguém, mulher ou homem. Que boquete dos deuses! Sua mão acariciava meu saco, passeando de vez em quando até o cu e voltando.

Levantei-a carinhosamente, senão eu gozaria logo. Aquilo não era só uma boca, era uma produtora de ejaculação precoce. Esfregando-me nela e nela abraçado, encaminhei-a até meu quarto e caímos na cama, onde eu pude, finalmente, experimentar o gosto de sua xoxota. Que delícia! Muito bem cuidada e cheirosa, chovia torrencialmente dentro dela. Chupava-a com gosto, enquanto minhas mãos bolinavam seus seios.

Seu corpo se remexia sinuosamente, feito uma enguia, e ao tocar minha língua em seu clitóris rígido, ela grunhiu mais forte e passou a rebolar quase em desespero. Avancei, então, sobre o seu corpo, beijei-a com sofreguidão, enquanto minha tora se enfiava com firmeza naquela caverna de prazer. As estocadas arrancavam gemidos cada vez mais incisivos, misturados a putarias e ordens de “me fode”, “enfia tudo”, “me faz gozar”.

De repente, ela parou de remexer o corpo, e, com a mão nas minhas nádegas, obrigou-me a parar também. Aí foi me orientando, como mexer bem devagar, como entrar e sair sem pressa, e roçando a rola no clitóris. Que mulher sábia! Comecei a sentir a temperatura ardente de sua buceta com minha pica e ela foi aumentando gradativamente os movimentos, até que descontrolou geral e me liberou também...

E aí só os corpos foram conduzidos pela força do sexo, e agiam sem nosso controle. Gritos, grunhidos, espasmos e o gozo: imenso, intenso, aos gritos e movimentos desconexos. Cada jato meu que eu sentia atingir o interior daquela mulher, correspondia a uma contração sua de prazer; ela comprimia as coxas, no movimento de êxtase, o que fazia com que minha rola espirrasse mais e mais leite lá dentro.

Quando acabamos, ela estava trêmula, as pernas pareciam não lhe obedecerem. Eu estava exausto, a cabeça mergulhada em seu pescoço suado e cheiroso, a respiração ofegante. Ela circundou meu corpo com seus braços, num abraço apertado, gostoso, completo, e completado por um beijo imenso com que encerramos aquela farra sexual.

“O senhor pagou bem mais do que o trabalho que eu tive!” – ela disse, rindo.

“Não se preocupe. Você vai me dar o troco certinho!” – respondi.

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Comentários

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Kabel12, quem não precisa, né? Obrigado pela leitura e comentário. Marcinho Mineiro, claro que é fantasiosa, é um conto literário, né? Obrigado pela leitura. Edgartron, obrigado pela leitura, mas não sei se haverá um próximo. Não sou muito chegado a continuações. Mas quem sabe, né? Ela ficou devendo o "troco"...

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Ótimo relato, estarei esperando pelo próximo sobre vcs 2

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