Borboletas sempre voltam II Capítulo 43

Um conto erótico de Arthur Miguel
Categoria: Gay
Contém 3523 palavras
Data: 20/08/2021 18:10:23
Assuntos: Amor, Gay, Mistério, Sexo, Tesão

Capítulo 43

Pela janela do quarto da pousada que estava hospedado, Patrick observava a arquitetura colonial da cidade de Paraty.

As casas e sobrados, na sua grande maioria, eram de cores azuis e branco. O ruivo admirava a preservação histórica da cidade, pensando que aqueles monumentos foram construídos há muitos anos atrás e aqui sobreviveram o tempo.

_ Engraçado, né amor. Como as coisas são estranhas. Bem antes de chegarmos ao mundo essas casas foram construídas e vamos embora e elas ainda permanecerão por aqui. É esquisito pensar que tijolos e barros sobrevivem a nós.

_ Que papo mais profundo. Tá filósofa, minha ferrujinha?_ Matheus brincou, beijando a sua face.

A manhã de quinta-feira estava ensolarada e num clima agradável. No céu o azul era exuberante e com poucas nuvens brancas.

O casal chegou na cidade na noite anterior. Hospedaram-se numa pousada de arquitetura colonial. Como os quartos ficavam na parte superior da pousada, Patrick foi levado por Matheus pelo colo.

A princípio, ficou desconfortável, sentindo-se mal por não ser mais capaz de subir uma escada. No entanto, ao chegar no quarto e observar pela janela, todo o seu incômodo foi evaporado. Através da janela, pode ver uma boa parte da cidade.

Cansados, pediram o jantar no quarto ao invés de irem ao restaurante. Adormeceram abraçados e tranquilos. Estavam felizes por, finalmente, terem o tão sonhado descanso.

Despertaram por volta das nove da manhã, e Matheus decidiu repetir a mesma atitude do jantar, solicitando o serviço de quarto para o café da manhã.

Enquanto Patrick observava a cidade pela janela, Matheus tomava banho e vestia um calção de praia e uma camiseta regata.

Patrick o olhou de um jeito interrogativo, quando o viu sair do banheiro vestido do modo citado no parágrafo anterior, com os cabelos molhados e um protetor solar na mão.

_ Pra que isso?_ Patrick perguntava apontando para o protetor solar.

_ Eu sou branco, mas você é uma vela perto de mim. É melhor você usar na praia.

_ Que praia?

_ A praia que fica próxima da pousada.

_ Matheus, eu não posso ir à praia! Eu sou cadeirante!

_ É por acaso é crime cadeirantes frequentarem a praia? Ah, é melhor você nem comprar nada, branco desse jeito, vão pensar que é europeu e vão cobrar o dobro do preço pelos produtos. _ Matheus brincou sorrindo e bagunçando os cabelos vermelhos do marido.

_ Você ainda brinca! Eu não posso ir à praia. Eu não posso entrar no mar. E como vou circular com a cadeira de rodas pela areia?

_ Que bicha perguntativa! Amor, relaxa! Você não precisa entrar no mar para curtir a praia. E fica tranquilo, que eu já pensei em tudo. Você sempre gostou de praia, vai ser muito bom. E o "senhorito" tá precisando pegar uma corzinha.

_ Isso é loucura!

_ Eu garanto que será uma loucura deliciosa!

Matheus o beijou, deixando-o um pouco mais tranquilo.

A vista do mar era encantadora aos olhos de Patrick. Sua cor era de um azul cristalino e as ondas batiam na praia levemente, eram brancas como espumas.

O céu, sem nenhuma nuvem, exibindo a sua beleza. O sol proporcionava um calorzinho aconchegante e uma leve brisa brincava com os fios vermelhos dos cabelos de Patrick.

O ruivo fechava os olhos, enchia o pulmão de ar e soltava, respirando fundo e sentindo a energia positiva do ambiente.

Há muito tempo não ia à praia. Acreditava, que devido a sua deficiência, nunca mais poderia ver o mar de perto.

Ele estava sentado numa espreguiçadeira confortável e acochoada, que Matheus havia alugado. Entre a espreguiçadeira dele e do marido havia uma mesa redonda de madeira, Com um guarda-sol em cima. Sobre ela uma lata de cerveja que Matheus consumia, um prato de camarões fritos e umas rodelas de limão em volta do prato.

Há tempos Patrick abandonou o hábito de consumir bebidas alcoólicas e não sentia falta do gosto do álcool. Preferiu pedir uma água de coco na fruta.

O som do mar mesclava com o do canto das gaivotas, o tranquilizando.

Olhou para Matheus e percebeu que o marido o observava com um sorriso bobo. Sorriu de volta, fechando os olhos e fazendo duas covinhas nas bochechas, o que deixava Matheus muito encantado.

Sentiu a mão macia do marido tocar a sua e levá-la até a boca para receber um beijo.

_ Que dia perfeito, meu príncipe!

_ Perfeito é você. _ Matheus respondeu piscando o olho e mandando um beijo.

_ Eu pensei que jamais voltaria à praia.

_ Por que, minha vida? Você sempre gostou de praia!

_ Eu sempre gostei mesmo. Numa das minhas vagas lembranças da minha mãe, eu me recordo de ir à praia com ela e brincar com as conchinhas que colhia. Mas, devido ao meu estado, eu temia virar um estorvo para você.

_ Que bobagem, Patrick! Então é por isso que você recusava ir com a minha mãe toda vez que ela te convidava? Oh, meu amor, você não é um estorvo. Eu não admito que pense dessa forma de si mesmo.

_ Eu estava errado mesmo. Obrigado por me mostrar isso. Não me importa se não posso ir ao mar, só de estar aqui, olhando pra ele, eu já me sinto feliz.

_ Quem disse que você não vai ao mar?

Patrick o olhou intrigado.

_ Matheus? Matheus!

Matheus levantou com olhar audacioso. Deu a volta até a cadeira de Patrick e o pegou no colo.

_ Matheus, o que você está fazendo? Ficou louco?

_ Confie em mim._pediu Matheus, dando um beijo no rosto de Patrick.

Assustado, o ruivo, se agarrou forte nos ombros de Matheus, fechando os olhos para que não visse os outros a sua volta. Ao contrário de Matheus, que caminhava em direção ao mar, sem se importar com os olhares curiosos dos banhistas.

Ao chegar na beira do mar, pôs Patrick sentado com as penas dentro da água. O mar daquela praia era calmo e as ondas não chegavam a um metro. Ele sentou atrás de Patrick, o abraçando pelas costas e encostando a cabeça em seu ombro.

_ Fica tranquilo, meu bem. Eu não vou deixar que nada de ruim te aconteça.

Os batimentos cardíacos de Patrick estavam tão acelerados, que Matheus o sentiu ao tocar em seu peito. Estava tenso e respirava fundo, quase ofegante.

_ Pode abrir os olhos.

A voz de Matheus o transmitia tanta segurança que abriu os olhos, segurando forte nas mãos do marido.

A visão do mar azul e das ilhas repletas de árvores verdes o fizeram se sentir mais calmo. Soltou a mão de Matheus para tocar o mar.

No peito um sentimento estranho o invadia, uma alegria imensa misturada com uma emoção indescritível. Seus olhos se umideceram e Patrick não conseguiu conter as lágrimas. Para ele, era inacreditável que conseguia sentir o mar novamente, que a sua deficiência não o impediu.

Patrick não conseguia sentir as águas em suas pernas, mas o barulho do bater nas ondas o lembrou de como era a sensação de ter as pernas molhadas. Apertava a areia umida e brincava a deixando escapar pelos dedos.

Matheus pegou um pouco de água nas mãos e molhou o rosto do marido, para que ele pudesse sentir o mar.

Patrick sorria como fazia quando era criança e ia à praia com a sua mãe.

_ Isso é tão bom! Obrigado, minha vida!_ Agradeceu virando a cabeça para traz para tocar nos lábios de Matheus o beijando.

O casal só foi embora da praia no fim da tarde, após assistirem o pôr do sol abraçados. Aproveitaram o dia, passando a maior parte do tempo no quiosque.

Mesmo cansado, Matheus atendeu o pedido de Patrick e foram a um bar que ficava próximo à pousada.

O local tinha o chão forrado com revestimento de madeira, era ao ar livre com um protetor transparente servindo de teto. Em volta do local havia um mini lago iluminado com lâmpadas coloridas e peixinhos pequenos nadavam.

As palmeiras em volta balançavam com o vento refrescando a mesa do casal. A atração da noite era um show de stand up feito por uma drag queer. Algumas bandeiras do arco-íris ornamentavam o bar, demonstrando que era um local específico para os membros da comunidade LGBTQIA +.

Patrick quis ir lá para se sentir à vontade entre os seus e não precisar temer sofrer algum ataque homofóbico.

A noite de céu estrelado e temperatura amena foi para o casal agradável.

Matheus olhava admirado para Patrick, apoiando o queixo na mão. Estava satisfeito ao ver o marido gargalhando com as piadas da humorista.

Patrick estava tão distraído, que não percebeu que o marido o admirava com os olhos iluminados. O motivo da felicidade de Matheus não era a viagem e muito menos as piadas da humurista, era o sorriso constante do homem homem amado .

...

Eles chegaram na pousada por volta das uma da manhã.

_ Eu estou tão cansado! Só preciso de um banho para voltar a me sentir um ser humano. Vamos tomar um banho juntos, príncipe?

Matheus o olhou com malícia, mordendo os lábios e esfregando as mãos.

_ Nem vem que não tem. Eu estou te convidando só para tomar banho. Estou muito cansado.

_ Puxa! Que maldade!_ Matheus lamentou, fazendo beicinhos.

Após o banho, deitaram para dormir. Patrick vestiu o pijama composto por um short azul xadrez e uma camisa branca. Devido ao calor, Matheus preferiu dormir usando apenas uma cueca samba canção.

As quatro da manhã, Patrick acordou ouvindo o som de um grilo cantando. A luz azulada da lua cheia iluminava o quarto, impedindo que ficasse mergulhado na escuridão.

Olhou para o lado e ouviu a respiração do marido adormecido. Levou a mão até o rosto de Matheus e o acariciou.

Pensou o quanto gostava quando Matheus deixava a barba crescer e o bigode contornar os lábios. Gostava de senti-la tocando em sua pele quando eles se beijavam.

Aqueles pelos finos e loiros davam a Matheus uma aparência mais máscula, diferente do rosto liso e pueril que tinha quando os dois se conheceram.

Admirava com carinho os lábios entre abertos do loiro. A boca que lhe dava beijos calorosos e o dizia palavras tranquilizadoras. Era gratificante ouvir um "Eu te amo" saindo daqueles lábios tão lindos.

_Você amadureceu tanto, meu amor. Hoje é não é mais aquele menino mimado e agressivo de quando o conheci. Pelo contrário, é um homem maravilhoso, responsável, protetor e incrível! É o meu homem! Meu homem!_ Patrick adorou dizer as últimas palavras, sentindo-se muito orgulhoso de ter Matheus como homem.

Não resistiu e beijou o marido, demonstrando todo o seu amor.

Devido ao seu sono leve, Matheus despertou com os beijos do marido. Gemeu preguiçoso, deixando Patrick com a consciência pesada por tê-lo acordado.

_ Ah, me desculpe, meu príncipe. Eu não queria ter te acordado. Mas, você tava tão bonitinho dormindo, que eu não resisti e tive que te beijar.

Matheus detestava ser acordado. No entanto o seu mau humor foi desfeito ao ver o sorriso meigo de Patrick, com os olhos fechados e as covinhas nas bochechas.

Puxou-o para si pela cintura e o beijou, levando a mão dele até o seu pau.

_ Ninguém mandou me acordar. Ajoelhou, vai ter que rezar, bebê.

_ Eu sou um menino muito devoto. Rezo com prazer._ Patrick disse sorrindo, mordendo os lábios e beijou Matheus.

Sem interromper o beijo, Matheus virou-se ficando em cima de Patrick, acariciando o seu pênis.

_ Vai querer ser ativo ou passivo?_ Matheus perguntou sussurando ao pé do ouvido de Patrick, o deixando arrepiado com a mordidinha na orelha, seguida de uma linguada.

_ Você escolhe, meu rei. Faça conforme a sua preferência.

Matheus o olhou com tesão e sussurrou:

_ Eu prefiro te comer. Seu cuzinho não é baseado, mas me dá uma onda!

Patrick gargalhou, tapando o rosto com as mãos.

_ Que papo de nóia! Ridículo!

_Mas , você gosta, delicinha!

Patrick se arrepiou inteiro ao sentir o seu pescoço ser beijado por Matheus. O tesão fervia em sua pele e o seu corpo reagiu como uma ereção.

_ Gosto mesmo, meu zé droguinha._ afirmou feliz, beijando Matheus.

Suas línguas se exploravam num beijo intenso. Beijo esse terminado com uma leve mordida no lábio inferior.

Patrick fechou os olhos para sentir o dedo de Matheus nos seus lábios. Com a outra mão, penetrou pela blusa do ruivo, para sentir a maciez da sua pele. Deslizou pela peito, indo pela barriga.

Seus olhares se penetravam expressando doçura, transmitindo um sentimento tão aconchegante, aquecendo os seus corações.

Patrick acariciou o rosto do marido, sentindo prazer ao tocar na sua barba. Sentiu um carinho imenso por Matheus.

_ Eu te amo!

Matheus respondeu com um beijo.

As mãos de Patrick tocavam as costas de Matheus, subindo até o pescoço e tocando com a ponta dos dedos, fazendo Matheus sorrir, com a pele avermelhada devido aos arrepios.

Patrick teve foi despido aos beijos e carícias. Penetrou os dedos entre os cabelos de Matheus, enquanto sentia a boca dele chupando os seus mamilos. Gemia baixinho, quase sussurrando.

Matheus deslizou a língua para cima, percorrendo o peito, o pescoço até chegar a boca. Beijou-o tocando no pênis de Patrick, sentindo o ruivo fazer o mesmo com ele.

Patrick masturbava-o, massageando os testiculos.

Afastou o loiro com as mãos e sentou na cama. Matheus ficou de joelho na sua frente, ficando com os quadris próximo a sua boca.

Patrick ergueu a cabeça para fitá-lo com carinho, sentindo o seu queixo ser acariciado.

Beijou a barriga e peito do loiro. Desceu a cueca deixando o pênis ereto em sua direção.

Segurou-o delicadamente e beijou a cabeça.

Matheus segurou o próprio pênis, brincando de deslizar a cabeça na língua do marido.

O gosto deixou Patrick louco.

Chupou a cabeça, apertando e a sugando antes de engolir e iniciar os movimentos.

Chupava com as mãos nos quadris de Matheus, revezando a mamada do pau para os testículos, fazendo Matheus gemer revirando os olhos, segurando a cabeça do ruivo.

_ Para!

_ Por que, Matheus?

Em silêncio, Matheus o beijou e o deitou na cama. Abriu as suas pernas e beijou as suas virilhas.

Saiu da cama, retirando a cueca toda de uma vez. Foi até o banheiro e voltou com o lubrificante e o comprido azul.

Pôs na boca de Patrick e o beijou apaixonado, masturbando-o para ajudar no estímulo.

Ao sentir o pau do ruivo duro, desceu e começou a chupá-lo.

Os gemidos de Patrick embalavam os seus ouvidos, fazendo-o chupar com mais vontade.

_ Aaaaiiiiii! Que delícia! Aaai...

Matheus subiu até a sua boca e o encarava terno, o masturbando. Acariciava o seu rosto apreciando a expressão de prazer do marido.

_ Eu te amo tanto, minha ferrujinha. Nada nesta vida é mais importante pra mim do que você.

A declaração de Matheus o fazia se sentir acolhido. No entanto, não conseguia esboçar nenhuma palavra. Apenas gemia sentindo a mão dele o proporcionar prazer.

Fechava os olhos, franzindo o rosto, sentindo as intensidades do prazer. Sentia o suor escorrer pela sua testa, molhando a sua franja.

Atingiu o orgasmo sob o olhar apaixonado do marido, recebendo um beijo e um carinho do rosto.

Respirava acelerado, no mesmo ritmo que as batidas do seu coração. Olhava para Matheus em silêncio, observando-o limpar a mão no lençol.

Recebeu mais um beijo, antes de ser virado de costas. Para que a sua bunda ficasse erguida, Matheus pôs um dos travesseiros sobre ela e abriu bem as suas pernas para que o buraquinho ficasse a sua disposição.

Beijou e lambeu as costas do ruivo. Em seu ouvido sussurrou:

_ Morda a fronha para conter os gemidos. Creio que você não vai querer acordar os outros hóspedes.

Matheus desceu deslizando a língua até chegar na bunda macia e lisa. Mordia e beijava. Patrick piscava de tesão.

Gemeu maravilhado com a umidade da língua de Matheus no seu cuzinho. Ele deslizava pelas bordas, parava para dar beijinhos e penetrava fundo, girando a cabeça.

Delicadamente, massageava o cuzinho de Patrick passando o lubrificante, ao mesmo tempo, beijava o seu pescoço.

Penetrou com carinho, apoiando a cabeça no ombro do ruivo, chupando a sua orelha.

Aos poucos, foi aumentando o ritmo das estocadas, fazendo a cama ranger e o ruivo gemer mordendo a fronha.

Puxou os cabelos de Patrick para trás, metendo com mais força.

_ Aaah! Meu homem! Me fode com força, caralho! Mete gostoso em mim. Destrói o meu cuzinho.

Patrick pegava fogo por dentro.

_ Caralho! Você tá quentinho! Huuum ! Que delicia!

Virou-o de frente, pondo as pernas de Patrick em seus ombros, penetrando novamente e metendo fundo.

Relaxou o corpo ao gozar, apoiando a cabeça sobre o peito de Patrick. Seus pênis deslizou para fora amolecido.

_ Você me mata de prazer, Matheus! _ Patrick dizia ofegante, olhando para o teto.

Matheus deitou ao seu lado e o puxou num abraçado. Patrick descansou a cabeça em seu ombro e o loiro apoiou o queixo na sua cabeça beija a sua testa.

_ É tão bom ficar assim com você! Eu amo os nossos momentos pós foda. Gosto de ficar juntinho sentindo o calor do seu corpo e ouvir as batidas do seu coração, Matheus.

Matheus respondeu com um sorriso, fechando os olhos e se aconchegando nos braços do amado. Assim permaneceram até serem visitados pelo sono.

....

No dia seguinte, o casal acordou por volta ás 11 da manhã. Depois de tomarem o café da manhã na pousada, foram fazer um passeio pela cidade.

O centro histórico de Paraty foi o lugar que Patrick mais gostou de conhecer. Admirou a arquitetura colonial da cidade e registrou tudo em fotos, que tinha a intenção de revelar e guardar num álbum de fotografias.

Visitou a igreja Nossa senhora dos remédios. Devido a sua revolta com o sistema religioso por semear a homofobia, Matheus preferiu aguardar Patrick do lado de fora, aproveitando para comprar alguns presentinhos para a família.

Dentro da igreja, Patrick rezou pela alma da sua mãe e agradeceu a deus pelas coisas boas que estavam acontecendo em sua vida, pediu para que Nossa senhora cuidasse de Matheus e que perdoasse o ateísmo do marido.

Almoçaram num restaurante, que ficava em um dos casarões antigos. Patrick optando por experimentar lombo de peixe com purê de banana da terra, o que adorou o sabor, e Matheus; devido ao seu paladar seletivo, preferiu um PF clássico: arroz, feijão preto, batata frita e bife.

Os três dias de viagem foram prazerosos e relaxantes. Eles estavam tão felizes, que lamentavam ter que voltar para à casa.

Dentro do carro, através dos vidros, Patrick olhava para a cidade despedindo-se em pensamento.

_ Não fique com essa carinha. Uma hora a carruagem tem que virar abóbora. _ Matheus disse, encolhendo os ombros.

_ Eu odeio quando dar meia noite.

Matheus o puxou para próximo e o beijou.

_ Não esquenta a cabeça, nenê. Eu prometo vou me programar direitinho e todo ano vamos fazer uma viagem dessas.

Matheus encostou a sua testa na de Patrick, e ficou acariciando a sua face por alguns segundos.

_ Vamos embora, nenê?

_Fazer o que né, meu príncipe?

....

_ Meu deus do céu! Vocês estão ótimos! Olhem as aparências de vocês! Estão mais bronzeados e sorridentes!_ Rose exclamou com os braços erguidos, para recebê-los com um abraço.

Ela e Renata os ajudaram a pôr as malas para dentro da casa.

Para recebê-los de volta naquela noite de domingo, Renata encomendou pizzas e o restante da família e Betinho estavam na casa.

Patrick falava da viagem com entusiasmos, mostrando as fotos e entregando os presentes que compraram lá.

_ E esses pacotinhos aí, são para quem, irmã?

_ Para um monte de gente, Betinho: dona Chiquinha, Olivia, Rafa, Bel, Cinthia e..._ Patrick ficou em silêncio para não dizer o nome de Jonas, temendo uma reação explosiva de Matheus.

_ Não comprou nada para o Jonete, Patricka? A loira do banheiro não deixou?

Patrick o olhou de um jeito repreensivo.

_ Você sempre sem noção, né?

_ Ele comprou sim.

Patrick arregalou os olhos ao ouvir Matheus. Sentiu uma tensão ao perceber que o marido descobriu.

_ E para o seu governo, bicha fofoqueira, eu não proibi porra nenhuma! Jonas e o Patrick são amigos. O Jonas é um desgraçado? É. É um traíra filha da puta? Com certeza. Mas, foi muito gente boa quando o Patrick sofreu o atentado, ajudando prestando socorro. Eu não vejo problema algum na amizade deles.

Todos olharam espantados para Matheus.

_ O que foi, gente?

_ Gente, o que que é isso? É o filme Corra versão white? Trocaram o cérebro do meu primo por um de um cara evoluído?_ ironizou Emily, fazendo todos gargalharem.

_ Olha a engraçada! Comediante ela. A Tata Werneck da família. Claro, que não, oh imbecil! Eu apenas confio no meu homem._ Matheus disse, sentando ao lado de Patrick, beijando o seu rosto, fazendo o ruivo sorrir e dizer:

_ Oh, my litter prince, I love so much. (Oh, meu pequeno principe, eu te amo tanto.)

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Comentários

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Nas minhas histórias, sempre terão personagens de diversas religiões, agnósticos e Ateus! Quem não gostar, é só não ler.

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"Igreja católica não semea homofobia, é só estudar um pouquinho". Sim, a igreja aceita a união entre pessoas do mesmo sexo e nunca matou nenhum matou homossexual na inquisição, a bíblia não diz que homossexualidade é pecado e q homossexuais vão para o inferno. Tudo isso é invenção da minha cabeça, eu sou uma pessoa burra q nunca pisei na escola e preciso estudar.

Sem tempo pra mimimi, irmão.

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E antes de mandar alguém estudar, aprenda interpretar texto, q está escrito "sistema religioso" e não igreja católica, ou seja, engloba a igreja evangélica, o islã, o judaísmo e a igreja católica e todas religiões q condenam a homossexualidade.

Quer ser católico tudo, mas não querer rapar o sol com a peneira usando o Papa Francisco e ocultando todo o resto e ainda quer me chamar de burro?! Mais respeito, irmão.

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Gente... que evolução do Matheus hein. E concordo com o comentário do @Daniel Lyon, até a cena hot teve seus toques fofos.

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Paraty é uma das cidades que eu sonho em conhecer. Muito bonito o capítulo, creio que Patrick e Matheus ganharam o coração da galera embora eu pessoalmente prefira Jonas e Bruno 😊

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