UM PAI PRA DOIS, DOIS PAIS PRA UM - EPÍLOGO

Um conto erótico de ShinigamiBear
Categoria: Homossexual
Contém 6936 palavras
Data: 04/09/2021 23:59:23

EPÍLOGO

Muitos anos se passaram, hoje estou para completar 34 anos, um homem feito, maduro, formado em turismo, dono de uma pousada que fica lotada praticamente todo o ano em Ilha Grande. Pousada essa, que recebe pessoas de todo o mundo, cada turista que vêm, pedimos que escreva em um mural enorme na praça central da pousada, cidade e país, do lado pintamos uma bandeirinha.

Este mural acabou virando um ponto turístico à parte. Temos parceria com guias locais que adentram a mata para turismo ecológico, passeios às cachoeiras e picos da ilha.

Tudo está bem, hoje estou casado, e meu marido e eu administramos tudo. Temos uma vida pacata e muIto ocupada, me ocupo da pousada e eles de outros afazeres, mas recentemente recebemos a visita de dois jovens que abalaram minha estrutura e mudaram pra sempre minha vida.

Mas antes, é preciso contar que após a morte de Adilson fiquei bastante abalado, não entendia por que ele teria tirado a própria vida. Massimo e ele tinham alguns amigos em comum, tanto que ele foi indicação. Várias vezes perguntei e nunca obtive resposta.

Amarguei uma tristeza e luto por alguns meses, ficou difícil tocar a pousada, por sorte sempre tive Massimo pra ajudar com os barcos de pesca e o comércio em geral.

Passado algum tempo, as coisas foram melhorando, comecei a fazer terapia e me entender melhor, inicialmente comecei fazendo psicanálise e minha vida era um prato cheio para a analista, ele parecia mais interessado em saber das histórias do que preocupado com os problemas que me afligiam. A partir de então entendi por que a psicanálise é tão solicitada em meios midiáticos e tão “POP”, em função de seus signos, que dão um ar misterioso. Mas na verdade ficar falando todo o tempo não ajudou muito, fiquei meses indo a Angra uma vez por semana para ficar sentado relatando minhas histórias e a analista quase nunca interagindo, era frustrante.

Pedi indicação na faculdade para um professor e ele me indicou procurar profissionais de Gestalt ou TCC, sem muito esforço comecei a fazer, agora sim, terapia com um profissional de TCC (terapia cognitivo comportamental), não demorou muito, consegui entender o luto, a todo momento ele interagia na terapia, era uma parceria, menos de um ano depois eu era uma outra pessoa, pude enfim seguir minha vida.

Massimo acompanhou toda essa trajetória e vibrou quando comecei a melhorar, quase sempre vinha jantar na pousada e fazia questão de pagar toda vez. Uma das noites, conversávamos com um casal de franceses, que estavam aprendendo português, um deles havia morado em Portugal uma temporada, abrimos uma garrafa de vinho e ficamos bebendo até altas horas, como ficou muito tarde, e não podíamos ficar falando alto na cozinha ou no pátio da pousada, sugeri bebermos uma última garrafa no meu quarto.

Tinha duas poltronas no quarto, os franceses se sentaram nas poltronas e Massimo e eu nos sentamos na cama, ríamos das histórias e do esforço para falar e compreender o português. Já na última garrafa, começaram a contar as histórias de como os dois abriram a relação em uma viagem para a Holanda, fumaram maconha, conheceram um rapaz, o levaram para o hotel e então transaram a noite toda.

Massimo ficou desconfortável quando começaram a contar as histórias e se beijar, ele não tinha nenhum problema com a sexualidade alheia, mas ali, na sua frente, e também num ambiente intimista, ele ficou bem desconfortável.

Contaram a transa com o rapaz em detalhes, tamanho do pênis do rapaz, como foi quando ele penetrou no namorado enquanto o outro namorado penetrava o holandês. Quando vi que um deles contando a história ficou excitado, bebi o último gole e falei das horas.

- Nossa, já é tão tarde? Tenho que acordar cedo pra ir pegar os pães na padaria, ou melhor, daqui a pouco.

Jean, o mais atirado dos franceses colocou a mão no pau do namorado Pierre dizendo:

- Vamos amor, resolver isso no nosso quarto. Achei que o convite era pra uma festa. – disse olhando pra mim, claramente decepcionado.

- Só não vão acordar os outros hospedes. – disse rindo.

Vez ou outra, algum casal mais empolgado se excedia e no dia seguinte recebíamos comentário, ou mesmo reclamações. Tivemos que colocar na ficha de boas-vindas, um recado educado para que todos se preocupassem com a noite de sono dos demais, independente de quem seja.

Após saírem, olhei para Massimo e ele já meio vermelho.

- Quer dormir aqui paizão? Ou vai pra casa? Quer que te leve?

- Se você não incomodar, eu já caio e durmo aqui mesmo meu filho.

- Tá bom então.

Peguei mais travesseiros, coloquei do lado da cama.

- Posso só tomar um banho pra não feder de peixe sua cama? – Depois que Julia terminou com Luca, o moleque fez questão de ligar para Massimo dizendo que ele fedia a peixe e que a casa dele fedia a peixaria, ele ficou arrasado, sempre se preocupava se estava cheirando forte.

- Para de palhaçada, você não fede a peixe, supera isso porra. Mas pode sim tomar um banho, vou pegar a toalha pra você.

Massimo rumou para o banheiro, entrou e começou o banho. Bati na porta, abri uma fresta e disse que deixaria a toalha ali na porta.

- Pode entrar, deixa pendurada aqui mesmo pra não molhar seu banheiro.

Entrei e pendurei a toalha, na curiosidade passei os olhos no seu corpo, Ele estava de frente para o chuveiro, portanto de lado pra mim, pude ver a totalidade do seu corpo em perfil.

Um homem de mais de 1,90 de altura, é um homem grande, havia emagrecido uns quilos, devia estar com uns 110kg, braços grandes e fortes, muito fortes, grossos, peito forte, uma barriga saliente, mas rígida. Pra minha surpresa que nunca havia reparado, uma bunda grande e linda que dava em duas coxas grossas. Ali, pendurado e dormindo uns pênis assim como seu dono, grosso, a cabeça toda exposta, ele estava lavando a cabeça, portanto me permiti dar uma olhada um pouco mais demorada. Seus pelos estavam todos escorridos pela água que percorria seu corpo, um verdadeiro muscle bear.

- Ta aí ainda?

- Ah, to. – Disfarcei. – To pegando outro sabonete pra você.

Ele estendeu a mão por cima do box com facilidade e eu levantei a mão e o entreguei. Voltei para o quarto.

Ele se secou e saiu do banheiro com a toalha amarrada na cintura, o volume grosso marcava a sunga, confesso ter tido pensamentos pervertidos olhando aquele corpão na minha frente, mas era o paizão, pai da Júlia, amigo do meu pai, rapidinho retirei esses pensamentos da cabeça e fui tomar meu banho.

Voltei para a cama, ele já estava deitado de barriga pra cima, me deitei ao seu lado e ele perguntou se era a cama do meu pai. Disse que não, que essa era a minha cama, que por acaso uma cama muito maior.

- É, meus pés cabem dentro da cama.

- Como assim?

Estava me deitando e parei olhando pra cara dele.

- Nada, a do seu pai era bem pequena. – E se virou de costas pra mim.

Dei de ombros, estava meio alto e com sono, então me deitei e virei também par ao outro lado. Então me aproximei do Massimo por trás e dei um abraço forte.

- Obrigado por sempre estar comigo. Sempre te vi como mais que só um amigo do meu pai. – Voltei para meu lado da cama e fui dormir.

Demorei a dormir, Massimo roncava forte, depois de algum tempo peguei no sono, mas logo acordei com o braço de Massimo sobre mim, um braço pesado, ele havia chegado perto, estávamos quase de conchinha.

Fiquei sem saber o que fazer, tentei me mexer, mas acabei chegando mais para trás na tentativa de tirar seu braço de cima de mim. Então ele resmungou alguma coisa. Não entendi o que era, cheguei a cabeça pra trás pra entender, ele falava dormindo. Com algum esforço entendi o nome do meu pai. Fiquei pensando o que seria.

Ele então me puxou pra mais perto de si, agora não tinha volta, para sair do seu abraço eu certamente teria que acordá-lo. Tentei me mexer pra desvencilhar e então senti seu pau roçando na minha bunda, ele havia deitado nu. Que tipo de sonhos estaria tendo com meu pai para ficar de pau meia bomba?

A essa altura já estava quente de tesão, admiti para mim mesmo, e meses antes em terapia, que tinha tesão no meu pai, e também sempre tive tesão no Massimo. Achei que não faria mal dar uma roçada com a bunda antes de acordá-lo e voltarmos a dormir. Foi o que fiz, rocei com a bunda no seu pau, ele apertou o abraço, eu já estava duro também.

Então aconteceu, ele me puxou mais pra perto, agora estávamos realmente colados, senti seu peito e barriga peludos grudarem nas minhas costas, seu pau grudado na minha bunda, estava totalmente colado nele. Dei uma última mexida e já ia me desvencilhar, achando tudo aquilo muito errado, quando ele levou seu braço mais pra baixo, sua mão tocou meu pau duro feito pedra, ele segurou forte e falou no meu ouvido.

- Você quer isso tanto quanto eu?

Fiquei gelado, quente, febril, não sabia o que fazer, o que falar, só balancei a cabeça afirmativamente.

- Tem certeza? Depois que fizermos não tem mais volta. – Disse com a voz entonada no meu ouvido, roçando seu cavanhaque farto na minha orelha, me deixando mais louco que o normal.

- Tenho. Disse baixinho.

Então ele começou a me beijar a nuca, pequenos beijos, rápidos, o suficiente pra que todo meu corpo se arrepiasse com o toque da sua barba, ele forçava seu pau contra meu corpo. Então levei a mão para pegar seu pau, antes que o tocasse ele pegou meu braço.

- Ainda não, deixa eu desfrutar mais de você.

Massimo então ficou me beijando e lambendo a nuca e orelha, cada toque do seu cavanhaque a minha orelha me arrepiava todo. Foi baixando os beijos, passou para minhas costas. Eu seguia de olhos fechados apenas sentindo.

Ele me virou de frente para ele.

- Abre os olhos.

Abri.

- Me beija, Alberto. Sonho com isso há tantos anos.

O Beijei, ele retribuiu, um beijo quente e apaixonado, sua língua invadia com fúria minha boca, por vezes a deixava na minha boca para chupá-la, e eu a chupava com afinco.

Novamente levei a mão para tentar alcançar seu pau, ele não deixou, segurou, me virou de bruços, sentou-se em cima de mim, senti seu saco roçando na minha bunda, começou beijando minha nuca, foi baixando até chegar nas minha nádegas, as abriu com delicadeza, foi lambendo meu rego até chegar no meu cu, fazia movimentos circulares, pincelava e tentava me penetrar com força usando sua língua, me levantou, deixando a bunda pra cima, abraçou minha cintura e afundou sua cara na minha bunda, seu cavanhaque dava um tesão especial, uma sensação maravilhosa.

Depois de uma longa linguada ele soltou o ar em um “ahhhhh” prolongado e então disse.

- Pronto, agora você pode ter o que queria, me virou de frente pra ele, debruçou sobre mim até o móvel do lado da cama e ligou o abajour.

A luz fraca inundou o quarto até então escuro, a luz amarela tocou o corpo de Massimo que estava ajoelhado na minha frente, seu corpo todo reluzia como ouro pra mim. Seu peito forte e peludo, a barriga saliente, e apontado para ela, o pênis mais grosso que já tinha visto na minha vida, superava o do Adilson, não era muito grande, mas era extremamente grosso, lindo, com a cabeça exposta, um saco grande pendia abaixo dele, peludo.

Me levantei, cheguei mais perto, ajoelhei, ainda assim ficando mais baixo que ele, o beijei e abracei, então me afastei e olhei novamente admirando aquele membro roliço.

- Sou todo seu. Sempre fui. – Ele disse em tom terno.

Peguei sentindo a textura, era grosso e duro, mas também macio. Massimo reagiu com um leve tremor quando o toquei pela primeira vez, seguido de um breve gemido, o masturbei enquanto lambia seu peito peludo e forte, lambia seus mamilos e os sugava com força enquanto com uma mão o masturbava e a outra massageava seu saco. Massimo por sua vez passageava minha bunda e já brincava com um dos dedos no meu cu.

Baixei e então me pus na difícil tarefa de tentar abocanhar aquela rola enormemente grossa, com algum esforço consegui mamar Massimo sem arranhar com os dentes. Sugava com força seu pau grosso.

Ele então me puxou, deitamo-nos de frente um ao outro, ele fechou minhas pernas no seu membro roliço, ficamos nos beijando enquanto ele se movimentava entre minhas pernas.

Quando não aguentava mais de tesão ele pediu.

- Posso pôr em você? – Olhando para seu próprio pênis.

- Pode paizão.

Me virei e ficamos novamente de conchinha, fui até o móvel da cama e peguei lubrificante, entreguei a ele. Começou então a enfiar um dedo em mim, dois dedos, bem lubrificados, tentou o terceiro, resisti de alguma forma enquanto tinha a nuca beijada e lambida.

Então ele passou lubrificante em todo seu membro e posicionou a cabeça na minha entrada, forçou um pouco, entrou fácil, porém não sem dor, forçou mais um pouco, mas a dor veio. Retraí meu corpo e ele ficou beijando minha nuca, passando a mão pelo meu corpo.

Quando senti que estava pronto novamente, peguei desta vez seu pau e coloquei no caminho, começou a forçar a entrada, aos poucos meu corpo se abria para receber o homem que esteve ao meu lado toda a vida. Pronto, a cabeça estava dentro, conseguia sentir, então ele tentou empurrar mais fundo, senti quando sua pelve tocou minha bunda, seus pentelhos causavam um tesão à parte roçando na minha bunda.

Ficamos um tempo ali, parados, ele estava todo dentro de mim, então começou a se movimentar, não mudamos de posição, ficamos ali, de conchinha, Massimo me fodendo por um bom tempo, me beijava a nuca, eu voltava minha cabeça e nos beijávamos. Até que senti que seu gozo viria. Neste momento fechei completamente as pernas e forcei minha bunda contra seu corpo.

- Que delícia meu filho.

- Vai, sou seu.

- Vou jorrar.

Dizendo isso, Massimo começou a pulsar dentro de mim, cinco, seis, sete vezes, pulsava muito, se cada pulsação fosse um jato, estava todo inundado com seu líquido quente. Ele me abraçava e beijava forte.

Aumentei o ritmo da minha masturbação gozando também na minha cueca que estava ali, eu pulsava no seu pau e ele gemia gostoso, afagava meus cabelos.

Após retirar seu grosso membro de dentro de mim, nos beijamos.

- Que loucura.

- O que?

- O que fizemos.

- Tá arrependido paizão?

- De jeito nenhum. Mas isso é complicado. Você está?

- Não mesmo.

- E agora?

- Agora você vai ter que cuidar de mim.

- Já não faço isso há anos?

- Já, e tem se saído muito bem. Só que agora vai ter que cuidar de outros assuntos.

- Esses serão os melhores.

- Posso te fazer uma pergunta?

- Pode.

- Me promete responder com sinceridade.

- Sem saber é difícil.

- Ah, então você mente pra mim?

- Nunca menti. Manda.

- Você e meu pai, eram só amigos? - Ele pensou por um momento e me olhou bem nos olhos antes de responder.

- Acho que você já sabe a resposta.

- Desde quando?

- Assim que começamos a sair juntos pra beber.

- Que louco isso.

- Muito. Nossa primeira vez foi no barco.

- E quem...

- Não teve isso na primeira vez, só muitos anos depois seu pai teve coragem de me dar. E mesmo assim muito mais ou menos, ele não aguentava, e eu nunca gostei, então a gente ficava só assim, abraçado mesmo, se mamava.

- Doideira... Sabia que eu já dei pro meu pai?

Contei toda a história e como ele quase nos flagrou, ficamos conversando sobre isso, em seguida ele tomou coragem e me contou o real motivo da briga entre meu pai e meu irmão. Quando meu irmão tinha alguns anos, ele e meu pai tiveram uma relação sexual. Depois da primeira vez, quando meu pai estava bêbado, ele tentou novamente.

- E aí?

- Seu disse que não quis, mas ele ficava falando que se não fizesse, ia contar para a mãe que o pai abusou dele. Então ele bebia e cedia às vontades do seu irmão até o dia que seu pai deu um basta. Ele contou pra mãe, desgraçou a vida do seu pai e ele teve que dar tudo que tinha e recomeçar a vida, pra ela não o denunciar.

- Que filho da puta.

- Qual dos dois?

- Dos três no caso. Meu pai por ceder, meu irmão por chantagear e a mulher dele por chantagear mesmo com a possibilidade do filho ter sido abusado, nem quis saber de nada.

- Hoje uma relação dessas é tabu, criminosa. Imagina como era na época?

- Realmente, mas eu to nem aí, sentei-me gostoso no pau dele. Uma pena não ter tido mais.

- Também sinto falta dele.

- Ok. E quando você vai me falar do Adilson?

- Porra, você quer tudo numa noite? Vamos dormir.

- Não, desembucha. O que aconteceu com Adilson?

- Abusou do filho. O garoto sempre foi meio afeminado, você lembra, vivia aqui correndo pra cima e pra baixo quando ele o trazia.

- Lembro, parou de trazer o moleque depois que começamos a namorar.

- Tinha nome? Era namoro?

- Claro, que outro nome?

- Nada, achei que era só sexo. Se bem que, é, foi um tempo.

- Mas continua, o que aconteceu?

- Soube por um amigo nosso, que o filho era amigo do filho do Adilson. Ele foi dar banho no garoto, ficou alisando o garoto e acabou enfiando o dedo no cuzinho do menino. Ele contou pra mãe. Pelo fim que a história tomou, o Adilson não deve ter lidado bem os próprios desejos.

- Caralho, podia ter sido com meu pai.

- Mas não foi, ele conheceu sua mãe, teve você. – Falou isso me abraçando e puxando pra perto de si.

- E agora eu to aqui, todo seu.

- E eu todo seu. – Me abraçando forte. Senti seu pau subindo novamente.

Eu estava pronto, novinho nessa época, com meus 23 anos, mais ou menos, estava cheio de tesão, e ele não negou fogo, transamos novamente, desta vez me sentei no seu pau e fui fodido até que Massimo pedisse arrego. Gozou novamente seu gozo farto. O dia já estava nascendo, a claridade já tomava conta do quarto. Praticamente não dormimos.

Depois dessa noite, Massimo e eu ficamos juntos, passou a dormir toda noite comigo, só ia pra casa quando Julia vinha nos visitar, até que ele criou coragem e contou pra ela. Temíamos que ela surtasse, mas ouvimos um “achava que isso já acontecia há muito mais tempo”. Basicamente ela nos pressionou pra assinarmos uma união estávelDez anos se passaram, tudo estava bem, mas ao longo dos anos a idade foi tomando conta do Massimo, ele sempre falava sobre nossa diferença de idade ser um problema. Mas resolvemos isso com diálogo e cumplicidade.

Por vezes eu transava com outros caras, geralmente quando ia até Angra ou ao Rio, ele sabia de todos os casos e participava às vezes.

Tentávamos não fazer nada com hóspedes, mas nem sempre era possível resistir quando forçavam a barra, nós éramos um casal fetiche completo. Massimo um muscle bear forte e coroa, eu um jovem bronzeado e cheio de vida, com cara de novinho. Ele 1,90, eu 1,68. Transamos assim, até que em um verão chegaram um casal de namorados.

Um deles tinha seus 25 a 26 e o outro ainda menor de idade, 17 anos, porém emancipado pela mãe, sem pai nos documentos, checamos tudo para não ter problema, me foi trazido o caso para analisar a documentação, evitando hospedar menores de idade desacompanhados de responsável. Ambos vieram juntos com o Edson, o atendente, me apresentei, expliquei que a situação é atípica e que dados documentos, estavam liberados. Eu mesmo os levei a seus quartos.

Entrei, fui até a janela, abri e pela janela mostrei que a rua dava para a praia, só seguir aquela rua. Mas estavam interessados nas trilhas, então mencionei que tínhamos passeios também, só agendar na recepção, um dos barcos também fazia o trajeto por mar entre as vilas da ilha. Estavam animados e eu sem urgências, então me permiti uma conversa rápida para desfazer a primeira impressão que não foi das melhores.

- Primeira vez na ilha?

- Eu sim. Augusto já veio aqui, mas só quando criança, né amor? – mas senti que Augusto não estava muito pra papo. Falou meio sério.

- Vocês vão adorar a ilha, é linda, as praias são ótimas.

- Ah sim, eu vivia querendo ir a praia, mas meu pai nunca me levava quando criança, tinha mais coisas a fazer que me levar na praia. – Novamente Augusto mostrando algum mal humor. Ainda assim o jovem recém-emancipado estava cheio de energia e falante.

- Ainda dá tempo de tomarmos o café da manhã? Passou só meia hora do horário

- Amor, a gente sai e come, já passou a hora.

- Nada, eu vou com vocês. Maria, nossa responsável pela cozinha, deve estar preparando o almoço, mas dá para preparar alguma coisa pra vocês, eu mesmo preparo se for o caso.

- Viu amor, sabia que essa era a melhor pousada, Henrique veio com o marido e amou o serviço de vocês. – Disse o jovem serelepe.

- Que bom. Fico muito feliz.

- Ciro, amor. Deixa o homem trabalhar. – O mal humor estava quase virando grosseria.

- Ciro, um nome pouco comum. Meu pai se chamava Ciro. – Disse enquanto entregava o livreto de boas-vindas e saía do quarto. – Atravessando o pátio, tem a cozinha, vou preparar o café pra vocês.

Saí do quarto e deixei a porta entreaberta, enquanto caminhava pelo corredor, ouvi uma pequena discussão, não entendia o mal humor de Augusto, mas não me interessei, seu namorado jovem e cheio de vida era educado e simpático por ele.

Mas uma coisa me chamou atenção, Henrique e o marido salvo engano, foi um dos casais com quem transei na pousada, dei até um dia a mais, estávamos com quartos vagos e me ofertei uma cortesia, o marido de Henrique lambia um cu como ninguém, ficávamos os dois de quatro na cama e ele nos linguava enquanto nos beijávamos. Esse jovem era amigo deles? O que será que ele ouviu?

Chegando na cozinha, como previsto, Maria e a copeira estavam preparando para o almoço. Pedi para que Zélia me ajudasse a botar a mesa, fizemos uma mesa pra dois e deixamos reservada num canto, perto da janela que dava para ao pátio e a fonte, que inundava o ambiente silencioso com suas águas.

Quinze minutos depois, chegaram os dois, banho tomado, foram direto para a mesa. Estava ajudando maria a cortar couve, sexta feira era dia de feijoada. Comeram tudo que tinha na mesa, Zélia perguntou se queriam mais, neste ponto Augusto foi bastante educado.

Saíram em direção à recepção, cri que para agendar os passeios. Mais tarde naquele dia, Massimo já tinha chegado do trabalho, me ajudava levando algumas compras que acabara de chegar, quando Edson, o recepcionista, veio me contar que Augusto estava interessado em quando a pousada foi construída, em que ano. Achei aquilo estranho, mas estava ocupado.

Naquela noite, Massimo estava cheio de tesão, seu pau ficou duro feito pedra. Estava de quatro na cama e ele de pé me metendo a piroca quando ouço batidas na porta. Quase não ouvimos dado barulho da pelve de Massimo batendo em minha bunda. Então ele parou, esperamos, ele ainda dentro de mim. Batidas novamente.

Me levantei, senti com tristeza o pau de Massimo sair de dentro de mim, ele foi para o banheiro, botei uma cueca e o roupão. Abro a porta e dou de cara com o jovem Ciro.

- Desculpa atrapalhar, o senhor já estava dormindo?

- Não, não estava, algum problema?

- Queria mais dois travesseiros, não achei ninguém na recepção e um dos hóspedes disse que nesses casos podia bater aqui, que o Sr morava aqui.

- Não tem ninguém na recepção? – Ronaldo era o plantonista da recepção, hoje era dia dele, ficava até 12hs, depois desse horário, realmente qualquer problema era eu a resolver. Meu pau já estava baixando.

- Tem não, esperei um tempão.

- Me dê dois minutos pra me vestir e desço pra pegar pra você. Só um minutinho.

- Ah, atrapalhei algo? Desculpa, mil desculpas.

- Não tem nada que se desculpar. Já desço, com licença.

Fechei a porta, estava puto com Ronaldo, o tesão tinha passado completamente, meu e de Massimo que saia do banheiro com o pau já mole. Falei com ele do quanto estava puto com isso e ele disse que eu tinha liberado Ronaldo hoje mais cedo, que ele ia embora 22hs hoje.

Como Massimo chegou cheio de tesão e não transávamos há algumas semanas, nem refleti sobre isso, realmente eu devia estar de sobreaviso. Falha minha.

Desci, fui até a lavanderia, peguei dois travesseiros e fronhas.

- São cobrados a parte, tudo bem? Está no folheto.

- Tudo bem. É que não consigo dormir só com um.

- Mais uma vez desculpe incomodar.

- Imagina, sem problema.

- Nada, depois eu compenso o Senhor de alguma forma por ter sido um empata foda.

Sobressaltei com a naturalidade com que aquele garoto falou aquilo. Certamente Henrique contou nossas aventuras sexuais, mas uma coisa foi Henrique e marido que ficaram 15 dias, pudemos conversar bastante, até hoje trocamos mensagens. Outra completamente diferente, é este recém-chegado com seu namorado.

Passaram-se uns dois dias, tudo normal, mas o jovem Ciro não desgrudava, já imaginava que ele estava interessado sexualmente. Será que virei uma espécie de garantia sexual da pousada? Isso não seria legal. Afinal não era assim com todo mundo. Só pessoas seletas e muito raramente.

Na segunda estavam na recepção conversando com duas argentinas quando passei, me perguntaram qual melhor trilha, indiquei e marcaram de fazer o passeio no dia seguinte. Massimo precisava acertar algumas coisas em Angra e aproveitaria para passar uns dias com Julia, ele estava com uma mala e Ciro pergunta sem cerimônia após nos despedirmos.

- Seu marido vai ficar muito tempo fora?

- Acho que volta no final de semana. Vai passar uns dias com a filha.

- Ah, ele tem filha? – Perguntou Augusto com um risinho.

- Tem sim, quase da minha idade, acredita? Mas o amor não tem idade. Vocês são prova viva disso né? Devem ter uns dez anos de diferença. – Alfinetei.

As argentinas se despediram pois iriam a outra vila, eram as vizinhas de quarto de Ciro e Augusto. Elas passariam duas noites em outra vila e depois voltariam.

- Opa, vamos poder dar festa então.

- Desde que não atrapalhe os outros hóspedes. Fiquem à vontade.

- Qualquer coisa te convidamos também Alberto. Você gosta de dar festa com seus hospedes né?

- Augusto! – Reprimiu Ciro. Era oficial, Henrique provavelmente comentou.

Me afastei da recepção para dentro da pousada, onde o barulho da fonte abafava um pouco o som e os chamei pra virem juntos, para não falar nada próximo de Edson.

- Vocês são amigos do Henrique, da Barra da Tijuca? Marido do César?

- Sim.

- Então meu caro Augusto, não tem por que ficar de indiretinha. Com certeza ele contou pra vocês que transamos praticamente todos os dias que eles vieram aqui, transamos nas trilhas, até na praia de madrugada o Cesar nos comeu. Se não amigos dele, são meus amigos, posso falar abertamente. – Na verdade estava puto com a infantilidade de Augusto.

- Desculpa Sr. Alberto. Não sei o que acontece com Augusto. Né amor? – dando uma puxada no braço. – Desculpa a grosseria.

- Imagina, foi grosseria de forma alguma, vocês são dois jovens curiosos, natural.

- Temos quase a mesma idade. – Falou Augusto mal-humorado, me fitando com seriedade, quase como se me desafiando.

- Não me recordo da sua idade, desculpe.

- Sou três anos mais jovem que você, quatro no máximo.

- Ainda assim, nossas experiências de vida não seriam iguais mesmo que tivéssemos a mesma idade. Tem coisas que até o jovem Ciro aqui poderia nos ensinar. Por exemplo, com sua simpatia e educação. Agora me dê licença, preciso ajudar na cozinha. Almoçam conosco hoje?

- Sim. Obrigado Sr. Alberto. Vamos ali Augusto.

Ciro saiu puxando Augusto pelo braço, foram pra fora, eu já não estava gostando daquele homem, muito mal-educado e o tempo todo mal-humorado na minha presença.

Durante o almoço, Augusto me encarou todo tempo, mas fazia de forma dissimulada para que o namorado não notasse. Mas percebi que seus olhares não eram só de raiva, ele me conferia de baixo acima. Em um dos momentos que retribuí o olhar, ele deu uma apertada no pau. Certamente pra me provocar, dei trela, queria ver até onde ele manteria toda aquela marra.

Ele então apertou, eu passei a língua nos lábios, ele retribuiu, ainda com cara de mal-humorado, em seguida olhou pra baixo e pra mim, percebi que o pau estava tomando forma. Neste momento cedi e desviei o olhar, tinham outras pessoas, devia manter o decoro.

A noite, após um demorado e revigorante banho, estava no quarto com Massimo ao telefone, quando batem novamente, olhei a hora, 22:45. Abri e era Augusto, estava com um short azul curto, camiseta regata bem aberta, mostrava um peito e braços malhados de academia e coxas bem torneadas. Ainda estava com Massimo no telefone. Desliguei.

- Era seu marido?

- Está precisando de alguma coisa Augusto?

- Ciro já dormiu.

- Que bom. Devia acompanhar seu namorado então.

- Queria te pedir desculpas pelo jeito que te tratei.

- Sem problema. Desculpas aceitas. – já ia fechar a porta quando ele segurou.

- Posso entrar? Queria conversar com você.

- Não acho apropriado, se estiver faltando algo, fale com Ronaldo.

- De verdade Sr Alberto, deixa entrar e vamos conversar.

- Augusto, desde o dia que você chegou, está me tratando mal, seu namorado é um fofo, cheio de amores por você, não acho que você deva entrar.

- Tá com medo de eu te agarrar? Você não é tão gostoso do jeito que pensa não.

- Você tampouco. – Falei tentando fechar a porta novamente.

- Então deu empate. De qualquer forma, gostaria de conversar com você.

- Ta certo. Amanhã almoçamos os 3.

- Não, precisa ser a sós.

- Ok, amanhã me procura e falamos. Boa noite.

Liguei novamente e contei para o Massimo o que aconteceu. Ele riu e falou pra eu dar para o garoto, que um chá de cu iria acalmá-lo. Falei que realmente me atraí pela marra dele, mas tudo tem limites.

- Bebezão, no mínimo ele achou que era uma viagem sexual, o Henrique deve ter falado coisas e ele chegou e viu que era diferente. Bem. Se quiser, dá uma surra de cu nesse moleque que ele aprende.

- Vou pensar no seu caso Paizão.

- Faz tempo que não me chamava de Paizão. Até subiu o negócio aqui... Quer ver?

- Vou dormir, essa situação me deixou mal-humorado igual ao moleque. Tomara que não tenha nenhuma ocorrência a noite. Preciso de uma boa noite de sono.

No dia seguinte, terça feira, precisei sair cedo pra falar com uns pescadores, passei o dia acertando preços, recebendo pagamentos, fazendo pagamentos, engoli o almoço no escritório mesmo e nem tive tempo de pensar em hóspedes. Edson aparentemente estava quase pronto pra virar gerente, já dava conta das demandas.

A noite, já na cama, lembrei do Augusto, do que queria falar comigo, ai fiquei lembrando daquelas coxas grossas, peito malhado e braços fortes, a cara não era ruim, com certeza não seria bonito se tirasse a barba, mas que boa essa moda da barba. Pensando nele e na situação do almoço, começou a me subir um fogo. Estava pronto pra tocar uma, quando batem à porta.

- Quem será, nunca vou ter uma noite tranquila? – fui resmungando abrir.

- Desculpa atrapalhar, não te vi hoje o dia todo.

Augusto estava com outro short, bem curto, mostrando todas as coxas, também de camiseta regata bem aberta. Não dei tempo dele falar nada, o puxei pra dentro do quarto, passei a chave, o encostei na parede e comecei a beijá-lo.

Ele retribuiu, então comecei a lamber seu peito, não precisou muito, a camiseta praticamente os deixava à mostra, lambi e mordisquei cada mamilo, ele então deu uma ajeitada na mala, colocou seu pau pra fora da cueca, de forma que estava pra fora do short, saindo por baixo, uma rola bonita, grossa e definitivamente não era pequena.

Abaixei-me e comecei a mamar ali mesmo, pela perna do short, ele encostado na parede gemia, eu engolia sua rola, ia até a garganta, em momentos até passava e eu fazia um som grave, vibrando minha garganta na cabeça do seu pau.

Ele me levantou, tirou minha camiseta e meu short, eu o ajudei a se livrar da sua roupa, seu pau roliço estava apontado pra frente, o peguei e fui mamar novamente, então ele me virou, cuspiu na mão, passou no meu cu, pincelou o pau na bordinha e já meteu.

Doeu, aquela entrada escrota de quem não sabe meter, que já sai enfiando tudo de uma vez, mas no caso dele, senti que foi proposital, pois após entrar tudo ele parou e ficou me abraçando por trás.

Me debruçou sobre a cama, fiquei de quatro, na mesma posição que Ciro atrapalhou minha foda com Massimo dias antes. Ele então começou a bombar com força, apertava minha bunda com raiva, dava tapas na minha bunda.

Então ele me virou de costas, me fez ficar de frango assado, abaixou e pegou o celular.

- Posso chamar o Ciro?

- Não vai dar problema?

- Não. Nenhum.

- Então pode.

Ele mandou mensagem e menos de um minuto o jovem Ciro batia à porta.

Abri e ele entrou, deu uma olhada no namorado pelado com a pica dura apontada pra frente. Augusto o puxou e beijou forte, ele então ofereceu a boca de Ciro e eu beijei também, Ciro então abaixou-se e começou a me mamar, abocanhou tudo de uma vez, em seguida a do namorado, juntou as duas e tentou engolir as duas, enquanto isso Augusto e eu nos beijávamos ferozmente.

Augusto era quem dominava ali, me colocou de frango assado na cama e começou a me foder enquanto eu mamava Ciro, ele tinha uma piroca um pouco menor que a minha, que tem uns 17cm, e quase a mesma grossura, também tinha prepúcio, o que Augusto, que agora bombava meu rabo, não tinha.

Depois de mamar bastante e eu pará-lo pra não gozar, Augusto mandou que Ciro se sentasse em mim. Assim enquanto o mais velho me fodia, o novinho se sentava no meu pau, em vários momentos tive que pedir pra parar, pois senão gozaria logo. O tesão de comer um cu, tendo uma piroca atolada no seu rabo é deliciosa.

Ciro rebolava na minha piroca, sentava com propriedade apesar da pouca idade. Então Augusto tirou sua pica do meu rabo, afastou minhas pernas e veio em direção ao namorado. Forçou um pouco, o jovem reclamou, em alguns segundos estávamos ambos dentro de Ciro. Fizemos uma DP deliciosa no garoto.

A pressão de um outro pau junto ao meu no seu cu, fez com que Ciro gozasse no meu peito e barriga, gozou um gozo farto, eu não aguentei ver aquela cena e anunciei que gozaria.

- Vou gozar também, vamos encher o cu dele de porra. Ahhhhhhrrrr.

Augusto também estava gozando, eu fui logo em seguida, socamos juntos e seguramos nossas rolas no rabo de Ciro que reclamou um pouco, e logo depois tiramos, começando pelo namorado. Quando saiu, parte da porra escorreu em cima de mim, Ciro saiu de cima e lambeu a porra que estava no meu peito, barriga e também a que escorreu do seu cu no meu saco. Que delícia de moleque.

Depois daquela foda, ofereci um banho ali mesmo no meu banheiro. Fomos os três. Ensaiamos uma outra foda, dessa vez Ciro também me comeu, Augusto não gozou novamente. Depois que o namorado e eu gozamos, ele nos beijou, e saímos do banho.

- Bem que o Henrique falou que você é um gostoso.

- Eu não esperava por isso. Grata surpresa.

- Subi pra falar outra coisa, assunto sério e acabei com uma foda deliciosa.

Agora sei por que meu pai não saia daqui.

- Como assim? Senti um choque percorrer todo meu corpo. – Quem você disse?

- Meu pai.

- Pelo amor de deus, não me fala que você é o Augusto filho do Adilson. – eu estava gelado, só então lembrei que o filho do Adilson, o moleque poucos anos mais novo que eu, que vivia correndo pela obra quando o pai o trazia, se chamava Augusto.

- Eu mesmo.

Me sentei na cama. Não sabia o que falar, eu estava pálido, tinha acabado de foder com o filho do meu falecido namorado.

- O Sr tá bem? – Perguntou Ciro.

- Tô. Acho. Estou meio atordoado com essa notícia. E por favor, não me chama de senhor depois de foder comigo, a gente acabou de se comer. – Ele riu.

- Eu vim pra te contar, mas você já veio me beijando, eu entrei no jogo, não nego foda. E que foda, aliás.

- Você já sabia quem eu era?

- Na hora que cheguei eu identifiquei a pousada e você. Lembro quando você me levava pra ver a fonte, falava que era por causa do seu pai, adorava quando você me falava do seu pai. Meu pai sempre foi meio distante, vivia brigando com a minha mãe, ele mal me abraçava. Depois de anos de terapia eu fui entender que ele me afastava pra não acontecer o que aconteceu.

- Meu deus Augusto. Eu lamento tanto, fiquei sabendo só depois de uns dois finais de semana que ele não veio. E o que aconteceu com você, eu lamento tanto. – Peguei em suas mãos, ele estava com os olhos marejados.

- Eu já tentei sozinho. Mas precisava falar com você, ele dizia que o que ele amava de verdade estava aqui. Não no continente.

- Ele te amava muito, eu juro. Ele sempre falava muito bem de você, te amava e se orgulhava muito de você.

- Eu sei, mas ainda me culpo. Eu queria fazer com ele o que minha mãe contava pra minhas tias que ele fazia aqui com você, pra ver se ele ficava mais comigo, passei a pedir pra ele me dar banho e ficava provocando-o, só que o dia que... – e começou a chorar.

- Augusto, não fala isso. Não precisa me contar nada. – O abracei de um lado da cama e Ciro de outro.

- Preciso, tenho que tirar isso dos ombros, esse peso. Eu queria que ele me fodesse pra ficar mais perto de mim se fosse o caso. Mas ele não ficava em casa nem durante a semana, ele e minha mãe estavam separados há muitos anos, e eu não sabia, achava que o problema era eu. Mas naquele dia, aquele dia, eu queria ser você pra ele. Mas doeu. E eu comecei a chorar, me assustei, ele também assustou, saiu correndo, só me lembro da minha mãe ligando depois pra ele falando de polícia. Eu estava confuso. Depois... bem... depois...

- Não precisa falar mais nada. Nós todos sofremos muito, vem aqui.

Puxei Augusto para a cama, o coloquei deitado no meio, com a cabeça no meu peito. Achava que Ciro se deitaria do lado dele, mas veio e se deitou do outro lado no meu peito também. Os dois choravam. Eu estava anestesiado ainda com a história.

- Amor, você nunca tinha me contado.

- Desculpa, é que ainda é meio tenso pra mim.

E eu ali, no meio, consolando ambos.

- Você foi feliz, apesar de tudo, com meu pai?

- Fui. Augusto. Fui sim. E teria sido com você junto, mas infelizmente sua mãe não o deixava trazer você.

- Ela morreu tem 3 anos.

- Lamento muito.

- Então somos dois órfãos aqui.

- Três. – Respondeu Ciro.

- Como assim? Tão jovem? Que tristeza. – Respondi.

- Quer dizer, meio, é que eu nunca conheci meu pai.

- Ele morreu antes de você nascer?

- Não sei direito, minha mãe nunca falou muito dele. Recentemente ela contou algumas coisas. Que era apaixonada por ele, mas ele parecia não gostar dela, que ela praticamente o estuprou pra transarem e que ele nem sabia que eu existia.

- Que coisa horrível.

- É a vida, mas não dá pra culpar o cara né? Ele nem sabe que existo. Nem a minha mãe, foi decisão dela. Nunca me faltou nada. Mas bem seria legal ter um pai. – ele se voltou para Augusto que estava só ouvindo, deitado, eu sentia o calor de suas lágrimas em meu peito. – Desculpa amor, acabei falando pra caramba.

- Não tem problema. Passou. Já to me sentindo melhor, acho que precisava encontrar contigo mesmo Alberto.

- Que isso, se quiser, podemos conversar mais amanhã.

- Já conversamos o que tínhamos que conversar. Amanhã eu quero é mais... Falou metendo a mão no meu pau e indo até meu cu, que estava todo babado.

- Que fogo heim.

- Igual meu pai.

- Igual. – Fiquei pensativo, lembrando dos bons momentos com Adilson. Sim. Ele era bem fogoso.

Augusto foi se levantando, se vestindo, Ciro também, ambos em silêncio.

- Podem voltar amanhã. Vocês vão embora só no sábado né?

- Sim. Amanhã a gente volta.

Estávamos indo em direção à porta, conversando, quando Augusto pergunta pra Ciro.

- Hi, pergunta pro Alberto se ele conheceu sua mãe. Ela não era daqui?

- Deve conhecer não. Nem sei que vila ela era, nunca me falou.

- De repente conheci, estudei com ela.

Já estávamos na porta, os dois já estavam do lado de fora.

- Até amanhã então. – Disse Augusto me dando um beijo.

- Até amanhã Sr Alberto. – Disse Ciro rindo e me beijando também.

- Você não me disse o nome da sua mãe Ciro.

Ele já estava no pé da escada, se virando pra sair da minha visão, colocou apenas a cabeça olhando pra cima e falou.

- O nome dela é Gabriela. Boa noite. Até amanhã.

Levei 30 minutos pra conseguir fechar a porta.

FIM.

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Comentários

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Caralhow. Que conto maravilhoso. Tem drama, diálogos inteligentes, não é só "fulano entrou, viu como sou putinha, botou sua piroca de 57cm pra fora e me fodeu". Caralho que delícia ler seus contos, para não. Quando volta com as aventuras do Dani? Vai continuar com ele agora?

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Das possibilidades surgem as partes que faltavam no mosaico. Conte-nos mais...

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Meu Deus!! Que reviravolta!! Adorei!! Dani... perfeito!!! Adorei esse conto!

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