Não é fácil ser um jovem magrinho e liso, ainda mais quando se é introvertido e nerd. Como competir pela atenção das meninas em meio aos outros caras do ensino médio, cujo porte, músculos e até pelos já abundavam por todo o corpo?
Na educação física, quando eu tirava minha roupa e ficava apenas de cueca e olhava em volta vendo os outros caras saradinhos de cueca também com os volumes avantajados; era impossível não sentir uma certa insegurança misturada com um tesão reprimido.
Até hoje não sei se o tesão em homens surgiu pela insegurança, devido não me imaginar ganhando uma das meninas do colégio quando tinha aqueles caras competindo comigo, ou se já era algo natural antes.
Apesar da minha insegurança interior, nada externo justificava essa minha sensação de deslocamento em meio a eles. Os caras me tratavam bem, em parte porque apesar da minha aparência eu era bom em esportes e sempre era escolhido para os times como uma das primeiras opções. E em parte por que, apesar da minha introversão e ser um nerd, eu era um nerd querido pela sala em geral em virtude de sempre ajudar o pessoal nas dificuldades das matérias.
Um dos caras que mais chamavam minha atenção era o Lucas. Ficava impressionado com a confiança extrema que ele tinha já naquela idade. É verdade que a aparência dele justificava bem essa confiança, pois além de ter um corpo todo saradinho, branco, rosto bonito e cabelo sempre bem estiloso; ele ainda tinha uma tatuagem no braço que deixava mais charmoso ainda.
Ele já tinha namorado algumas das garotas mais gostosas da escola e não era diferente da que estava pendurada nele próximo a porta de entrada da sala enquanto a aula não começava nesse dia.
Entrei pra sala após trocar uma breve ideia com o pessoal e fui pra minha tradicional carteira mais ou menos no meio da sala, sendo seguido pelo restante da turma.
Lucas sentou no local tradicional também, na fileira ao lado em uma cadeira pra trás da minha e soltou a frase “ como é bom ser sexualmente ativo”, arrancando uns risos dos outros garotos e até de mim. Apesar de uma certa inocência por eu não ter ideia de como era ser sexualmente ativo, o jeito natural dele, longe de querer se exibir já que ele não tinha a mínima necessidade disso, causava mais graça do que sentimento de despeito no resto de nós.
O professor entregou no fim da aula as provas mensais e Lucas soltou uma expressão de desgosto ao ver a nota.
- Puta que pariu, Dan. Tirou 10? – ele falou debruçado na cadeira dele olhando minha prova.
- Pois é, acho dei sorte estudar bem o que ia cair- falei meio sem graça.
- Sorte nada, tu que é o maior cérebro mesmo – ele falou e me senti todo inflado com o elogio
Fomos interrompidos desse papo pelo professor recriminando as notas ruins e falando pra não vir chorar no ombro dele na hora da reprovação. O professor era inflexível nas avaliações, mas no geral gente boa e ofereceu um trabalho pra galera que tinha perdido a média se recuperar antes da próxima prova.
Lucas e outros da sala respiraram aliviados, mas quando o professor entregou uma lista extensa e complicada de exercícios, logo expressões rancorosas tomaram conta da sala antes de bater o sinal.
Estava juntando minhas coisas, visto que após o intervalo teríamos educação física, quando Lucas sentou do meu lado e pediu ajuda pro trabalho, praticamente implorando.
- Pow, Dan. Me ajuda aí nas próximas semanas, eu faço...eu faço....eu te escolho pro meu time toda educação física, ele falou pensando em um objeto de barganha.
- Até parece, você já me escolhe mesmo porque sabe que eu sou bom– falei rindo e demonstrando segurança em algo, de forma bem diferente do habitual, porque afinal era o que sempre acontecia mesmo.
- Não dá pra argumentar com gênio mesmo – ele falou rindo vencido enquanto enfiava a prova de qualquer jeito na mochila.
- Mas eu ajudo mesmo assim – falei depois de juntarmos nossas coisas, pra sair atrás do restante da turma.
- ahh moleque, você é demais – ele falou bagunçando meu cabelo e saindo um pouco na minha frente. A namorada da vez já estava na porta esperando ele sair e cada um tomou seu caminho pro intervalo.
No fim da educação física, estava sentado no banco do vestiário terminando de me calçar quando Lucas, abandonando o grupinho que ele estava conversando veio só de cueca sentar ao meu lado. O peito liso ainda brilhando de suor, o mesmo quanto a tatuagem no braço grosso. Uma olhada rápida e vi que os pelos das coxas também estavam úmidos e um cheiro de macho, não fedido, mas apenas concentrado, chegou até minhas narinas.
Enquanto ele ia retomando o assunto do trabalho, eu me controlava pra não ter uma ereção ali mesmo. Ia respondendo em monossílabos, evitando até olhar pra ele, até que fui despertado com duas batidinhas dele no meu ombro.
- Então, combinado. Amanhã depois da aula a gente vai lá pra casa – ele falou e foi se levantando e indo pro chuveiro se lavar.
Dei mais um tempinho fingindo que procurava algo na minha mochila, que durante a conversa eu tive a brilhante ideia de puxar pro meu colo, até ter condições de sair do vestiário.
Cheguei em casa e me larguei na cama, permitindo que viesse a cabeça todos os pensamentos que eu reprimi no caminho de volta para evitar de ter nova ereção.
E ali estava Lucas, sentado com as pernas abertas enquanto eu o mamava, me colocando sentado no colo dele como ele fazia com as namoradinhas dele no banco do pátio (só que ambos sem roupa) e me beijando carinhosamente enquanto o pau estava todo dentro de mim, ele me prendendo contra a cama de bruços e metendo com força em mim me chamando de putinha, viadinho e vários outros adjetivos. Senti meu corpo se contorcer e explodir num gozo intenso sujando minha barriga, enquanto eu me desfalecia todo.
Levantei e um misto de remorso, vergonha e tesão remanescente tomou conta. Fui pro chuveiro e deixei a água cair limpando meus pensamentos e meu corpo.