O Veneno da Prostituição (1)

Um conto erótico de CarlinhaP
Categoria: Heterossexual
Contém 1465 palavras
Data: 07/09/2021 16:05:15
Última revisão: 08/09/2021 08:56:27

Olá, estou estreando no site!

Por não ser história de ficção, mas sim real, vou me chamar de Carla, 32 anos, branca, rosto retangular, cabelo castanho curtos, olhos esverdeados e lábios bastante atrativos.

Meu corpo tem 1.72 de altura e 60kg, seios pequenos, pernas gostosas, coxas finas e bumbum grande, tatuagens no braço e perna esquerda.

Vida Particular.

Meus registros mostram que eu nasci em São Bernardo do Campo, São Paulo. Antes de ser adotada morei dois anos no abrigo em Diadema, não tenho muitas lembranças, era pequena demais.

A minha história é longa, vai de alegrias, tristezas, brigas, relacionamentos, drogas, prostituição e abusos sexuais.

Sou adotada desde os 5 anos, meus pais adotivos sempre disseram; eu cheguei no abrigo quando tinha só 2 anos. Não conheço e nem quero saber quem são meus pais biológicos, para terem feito isso comigo, não merecem nem compaixão da minha parte.

Desculpem, essa é história real, vou ter que mudar os nomes dos meus pais adotivos, vou chamá-los de Mara e Acácio.

Mara e Acácio são os meus anjos, o casal tentou várias vezes ter filhos biológicos e não conseguiram, fui presenteada como filha adotiva.

Eles me deram todas as condições afetivas e financeiras para que eu pudesse crescer, estudar e viajar. A família em que fui adotada me recebeu de braços abertos.

Desde que fui adotada cresci sendo elogiada por todos e isso mexeu com meu ego.

Aos 9, minha mãe adotiva Mara me colocou numa agência de modelos, eu gostava tanto de tirar fotos, de desfilar e usar roupas diferentes do qual não usava no dia a dia, foi umas das melhores fases da minha vida.

Minha mãe quase sempre me acompanhava nos desfiles ou ensaios fotográficos, mas, às vezes, ela não podia ir. Mãe Mara trabalhava na empresa do meu pai adotivo, para não perder trabalhos, ela deixava ir com a dona da empresa de modelos chamada, Suely.

Não tem aquele ditado: “Quando o dono não cuida das ovelhas, o lobo se aproveita? “

Quando a minha mãe adotiva não podia me acompanhar na agência, o marido desta Suely que se chamava Jorge era o responsável de me levar.

Não a culpo, minha mãe adotiva foi tão inocente quanto eu, este Jorge abusou de mim durante os tempos que modelei para agência, me viu diversas vezes nua, tocou meu corpo, e isso foi a causa de meu comportamento para o futuro.

Jorge tocou no meu corpo muitas vezes, na minha cabeça era normal e não sei porque, acabei gostando.

Quando minha mãe não podia me acompanhar, era ele que me cuidava de mim, Suely, sempre ocupada tinha que cuidar das outras.

Nunca falei isso para ninguém, é um segredo que guardava até o dia de hoje.

Fiquei naquela agência por 2 anos, minha mãe acabou brigando com a Suely e me tirou da agência, acabei me dediquei durante anos somente nos estudos.

Sempre estudei em escolas particulares, eles me deram de tudo e do melhor, para alguém que foi adotado, tive a maior sorte do mundo.

Nesta fase da adolescência é confusa, acho que para todo mundo passa por isto, é a fase das descobertas, dos namoros e do sexo.

A primeira vez que transei na vida, tinha quatorze, foi como colega da 8° série, para mim foi estranho, também o coleguinha era tão cabaço quanto eu.

Depois fui adquirindo experiência com outros carinhas com mais idade, isso é normal com todo mundo.

Nesta fase também começaram as discussões em casa, adolescente e rebelde já pintei meu cabelo de verde, de azul, amarelo e até branco, a maioria dos conflitos foram sempre com meu pai adotivo Acácio.

Ele tinha muito ciúmes de mim, o telefone de casa não parava de tocar por causa dos garotos da época me procuravam direto, e ele ficava bravo demais.

Sempre tratei a palavra sexo com naturalidade, jovem e com corpo bonito chamavam atenção dos homens que cruzavam comigo, cantadas e assovios eram comuns quando estava na rua ou em qualquer lugar público.

Timidez, nunca me definiu, pelo contrário, sempre fui desinibida e extrovertida, cansei de me mostrar nua nos webcams da vida, desde nova gostava que os homens me olhassem sem roupa, mas isso não começou por acaso.

Lembram do Jorge? Ele foi o grande causador quando abusou de mim nos tempos de agência.

Aos 16, voltei a modelar, só que em outra agência de modelos, não queria mais depender do dinheiro dos meus pais adotivos.

Atualmente a Rede Globo está retransmitindo a novela, Verdades Secretas, naquela época, eu revivi tudo o que a personagem principal viveu, além de modelar saí com alguns homens ricos, muitos deles velhos, além de dinheiro, ganhei joias, roupas e sapatos de grifes.

Fiquei nessa dos 16 aos 19 anos, usei diversas drogas e me viciei nela, desesperados, meus pais me internaram clínica de reabilitação, foram 8 longos meses recuperando da química e do vício.

Parei de modelar, de prostituir e usar drogas, levo para minha vida de aprendizado, nem todos conseguem, tomem cuidado.

Aos 20 anos, entrei para a faculdade de turismo, passei boa parte da infância e adolescência conhecendo e viajando para muitos lugares, tanto que queria viver trabalhando e viajando.

Eu e meu pai adotivo não nos entendiam mais, ele não me perdoou por ter usado drogas e também, nunca soube que havia me prostituído um dia, imaginem a sua decepção?

Saí de casa aos 23 anos, fui morar com uma amiga dos tempos da agência, seu nome, Gabriela, ela fazia faculdade de publicidade, vivemos por algum tempo num apertado apartamento no centro de SP.

Durante um tempo me banquei das economias e da ajuda financeira que minha mãe adotiva depositava na conta todo mês.

Raramente visitava meus pais adotivos com medo do meu pai e das discussões que tínhamos, cheguei a ficar 5 meses sem vê-los.

Quando eu consegui estagiar numa empresa de turismo, ganhava bem pouco, mal dava para pagar as contas, tive vasta dificuldade financeira, enquanto minha colega de “apartamento” sempre voltava para casa com coisas bonitas, roupas e sapatos mesmo sabendo que seus pais não tinham muito dinheiro.

Essa minha amiga se chama Gabriela, tínhamos a mesma idade, nos conhecemos na agência bem novinhas. Ela é MG, veio morar em SP para trabalhar e estudar.

Só que ela não trabalhava, vivia andando com roupas de grifes, saia quase todas as noites, sua família não era arrendada, por eu ter feito programa comecei a desconfiar e perguntei; se ela estava fazendo programas?

Sendo minha única amiga, Gabriela confirmou; estava fazendo programas para pagar a faculdade e comprar seu próprio apartamento.

Enquanto eu estava no trabalho, ganhando pouco e estudando muito, pegava transportes públicos lotados, ela andava para cima e para baixo de táxi.

Sem dinheiro suficiente para pagar a faculdade e as contas do apartamento, aquilo estava me deixando desanimada e irritada, cheguei a chorar várias vezes, não queria pedir ajuda aos meus pais adotivos, principalmente meu pai, ele adorava jogar na cara, quando saí de casa ele disse; que eu não duraria 1 ano e voltaria para casa pedindo ajuda.

Mesmo “fodida” da vida, tomei a melhor decisão, não era inédita na minha vida particular, decidi voltar a fazer programa.

Se não fosse pelos abusos sofridos no passado, jamais teria me prostituído, Jorge fez algo mudar no meu comportamento, até com os meus “familiares” sofri abusos sexuais.

Além de Jorge, tenho mais dois abusos sexuais na conta, um “Tio” e um "Primo", o mais velho.

Esses abusos que me fizeram passar de fase, a de perder a pureza, pulei fases da vida que não se recupera jamais.

Quando tinha 12, meu tio abusou de mim na casa de praia dele, não chegou a abusar sexualmente, foram seus toques nos seios ainda em formação e presenciei ele se masturbando na porta do quarto.

Já meu “primo” eu tinha 15, foi na casa dele, chegamos a fazer sexo 3 vezes. Não considero abuso, eu estava afim de transar com ele.

Traumas e abusos que me transformaram em garota de programa aos 16, e depois aos 23 anos.

Por isso mostrar meu corpo nunca foi problema pelo fato de ter sido abusada quando pequena.

Voltei a me prostituir, as finanças foram se normalizando, as dívidas quitadas, a falta do dinheiro foi ficando na lembrança e no esquecimento.

Há 2 anos, pai descobriu que estava fazendo programas, ele teve forte derrame, minha mãe adotiva me culpou, nunca mais quis conversar ou ter contato comigo, e o resto família me desprezou, os únicos ‘parentes’ que ainda se comunicaram comigo foram meu tio e meu primo, por interesses sexuais.

Durante anos escrevi em diários as minhas lembranças, como fez Raquel Pacheco (Bruna Surfistinha).

ATUALMENTE ESTOU APOSENTADA, NÃO FAÇO MAIS PROGRAMAS, ESTOU AQUI APENAS PARA REESCREVER AS MEMÓRIAS ESCRITAS NO MEU DIÁRIO.

Devo continuar?

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 67 estrelas.
Incentive CarlinhaP a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.
Foto de perfil de CarlinhaPCarlinhaPContos: 99Seguidores: 159Seguindo: 0Mensagem Sou a Carla. 32 anos, ex acompanhante de luxo em SP. Quando ainda estava na ativa, escrevi em quatro diários, relatos sexuais com os ex clientes. Minha intenção aqui é só (DIVULGAÇÃO). Para quem nunca saiu com uma profissional do sexo, essa, é a oportunidade de conhecer e aprender sobre o tema sexo pago. Boa leitura.

Comentários

Foto de perfil de Cavaleiro do Oeste (SP)

É, não é fácil e nunca será! Tive muito contato com moças que "alugavam" seus "serviços"... Com algumas fiz amizade, e fora do ambiente poluído e carregado de um prostibulo, ouvi histórias das mais diversas.

A 30, 40 anos atrás, pelos interiores do Brasil, era a moça "perder" a virtude, pra ser chutada de casa. Quantas, por amor, ou inocência, foram pra cama com seus namorados e noivos... engravidaram, e ali celaram seus destinos.

Muitas com quem conversei, haviam sofrido ou ainda sofriam abusos, de todos os tipos.

Aqui no CDC, eu destaco a MannuGP, e a Natália (NatPantera), elas contavam muitas situações...

Enfim, a vida lhe deu limões, e você fez e vem fazendo limonadas... superando e contando suas "aventuras".

Parabéns pela coragem, e siga firme. E sim, você escreve muito bem.

Um beijo moça, do velho cowboy...😘🌹

1 0
Foto de perfil de CarlinhaP

Obrigada pela mensagem, concordo com tudo que você falou. Lerei os contos dessas colegas. Beijos

1 0
Foto de perfil genérica

Parabéns... Aqui Tairone, Rio.

Vou lendo devagar...

Adorei as fotos c.p

0 0
Foto de perfil de Giz

Relato triste, li seu ultimo conto e voltei para ler o primeiro... Sei lá... Muito triste, mas entendo, vou continuar lendo.

0 0
Foto de perfil genérica

Que relato !!

Forte a sua historia rs

Fiquei comovido rss

Desejo só felicidades

Pra vc

Muitoo bom seu relato

Abraços

0 0
Foto de perfil genérica

Deve continuar sim.

Só lamento o q vc passou quando era adolescente.

E seus pais deveriam ter uma mente aberta.

Tem tanta gente de mente fechada q tudo q faz é criticar mais ajudar e a intender eles não querem.

E deve continuar sim a escrever.

0 0
Foto de perfil genérica

Se te fizer bem compartilhar suas histórias aqui com a gente...compartilhe. Adoraremos ler!!!

1 0
Foto de perfil genérica

Boa Carlinha, história forte, e sabemos quantas gostariam de fazer esse, importante relato, praticamente um desabafo. Continue e sucesso ! Vida imensa de amr e paz, beijos voadores em vc inteirinha. mou - misterent@hotmail.com

1 0
Foto de perfil de CarlinhaP

Desabafos são importantes, ou a gente adoece com eles.

0 0
Este comentário não está disponível
Foto de perfil genérica

A história é boa, bem escrita e de cunho interessante, porém se for pra escrever aqui na casa dos contos é melhor que seja mais apimentada, faltou o principal que é o sexo. Nota 9 pela dedicação da autora a escrita.

1 0
Foto de perfil de CarlinhaP

Aos interessados meu e-mail: novaiscarla943@gmail.com

1 0

Listas em que este conto está presente

kkk
cd