MEU LADO HOMOSSEXUAL (1)
O PRIMEIRO
Minha intenção é relatar aqui, um por um (não são muitos), minhas esporádicas incursões fora da linha hétero, que normalmente sigo. Sim, sempre gostei e gosto de mulher. Reminiscências que remontam tempos idos, porém, vêm de vez em quando à tona, trazendo desejos que meus amigos e conhecidos nem suspeitam. Ou seja, eu tenho uma vida dupla.
Hoje tenho 60 anos e o primeiro caso se deu quando eu tinha 30.
Naquela época, havia, na minha cidade, um serviço telefônico chamado 145. Era o chat da época, inclusive usávamos nick.
Todos falavam com todos, e algumas vezes obtive sucesso com mulheres através dessa linha. O que diferenciava quem procurava aventuras homossexuais era o tom de voz. Os que tinham esse tipo de interesse falavam sussurrado.
Pois bem. Numa dessas conversas, numa tarde, uma voz sussurrada se dirigiu a mim. Tentei desconversar. Ele insistia e, como eu tinha tomado algumas cervejas, acabou me fazendo confessar meus desejos escondidos.
— Sou casado — disse ele —, mas gosto de um cuzinho de macho.
Pensei por que não?
Passei meu telefone, conversamos mais um pouco, ele veio ao meu apartamento (eu morava sozinho). Era verão. Ele estava de bermuda e sem camisa. Baixa estatura, entroncado, ele me acompanhou ao quarto e nos deitamos na cama, onde, sem preâmbulos, ficou completamente nu, mostrando um pau de uns 16 centímetros, de pele branca, grossinho, com a glande exposta. Meio sem jeito, segurei. Aquilo era muito duro.
— Vamos tomar banho juntos? — propôs ele.
“Quem está na chuva é pra se molhar”, pensei, ficando também nu.
— Hum... que bundinha... — disse ele, bolinando minhas nádegas enquanto nos dirigíamos ao banheiro. — Esse cuzinho deve ser muito gostoso.
Realmente, minha bunda era (e ainda é) bonita. Tanto que, durante o banho, ele não cessava de apalpar e a esfregar a pica dura. Já totalmente à vontade, e imbuído da missão que me aguardava, eu empinava a bunda, sentia a pica à entrada do meu ânus.
Mas não era a hora. Já que a oportunidade se apresentara, eu queria aproveitá-la ao máximo.
Na cozinha, tomamos cerveja. Então, estando eu sentado, ele aproxima a pica de minha boca, o tipo de gesto que não carece de palavras. Abro a boca, sinto aquele cilindro de carne adentrar e movimentar-se em vaivém entre meus lábios.
Chupar um pau fazia parte de minhas fantasias.
Retornando à cama, ele se deitou, eu me alojei entre suas pernas, pus novamente seu pau na boca e iniciei meu primeiro boquete. Assim como eu havia lido ou vivido, eu engolia toda a pica, até senti-la no limiar da garganta, retirava-se, lambia-a em toda a sua extensão, fazia com a língua o movimento chamado borboleta, tornava a engoli-la.
— Como você chupa bem! — disse ele.
Minha satisfação era grande. Muitas vezes eu imaginara aquele momento. Eu chupava, fazia pausa, brincava delicadamente com seus testículos, tornava a engolir.
— Posso gozar? — perguntou ele, então.
Eu tinha realmente vontade de fazer um macho gozar na minha boca. Tinha curiosidade. Mas, temeroso de que a aventura acabasse por ali, recusei.
Deitando-me de bruços, empinei convidativamente a bunda.
Ansioso por conhecer o mundo que tantos e tantas apreciavam, nem imaginei que o ato pudesse causar dor; afinal, tanta gente gosta...
Mas a dor foi muita, quando, bem posicionada, a pica não encontrou resistência e, abrindo meu ânus, deslizou totalmente para dentro. “Nem parece que é a primeira vez”, comentou ele, enquanto eu gemia, desejando que aquilo terminasse logo. Mas não terminava. Deitando-se sobre mim, ele movimentava o pau, que recolhia em meu cuzinho dolorido todo o prazer que ele tanto apreciava. Eu sentia aquela dureza ir e vir, revolvendo minhas entranhas. Mas a dor não passava.
— Tira, por favor — pedi, por fim. — Tá doendo muito.
— Só mais um pouco — disse ele. — Estou quase gozando.
Ele ia gozar no meu cuzinho, assim como eu tantas vezes havia gozado em outros. Eu conhecia a sensação maravilhosa. Por isso aguentei. Quando, enfim, ele ejaculou, a dor aumentou, pois, nesse momento, o pênis incha ainda mais; gemi, gemi, até que o pau se retirou, causando a impressão de que eu estava defecando. Mas o alívio foi grande.
“Pronto, Ronaldo”, pensei, “você acaba de dar o cu.”
— Gostou? — perguntou ele, como se me tivesse feito algum favor.
O que, em parte, era verdade. Afinal, ele era o instrumento da realização dos meus desejos.
— Ainda não avaliei se gostei ou não — respondi, sentindo o ânus latejar para se recompor do ataque sofrido.
— Outro dia te ligo pra gente repetir a dose — disse ele na despedida.
Realmente ligou, mas recusei, pois já tinha realizado a minha fantasia. Depois me arrependi, mas não sabia seu número.
Este relato foi revisado por Érika. Leia seus livros, assinados por L. Nobling, seguindo este link:
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