Ma Petite Princesse - 2a Temporada - XII

Um conto erótico de Ana_Escritora
Categoria: Heterossexual
Contém 9347 palavras
Data: 18/09/2021 21:20:45
Última revisão: 05/11/2024 14:31:58

Sinopse: Muito amor, carinho e crise de ciúmes no dia seguinte da festa.

Após os resultados da prova, Nívea e Melissa vão passar o fim de semana junto dos amigos de escola da nossa princesa. No entanto, um flagra no meio da madrugada deixará as duas amigas em choque revelando que nem tudo é o que parece em termos de pessoas e segredos.

****

Ainda era madrugada quando abri os olhos lentamente e percebi que estava deitada em cima do peitoral do Eric, que subia e descia, por causa da sua respiração pesada. Ele parecia dormir profundamente quando virei meu rosto na direção do seu e fiquei ali admirando o semblante tranquilo. Sua mão estava repousada no meio das minhas costas como se estivesse acariciado por horas. Dei um sorriso ao encará-lo e comecei a passear o meu dedo indicador bem devagar pelo seu rosto e os pêlos da barba que eu tanto amava, até chegar aos lábios.

Sem que eu esperasse, Eric suspirou e pegou na minha mão, me dando vários selinhos no dedo.

- Não queria te acordar... - falei baixinho.

- Tudo bem... - e continuou a beijar o meu dedo e os outros, ainda de olhos fechados - Eu não fiz o que você me pediu...

- O quê?

- Fazer amor com você a noite inteira - e se virou pra mim me olhando nos olhos - Me perdoa...

- Eu dormi também. - sorri, sentindo sua mão acariciar a minha e a levou até a sua boca, deixando um beijo na palma - Você pode continuar dormindo se quiser. Deve estar cansado...

- O dia de sábado também foi de trabalho - mesmo deitado, ajeitou melhor o corpo no travesseiro e me deixou deitada por cima.

- Entendi. Mas você teve a companhia de uma certa coelha cor de rosa - brinquei e ele riu. Deus, como poderia ser tão lindo?

- Pois é, e como eu sabia que você viria eu guardei o seu presente no guarda-roupa. Não seria decente a coelhinha presenciar certas cenas - ri em seguida, mesmo sendo uma piada tão bobinha.

Ficamos nos olhando por vários minutos com uma das mãos dele passeando pela minha coluna e a outra acariciando o meu rosto, levando uma mecha do meu cabelo para trás da orelha.

- Vai ficar chateado comigo se eu te pedir uma coisa?

- Me pedir o quê?

- Me fala mais sobre ela...

- O que você quer saber?

- Vocês se encontram todo dia?

- Ela é a minha chefe, então... Sim.

- Hum... - deitei a cabeça de volta no seu peito - Ela é uma chefe legal?

- Muito. Bastante dedicada com o trabalho e os alunos a adoram.

- Ah...

Fiquei em silêncio, pensando no que Eric tinha me respondido e um pouco confusa com a tranquilidade dele. Se ele estava tranquilo, então era tudo verdade.

- Ela tem muita vontade de te conhecer, sabia? Mostrei uma foto sua e te achou linda.

- Hã? - me virei rapidamente, me apoiando com as mãos no seu tórax e fiquei sentada entre as suas pernas - Ela sabe?

- Sim, ma petite... - ele então se sentou - Se eu comecei a trabalhar no seu colégio foi graças à ela, que indicou o meu nome para a Jacqueline.

- É mesmo?

- Uhum.

- E como ela reagiu quando você contou sobre nós dois?

- Ficou indignada, achando que eu era um louco por você ser uma adolescente. Mas guardou o segredo. Guarda até hoje.

- Então ela é de confiança...

- Totalmente.

Abaixei a cabeça, pensativa. Não podia agir feito criança e proibir a amizade dele com uma mulher da mesma idade. Mas era um pouco estranho saber que eles tinham uma relação tão íntima.

- Conta pra mim, o que a sua mãe te disse exatamente?

- Disse que ela era linda, de cabelos loiros e curtos e muito simpática. Achou que eram namorados, mesmo vocês dois negando pra ela.

- É o que todos pensam lá no campus. O que não é verdade.

- E você não liga?

- Tenho coisas mais importantes para me preocupar do que com boatos de gente fofoqueira.

- Entendi - dei um sorriso de canto.

- Acredita em mim ou em fofocas?

- Claro que é em você...

- Que bom.

- Eu não sei se quero conhecer ela.

- Não podemos mais agir como se a minha chefe não existisse, Nívea. A Luciana é minha amiga e eu gostaria sim que se conhecessem. Eu sou muito grato à ela pela estabilidade profissional que eu conquistei nesses anos todos.

- Fico feliz.

- Olha, vamos combinar uma coisa? Não vou forçar uma situação para que vocês duas se conheçam mas eu quero que você saiba que a Luciana é uma pessoa muito especial pra mim. A considero como se fosse uma irmã.

- Tá bom.

- E sendo uma irmã, não existe razão para que eu me envolva com ela.

Senti meu coração acelerar com aquela frase e sorri aliviada. Eu precisava de uma vez por todas parar com aquela desconfiança estúpida em relação a ele ou então iria enlouquecer.

- Me desculpa, Eric - me aproximei lhe dando um abraço e ele correspondeu - É que foi tudo muito inesperado pra mim.

- Eu entendo... A euforia da sua mãe contando tudo, te assustou. Normal.

Ficamos abraçados por longos minutos com a minha cabeça apoiada no seu ombro e suas mãos me acariciando e me tocando com carinho. Senti a ponta do seu membro encostar por entre as minhas pernas e mordi o lábio com a reação gostosa que isso causou.

- Vem, vamos continuar de onde paramos... - ele sugeriu em um sussurro, aproximando mais nossos corpos e o pegando para enfiar dentro de mim.

- Não! - me afastei dele, empurrando pelo ombro - Quero de outro jeito! - E me virei, começando a engatinhar pela cama, ficando de quatro e me apoiando na grade do lado da ponta.

Eric começou a rir e veio na minha direção, ficando por cima do meu corpo, enfiando o seu rosto entre o meu pescoço e o ombro, sentindo o meu perfume misturado com o suor.

- Empina esse bumbum gostoso pra mim, vai... - sussurrou no meu ouvido e obedeci na mesma hora.

Me agarrou pela cintura com uma das mãos e a outra colocou a ponta do seu membro na minha entradinha molhada, começando a roçar, me deixando com as pernas bambas.

Encostei minha cabeça no seu ombro esquerdo para me apoiar e sua boca sugava e lambia o meu rosto, buscando pelos meus lábios e eu me virei, nos unindo um beijo quente.

Eu pertencia a ele de todas as formas e o ritmo de vai e vem do seu corpo sob o meu era a prova. Sentia minha buceta molhar, latejar e rebolava meu bumbum ainda mais querendo que ele não parasse, com as mãos retorcendo o lençol.

Suas mãos passearam pelo meu corpo e agarraram os meus seios, deixando os meus quadris livres para continuar sentindo o quanto ele estava enlouquecendo de tesão dentro de mim. Seus gemidos roucos perto do meu ouvido e os meus mais tímidos eram o nosso amor em forma de som, rs. Se eu tivesse o poder de fazer um pedido dos três, ao gênio da lâmpada, pediria que todas as madrugadas em que fazíamos amor não terminassem nunca!

- Promete que vai me amar assim pra sempre? Aaah... - pedi a ele, após morder o meu lábio.

- Pra sempre, ma petite...

Sorri ao ouvir e senti que o gozo estava próximo.

- Eric... - Sussurrei seu nome baixinho, mordendo o meu lábio com mais força e minha parte de dentro das coxas começaram a latejar até a virilha - Aaahhh... - Rebolei mais rápido e uma das suas mãos pousou no meu ventre, me deixando mais confortável e gozei gostoso sentindo minha buceta apertar seu membro com mais força. Eric não se segurou por muito tempo, bombando rápido e gozando dentro de mim.

Caí na cama e seu corpo se juntou ao meu, esgotado. Meu coração parecia que iria saltar para fora do meu peito e senti sua respiração quente pelo meu ombro seguido de pequenos beijos na minha pele úmida.

- Que tal todos os dias? - falei brincando, após recuperar um pouco do fôlego.

- Era o que eu mais queria na vida, ma princesse...

Virei meu corpo, Eric se afastou um pouco apoiando a mão na cama e ainda respirando com dificuldade, não deixou de me admirar, voltando a se aproximar e beijar cada pedacinho dos meus lábios como se estivesse provando, enfiando suas mãos pelos meus cabelos.

Dei um abraço pelo pescoço, unindo minha boca e a dele em um beijo com muito desejo e circulei minhas pernas na sua cintura, com as suas mãos me agarrando pelas coxas no que ele me ajeitou e me deixou mais à vontade. Apenas relaxei e senti que ele ainda estava excitado se esfregando de leve onde eu ainda estava sensível pelo orgasmo de minutos atrás.

- Você quer de novo, prince?

- Foi você quem pediu a noite toda enquanto quicava no meu pau... Pra mim não existe cansaço quando se trata de amar o seu corpo.

Sorri, olhando naquele azul lindo que só os olhos deles tinham e lhe dei um selinho apertado.

- Eu não sou nenhum maníaco pra te forçar... Se você não quiser, nós paramos. Mas vai dormir comigo de conchinha - ele pediu e nós rimos.

- Eu durmo. Se enfiar de novo com força.

- Shiiuu - ele pousou o dedo indicador nos meus lábios - Não me pede isso... Você sabe que eu tenho pavor de te machucar...

- Mas eu gosto... Você se enfiou em mim assim na primeira vez.

- Foi pra doer de uma vez só.

- E depois eu gostei.

- Gostou e virou uma danadinha, se livrando do uniforme todas as vezes que entrava no meu carro.

- Sinto saudades dos nossos encontros. Mas já me acostumei.

- Eu também sinto, ma petite.

- Lembrei de uma coisa...

- Lembrou do quê? - empurrei seus ombros e ele se sentou, me puxando pela mão ficando de frente um para o outro.

- Se estamos falando dos nossos amigos, é bom você saber logo...

- Sobre? - questionou, passando a ponta dos dedos pelo meu rosto.

- Semana que vem.

- O quê tem semana que vem?

- O Frederik me convidou para passar o final de semana na casa dele. Na verdade, convidou a mim e a Melissa.

Eric permaneceu calado, continuando a me olhar e processando tudo o que tinha ouvido. Sabia do ciúme dele em relação ao meu amigo mas seria pior se eu escondesse dele o convite.

- E vocês aceitaram ir?

- A gente já tinha combinado desde o início das aulas conhecer o condomínio onde ele, a Gabi e o Patrick moram mas aí na festa, os pais dele reforçaram o convite e eu não tive como dizer não. Eles adoraram conhecer a Meli! Vamos na sexta-feira saindo direto do colégio.

- Legal.

- Você fica chateado se eu for?

- Não, ma petite... São os seus amigos. Você volta pra casa no domingo?

- Que tal no sábado, no início da noite?

- Melhor ainda. - nós dois sorrimos e nos abraçamos.

Me agarrei nele, sentando no seu colo e peguei no seu membro, encaixando em mim. Mordi o lábio, começando a rebolar e inclinei meu pescoço todo para trás ao me sentir invadida.

- Olha pra mim, Nívea... - ele me pediu em um sussurro, com as mãos agarradas no meu bumbum e o encarei com os olhos embaçados e as minhas mãos nos seus ombros.

Ele sorriu de um jeito sacana e sua boca escorregou pelo meu colo, engolindo um dos meus seios e senti sua língua circular pelo meu bico, fazendo o meu corpo inclinar para trás, me arrancando um gemido no instante em que o outro seio foi abocanhado.

- Ah, Eric...

A sensação gostosa tomava conta do meu corpo e rebolei mais rápido querendo chegar ao céu. Eric me agarrou, deitando o meu corpo na cama, ficando por cima e abriu mais as minhas pernas se enfiando em mim o quanto podia.

Me agarrei no lençol quando senti minha buceta apertar com mais força, minhas pernas tremerem e o néctar quente escorrer, melando o Eric, que gozou poucos segundos depois, jogando o seu corpo por cima do meu e ainda sendo um só pois o sentia dentro de mim.

Era amor. Nada mais além disso.

***

Senti as mãos dele envolverem a minha cintura enquanto estava deitada e o cheiro de sabonete líquido neutro invadiu o meu nariz, me fazendo despertar.

- Bonjour, ma petite...

- Bonjour... Que horas são?

- Quase oito da manhã... - o seu corpo estava gelado por causa do banho e ele se encaixou no meu em forma de conchinha com beijos no meu pescoço, junto do seu membro se esfregando no meu bumbum, mesmo enrolado com a toalha.

- Tenho que voltar pra casa... - falei com a voz sonolenta.

- Eu sei, mas ainda tá cedo... - e me agarrou com mais força.

- Deixei o meu celular na bolsa da minha mãe. Não acredito nisso! - enfiei a cara no travesseiro, me lembrando de algo tão estúpido e ele riu - Espero que ela esteja dormindo...

- Deve estar... Eu ligo pro Felipe, peço pra ele ligar pra sua mãe e depois passar aqui pra te buscar.

- Tá bom.

Me virei e sorri. Seus cabelos curtos e a barba estavam úmidos por causa do banho e então ele me roubou um selinho lento e apertado me fazendo sentir o seu hálito com gosto de menta.

- Quer tomar café? Comprei aquele iogurte que você gosta.

- Quero.

Além de todos esse mimos com gestos tão simples, algumas roupas minhas ficavam em uma gaveta do guarda roupa do Eric. A maioria delas eram camisolas e peças íntimas como tinham também acessórios e produtos de higiene que ficavam no banheiro. Éramos um casal que estava passando por um grau de intimidade maior nestes pequenos detalhes.

Eric se levantou da cama e foi até o guarda-roupa, tirando a toalha e ficando completamente nu. Um ano juntos desde o nosso primeiro beijo e eu ainda ficava vermelha em vê-lo daquele jeito. O corpo tão perfeito e eu me questionava como fazia para mantê-lo em forma. Ele deveria acordar mais cedo do que eu imaginava, para se exercitar principalmente agora trabalhando no turno da noite.

Me levantei da cama, indo para o chuveiro e vi mais uma vez, mesmo já acostumada, a pilha de provas em cima da sua mesa que desta vez estava maior chamando a minha atenção.

- Eric... - parei e o vi terminando de se trocar.

- Oi.

- Pra mim você vai contar, não é?

- O quê?

- A minha nota na sua prova.

- Amanhã, ma petite... As provas da sua turma estão bem guardadas. Levantei mais cedo e escondi antes de ir pro banho.

- Poxa... Só a minha, Eric. Prometo não contar pra ninguém...

Ele se virou, seus olhos encararam o meu corpo nu de cima a baixo e o seu rosto perfeito mudou de expressão com aquela visão fazendo-o respirar fundo.

- O que foi? - perguntei, mesmo sabendo o motivo dele ter ficado sério.

- Nada... - e continuou a me olhar.

- Não vai mesmo me contar?

Ele se aproximou de mim, pegando carinhosamente no meu rosto com as duas mãos e me beijou. Minhas pernas perderam força, me sentindo molhada entre elas, como todas as vezes em que me beijava e segurei nos seus dois pulsos correspondendo ao gesto. Senti o meu lábio inferior sendo puxado de leve junto de um selinho.

- Você se saiu bem... - ele me olhava com ternura.

- Sério?

- Minha melhor aluna, por que seria diferente?

- O quanto eu me saí bem?

- Só amanhã. Vou esperar você tomar banho enquanto eu preparo o café - E se afastou indo na direção do guarda-roupa.

- Tá, não vou insistir - Fechei a cara e abaixei o olhar - Vou esperar amanhã... Quando estiver sentada no fundo da sala, do lado meu melhor amigo! - E saí correndo em disparada pelo corredor. Percebi os passos firmes dele atrás de mim, mas eu fui mais rápida e consegui trancar a porta do banheiro, caindo na gargalhada.

- Abre a porta, Nívea! - ouvi a voz dele do outro lado e sacudindo com força pois era sanfonada.

- E se eu não abrir?

- Se eu entrar naquela sala amanhã e ver você sentada do lado dele, os dois levam um zero, ouviu bem?

- Você não vai ter coragem! - falei provocando.

- Vai duvidar de mim? Lembra do que aconteceu no Carnaval, não lembra mocinha?

Arregalei os olhos lembrando do desafio que ele tinha aceito e por eu ter duvidado, fui parar no carro dele, ficando de quatro em pleno sábado de Carnaval.

No exato instante em que destranquei a porta, dou de cara com o Eric novamente nu e nem tive tempo de pensar pois suas mãos me empurraram pelo ombro, na direção do box.

- Entra no chuveiro! - ordenou me fazendo recuar para trás.

- Espera aí!

- Entra! - repetiu a ordem, tropecei ao chegar na porta de vidro do box e ele a abriu sem cerimônias, me colocando debaixo do chuveiro. A adrenalina do momento com a água gelada que caiu no meu corpo sem dó, arrepiou cada parte da minha pele.

- Eric, para! - reclamei em meio à água que eu engolia mas sem me afogar - Eu não vou mais te provocar!

- Devia ter pensado nisso antes! Agora ajoelha!

- Hã???

- Fica de joelhos pra mim! - me empurrou para baixo e pegou no seu membro já rigido, enfiando na minha boca.

Ajoelhada, consegui me apoiar com as mãos nas suas coxas e comecei a chupá-lo, sentindo a água cair. Era gostoso e eu fazia com muito mais vontade. Senti a sua mão enfiada nos meus cabelos, fazendo o vai e vem com a minha cabeça mas sem ser bruto para não me fazer me engasgar.

- Quando eu falar pra você abrir a porta, é pra você abrir a porta, entendeu bem? Isso... Chupa bem gostoso...

Minha buceta começou a molhar e pulsar sem controle e levantei o bumbum para provocá-lo ainda mais. Eu ficava ainda mais excitada vendo o Eric completamente descontrolado, após uma provocação de ciúmes. Em meio às sugadas, eu massageava sua virilha e ele gemia feito um louco.

- Tira a boca! - ergueu o meu queixo em um leve aperto, me fazendo desgrudar a boca do seu membro, no que eu soltei ainda ficando na direção dele.

Depois de fechar o chuveiro, Eric manteve uma das mãos apertando as minhas bochechas, me deixando de boca aberta e com a outra ele começou a punhetar rapidamente, até o seu gozo jorrar para dentro dela, indo parar direto na minha garganta.

- Não cospe! - fechou os meus lábios e engoli tudo de olhos fechados, limpando algumas gotas com a ponta da língua - Isso, boa menina... - e sorriu debochado pra mim.

Me sentei no chão molhado, excitada e rindo da provocação que havia feito. Eric se sentou de frente pra mim e fui para o seu colo. Com os nossos corpos molhados, o agarrei pelo pescoço e lhe dei um beijo apaixonado, sentindo as suas mãos apertando a minha cintura.

- Vou sentar no meu lugar de sempre - respondi ainda buscando fôlego - Prometo.

- Eu espero que sim. Sempre pertinho de mim.

***

Faltavam dez minutos para que a aula dele começasse. Eu e os meus três amigos estávamos voltando para a sala após o intervalo e eu nunca conseguiria controlar o frio na barriga todas as vezes em que eu estava prestes a dar de cara com ele, sentado na mesa, aguardando pelo restante dos alunos e o toque do sinal, indicando o início de mais uma aula. Mas era um frio bom, mesmo sabendo que o resultado da prova ele divulgaria em poucos minutos.

Eu e a Gabriele andamos na frente enquanto Frederik e Patrick vinham logo atrás de nós. Chegando na porta, ele já estava na sala, com o envelope em cima da mesa e sentado tranquilamente anotando alguma coisa.

- Bon après-midi, professeur! - Gabriele o cumprimentou sorridente ao entrar o que fez meu friozinho diminuir um pouco, mesmo vendo ele tão sério.

- Bon après-midi les enfants ! - ele olhou na nossa direção após responder e eu apenas sorri, desviando o olhar e indo sentar no meu lugar.

Desde as primeiras aulas, Frederik e Patrick deixaram o fundo da sala para se sentarem logo atrás de nós duas, o que fez com eles ficassem mais atentos às aulas. Isso resultou em melhores notas nas provas das disciplinas da manhã mas a nota da prova do Eric estava sendo a mais aguardada do dia, principalmente após ele ter mudado com a turma.

Guardei minha bolsinha e o celular na mochila e peguei o livro de Literatura com algumas folhas de fichário, tirando o meu estojo debaixo do compartimento da mesa. Olhei para o quadro e o Période Réaliste estava escrito, sendo então a fase literária que iríamos estudar a partir daquele dia.

- Acha que se saiu bem? - perguntei baixinho à minha amiga sentada do meu lado - Que tirou uma boa nota?

- Acho que sim, Nívea. Tá nervosa com o resultado?

- Um pouco...

- Você tirou boas notas em Geografia e História, vai se sair bem em Literatura.

- Eu espero que sim.

Quase todos os alunos já estavam presentes e não tinha outro jeito a não ser esperar. Abri o livro para tentar me distrair e li um parágrafo sobre o autor Honoré de Balzac, escritor francês representante do Período Realista.

O sinal finalmente tocou e Eric se levantou para fechar a porta da sala, voltando para a mesa e abrir o envelope com as provas. Fechei o meu livro pois tentar me concentrar na leitura era inútil diante da expectativa pela nota.

- Bien, je crois que vous êtes tous curieux de savoir si vous avez bien réussi le test - falou calmamente enquanto tirava o bloco de folhas, colocando-o na mesa.

(Bom, eu acho que todos estão curiosos para saber se foram bem ou não na prova)

- Vous pouvez dire que j'ai eu un 10, monsieur ! - Patrick brincou sentado atrás de mim e todos na sala riram.

(Pode falar a minha nota dez, professor!)

- Vous l'avez très bien fait, monsieur Fernandes, mais vous n'avez pas eu le 10. Désolé. Néanmoins, les deux premières notes ont été une égalité et j'étais surprise avec l'une d'elles.

(Você se saiu muito bem, senhor Fernandes mas não alcançou o dez. Lamento. No entanto, as duas maiores notas empataram e fiquei surpreso com uma delas. )

Eric olhava na direção de nós quatro e eu não sabia dizer à quem ele se referia sobre se surpreender com essa melhor nota. Poderia ser a Gabi já que ela pertencia ao fã-clube dele de alunas apaixonadas e, com isso, ter estudado bastante apenas para impressioná-lo.

Ele estava com duas provas em mãos e continuava a nos encarar. Se aproximou de onde estávamos sentados e entregou a prova nas mãos do Frederik, que o olhou sem entender e me fez virar o rosto da direção dele.

- Félicitations, monsieur Bertrand !

(Meus Parabéns, senhor Bertrand!)

Frederik olhava a primeira folha totalmente paralisado, como se não acreditasse no que estava vendo.

- 9,8? - ele questionou olhando para a prova e para o Eric ao mesmo tempo.

- Tout à fait. Vous avez fait un excellent test.

(Exato. Você fez uma excelente prova.)

Patrick começou a sacudir o corpo dele, lhe dando tapinhas nas costas em forma de parabéns enquanto que eu e a Gabriele sorríamos com algo tão inesperado. Frederik era um aluno inteligente mas tirar uma média tão alta como aquela foi uma surpresa enorme, principalmente pelo fato de ele não ter o Eric como um dos seus professores favoritos. Por mais que ele tenha mudado sua postura em sala de aula para melhor, o representante de turma não acreditava tanto naquela mudança.

- Félicitations Frederik! - sorri lhe dando um aperto de mão.

- Merci, Nívea.

- Mademoiselle Martin ? - me virei para frente na mesma hora em que ouvi ele chamar o meu nome - Pourriez-vous venir à ma table ?

(Poderia vir até a minha mesa?)

- Bien sûr ! - afastei a cadeira, me levantando da mesa e fui até ele que me olhava nos olhos e mesmo usando óculos, seu olhar estava diferente. Mas eu sabia o motivo.

- Félicitations ! - e entregou a minha prova no instante que me aproximei -

Comme d'habitude, une élève exceptionnelle.

(Como sempre, uma excelente aluna.)

Minha reação fora idêntica a do Frederik pois no alto da primeira folha havia também um 9,8. Não consegui sair do lugar ao ler aquele resultado em meio ao piscar devagar dos meus olhos.

- Vous pouvez revenir à votre place...

- Quoi ? - voltei a encará-lo - Ah oui... D'accord. Merci ! - sorri sem graça.

(Já pode voltar para o seu lugar...)

(O quê? Ah sim... Claro. Obrigada.)

Voltei para a minha mesa com o meus olhos fixados na direção da nota e me sentei colocando a prova bem na minha frente. Movida pela curiosidade, Gabriele se aproximou e ficou de boca aberta ao ver o meu resultado.

- Eu disse que você ia se dar bem! - falou baixinho e me abraçou de lado.

- É...

Um misto de alegria e alívio tomava conta de mim. Sorria enquanto folheava as seis folhas da prova e via todas as questões corrigidas com o sinal de positivo em cada uma delas. Só fiquei sem entender o motivo de um 9,8 e não um 10.

Olhei para o Eric que distribuía as provas para cada aluno conforme ele chamava pelo nome e ao corresponder à nossa troca de olhares, um sorriso discreto apareceu no seu rosto com o seu olhar voltando para a prova seguinte chamando pelo próximo aluno. Após terminar de distribuir, finalmente a aula começava.

No decorrer da semana, montei a bagagem de tamanho médio com mudas de roupas, biquínis, acessórios de higiene, roupas íntimas e um par de chinelos. Evandro levou para a casa do Frederik a minha bolsa e a da Melissa com os nossos pertences pois na sexta-feira eu não voltaria para casa. E como sempre, minhas notas foram excelentes o que facilitou ainda mais a permissão dos meus pais sobre a minha ida para a casa do meu amigo.

A filial da clínica começou a funcionar normalmente e se tornando alvo da curiosidade dos estudantes universitários e pessoas que passavam em frente. Com isso, a rotina de atendimentos da minha mãe mudou um pouco precisando dividir seu tempo entre ficar de manhã na matriz e de tarde na filial. Mas o jantar entre nós três em casa continuou sendo regra com ela contando para mim e o meu pai sobre a rotina na filial.

A presença da Gabriele na festa fez bem para ela. Durante a comemoração, a minha amiga não deu entrevista mas aceitou posar para fotos ao lado das duas anfitriãs. O site de beleza que cobriu a inauguração destacou a ida da filha dos jornalistas famosos e, durante a semana, tanto o Instagram da clínica como o perfil da Gabi ganharam mais seguidores. De sete pulou para vinte mil em poucos dias. Mesmo assim, ela não se deixou deslumbrar e continuou normalmente a sua rotina de colégio e preparar material para seus vídeos de maquiagem.

***

- Melissa, pelo amor de Deus, você se comporta! - Dona Cecília orientava a filha depois das várias recomendações.

- Tá bom, mãe - ela revirava os olhos - Você já falou isso umas cem mil vezes desde que me deixou ir!

- E falo mais cem mil se precisar! Eu saí do Fórum hoje mais cedo só pra isso, pra te ver indo com a Nívea.

A cena entre mãe e filha era observada por nós quatro e o Evandro na portaria do prédio após o último dia de aula da semana.

- Muito obrigada, Senhor Evandro. Se ela não se comportar dentro do carro, pode chamar a atenção dela.

- Tenho certeza de que não terei problemas.

- Tchau, mãe! - a ruiva lhe deu um beijo no rosto - A gente já pode ir.

- Tchau e já sabe.

Nos despedimos e entramos todos de volta no carro. Melissa se sentou no meu colo no banco de trás, os dois irmãos se sentaram como sempre faziam todos os dias e Frederik no banco da frente. Evandro deu partida no carro e seguiu para casa.

- Nem acredito que esse dia chegou! - ela comentava sentada de lado em cima das minhas coxas com o celular na mão. Seus cabelos ruivos e úmidos recém saídos do banho tinham um cheiro delicioso de morango.

- Vocês vão gostar de lá! - Patrick comentava com os olhos no seu game portátil enquanto que a irmã estava sentada do meu lado com a cabeça recostada no assento.

- Vamos fazer o que hoje de noite, Frederik? - perguntei por curiosidade.

- Então... - ele se virou para mim - Hoje todo mundo se reúne no bosque. A gente fica lá conversando de bobeira, jogando uno, essas coisas... Aí depois, na hora de subirmos de volta pra casa, lá pelas dez ou onze da noite geralmente eu peço uma pizza e eles entregam.

- Já gostei! - Melissa sorriu com os olhos na tela do celular.

- Legal.

O caminho da minha casa até onde eles moravam durou um pouco mais de meia hora e conversas sobre o colégio e outros assuntos serviam para nos distrair.

Quando chegamos, eu e a Melissa ficamos impressionadas com o local enquanto que os nossos amigos não demonstravam nenhuma reação. Havia um carro de Polícia parado na entrada. Entramos no condomínio após o Evandro se identificar e então tudo aquilo que eles sempre me falavam, estava se confirmando diante dos meus olhos: o lugar era gigante!

Além de prédios, haviam também casas enormes conforme o carro avançava por uma pequena avenida cortando o que achei que era um pequeno bairro, dentro de outro bairro.

- Meu Deus...

- Gostaram? - Frederik sorriu - Isso porque está anoitecendo, de dia é mais bonito.

- Nossa... Se não tiver atenção, dá pra se perder aqui dentro.

- É verdade. - Gabriele afirmou - Vocês que são visitantes não podem ficar sozinhas aqui não.

Evandro parou o carro em frente ao prédio onde os dois irmãos moravam, tirando o seu o cinto de segurança, saindo em seguida, indo em direção ao porta-malas onde deixamos as nossas mochilas.

- Que horas hoje lá no bosque, Frederik? - Patrick perguntou antes de soltar.

- Lá pelas sete e meia. Se a Nívea não demorar muito trocando de roupa - ele brincou, piscando o olho pra mim me fazendo sorrir.

- Valeu, então. - ele saiu do carro, pegando a sua mochila com o motorista.

- Tchau, meninas! - Gabriele deu um beijo no rosto em nós duas - Até daqui a pouco. Tenho certeza de que vão se divertir.

- Tchau! - eu e a Melissa falamos quase que juntas, vendo ela soltar do carro, também pegando a mochila e então nos sentamos mais a vontade, observando os dois entrarem no prédio, após a porta de vidro na cor marrom abrir automaticamente mostrando uma portaria gigantesca.

- Vocês sabem que eles moram na cobertura, não é? - Frederik se virou para nós questionando e Evandro entrou no carro, seguindo condomínio adentro.

- Sendo filhos de quem eles são, normal. - Melissa deu de ombros, sentada do meu lado.

- Você também mora não é? - questionei à ele.

- Sim e é mais bonita do que a deles - e começou a rir.

Pouco mais de alguns minutos e finalmente saímos do carro, Evandro entregou as nossas mochilas e entramos no prédio onde ele morava.

A portaria não era tão diferente quanto a dos irmãos. A porta de entrada da mesma cor se abriu automaticamente e entramos onde um porteiro muito simpático nos cumprimentou de onde estava, no que parecia uma recepção. As paredes eram todas em mármore e o lustre no alto com a luz amarela iluminava o local. Do outro lado, tinham dois sofás de dois lugares, cujo espelho na parede estava acima de um deles e um tapete macio decoravam o lugar.

Haviam três elevadores sendo que um era diferente dos outros dois.

- Esse elevador aqui vai direto lá pra casa - Frederik nos explicou assim que entramos.

- Sério?

- Uhum.

No instante em que a porta se abriu, saímos direto na sala que deveria ser do tamanho do meu apartamento.

- Norma, chegamos!!!! - ele falou em um tom de voz elevado e o Evandro foi direto pra cozinha. Parecia que ele tinha acesso livre pela casa inteira.

Do meu lado direito havia a mesa de jantar perto da parede mas que dava acesso à todas as cadeiras. Logo em seguida, o corredor enorme onde deveriam estar os quartos e banheiros. No centro do cômodo, estavam os sofás de cor cinza e na parede de frente uma televisão enorme grudada. Haviam alguns outros móveis, objetos de artes e muitos mas muitos livros espalhados em pilhas que davam um toque diferente na decoração. Mas o que realmente me chamou a atenção foi a piscina do lado de fora na varanda e o espaço enorme que ela possuía.

- Ah, que bom que chegaram! Estava esperando por vocês! - uma senhora muito simpática e sorridente saindo da cozinha veio nos cumprimentar.

- Então meninas, essa é a Norma. - ele nos apresentou.

Norma era uma senhora mais ou menos da minha altura com os cabelos castanhos e curtos com alguns fios brancos.

- Oi, muito prazer.

- Meu Deus Frederik, ela é muito mais linda pessoalmente! - comentou, olhando pra mim e pra ele fazendo-o ficar vermelho de vergonha - Meu menino fala tanto de você, estava muito curiosa em conhecê-la!

- Norma! - ele repreendeu com os olhos - Vai deixar a Nívea sem graça!

- Desculpe, não é a minha intenção.

- Tudo bem. - falei deixando a mais tranquila - Sem problemas.

Frederik apresentou a Melissa a ela e a simpatia natural que demonstrava contagiou nós duas.

- Eu e a Nívea estávamos morrendo de vontade de vir aqui passar o fim de semana, Dona Norma. E aqui estamos. - Melissa como sempre tomando conta das situações.

- Fiquem à vontade! O quarto de hóspedes já está arrumado com as suas bolsas esperando por vocês. Frederik, acompanhe as meninas até o quarto. A Nívea deve estar cansada.

- Um pouco. Só preciso de um banho.

- Vou sim. E os meus pais?

- Seu pai telefonou agora pouco dizendo que já está chegando e sua mãe você sabe né?

- Ainda na Editora... Tá bom. - ele se conformou - Vem, vou levar vocês para o quarto.

- Se precisarem de alguma coisa, falem comigo, certo?

- Tudo bem Dona Norma, obrigada! - agradeci e segui o Frederik já parado na entrada do corredor.

O corredor que dava acesso aos quartos era maior do que aquele de onde eu e a Melissa morávamos. Nas paredes, mais uma vez, vários livros em prateleiras nos dois lados.

- Caramba, quantos livros!

- É, Melissa. Esse é o trabalho da minha mãe.

- Ela é escritora?

- Quase isso - ele comentou enquanto andávamos e então chegamos ao nosso quarto. - Até amanhã ele pertence a vocês - Ele girou a maçaneta e entramos.

O quarto estava limpo, arrumado e com um perfume delicioso de flores. As nossas bolsas estavam cada uma nas duas camas de solteiro, cobertas em dois edredons cor de rosa. De frente para as camas não havia um guarda-roupa e sim um gaveteiro com cinco gavetas e na parede um espelho. Em cima do móvel, mais alguns livros de escritores brasileiros e de outros países. Além do ar condicionado na parte de cima da janela que tinha vista para a varanda.

- A Norma e a Dona Dulce, que trabalha aqui em casa, arrumaram tudo pensando em vocês - Frederik comentou e sorriu enquanto eu e a minha amiga nos sentávamos em nossas camas onde finalmente soltei a minha mochila e tirei meus sapatos

- Nossa, Frederik. Muito obrigada. Foi muito gentil.

- O quarto é muito legal! - Melissa se livrou da sandália e se sentou na cama do lado da minha em posição borboleta.

- Quantos quartos tem na casa?

- Ao todo são cinco. O meu, dos meus pais, o da Norma já que ela mora com a gente, este de hóspedes e o quinto o meu pai montou o escritório dele.

- E ali é o banheiro? - perguntei apontando pra porta do lado do gaveteiro.

- Isso, também é de vocês.

- Tá bom. Eu vou tomar um banho agora - sentada na cama, o cansaço se fez presente.

- Tranquilo, eu também vou. Se precisarem se alguma coisa, já sabem...

- Falamos com a Norma, isso se eu não me perder aqui - a ruiva brincou.

- Isso aí. Até mais. - e saiu, fechando a porta nos deixando de fato à vontade.

- Vai enviar mensagem pra ele? - Melissa continuou sentada na cama olhando para o celular.

- O Eric deve estar dando aula agora. Vou avisar a minha mãe que já estamos aqui - peguei a minha mochila e abri, tirando o meu celular e desbloqueando a tela para enviar a mensagem pra ela - Vai usar o banheiro? Tô indo tomar banho.

- Pode ir. Vou tirar as coisas da minha bolsa e guardar em uma das gavetas.

- Tá bom.

Enviei a mensagem, pensei melhor e enviei também uma mensagem para ele dizendo que já estávamos na casa do Frederik. Peguei o que precisava na minha bolsa e fui para o banheiro. Ele era pequeno e parecido com o do meu quarto com duas toalhas de banho penduradas. Tirei meu uniforme deixando-o no chão e entrei no banho.

Quando voltei para o quarto, com o meu uniforme embolado nas mãos, Melissa continuava na cama mexendo no celular, fui até a minha bolsa guardar tudo e peguei uma blusa branca de mangas que cobriam apenas os ombros e um vestido xadrez na cor azul escura que apertava o meu corpo até o meio das coxas.

- Ficou bom? - perguntei, parando em frente à ela entre as duas camas, depois de colocar a roupa.

- Ficou - ela virou na minha direção desviando os olhos do celular - Vai deixar o Frederik de pau duro.

- Meli, para! Eu to falando sério!

- E eu também, ué. Tu virou a queridinha da Dona Norma assim que chegou!

- É, eu sei - suspirei, pegando o pente em cima da cama e indo ao espelho pentear os meus cabelos - O Frederik infelizmente alimenta esperanças que eu não vou corresponder - desabafei enquanto via minha amiga me observando pelo reflexo.

Ouvimos duas batidas na porta e então o Senhor Simon apareceu sem abrir a porta de uma vez.

- Boa noite, minhas queridas! - ele sorriu para nós duas.

- Oi, Senhor Simon - ele entrou e me beijou na testa, indo fazer o mesmo com a Melissa que se levantou da cama ficando em pé.

- Está tudo bem por aqui?

- Sim! A Dona Norma é um amor de pessoa, nos recebeu muito bem.

- Sem ela, nada aqui funciona - Ele ficou em pé ainda com as roupas do trabalho, a blusa e calça social e gravata - E Frederik, onde está?

- Foi pro quarto dele mas antes disso mostrou tudo aqui pra nós duas.

- Que bom. Não se envergonhem com nada, entenderam? A casa é de vocês.

- Pode deixar! - Melissa sorriu - Estamos apenas com medo de nos perdermos aqui - e começou a rir.

Frederik então apareceu na porta do quarto com os cabelos molhados do banho e roupas normais que eram uma blusa regata preta e bermuda marrom. Os braços dele eram definidos apesar de não serem musculosos. Era incomum pra mim ver ele sem o uniforme do colegio

- Oi, pai!

- Tudo bem, meu filho? - lhe beijou no topo dos cabelos curtos e castanhos claros.

- Tudo sim.

- Vão fazer o quê, agora?

- O de sempre. Vamos para o bosque.

- É o que eu mais quero conhecer! - não consegui esconder o quanto queria.

- Falei pra Nívea, que amanhã é mais bonito.

- Com certeza. Mas vão sim, filho. Assim elas se enturmam com a galera da idade de vocês.

- Por mim, já podemos ir. - terminei de me pentear, deixando o pente no móvel do lado de uma pequena pilha de livros e calcei meu par de chinelos na cor rosa.

Peguei o meu celular em cima da cama e saímos no corredor em direção à sala e o pai do Frederik foi para o lado oposto com certeza indo para o seu quarto.

- O Evandro, além da Dona Norma, mora com vocês?

- Então. Ele dorme aqui durante a semana, indo pra casa no sábado de noite como eu te contei - ele explicou -Do lado da cozinha tem um outro corredor que tem a dispensa e um pequeno quarto onde ele fica. No final dele é a saída de emergência que só tem as escadas para os outros andares. Meu pai deu a opção dele ir pra casa todos os dias, mas ele preferiu ficar. Só a Dona Dulce que vai embora pra casa voltando no dia seguinte.

- Entendi.

- Eu acho estranho Frederik, porque assim - Melissa emendou a conversa - Nada contra mas é que na minha família e na da Nívea, não temos empregada em casa - chegamos na sala e paramos. O cômodo era realmente enorme.

- Antes da nossa mudança lá para o prédio, nós tínhamos a Judith, que cuidava da casa da avó da minha mãe, e depois dela ter falecido quando eu era bem pequena, ela trabalhou na nossa casa.

- Sério, Nívea? - Melissa se demonstrou surpresa.

- É... - me peguei lembrando dela e suspirei - Era tão boazinha, meus pais gostavam muito dela.

- E por que ela não ficou com vocês?

- Porque na época, Frederik, quando os meus pais estavam com os planos da mudança adiantados, a Judith estava em tempo de parar de trabalhar. Então ficou mais alguns meses e quando nos mudamos de vez, ela voltou para a cidade natal dela. Depois disso, minha mãe uma vez no mês contrata duas diaristas para fazerem a faxina lá em casa no sábado pela manhã.

- Com a gente, eu limpo o meu quarto e o banheiro. Mesmo minha mãe e o meu padrasto respirando trabalho, eu e o Felipe nos viramos com a arrumação.

- Entendi.

- Me lembro que eu ficava sentada na pia da cozinha, enquanto ela fazia o almoço nas minhas férias da escola antes de começar a viajar para a França. E quando eu comecei a ir para a casa dos meus avós ela morria de saudade.

- A Norma é praticamente da família aqui. Cuida de mim desde que eu nasci. Por isso mora com a gente.

- Falando de mim, crianças? - ela apareceu vindo da varanda.

- Falando bem, Norma.

- Que bom! Querem alguma coisa? Um lanche?

- Vamos para o bosque encontrar com a galera depois pedimos uma pizza.

- Tá bom então, meu filho... - concordou e Evandro veio logo atrás dela.

- Querem que eu vá com vocês?

- Tudo bem Evandro, estou no celular se precisar de alguma coisa.

- Tá certo.

Entramos no elevador e então chegou o momento em que eu e minha melhor amiga iríamos conhecer parte daquele lugar que tomou conta da minha imaginação por semanas.

***

O lugar que eu mais queria conhecer estava repleto de jovens da nossa idade. O bosque era todo gramado com árvores e arbustos, um banco de praça igual o do colégio do lado de fora na parte da calçada. Teria que esperar o dia seguinte para ver a real beleza do lugar.

Já era de noite e então a iluminação dos postes ajudou a ver todos. Um grupo estava sentado no gramado jogando cartas, outros sentados no banco, mas a maioria deles estavam em pé falando alto, gargalhando e conversando sobre qualquer coisa.

- Eeeeiiii! Voltaraaamm - Gabriele acenou sorrindo para nós três assim que nos viu e veio na nossa direção.

- Nossa, é muito estranho ver vocês sem o uniforme. Ainda tô me acostumando com o Frederik - O comentário da Melissa arrancou gargalhadas dela.

- Estranho mesmo, né? Vem, fica aqui com a gente!

Ficamos perto de um grupo de meninas que estavam em pé mas que no gramado tinham várias saídas de praia. ''Pra quando a gente quiser sentar e não sujar a roupa'' ela justificou. Gabriele usava uma blusa preta de alças finas e short jeans todo desfiado e os cachos dos cabelos com o acessório de sempre: um arco colorido. Ela rapidamente apresentou a mim e a Melissa para as amigas. Olhei ao redor e vi o seu irmão na outra ponta com um grupo de meninos. Ele sorriu e acenou pra mim.

Eu e a Melissa ficamos sentadas em uma das saídas de praia enquanto elas conversavam. Como eu não tinha tanta intimidade assim, fiquei quieta apenas observando tudo, vendo elas conversarem e navegando pelo Instagram no celular.

- Então Gabi, não vai me apresentar a sua amiga? - desviei o olhar do meu aparelho e olhei para o alto, quando vi um jovem moreno de cabelos pretos e espetados parecidos com o do Felipe e com o braços cruzados, sem tirar os olhos de mim. Um olhar típico que me fazia embrulhar o estômago me trazendo lembranças que eu queria esquecer.

- Não tenho ninguém para te apresentar, Vinícius. - ela o encarou, se afastando do grupo de amigas - E também ninguém te chamou aqui.

- E então, gata? Qual o seu nome? - ele ignorou o que a Gabriele havia dito e se abaixou ficando na mesma altura.

- Não sou gata. - falei sério, me levantando e ele fez o mesmo sem tirar os olhos de mim. Melissa ficou do meu lado de cara fechada pra ele, com os braços cruzados.

- Ah, não? - ele sorria debochado - Linda e gostosa do jeito que é, só pode ser uma gata que fica muito bem de quatro nos momentos certos quando está no cio - e me puxou pelo pulso com certa força - Vem! Me dá um beijo!

- Me solta! Você tá me machucando! - tentei puxar meu braço de volta mas ele era mais forte que eu.

- Um beijo e eu te solto! - e pegou no outro me deixando sem ter como escapar.

- Solta a minha amiga, imbecil! - Melissa tentou pegar na minha mão, puxando para soltar dele.

- SOLTA ELA, SEU BABACA! - ouvi a voz do Frederik e feito mágica ele apareceu, empurrando o imbecil e só assim ele me soltou. Ele se desequilibrou, dando uns passos pra trás e encarou o meu amigo.

- Ah, entendi... É mais uma que você tá comendo, seu playboy de merda?

- ISSO NÃO É DA SUA CONTA! FICA LONGE DELA! - o rosto do Frederik ficou dominado pela raiva e sua respiração fazia seu peito subir e descer sem demonstrar ter medo do tal cara.

- Você não perde tempo mesmo, imbecil!

- E você é um idiota que ninguém suporta! Sai daqui, seu animal! Volta para os seus amigos que se acham os bonzões.

- Tudo bem, Frederik... Deixa pra lá... - e o puxei pelo ombro.

- Ele machucou você? - ele se virou imediatamente e pegou nos meus pulsos que ficaram vermelhos - Otário, olha só o que ele te fez. Te machucou!

- Só um pouco... Já vai passar...

- Quer voltar lá pra casa? Posso colocar um pouco de gelo...

- Tudo bem... Obrigada por me defender.

- Vem pra cá, Nívea - Patrick apareceu do nosso lado - Esse animal não vai mais te perturbar - e levou a mim e a Melissa para perto do grupinho que jogava cartas no gramado, voltando para o grupo de amigos com quem estava conversando.

- Quem é ele? - perguntei fazendo uma massagem em um dos pulsos.

- É o Vinicius da turma de jiu-jitsu da academia daqui. É faixa preta e se acha o fodão. Tem umas garotas que ficam com ele mas o fandom do Frederik é maior.

- Mas o Frederik não é grosseiro.

- Por isso ele tem mais fãs.

- Vem, fica aqui com a gente! - uma das meninas que estava sentada, jogando Uno nos convidou para ficar com o grupo, no que eu e a Melissa sentamos - Não liga pra aquele cara escroto, não. Eu sou a Bel e vocês?

- Eu sou a Melissa e ela é a Nívea.

- É você com quem o Frederik tá transando?

- Claro que não! - fiquei chocada com uma pergunta tão direta - Somos amigos de turma.

- Ah, tá - ela estava com os olhos no pequeno leque de cartas nas mãos - Pensei.

- Mas o Frederik gosta da minha amiga! - a ruiva sorriu e desta vez foi a minha vez de fechar a cara.

- Sério? Essa é nova. O Frederik apaixonado.

- Nívea, você tá bem? - Gabriele perguntou de onde estava.

- Tô sim, Gabi. Obrigada - ainda sentia um incômodo mas não era uma dor insuportável - Eu sei que o Frederik gosta de mim, mas ele sabe que eu não sinto o mesmo.

Ficamos ali por um bom tempo, conversando, vendo as partidas de Uno e até participei de algumas mesmo não tendo o hábito de jogar. Tirando aquele momento chato, foi tudo muito divertido. Mesmo eu não conversando com todos, procurava ser simpática.

***

- Mas que rapaz atrevido! Atrevido e mal educado!

Estávamos todos na sala quando finalmente nos encontramos com a Dona Denise que havia chegado do trabalho meia hora antes. Ela realmente trabalhava mais do que os meus pais juntos.

Voltamos para a cobertura por volta das dez da noite e mesmo não sentindo mais dor e nem inchaço, Frederik insistiu para que eu colocasse uma bolsa de gelo no pulso. Estava sentada do lado dele no sofá e a Melissa do meu.

- Um otário, isso sim!

- Da próxima vez eu irei com vocês e fico te vendo de longe, Frederik. Esse rapaz poderia ter te machucado - Evandro estava em pé, com os braços cruzados atrás do sofá onde os pais dele estavam sentados.

- Eu sei me defender, Evandro! Se ele é faixa preta em Jiu Jitsu, eu sou em Judô, esqueceu?

- Mesmo assim, foi arriscado.

- O Evandro tá certo, filho! Se eu o contratei foi para a sua segurança!

- Para a minha segurança fora daqui de onde moramos.

- Ainda sente dor, minha querida?

- Não, Dona Denise. Muito obrigada. Foi mais o susto.

- Esse Vinícius é um imbecil - o pai dele reclamou - Não respeita ninguém.

- Vocês já pediram a pizza?

- Já sim, mãe. Eu liguei pra lá enquanto voltamos. Deve estar chegando. Fica e come com a gente, Evandro?

- Obrigado, Frederik. Mas eu já vou me recolher.

- Pode ir, Evandro. - o pai dele autorizou - Não teremos mais sustos por hoje.

- Tá certo, boa noite - e se retirou.

Depois de ficar mais um tempo com a bolsa de gelo no pulso, os pais dele também foram dormir e eu fui até a cozinha deixá-la na pia enquanto o Frederik e a Melissa pegavam pratos, talheres e copos e arrumaram a mesa de jantar. Claro que eu não ia ficar parada e ajudei eles dois, pois a Dona Norma já havia ido dormir antes de voltarmos do bosque.

A pizza chegou logo depois de arrumarmos tudo na mesa e ficamos os três comendo.

- Amanhã depois do almoço vamos ficar na piscina - Frederik sugeriu e eu concordei - Na parte da manhã eu serei o guia de vocês pra que conheçam tudo aqui.

- Pelo que vimos, parece um bairro mesmo! Realmente eu não acreditei quando vocês contaram!

- A pizza tá deliciosa! - revirei os olhos após ver a Melissa cortar mais um pedaço e colocando na boca - Muito boa mesmo.

- Vou deixar uma fatia guardada para o Evandro no forno.

- Faz isso, Frederik! - era incrível a bondade dele - Ele é tão gente boa.

- Só acho ele um pouco sério. Mas simpático - a ruiva deu mais uma garfada na fatia e colocou na boca.

- É o jeito dele mesmo. Mais pela postura do trabalho.

- Ele não é apenas o motorista né?

- Meli!

- Tudo bem, Nívea. Ele é meu guarda-costas, Melissa. Um dia eu te conto o motivo.

- Ah, de boa.

- Ele tem acesso pela casa toda, Frederik?

- Mais ou menos. Ele evita ir para o lado dos quartos quando meus pais chegam do trabalho e eu do colégio. No sábado também. Privacidade, essas coisas... Mas quando meu pai quer conversar com ele em particular, os dois vão para o escritório.

- Entendi.

Terminamos de comer, recolhemos os pratos e talheres, Frederik e nós duas então fomos para os quartos.

Deixei o meu celular na minha cama quando subimos e na tela, duas ligações perdidas do Eric.

- Ele já deve estar em casa... - falei olhando para o aparelho e disquei de volta, ouvindo as chamadas até ele atender.

- Falta muito pra você voltar pra casa? - ele brincou assim que atendeu.

- Ah, seu bobo! Foi muito divertido hoje sabia? Aqui é enorme, Eric. Um verdadeiro bairro.

- Que bom que se divertiu.

- Já tá em casa?

- Cheguei agora pouco.

- Eu e a Meli estamos indo dormir, amanhã tem banho de piscina. Vou te mandar fotos.

- Se for fotos só suas eu aceito.

- Vou pensar. - e começamos a rir - Vou dormir agora. Boa noite, Prince. Durma bem e descansa.

- Boa noite, ma petite. Você também.

E desligamos.

Troquei de roupa e coloquei uma camisola longa até acima dos joelhos de mangas curtas.

- Nívea, convida o Eric pra ir e vamos amanhã para o Felipe. - Melissa sugeriu já deitada na cama.

- Pode ser Meli, vou falar com ele.

- Vai ser só nós quatro, fala pra ele não se preocupar.

- Tá bom - peguei o pequeno controle do ar condicionado dentro da primeira gaveta e liguei, fazendo o ambiente ficar rapidamente mais fresco.

- Boa noite, amiga.

- Boa noite.

***

- Ni! - acordei ouvindo a voz da Melissa falando baixinho e meu ombro sendo sacudido - Ni, acorda. Vem na cozinha comigo, tô morrendo de sede!

- Vai você, Meli - falei com a voz arrastada - A cozinha não tem erro de você se perder.

- Eu sei mas eu não quero ir sozinha! Vem comigo. Vamos descalça pra não fazer barulho no corredor!

- Tá bom, menina medrosa. - saí debaixo do edredom e me sentei na cama - Vamos.

- Eu não sou medrosa. Só não quero ir sozinha.

Me levantei ainda meio zonza e Melissa me deu a mão me puxando e saímos do quarto, caminhando pelo corredor enorme sem fazer o mínimo de barulho possível, passando pela sala e chegando na cozinha.

Abrimos a geladeira que estava lotada de coisas e pegamos uma garrafa de água e depois no armário em cima de uma bancada, dois copos. Não acendemos a luz, deixando a geladeira aberta para iluminar o que fazíamos e enchemos os copos com água.

Enquanto bebíamos, ouvimos gemidos que vinha do pequeno corredor que o Frederik tinha nos falado e arregalamos os olhos com os copos ainda na boca.

- Ouviu isso? - Melissa engoliu a água e devagar deixou o copo vazio na bancada - Tá vindo dali de dentro.

- Ouvi sim - meu coração acelerou e falei sussurrando - O Evandro dorme no quarto que tem no caminho da saída de emergência.

- Ele não parece estar dormindo...

- Ele está com alguém.

- É claro que está com alguém, Nívea!

- Deve ser a namorada dele.

- Sim, mas de madrugada desse jeito? Precisa esperar todo mundo dormir pra se encontrar com ele? Sem vergonha nenhuma de segurar o tesão pela boca? Isso tá muito estranho.

Os gemidos continuavam para aquele momento de tensão tomar conta de nós duas com força total.

- Vamos lá olhar!

- Tá maluca, Melissa? A porta do quarto está fechada! Deixa isso pra lá, vamos voltar para o quarto.

- Gemendo desse jeito, acha que a porta está fechada?

- Eu não vou!

- Vamos na ponta do pé, a gente não pode ir dormir com essa curiosidade em saber quem é a amante do guarda-costas! Vem, me dá a mão e sem fazer barulho.

- Meli, por Deus.

Melissa pegou na minha mão e entramos no corredor na ponta dos pés e os gemidos foram aumentando conforme íamos andando na direção de onde eles estavam vindo. Minha mão junto à dela estava gelada e meu coração batia mais acelerado do que nunca.

Chegamos perto da porta e havia um hobby de seda na cor preta jogado no chão da entrada e a porta estava aberta. Os meus olhos e os dela miraram dentro do pequeno cômodo e então vimos um pequeno abajur ligado, em cima de um criado-mudo de madeira e no canto da parede do quarto, a cama de solteiro.

A cena que flagramos na cama, nos deixou paralisadas em choque sem chance de qualquer reação.

Evandro estava deitado, nu, suas coxas eram brancas e musculosas e por cima dele, estava ela também nua. A dona daqueles cachos pretos e curtos inconfundíveis, estava com as pernas uma em cada lado do corpo forte, grudada e quicando enquanto o beijava na boca, segurando nos ombros largos e as mãos dele grudadas no seu bumbum. O corpo magro mas com curvas.

Gabriele.

Gabriele e Evandro eram amantes.

Continua...

Nota da autora: Esse núcleo da turminha estilo Malhação e amigos da Nívea estava morno demais não acham? Nada melhor do que dar uma apimentada.

Quando eu digo para vocês ficarem atentos aos detalhes... Releiam essa segunda temporada e tentem caçar a pista deixada em relação à este plot twist hahahahahaha

E não para por aí. O day after desse flagra teremos mais revelações.

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Foto de perfil de Ana_EscritoraAna_EscritoraContos: 63Seguidores: 174Seguindo: 34Mensagem "Se há um livro que você quer ler, mas não foi escrito ainda, então você deve escrevê-lo." Toni Morrison

Comentários

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Que babado. Bem que podia ter capítulo no meio da semana. Vou roer as unhas até sábado. Adore iiiiii

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Eu tô em choque com esse final.

Mas o capítulo todo foi ótimo! Perfeito e bem escrito como sempre. Parece que estamos dentro de um seriado mesmo.

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O capitulo todo foi incrivel mas eu sinceramente nem sei o que dizer sobre esse final... Acho que vou levar uns dias para processar. Gente do céu... Nunca desejei tanto pelo próximo sábado KKKKKKKKKKKK

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