Acho que está muito claro para todos que a maioria das meninas que fazem medicina e direito são muito gostosinhas. Cara, isso parece até brincadeira.
É bem certo que não é assim.
O que importa não é se ela é bonitinha, mano. O que importa é se ela tem o fator x. O feromônio da boceta feliz. Aí, sim, ela é gostosa.
Lá na minha faculdade, a variedade é tremenda.
Bundão, bundinha, na medida, sem bunda, fundo de navio, peituda, tábua, nega do leite e até traveco.
Tem pra todo gosto, de neve a chocolate, rosinha ou carvão, alta ou baixa.
Acontece que já tive minha cota de degustação e agora vou falar de um caso que me aconteceu no verão passado.
Era uma sexta-feira, dia de ficar de boa, cheguei cedo como sempre do trampo, e fui logo pra primeira aula.
Eu não era muito conhecido na turma daquele horário, então eu podia ficar bem a vontade.
Sentei no fundão da sala e cochilei descaradamente até a aula começar.
Acordei quando o professor chegou, e como de costume, minha ereção vespertina atacou.
Meu pau é um pouco teimoso, é preciso saber lidar.
Que tristeza.
Eu precisaria levantar e me sentar mais na frente para enxergar algo do quadro.
Olhei ao redor e percebi que todos estavam concentrados.
Arrisquei e me levantei.
No movimento, deixei minha caneta cair e rolar pelo chão.
Uma colega mais a frente pegou e me entregou.
Não fui rápido o suficiente, ela viu a minha calça estufada.
Ela corou e riu.
Safadinha.
Ágata era seu nome.
Um tanto irritante aquela uma.
Era metida a esperta.
E cadeirante.
Ela se achava especial.
Tudo bem, isso pegou mal.
Mas havia algo de insolente na cara daquela vadia que me deixava puto.
Provavelmente era virgem e se achava mais digna de respeito do que os outros.
"Humm, se você andasse... veria o que é bom."
Eu zombei em silêncio, enquanto me sentava.
Olhando por outro ângulo, ela era até... bonitinha.
Tinha olhos cor de mel, cabelos castanhos e peitos medianos. Pele clara.
Senti meu caralho pulsar dentro da cueca.
"Foda-se" - pensei- "ela poderia me dar uma mamada, ao menos."
Terminamos a aula naquela dia, e eu já tinha uma noção sobre a minha vítima.
Ela recebia a atenção especial das pessoas por ser cadeirante, mas em geral sempre mantinham certa distância dela.
É natural, nossa sociedade é feita de hipócritas que têm medo de magoar os outros.
Eu mesmo teria que descobrir quem ela é por dentro.
Iria eu bancar o amiguinho? Não, isso demora e é incerto.
Ou quem sabe uma abordagem mais agressiva, direta? Pior ainda, isso iria afugentá-la.
Verdade seja dita, eu queria ver o quão safada ela era.
Arquitetei um plano em minha mente.
No fim de semana, falei com uma amiga, a Márcia.
Era uma rapariga de velhos tempos, ela dizia pra todo mundo que tinha sido minha namorada, mas foi apenas uma puta sazonal.
Ela era uma das melhores amigas de Ágata.
Mão na roda.
Falei pra ela que eu queria comer a Ágata.
Ela ficou surpresa e com raiva. Disse que iria me denunciar, eu disse "foda-se, sua recalcada".
Mas, logo em seguida, perguntei a ela se ela não queria relembrar nossos velhos tempos.
Então, basicamente, no fim de semana, nós trepamos tanto que ela pegou um resfriado.
Azar o dela, ela gostava de sexo violento (esfolei ela até que desmaiasse).
Satisfeita e contrariada, ela aceitou meu plano e falou com Ágata.
Foi meio esquisito - seja lá o que ela fez - mas conseguimos arranjar um encontro em grupo num shopping perto da faculdade.
Eram seis pessoas ao todo. Ninguém sabia de nada, a não ser eu e a minha ex-puta.
Eu tinha pedido a ela que em algum momento falasse para a minha presa as minhas verdadeiras intenções.
"Pessoal, vamos no cinema." Disse Ágata, em dado momento.
"Ótimo, pensei."
Sentamos todos no fundo.
Eu ao lado do meu alvo, é claro.
Era um filme de terror, perfeitamente planejado.
Discretamente, virei para olhar se ela estava com medo, assim eu poderia usar minha tática oportunística.
Ah, mas que vadia! Ela estava rindo!
Fiquei irritado, que guria escrota.
Porém, um pouco mais de atenção e percebi que ela tremia consideravelmente.
Não era pra menos: tava tão frio que meu pau já parecia um clitóris.
Ou ela estava com frio, ou estava com medo e fingia.
Naturalmente, eu sou um cara frio e calculista, então passei a mão na perna dela, logo após o fim da borda da saia, acima do joelho.
"Humm, está mais fria que um defunto hein?"
Ela olhou para mim com uma cara de merda e de puta pobre:
"Eu não sinto minhas pernas aí."
Senti um pouco de pena, mas quem tem pena é ave, logo subi minha mão pela perna dela, por baixo da saia.
"Ah, e aqui? Ou aqui...?" Falei no ouvido dela.
Ela empurrou minha mão com desdém até que senti ela arrepiar.
Eu havia achado a linha.
Daí, então, apertei suas coxas, caminhando rumo a sua calcinha.
Ela soltou um gemido alto no cinema.
"Filho da puta." Ela murmurou.
Retirei minha mão na velocidade da luz e falei:
"Seu soluço parece um gemido!"
O filme terminou e um dos personagens perdia as pernas, até eu achei bem escroto.
Olhei para Ágata, e ela parecia querer vomitar.
Todos se levantaram, e visivelmente ela tentava imaginar como sairia do lugar ou se alguém lembraria de a ajudar.
"Humm, hora de ser um pouco legal com ela."
Peguei a cadeira dela, que era retrátil e armei do lado de fora.
"Aqui. Segura em mim."
"Vai se foder, seu merda."
"Ah, vamos lá. É minha forma de pedir desculpas."
Ela desistiu de pedir ajuda aos outros porque eles acharam que eu iria ajudá-la mesmo.
A safada passou os braços ao redor do meu pescoço e eu segurei suas pernas, cruzando-as na minha frente.
"Ah, está feliz agora sua macaca?"
"Vou mijar em você se você não calar a boca."
"Agressiva. Adoro."
Coloquei ela de volta na cadeira e ela nem me agradeceu.
Tudo bem, ela já estava no meu jogo.
Ela foi para o banheiro feminino e eu segui sozinho para comprar um milkshake.
Na fila, encontrei o pessoal, que resolveu acabar o rolê ali.
Eu não gostava mesmo daquele povo, não me fez falta.
Ágata passou por mim e, é claro, me ignorou.
Ela parecia estar perdida, provavelmente procurando o resto do grupo.
Márcia surgiu não sei da onde (provavelmente da puta que pariu) e avisou Ágata, que visivelmente ficou triste.
"Ah, que mulherzinha deprimente." Pensei.
Fui até as duas e cinicamente falei:
"Que maravilha, agora podemos aproveitar o rolê só nós três."
"Desencana, ô maluco." Ágata mostrou-me o dedo do meio.
"Não é assim que se usa esse dedo, minha jovem."
Márcia pareceu sentir uma pontada de ciúmes.
"Hum.. quer saber, eu tenho mais o que fazer. Vou pra casa. Estou entediada."
"Mande notícias." Falei.
"Tchau." Disse Ágata, que já saiu girando as rodas da sua cadeira e seguiu pela praça de alimentação.
Ela não parecia ter vergonha de ser quem era, mesmo com tantas pessoas olhando-a.
Adiantei meu passo e fui atrás dela, de forma discreta.
Eu queria saber mais sobre aquela safadinha enrustida.
Resultou que ela entrou em algumas lojas, uma delas de lingerie.
"Puta merda, eu não acredito que você usa fio dental."
"Ah, vai se foder. Você deve ser viado." Ela bufou, quando eu a surpreendi na curva de um corredor próximo.
"Não fique triste, até que você tem alguma carne aí. Acho até que deve ter um rabão."
Ela parou por um momento.
"Não vai rolar, eu tenho namorado."
"Oh, é? Eu não perguntei nada a respeito. Acho que quem alguém aqui está sendo muito presunçosa."
"Eu não dou bola pra broxas."
"Acho que preciso te mostrar o contrário."
"Meu namorado quebraria sua cara."
"É? E onde ele está?"
"Ele não pôde sair comigo hoje."
"Por que? Saiu com os amigos? Ah, os amigos..."
"Com licença, eu preciso voltar pra casa, já está de noite."
"Humm, claro."
Segui ela ainda de longe, até vê-la tentar pegar um Uber na frente do shopping.
Neste país de merda, ser deficiente é mesmo uma fardo funesto.
Fiquei com pena da minha futura putinha andando na lama.
Estava até chovendo, e era início da noite.
Ela provavelmente seria assaltada à qualquer hora.
Peguei meu carro, que estava próximo, e parei em frente a ela.
Ela ficou tensa ao ver meu Fiesta 2.0 preto, deflorador de virgens.
Abaixei o vidro, ela revirou os olhos e fingiu que não me viu.
"Quer uma carona? É de graça. Sério."
Ela riu.
"Olha pra mim, como que vou entrar?"
Abri a porta, desci e peguei ela nos braços.
Coloquei ela no carona, peguei a cadeira, dobrei e enfie no fundo do carro.
Ela protestou, falando palavras sem sentido, mas no final, ela pareceu relaxar quando já estávamos longe.
"Ei, ei. Não fique tão brava. Somos amigos, não?"
Ela ignorou. Olhava o trânsito da noite como quem olha para a chuva cair.
"Ok. Desculpe." Dei de ombros.
Não demorou muito, e ela falou:
"Isso te deixa feliz? Alimenta seu ego ou o quê? Não tem ninguém aqui pra ver você me humilhar." Ela disse sem olhar pra mim.
Eu ri bem alto.
"Nah. Eu não ligo pra isso. Vocês lá de medicina são todos uns palhaços."
"Ah, você quer o quê? Me comer?" Ela riu.
"Humm. Eu quero? Não sei se eu quero. Mas eu comeria."
Ela não falou nada.
"Você não devia agir assim, toda frígida. Você é gostosinha. Devia ter mais confiança."
"Não vai rolar. Eu sei o que você quer de mim. Você só quer me usar pra contar de experiência depois, que você pegou uma deficiente."
"Eu faria isso, mas depende."
"De quê?"
"Se você gostar..."
"Ahn?"
"Esse seu namorado. Ele deve ser bem rola mole mesmo hein... ou deve estar te traindo."
"Nós nunca fizemos."
"Vish. Vacilão. Ou você é do tipo religiosa? Se for, eu respeito."
"Não. Eu não me importo. Mas ele nunca quis fazer."
"Ué. Então... faremos hoje."
"Eu não sei... quais seriam as consequências disso."
"Nenhuma. Apenas... você pode provar. Se você não gostar podemos parar. Eu não quero ser criminalizado por nada."
Ela pareceu concordar.
"Tá. Tudo bem. Mas é uma aposta muito forte a sua. Eu poderia não estar num dia bom hoje."
"Eu sei, mas eu sei que hoje é um dia bom." Sorri.
Ela riu.
"Mora sozinha... ou devemos ir pra um motel?" Indaguei.
"Vamos para minha casa. Não vai ter ninguém além de nós hoje a noite."
"Perfeito."