Eu escolhia um xampu, na loja que frequentemente eu visitava. Observava um e outro, distraído. Era início de expediente, e eu adorava a tranquilidade daquela hora e o zero movimento de clientes. Senti uma presença ao meu lado, mas, tão envolto estava em minha própria pesquisa, que nem prestei atenção.
Até quando ouvi sua voz, firme, macia, segura, estendendo-me um frasco de clareador de pelos:
– Será que esse clareador é bom para pentelhos?
Eu já fora confundido algumas vezes com vendedores, e já me preparava para esclarecer que era um cliente, quando, ao fixar meus olhos naquele homem, todo o meu corpo, principalmente meu cu, protestou: eu precisava prolongar aquele papo, porque já desejava ardentemente aquele ser dentro de mim.
Além do mais, eu jamais havia ouvido falar em clarear pentelhos. Parecia ser um bom papo, aquele.
A conversa começou por aí. Ele esclareceu que nunca clareara pentelhos, só os pelos das pernas e das axilas, porque não suportava raspar e no dia seguinte estarem pontudos. E não dava para passar a lâmina diariamente, como fazia com a barba – rosto macio parecia ser. Então usava um clareador de pelos, que, além de tudo, afinava também. Mas para os pentelhos ele não encontrara uma solução boa ainda – achava que a química do produto poderia afetar a genitália: tentara de tudo e não gostara dos resultados – estava pesquisando clareadores, então.
Falei também da minha eterna briga com meus pelos, que os das axilas era uma extensão da barba diária, por isso elas eram tão lisinhas quanto meu rosto, embora por pouco tempo. E levantei discretamente o braço, para mostrar, uma vez que estava de regata. Sem qualquer cerimônia, ele tocou, e aquele toque fez percorrer uma corrida elétrica de arrepios por todo o meu corpo – os pelos dos braços eriçaram-se acintosamente, mas ele pareceu não ver isso, ou preferiu ser discreto.
Perguntei pelos seus pentelhos, assim, na maior “indiferença”. Ele falou que estava se resolvendo com cera, mas que era muito doloroso. Claro, arrancar pelos pela raiz era um processo dorido mesmo. Além de tudo, era preciso esperar algum tempo, até passar a vermelhidão.
Ato contínuo, baixou a bermuda e me mostrou uma região pubiana com uma penugem negra, bem tratada, aparada, extremamente suave. O tronco da rola deu-me a ideia de sua espessura; por Dionísio, como eu ansiava por aquele homem em mim!
– Ai, mostra isso não, que estou carente!
Pensei que só havia pensado (no máximo murmurado), mas parece que foi mais alto do que pensava, porque eles responderam: o pau dele, através de um discreto pinote, e ele com uma pergunta-convite:
– Onde fica o banheiro?
Balbuciei as informações. Ele sorriu, cúmplice, e se dirigiu para lá. Meu coração disparado, meu cu piscando, eu procurei não dar muita bandeira. Olhei mais um ou outro produto e, discretamente (o mais que consegui), caminhei ao banheiro.
Ao entrar, aquele deus grego estava numa das cabines, com a porta entreaberta, massageando a própria rola, duríssima. Fui até lá, entrei e fechei a porta, atracando um beijo fenomenal, em que fui plenamente correspondido. Em pouco tempo, meu nariz estava entre os pentelhos negros e incrivelmente cheirosos, e minha boca recolhia aquele mastro rígido e o sugava bem devagar, para sentir a textura e todo o tesão que dali emanava. Sentia sua cabecinha tocar minha garganta e o acomodava melhor até faze-lo caber inteiro lá dentro. Ele gemia discretamente.
Malabaristicamente, ao voltar minhas costas para ele, já descera minha bermuda e expusera meu furinho, escandalosamente piscante, em que ele foi colocando sua pica delicadamente. Fui sentindo cada centímetro entrando em mim até perceber a maciez de seus pentelhos na minha bunda.
Ele segurou-me, com as mãos pelas minhas axilas e começou a socar a rola em mim, cadencialmente. Nossa, que delícia! Que foda maravilhosa! Sem ansiedade, sem desespero, eu percebia nitidamente sua rola entrando e saindo, suavemente, provocando ondas de enorme prazer, a cada movimento.
As enfiadas foram se tornando mais acentuadas, mais intensas, até que pararam por completo, sua rola estacionada inteira na minha garagem. Notei perfeitamente a sua pica avolumar-se em nódulos moventes, que a percorriam e explodiam em fortes jatos dentro de mim. Durante todo o orgasmo, ele não fez um movimento sequer; deixou que a natureza agisse sozinha, até a última golfada, quando somente então retirou-se delicadamente de dentro de mim.
Com uma prática incrível, girou meu corpo e me fez sentar na bacia do banheiro; sua porra que estava em mim fez barulho ao cair na água, enquanto minha pica esticava-se dura, para o alto; ato contínuo, ele agachou-se, tomou minha rola e passou a sugar, num boquete divino. Em segundos, senti os raios do prazer. Tentei me movimentar, para avisar do gozo iminente, mas, para minha surpresa, ele segurou meus quadris firmemente e intensificou as chupadas, de modo que esporrei geral na sua boca e garganta. Sem deixar cair uma gota fora, ele lambeu com delicadeza minha rola, deixando-a brilhante e semidura.
Beijou-me mais uma vez (senti meu próprio gosto em sua boca), vestiu-se e, delicadamente saiu da cabine, deixando-me lá, a me recompor.
Eu sorri, pensando por onde começaria meu mais novo conto, que eu dedicaria aos pentelhos do homem que me comeu de forma tão plena.