O tempo parece que passou em câmara lenta até chegar sábado 15h, quando havia combinado de estudar com Lucas novamente. Mas finalmente chegou.
Acordei já pensando em mamar o pau branquinho e grosso dele de novo. Meu pau ficou duro só de lembrar o cheiro daquela rola, a textura, o cheiro da porra branquinha espalhada naquele peitoral saradinho. Tive que me segurar muito pra não bater. Queria encontrar ele com o tesão ao máximo de novo.
Toquei a campainha e nada. Depois da terceira vez um homem abriu e eu imediatamente, apesar de nunca ter visto, reconheci o pai de Lucas. Luiz era uma versão mais velha do filho. A principal diferença, além do rosto com algumas linhas de expressão e de ser um pouco mais alto, é que, enquanto Lucas era todo saradinho e definido; Luiz tinha músculos maiores, mas menos definidos.
Ele usava só um short preto curto e estava com o corpo meio molhado, com exceção do short que estava seco e aparentemente foi vestido por cima da sunga, cuja borda vermelha aparecia na lateral.
- Ahh, você deve ser o Dan – ele falou gentilmente e estendeu a mão em um aperto firme enquanto ia dando espaço pra eu entrar.
- E você o Luiz, prazer
- Prazer e obrigado por ajudar o Lucas.
- Nada, ele não tá aí? – falei estranhando pelo Lucas não ter ido me recepcionar visto que estávamos combinados de encontrar bem naquele horário.
- Tá tomando banho, vamos lá que te levo até ele.
Fui seguindo Luiz e só então fui pensar com desÂnimo que dificilmente rolaria de fazer algo com o pai dele em casa. E eu que estava esperando tanto pra mamar o pau dele de novo.
- Bom, vou deixar vocês a sós, chama lá no quarto, você sabe o caminho – Luiz falou dando um risinho e eu fiquei meio sem graça pensando se ele sabia o que tínhamos feito. Lucas disse que contava tudo pro pai.
Bati na porta e escutei Lucas de dentro respondendo pra entrar.
Entrei e ele estava só de cueca, o cabelo molhado, assim como algumas partes do corpo, procurando as roupas no guarda-roupa.
- Opa, Dan...cheguei agora da academia. Acho melhor a gente estudar aqui no quarto hoje. Meu pai tá com uns amigos fazendo um churras na piscina, vai atrapalhar se ficarmos na sala.
- Beleza – respondi animado de novo com a possibilidade de rolar algo – então, vamos continuar de onde paramos?
- Cara, já fiz quase todos. VocÊ é ótimo professor mesmo, só alguns que não consegui. A gente podia ir direto pra eles – ele falou já com o short e a regata vestidos e foi até a mesinha do quarto, onde já haviam duas cadeiras próximas.
Bateu um desanimo, pois esperava ter pelo menos mais uns dois encontros com ele antes de acabarmos a lista, mas o parabenizei olhando todos os exercícios da lista que ele tinha conseguido resolver.
Fui explicando os exercícios que ele não tinha conseguido resolver e cerca de meia hora depois já estávamos no último. Fiquei mais animado pensando que pelo menos como fomos rápidos daria pra fazer algo ainda. Estava nesse pensamento quando escutamos uma batida na porta.
Lucas sem tirar os olhos do caderno respondeu para pessoa entrar e desanimei de vez ao ver que era a namorada dele. Mari veio toda animada abraçando ele por trás, com apelidos ridículos, elogiando ele e dando beijos no seu rosto.
- Ahh, e obrigada você por ajudar meu bebe – ela falou largando lucas e finalmente se dirigindo a mim.
- De nada – respondi sentindo um misto de desÂnimo e repulsa com o jeito dela.
Lucas pediu pra ela dar sossego, que ele já estava no último e ao terminar deu uma risada e levantou a lista exclamando: finalmente!!
A namorada entrando na excitação com ele já pulou no seu colo e apertou Lucas enchendo ele de beijos no rosto.
- Bemm, já que terminou vou embora – falei depois de um minuto parado olhando eles se agarrarem, todo deslocado.
Falei já levantando pra pegar minha mochila e ir embora e Lucas tirou a namorada do colo e se levantou pra vir me agradecer e eu já nem escutava nada. Só queria ir embora logo, frustrado.
- Não foi nada, me leva até o portão – falei meio seco e acho que pela primeira vez ele notou que não estava tudo bem, mas não disse nada; foi seguindo comigo e só falou pra namorada esperar ele no quarto. Ela se levantou pra vir junto, mas ele virou e falou com uma voz firme pra ela ficar.
Desci as escadas lutando internamente pra não demonstrar minha frustação e me sentindo idiota. Fui caminhando a frente, mas Lucas chamou pra despedir do pai dele e, como não conseguia ter argumento, segui ele até os fundos.
Assim que entramos, Luiz, que estava sentado numa cadeira a beira da piscina conversando com outros três colegas, se levantou e veio até nós.
- Acabaram? Ou a Mari interrompeu por hoje? – ele falou dando um riso confidente e eu tive a certeza que ele sabia de tudo.
- Terminamos – Lucas falou satisfeito.
- Muito bom, garoto – Luiz falou puxando o filho pra um abraço e fazendo cafuné nele e logo se virou pra mim agradecendo.
- Não foi nada, vim só despedir mesmo, prazer conhecer o senhor.
- Que isso, não uai, depois de tudo, vai ficar aí pelo menos pra comer um churrasco com a gente, pegar uma piscina...
- Não não...
- eu insisto, não vai fazer desfeita, quero agradecer – ele falou e já foi me puxando gentilmente pelo braço até o meio dos colegas dele.
Lucas ficou por ali um minuto e logo foi pra dentro. Eu comecei a participar da conversa deslocado e meio irritado ainda com toda frustração do dia. Mas logo deixei isso de lado e comecei a entrar na conversa deles.
Sempre gostei de conversar com pessoas mais velhas, achava o papo muito melhor que pessoas da minha idade e confesso que fiquei mais a vontade conversando com aqueles quatro homens adultos, do que com meus colegas de escola.
As vezes percebia Luiz me olhando admirado quando eu fazia uma observação ou outra mais perspicaz sobre os diversos assuntos que conversávamos.
Só quando levantei pra ir ao banheiro, que fui pensar na demora de Lucas e no que provavelmente estava acontecendo nesse exato momento no andar de cima.
Quando saí, Luiz estava na cozinha pegando mais uns petiscos.
- Aí, não quer cair na piscina?
- Não, obrigado.
- A gente pega um short emprestado e...
- Não quero mesmo, valeu, estou de boa assim – falei não querendo ficar de short e sem camisa no meio daqueles homens parrudos e com um corpo delicioso na beira da piscina – na verdade acho já tá na minha hora.
- Ah fica mais, tá bom o papo, difícil um novinho assim que não seja cabecinha de vento – ele falou me olhando de um jeito diferente, próximo de mim com as mãos ocupadas com os petiscos.
- Obrigado pelo elogio – falei rindo sem graça – mas eu tenho que ir mesmo.
- Pena, vou lá chamar o Lucas então pra despedir.
- Não, precisa não, ele deve tá ocupado... – interrompi a frase sentindo meu próprio tom frustrado.
- A menina atrapalhou seus esquemas né? – Luiz falou dando um sorriso confidente.
- Esquemas?!- Falei meio sem graça
- Olha, não precisa ficar sem graça, mas meu filho me conta tudo... hey, relaxa, não fica assim, é normal isso – Luiz falou colocando os petiscos de volta no balcão e pegando de leve no meu braço vendo como eu fiquei vermelho e os olhos até meio marejados.
Estava difícil já segurar o mix de emoções do dia, mas respirei fundo e respondi um tudo bem e falei novamente, que precisava ir embora.
Fui até a área pegar minha mochila que tinha ficado na cadeira. Despedi rapidamente dos amigos dele e na cozinha pedi pra ele abrir o portão pra mim.
Luiz me seguiu em silÊncio até o portão e antes de eu sair pÔs a mão no meu ombro.
- Depois você volta de novo, Dan. VocÊ é um garoto diferenciado, gostei... e obrigado pela ajuda aí pro Lucas.
- Não foi nada. Beleza, até mais – falei tentando parecer descontraído e segui na rua sem olhar pra trás. Como não escutei barulho do portão fechando, imaginei dele ainda estar ali me olhando.
Só quando virei na esquina deixei um pouco da emoção transbordar em umas lágrimas que não sabia explicar exatamente a razão: frustração? Raiva? Tristeza pelos meus dias com Lucas terem acabado? Medo pelo Luiz saber? Não sabia.
