ESCROTA LUA

Um conto erótico de Cláudio Newgromont
Categoria: Homossexual
Contém 883 palavras
Data: 21/09/2021 22:17:42
Última revisão: 16/06/2022 07:13:54
Assuntos: Gay, Homossexual

Sempre penso que estas coisas não acontecem, que são fruto da imaginação fértil e do tesão acumulado das pessoas, mas, vez em quando eu me vejo vivenciando situações que eu julgava impossíveis de experimentar.

Foi assim que, numa noite de lua cheia – e a lua sempre provoca em mim uma sensibilidade erótica impressionante, eu fico a maior parte do tempo com meu pau duro, só me chegam pensamentos de putaria, e evidencia-se um atrevimento que não é comum em mim, tímido que sou para essas coisas.

A lua estava saindo, amarela e esplendorosa, quando peguei o uber, naquele começo de noite. Estatelada na nossa frente, a enorme bola mostrava-se até indecente, de tão bela. Ao percebê-la assim, tão exuberante, meu pau fez-se rocha sob a minha bermuda, e estava gostoso ficar roçando de leve a mão em cima.

O assunto que o motorista do aplicativo puxou veio da imensa lua a nossa frente. Como estava linda! Coisas assim, bem “originais”. Eu estava sentado no centro do banco de trás, para apreciar aquela lindeza, e, claro, concordei com o condutor – somente então percebi ser um jovem (deveria ter seus vinte e poucos anos), o frescor da pele e os cabelos molhados denunciavam banho recém-tomado, e, consequentemente, sua primeira corrida – traduzindo: estresse zero.

Comecei a me inquietar, com aquela lua grandona lá na frente, e o cheiro bom que vinha do motorista... Mas condutor de aplicativo era tabu pra mim. Eu nunca que iria encaminhar a conversa para esse campo, não fosse o capiroto dar a sua catucada básica com o tridente da tentação. Ao pararmos no sinal uma deliciosa trans passou rebolativa na nossa frente, atravessando na faixa de pedestre. Ele acompanhou seus passos de uma calçada a outra. Minha rola já palpitava, que eu também acompanhara o desfile da gostosura enluarada.

Quando o sinal abriu, o comentário dele não poderia ser outro, senão o velho clichê de que nem toda mulher tem um corpão daquele. Sem me dar conta, peguei-me comentando: “Eu pegava!” Pronto, era a senha que ele parecia estar esperando para saber se podia enveredar por aquele assunto. E foi o que ele fez.

Em pouco tempo falávamos de putarias mais ou menos explícitas, de experiências sexuais incríveis – decerto aumentadas; e de quanto a lua parecia despertar a libido mais secreta, e de forma tão forte (esta última observação foi minha – com que ele concordou plenamente, arrumando sem muita discrição o pacote que se formava entre as pernas).

Eu estava na beirinha do banco e ousei: mostrei minha excitação, sacando minha rola rígida e palpitante: “Olha só como isso tudo me deixou!”. Sem tirar a atenção do caminho, sua mão passou do câmbio para minha pica e senti seus dedos suaves acariciando-a. “Nossa, está num tesão louco, não?!” Também estiquei meu braço e senti a rigidez de seu membro, ainda sob a bermuda, mas ele gemeu ao meu toque.

Estava decretado: iríamos nos foder! Melhor parar o carro, porque, assim como bebida e direção, sexo e direção também são incompatíveis.

Esses motoristas de aplicativos conhecem atalhos e recantos como ninguém. Em segundos estacionamos sob uma árvore, num descampado deserto. Mantendo o silencioso motor ligado, para alguma emergência, ele passou entre os bancos da frente para o de trás, onde já me encontrou com a bermuda nos pés e a rola ansiando por carinho.

Ele pousou ao meu lado, desceu a bermuda e apareceu uma rola marrom, não grossa, mas também não fina, do tamanho ideal. Ele agarrou-se a minha pica e eu à dele e nos punhetamos um pouco, enquanto nossas bocas se buscavam e, num beijo escancarado, devorávamos nossas línguas.

Não sabia quais suas preferências, mas meu cu piscava fortemente, e, sem esperar, praticamente saltei sobre seu colo e, de costas pra ele, fui me sentando sobre seu pau, quicando safadamente, escrotamente, e aquela tora musculosa foi se enfiando em mim. Eu rebolava quengamente, dizendo putarias loucas, enquanto ele me socava seu pau delicioso e me agarrava o tronco, colando-me ao seu próprio tronco, suas mãos libertinas acariciando meus mamilos e minhas axilas depiladas e macias.

Eu rebolava loucamente naquele cacete, sem tirar os olhos da lua, até sentir sua rola engrossar e explodir em jatos dentro de mim, enquanto ele gemia esquisito. Depois dos últimos tiros líquidos, ele estava ofegante em minha nuca; literalmente tirou-me de seu colo, colocou-me de lado e baixou com ímpeto sobre minha vara, engolindo-a com sofreguidão. Ele tinha pressa em me fazer gozar – tinha uma corrida para terminar e a noite para ganhar.

Não precisou mais que um ou dois minutos de intensa mamada, para que eu ejetasse toda minha artilharia pastosa naquela boca, aos gritos de puto-viado-gostoso-meu-macho! Ele subiu até minha boca e nela depositou parte do meu esperma, o das últimas golfadas, que ele conseguiu reter.

Recuperando o fôlego aos poucos, a lua não era mais tão prostituta como saíra à noite; a trans que atravessara a faixa já não era assim tão perfeita, e a impossibilidade de prosseguirmos em novas formas de foda nos fez voltar à realidade, coberta com nossas roupas de passageiro e de motorista.

Quando o gps anunciou que nosso destino estava à direita, éramos os mesmos estranhos do início da viagem. Eu agradeci, ele pediu as estrelas de praxe e deu boa noite, senhor. Até a próxima.

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