Prelúdio da Primavera

Um conto erótico de Circunspecto (Pouso Alegre)
Categoria: Heterossexual
Contém 1422 palavras
Data: 24/09/2021 13:14:01
Última revisão: 28/09/2021 16:23:39

O a primavera começou.

No apartamento vizinho, emoldurada por sua janela, ela vestia uma camiseta pequena, básica e fina.

Seu rosto brilhava um pouco, refletindo a claridade do dia e o calor de 35 graus daquela tarde em Pouso Alegre.

Contemplei seus movimentos que iam e vinham, de momento em momento.

Aos poucos, tornou-se um passatempo avaliar a estampa e a forma de sua camiseta, o contorno do tecido sobre seu corpo, o penteado despojado e até fazer suposições sobre seu estado de humor.

Não posso dizer que a olhava com alguma inclinação sexual: apenas via a mulher do apartamento vizinho passar pela sua (e pela minha) janela.

Num dado momento daquela tarde, surgiu um barulho de vidro caindo no chão. Abri a porta e pude vela com os joelhos flexionados, de costas, com um short curto e folgado (e a mesa camiseta de outrora), recolhendo os cacos espalhados pelo chão da área comum de nossos apartamentos.

Prontifiquei-me a ajudá-la com uma vassoura, uma pá de lixo e, depois, com um aspirador. Limpamos o corredor rapidamente, mas não tão rapidamente para me impedir de reparar na parte interna de suas coxas (por algum motivo, isso me atraiu).

Em algum momento, acho que ela percebeu meu olhar despreocupado (e praticamente involuntário) e se levantou.

Foi até seu apartamento deixar no lixo que havíamos recolhido do chão. E voltou trazendo-me a pá (de lixo) que eu havia levado.

Ela parecia um pouco sem graça com a situação; agradeceu-me e voltou a sumir por trás da porta.

Depois disso, a vi passar pela janela mais algumas vezes, mas não conseguia deixar de imaginar seu shortinho por trás do peitoril, seu corpo moreno e pequeno, suas coxas, seu bumbum.

Passado algum tempo, encontramo-nos novamente no corredor entre os apartamentos, e ela me interpelou agradecendo novamente pela ajuda e convidando-me para tomar um café (“ou um chazinho”, ela falou).

Desta vez, fui eu que fiquei um pouco sem graça, pois havia sido surpreendido pelo convite; mas, sem conseguir pensar direito na situação, logo aceitei.

Entramos em seu apartamento, que estava cheiroso (parecia ter sido limpo recentemente).

Ela foi para cozinha fazer um café enquanto conversávamos sobre amenidades.

Embora ela continuasse usando uma camiseta no estilo que lhe era peculiar, da cintura para baixo não havia nenhum shortinho: apenas uma calça jeans.

Então comentei:

- Não sei como consegue usar calça jeans dentro de casa num calor desses.

Ela sorriu e disse que havia chegado há pouco da rua e que eu tinha razão: preferia usa uma roupa mais folgada em casa.

Sem pensar, acabei fazendo referência ao short que usara quando conversamos pela primeira:

- Aquele short parecia bem confortável.

Ela não pode esconder o leve constrangimento com meu comentário, tentando se esquivar:

- Nem acredito que me viu daquele jeito: aquela roupa estava horrível.

Tentei tranquilizá-la dizendo que preferia o shortinho à calça jeans, mas ela parecia ter ficado ainda mais sem graça. Em um segundo, mudou de assunto:

- A água já está fervendo para eu passar o nosso café. - ela me serviu uma xícara e foi andando para a sala, onde colocou um prato de biscoito sobre a mesa. - Pode se sentar – ela disse sorrindo enquanto saía em direção aos quartos.

Não demorou mais que 5 min. para que voltasse com um shortinho tão curto e folgado como o daquele dia. Ela parou sobre a ombreira da porta e falou:

- Gosto de ficar assim em casa – e deu uma volta para que eu pudesse vê-la por inteiro.

Enquanto ela se virava, minha visão concentrou-se no contorno de seu bumbum sob o fino tecido do short, e – depois – voltou-se para seu rosto que se virava de volta para mim.

- Esse biscoito é uma delícia – ela pegou um e estendeu sua mão até a minha boca, olhando fixamente para meus lábios.

Então, seus olhos se voltaram para os meus olhos e o biscoito pareceu nem existir mais.

Meu rosto se aproximou um pouco mais do rosto dela, meus lábios já podiam sentir o calor de seus lábios.

Ela abriu levemente a boca e nos beijamos devagar.

Depois um pouco mais rápido.

Depois, um pouco mais forte.

E, neste intervalo, minha mão deslizou por entre suas coxas enquanto meu corpo se virava em sua direção.

Meu dedo indicador tocou suavemente sua virilha, sentindo o encontro entre sua perna e o tecido de sua calcinha.

Ela suspirou e segurou a minha mão pelo punho.

- Acho que esse café está mais gostoso do que eu esperava – ela brincou se levantando da mesa e andando em direção à cozinha.

Quando voltou para a sala, foi difícil não reparar em suas pupilas dilatadas e em seus mamilos rígidos sob a camiseta.

Ela se jogou no sofá e pegou o controle remoto da TV.

- Por que não se senta um pouco comigo? – ela bateu a mão no estofado marrom do sofá.

Meu primeiro impulso foi o de me levantar, mas – ao perceber a ereção que inflava meu pênis – tive que recuar.

- O que foi? – ela perguntou já reiterando o convite – Vem aqui!

Sem poder esconder o obvio, levantei-me e passei com meu pênis ereto bem em frente à sua linha de visão (ela estava sentada, enquanto eu passava - em pé - na frente de seus olhos).

Sentei-me e ela colocou sua coxa sobre o meu colo e perguntou o que eu gostaria de assistir.

Eu sorri, virando meu rosto na direção de seu pescoço e me aproximei um pouco mais para sussurrar em seu ouvido:

- Não quero ver nada que passa na televisão.

Meus lábios se mexiam e tocavam-lhe orelha, enquanto minha mão repousava por sobre sua coxa oferecida (sobre o meu colo).

Ela se virou fazendo meus lábios deslizarem da sua orelha até sua boca.

Nossos lábios se encontraram já entreabertos e se encaixaram num beijo molhado.

Suguei-lhe o lábio inferior por entre meus lábios para depois estender a pontada de minha língua até céu de sua boca.

A palma da minha mão esquerda apertou a parte interna de sua coxa esquerda e subiu espalmada até meu dedo indicador e meu polegar encaixarem-se do lado esquerdo de sua virilha.

Eu sentia o tecido da sua calcinha se mexer junto com seu quadril e o cheiro de seu tesão exalava.

Meu dedo indicador entrou um pouco por baixo do elástico esquerdo de sua calcinha até seus grandes lábios.

Eu já podia senti-la molhada, mas isso não evitou a surpresa e excitação de molhar meu dedo completamente na entradinha de sua vagina.

Ela movia o quadril e seus músculos vaginais apertavam meu dedo, enquanto seus gemidos baixinhos me enebriavam.

Comecei um vai-e-vem devagar: pouquíssimo tempo depois ela anunciou que iria gozar.

Eu senti seu gozo escorrer pelo meu dedo e molhar, em parte, sua calcinha e um pedacinho do sofá.

Ela empurrou a minha mão, fechando as pernas para se recompor.

- Ai que loucura – ela falou enquanto seu peito ainda arfava.

Não demorou para ela subir em cima de mim, colocando minhas mãos em sua cintura, e se curvando para me beijar.

Ela mexia seu quadril se esfregando sobre o volume do meu pênis.

- Quero te chupar – sua voz saiu num sussurro rouco de tesão.

Ela não esperou nenhum sinal de permissão: foi colocando seus dedos por dentro do elástico do meu short para puxá-lo de uma só vez.

Desceu seu rosto para beijar minha virilha, bem do lado do meu pênis ereto. Senti um leve chupão molhado e depois seus lábios percorreram a extensão rígida e quente do meu pênis em direção à minha glande.

Sentir sua língua contornando a minha extremidade peniana e, sem que conseguisse prever – sentir a mucosa quente e úmida de sua boca envolvendo-me.

Ela mexia a cabeça para baixo e para cima enquanto me encarava transparecendo toda sua excitação.

Ela tirou a boca do meu pênis, segurando-o em suas mãos. Seus olhos procuraram meus olhos.

- Goza na minha boca – ela falou já voltando a me chupar.

Coloquei minhas mãos em seus cabeços, comecei a fazer movimentos curtos com meu quadril, fazendo meu pênis entrar e sair de sua boca.

- Vou gozar – anunciei com os dentes serrados de tesão.

O sémen escorria por seus lábios quando finalmente ela se levantou sorrindo para ir ao banheiro se limpar.

Ela voltou, lambeu meu pênis e o resquício de sêmen sobre ele. Deu-me um beijo na boca e disse que precisava se arrumar.

Eu entendi a deixa e me levantei para ir embora, mas não sem antes dar-lhe mais um longo e molhado beijo na boca, antes de sair por sua porta.

Contato: sonhodeumanoitedeverao@tutanota.com

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