História de Amor
13º dia
11:00 da manhã estava no quarto deitado, emburrado quando meu tio, disse que ele, meu pai, e os rapazes iriam para a cachoeira após o almoço, inclusive já iria até almoçar estavam todos reunidos na varada do casarão, minha avó adorava aquele clima de alegria, ela tinha um carinho por todos os homens que trabalhavam ali, havia um cuidado com Timóteo por ele ser muito magro ela vivia oferecendo algo para ele comer, a verdade e que ela tratava Ricardo, Roberto, Pedro e Timóteo como filhos, e voltava sua atenção e mimos para Júlio como se fosse um Neto, mas apesar do clima alto astral ela percebeu que eu havia voltado ao meu comportamento antigo, ou seja melancólico e triste, então eu lhe disse:
- Ah vó eu sou assim!
Então minha mente começou a fazer uma auto-analise do meu comportamento, e deixei-me perder
a verdade é que eu era um MIMADO, era o neto caçula, filho único da minha mãe, e meu pai apesar de ter outros 5 filhos com a primeira esposa a Margarida, ele tinha vivenciado se dedicado mais a mim, que aos outros irmãos de maneira, que meu relacionamento com meus irmãos era péssimo, não passava da cordialidade necessária para eventos formais, o pior e que eu era privilegiado, mas tinha mania de querer manter esses “agrados”, ou seja logo cedo, passei a fazer papel de vítima, o que me afastou dos meus irmãos e dos meus primos.
Já as minhas primas me tratavam como um bibelô, eu era uma espécie de boneco em miniatura para elas, e eu adorava, as vezes elas extrapolavam e me vestiam como uma boneca, e me maquiavam.
Tio To-nhô tinha 6 filhos que possuíam a mesma idade, cada um era filho de uma mulher, meu tio passou a trabalhar pesado, ele passou a trabalhar numa empresa de construção civil, ele queria mostrar para o pai, que ele iria assumir suas responsabilidade com seus filhos, tudo que ele recebia era destinado para a pensão dos 6 meninos, nos primeiros 3 anos ele até aceitou auxilio do vô, para completar a renda para os meninos, mas a medida que ele ia crescendo na firma seu ordenado aumentava, raramente meu tio comprava roupas para ele, só quando necessário, primeiro era os filhos, e todo dia ele fazia questão de passa e ver um ou outro, e no sábado ele reunia os 6 que passavam o domingo com ele e meus avôs, meu tio além de ter sido um ótimo pai para os seus filhos, ele também assumiu o lugar do meu pai, os meus irmãos receberam bastante carinho paterno por parte dele, ele ocupou o lugar do meu pai além do mais os seus filhos tinha uma excelente relação com os meus irmãos.
A Margarida havia criado rixas entre meu pai e seus filhos, mas meu pai errava em ser ausente na criação deles, e como ele odiava lidar com ela, evitava ver-la, e aí foi se criando o abismo da relação conflituosa que ele tinha com os meus irmãos, então ele foi um pai AUSENTE na criação de 5 filhos, e foi um pai PRESENTE na criação do outro “eu”.
Estava eu refletindo sobre as relações familiares, então senti meu corpo tremer, era Júlio que me agitava, e passou a fazer cócegas em mim, tirando de mim gargalhadas.
- esse Cuco está funcionando ou este relógio está cheio de cupins?
Vá desfaça essa cara de BICHO- PAPÃO
anda! Arre!
VIVA no mundo de fora ao invés de viver no mundo de dentro, rapaz!!!
borá vamos dá uma volta
saímos, e fomos caminhar pelas terras daquela Fazenda.