Eu fiquei realmente amiga da Fabi, ela se tornou especial para mim, não só por ter sido a primeira me fazer de corna e automaticamente me inaugurar nesse mundo peculiar, mas também pela compreensão que ela sempre teve comigo desde a primeira vez que achei ela simpática no grupo das cuckqueans e resolvi chama-la no privado para tirar algumas dúvidas. Sempre simpática e atenciosa, todas as vezes que a chamei para se encontrar comigo ela foi de bom grado. Adoro ela de verdade, e sempre batemos papo pelo whatsapp e as vezes marcamos de sair para fazermos coisas de mulherzinha. E foi em uma sexta-feira que acordei com a seguinte mensagem dela.
“Fabi: Oi linda, bom dia, ontem ficamos até tarde de papo furando e esqueci de dizer, tenho uma amiga que também faz parte do nosso mundo de corna, a irmã mais nova dela quer entrar nesse mundo, porém não como corna, mas como ‘a outra’ e pela idade dela eu mostrei você e o Edgar. ”
Pronto, só aquilo foi o suficiente para sentir minha ppk formigar e um fogo subir pelo meu corpo. Eu respondi que me interessei em ver que ela é, mas sem confirmar nada, até porque preciso conhecer. Fabi me respondeu quando eu cheguei no trabalho, me passou o número dela e o link do instagram, instagram que perdi minutos olhando e analisando. Thaiane o nome dela, 25 anos, tinha o rosto largo e arredondado, peculiar e diferente, cabelo loiro um pouco maior que o ombro, um belo sorriso e piercing no septo. Seu instagram dizia muito sobre ela, era uma menina viajada, fotos em vários lugares e até fora do Brasil e o legal, não era aquelas minas de se expor em instagram, a única foto de biquine não dá para ver muito. Não era magra e fina, mas também não era gordinha. Tinha uma estrutura de corpo largo apenas. Pelos decotes, peitões fartos. Achei ela interessante. Fui ao meu whatsapp.
- Oi, meu nome é Amanda, Fabi falou de você!
- Oi Amanda, muito prazer, sou Thaiane. Tudo bem?
- Tudo ótimo e com você? Prazer é todo meu.
- Tudo bem também.
Respondi e dei um intervalo, queria ver se seria eu ou ela quem tomaria a iniciativa. Percebi que o tempo inteiro aparecia ‘digitando’ porém demorou quarenta minutos para ela me mandar a mensagem.
- A Fabi te falou sobre o que se tratava? – Ela perguntou.
- Não falou não kkkkkk – Antes que ela pudesse responder, mandei outra mensagem. – Brincadeira, falou sim.
- Menina do céu, ainda bem, eu estou muito nervosa. KKKK
- Relaxa, normal ficar assim. Quer bater um papo antes para nos conhecermos melhor, só eu e você, sem o meu namorido que assim quebramos o gelo e tiramos dúvidas. O que acha?
- Excelente ideia, nossa, porque por mais que eu converse com a minha irmã e a Fabi, não é a mesma coisa com a pessoa que eu vou... me entende.
- Entendi perfeitamente.
- Onde te encontro? – Ela perguntou.
- Eu saio do trabalho as 17h.
- Perfeito, eu te encontro!
- Ótimo. – passei o endereço perto do meu trabalho. – Você gosta de comer o que?
- Ah, como qualquer coisa!
- Não! Escolhe uma coisa que queira comer!
- Japonês! – Ela respondeu.
- Tem bom gosto.
Por se tratar de uma sexta-feira, reservei uma mesa para dois em um restaurante japonês delicioso que tem perto do meu trabalho, gostei dela, vamos ver pessoalmente. Então, vou pagar o jantar de hoje como uma boa corna que está conseguindo uma mulherzinha para dar para o namorado deve fazer. Sai um pouquinho atrasada, apesar de eu sempre trabalhar de forma elegante, trabalhar em um banco te faz se vestir sempre formal, eu queria botar uma roupa mais menina. Uma calça jeans cintura alta, um cropped, uma maquiagem e um batom vermelho, e um tênis da vans. No instagram informava que ela tinha 25 anos e eu vou fazer 24, mesma etária.
Quando eu saí, lá estava ela, fofíssima, estávamos vestidas parecidas, o jeans dela era mais claro. Eu me produzi especial para ela e ela o mesmo para mim. Gostei. Baixinha que nem eu e, como eu disse, corpudinha, não era magra e nem gorda e sim estrutura larga, rosto redondo e muito meiga e fofa, uma princesinha.
- Thaiane?!
- Oi, Amanda.
Demos um abraço como cumprimento. Caminhamos até o restaurante japonês, pedi a mesa que tinha na janela e era afastada de outras mesas. O ambiente de luz baixa com uma vela de canto na mesa dava um clima harmônico.
- Reservou essa mesa? – Ela perguntou curiosa com o capricho.
- Claro.
- Nossa que especial.
- Obvio né, tenho que ser... – Aproximei o rosto dela, já que estávamos sentada de frente. – uma boa corninha. – Respondi.
- Você já quer acabar comigo logo no começo. – Ela fez um rostinho de safada.
Quebrando as apresentações iniciais começamos a nos aprofundar.
- Fabi me falou que você tem o interesse em ser a ‘outra’
- Sim, de uns tempos pra cá comecei a ter esse fetiche de me imaginar me envolvendo com uma cara com a mina dele olhando sabe, achei que era loucura até ver que isso existe.
- E como existe. – Dei um gole na bebidinha alcoolica que pedimos.
- Com a Fabi eu não quis me envolver pelo grau de proximidade, minha irmã nem pensar, mas resolvi falar com elas sobre o meu desejo depois que minha irmã me contou que tinha essa vida. Aí a Fabi falou de você.
- Que bom, nesse mundo tudo tem que ser sigiloso, então é difícil encontrar parceiras. Fiquei feliz quando a Fabi falou de você.
- Sabe, eu tenho medo de na hora...
- Calma, não vamos chegar mandando você fazer um strip-tease. – Rimos disso. – Primeiro vamos preparar um programa legal lá em casa para você conhecer o Edgar, e ele é um doce, modéstia a parte, mas meu homem é um lorde de tão meigo e gentil. Vocês vão quebrando o gelo e deixamos rolar, se não quiser, é só falar.
- Bom você dizer isso.
- Será bem-vinda. – Completei.
- Você é muito linda. – Ela me elogiou.
- Obrigada, também te achei.
Comemos bastante, tomamos umas bebidinhas, algumas até forte. Rimos, falamos sobre vida, namoro, transa, faculdade, emprego etc... Quanto tempo eu não saia com uma amiga da mesma idade para esse tipo de rolê, fomos com um intuito, mas acabando indo para outro. Eu adorei ela, de verdade.
Era por volta das 23h, pedi Edgar para me buscar e antes dele chegar, chegou o uber que pedi para ela.
- O uber já ta pago. Tá. – Avisei.
- Amanda, você pagou o restaurante, ou melhor, pagou tudo. Não precisava.
- Meu amor. – Cheguei no ouvido dela. – Deixa a corninha aqui te mimar.
- Você está me deixando louca com isso. – Ela respondeu.
- Amanhã nos falamos?
- Sim! Claro, com certeza.- Ela sorriu um pouco altinha.
Quando o uber dela chegou nos abraçamos, eu descuidada, recebi um abraço mais próximo do que o normal, quando saímos, ela me deu um selinho e entrou no carro. Não sei o que eu achei só fiquei parada ali e olhando o carro dar partida com elaObrigado por ler até aqui. Costumo postar um capítulo todo domingo, mas essa semana decidi mimar vocês, na terça ou na quarta sai outro capítulo.
Espero vocês, hein!
E ah, não leu os outros capítulos? Está esperando o que? Clica no meu nome e maratone os meus dias de corninha. u.u
Beijos da Amanda.
<3
