LIBERANDO NA PRESSÃO
Desculpe a pressa na digitação, Léo. Se tiver muitos erros você corrige por favor. Somos um casal jovem, Minda e o Linus (escolhemos estes nomes só para relatar o caso).
Linus tem 26 anos e eu Minda tenho 20. Estamos juntos faz três anos. Nós dois, decidimos escrever esta narrativa aos pedaços, pois aconteceu tudo de surpresa, e contra a nossa vontade.
Na verdade, já faz algum tempinho que aconteceu, alguns dias, e mexeu muito com a gente em todos os sentidos, no emocional, no físico, na nossa visão das coisas. Ao mesmo tempo que foi um drama, um susto e tremendo trauma, nos obrigou, agora, a ver tudo por novos ângulos. Ficamos abalados mas depois provocou um efeito muito estranho. Nós somos muito unidos, verdadeiros, e decidimos superar e contar. Só agora que resolvemos escrever. Não contamos para ninguém das nossas relações e não sabemos se vamos ter coragem de contar a um psicólogo. Mas, como somos leitores dos seus contos e também lemos o seu livro, achamos que você pelo menos, nos ajudando, a gente tem a oportunidade de desabafar, não revelando quem somos realmente. Devido ao fato ter acontecido muito recentemente, demos prioridade a contar logo. É o seguinte.
Minda:
Era noite de domingo e tínhamos ido a um barzinho. Nós tínhamos sido chamados para uma festa fechada de aniversário de um grande amigo. Com todos os cuidados, máscara, distanciamento, etc... . Era um ambiente fechado, simples, um bar, só para confraternizar num tranquilo e simpático e não deixar o aniversário sem comemorar. Mas em tempo de pandemia, cinco casais reunidos já são considerados aglomeração.
Linus:
Eu e a Minda já tínhamos, antes, desde o começo da nossa relação, a ideia de sermos um casal liberal, líamos contos no site, fantasiávamos bastante, gostamos muito de sexo, até sonhávamos ir num bar liberal um dia, mas não tínhamos nenhuma experiência. Nós só fantasiávamos.
Minda:
Eu estava numa fase de perder a timidez e provocar o desejo no Linus, sei que ele gosta de provocações, então, na noite do ocorrido, fui de vestido de malha preta, decotado, curtinho, justinho, desses que se a gente mexe muito tem que ficar abaixando com a mão senão ele sobe deslizando pelas coxas deixando a bunda de fora. E de propósito eu não usava sutiã nem calcinha. Como a gente só ia no barzinho onde teria um jantar, um ambiente fechado, assoprar as velinhas, tomar uns drinques e voltar para casa, achei que não tinha problema. Eu e o Linus gostamos muito de sexo e nos damos muito bem. E estávamos na fase de provocar sempre.
Linus:
Muito bem, tudo correu normal, comemoramos com amigos, (alguns até notaram que a Minda estava sem sutiã pois os peitinhos dela, médios e de mamilos salientes marcavam muito a malha do vestido) e ela estava mesmo provocante, mas nenhum amigo disse nada. Só olhavam disfarçando. Primeiro jantamos, depois assopramos as velinhas do aniversário, ficamos mais um pouco conversando com os amigos, alguns nós não víamos há meses, e pouco antes da meia noite, todos resolveram ir embora. Cidade do interior tem pouco movimento de noite. Eu e a Minda, não sei por quê, ficamos por último.
Achamos que talvez se ficássemos mais um pouco poderíamos brincar e fazer algumas provocações ali no barzinho, tipo eu bolinar ela ali na mesa, essas coisas. Era apenas um aquecimento para nossa noite. Depois que os amigos partiram ficamos mais meia hora tomando a última caipirinha. O bar já estava para fechar mesmo. Nós saímos por último.
Minda conta:
Quando saímos do barzinho, nós andamos um pouco pela calçada, para ir até onde nosso carro estava estacionado numa rua ali perto. Mas não chegamos nem perto, logo começou de súbito o maior tiroteio mais acima na rua, perto da praça, ouvimos um monte de gente gritando, carros passando em velocidade, e vimos uns caras correndo lá numa esquina, mascarados e armados. O Linus me puxou rápido, corremos abaixados e nos escondemos atrás de um carro estacionado sem saber para onde ir. Paralisados de medo. Nisso, vimos um pequeno depósito de bebidas ali adiante, na esquina, que estava abaixando as portas de aço, daquelas de correr. Linus disse vamos correr. Despi as sandálias em dois segundos, saímos disparados por alguns metros e entramos num mergulho por baixo da abertura da porta que já estava na metade. E logo fecharam a porta.
Linus:
Chegamos perdendo o fôlego. Ficamos ali no escuro, no chão, parados, em silêncio, sabendo que havia mais alguém lá dentro daquele ambiente, mas não fazíamos barulho. Lá fora os tiros aumentaram, parecia um cenário de guerra. Havia até explosões. Soubemos bem depois no outro dia que bandidos estava assaltando os bancos no centro da cidade naquela noite. Como tudo estava escuro, algumas geladeiras das bebidas do depósito, que tem porta de vidro, deixavam uma pequena luminosidade invadir o ambiente e quando a nossa vista se acostumou ao escuro conseguíamos ver os vultos. Vimos quatro vultos de pessoas também abaixadas no chão. Não dava para identificar quem fossem, todos tinham máscara, mas deu para ver que eram três homens e uma moça. Um dos sujeitos perto da entrada, talvez o que desceu a porta de correr, fez sinal para ficarmos em silêncio. Como estávamos por dentro da porta, não dava para trancar o cadeado que fica por fora. O medo era os bandidos suspenderem a porta e entrarem ali. Ficamos no chão. Morrendo de medo. Parados por um minuto.
Minda:
Lá fora a barulheira de tiros, carros passando, homens gritando ordens, gente falando em walkie-talkie, era muito apavorante. Eu tremia assustada. Quase mijei. Vi o homem que fez sinal para ficarmos calados, ao meu lado, retirar uma pistola da cinta e colocar na sua frente no chão. Aí fiquei com mais medo ainda. Mas ninguém se mexia.
Linus:
Estávamos parados e agachados com havíamos entrado. Eu como entrei com mais embalo estava mais para dentro do pequeno espaço, entre o balcão de atendimento e as geladeiras de bebidas que ficavam ao longo da parede. Estava cerca de um metro atrás da Minda que parou mais perto da porta. Quando olhei para a Minda, vi que ela estava de joelhos no chão, abaixada, a bunda para trás, mas o vestido dela tinha subido na correria e a bunda dela estava toda de fora. A luz da geladeira iluminava sua bunda, que é muito bonita, e dava para ver a xoxotinha aparecendo entre as coxas. Minda não é grande, é mediana, mas tem formas muito belas e um corpo perfeito. Ela tem a xoxotinha gordinha e volumosa, bem depilada. Me arrepiei todo. Olhei dos lados e notei dois dos outros caras perto de mim que tinham a mesma visão que eu.
A mulher ao meu lado direito também podia ver. Acho que todos tinham visto, só a Minda não tinha percebido. Tentei me movimentar para perto dela, mas um dos caras ao meu lado, grandalhão, colocou a mão sobre minha perna e fez pressão, indicando para eu não me mexer. Fiquei quieto torcendo para que a Minda percebesse o seu estado. Nisso, o sujeito perto da porta, aparentando ser conhecedor do local, puxou uma tomada da parede e duas geladeiras se apagaram. Só ficou uma única acesa, ao fundo, longe, o que escureceu mais ainda o ambiente. Por um instante ficou tudo muito escuro. Não víamos mais nada.
Minda:
Eu não tinha visto meu vestido subido, estava com tanto medo, que não ligava para nada. Não queria nem me mexer. Quando tudo ficou escuro, eu senti uma mão alisando a minha bunda bem de leve. Foi quando eu tive noção do meu vestido acima da bunda, quase na cintura. Eu pensei primeiro que fosse o Linus me tocando. Mas ouvi bem perto do ouvido um sibilado de alguém que falava: “shhhhhhh” como a pedir total silêncio e imobilidade. De fato, com o silêncio ali dentro dava para ouvir que várias pessoas se movimentavam lá fora, perto, na calçada. O medo de invadirem o local era grande. Eu sentia medo e ao mesmo tempo me deu uma grande excitação nervosa perceber que não era o Linus que me acariciava, e minha xoxota deu umas contraídas involuntárias. Senti a mão passando de leve na minha bunda, os dedos deslizando suaves pelo rego e tocando na xoxota. Eu já estava melada ali. Sabia que o Linus, geralmente tão cuidadoso, não teria a ousadia de fazer aquilo naquelas condições. Então eu me arrepiei toda. Era outro homem que me tocava. Deduzi que estava sendo acariciada pela mão do sujeito que tinha a arma, o mesmo que havia desligado a tomada, pois era o mais próximo de onde eu estava. Nisso, a pessoa que havia sibilado falou em tom bem grave e baixo no meu ouvido:
- Se você tem celular, desligue agora para não tocar.
Reagi de imediato. Enquanto eu pegava meu celular na pequena bolsa à tiracolo, para desligar, ouvi sussurrado que ele repetiu o mesmo para outro sujeito ao lado dele e este repetiu isso ao mais próximo. Em segundos percebemos movimentos nas roupas, e identificamos que todos apagavam seus celulares. Era realmente fundamental porque se tocasse um deles nos revelaria ali escondidos. Senti que o homem que comandava sabia o que fazer. Permanecemos todos em silêncio, no escuro, tentando não fazer nenhum movimento. Mas eu sentia a mão do sujeito me acariciando entre as coxas de maneira bem sensual. Fiquei toda arrepiada. O nervosismo da situação aumentava a adrenalina e a excitação. Depois de uns segundos ele pegou também no meu peito de leve e notou que não tinha sutiã. Eu já ofegava com aquelas carícias mas tentava não revelar o que acontecia. Estava tendo uma excitação tremenda devido á tensão, e minha xoxota se apertava e umedecia.
Linus:
Eu ouvi alguns sussurros no escuro, e logo alguém me disse numa voz grave: “Se tem celular desligue já! ”
Claro, foi muito bem lembrado. Peguei o celular no bolso e apaguei. Notei pelos sons abafados que outros faziam a mesma coisa. Nesse momento começamos a ouvir rajadas de metralhadora mais próximas, tiros batiam nas paredes, era um ruído ensurdecedor dos infernos. Havia uma cena de guerra lá fora. O sujeito que parecia dar as ordens ali dentro me pegou pela camisa e me fez ficar sentado no chão e encostado na parede do balcão. Ele disse baixinho ao meu ouvido: “Não se mexa, não fale nada! Podemos morrer. ” Achei, pelo modo seguro de falar que era alguém acostumado a comandar. Pelo menos havia alguém que tomava decisões.
Logo a seguir ele fez a mesma coisa com outra pessoa que se sentou ao meu lado direito, e pelo perfume adocicado que exalava de seu corpo achei que era uma mulher. Do meu lado esquerdo se sentou o mesmo grandalhão que me pressionara na perna para eu não me mexer quando ainda havia alguma luz. Assim, o comandante, vou chamar assim, foi acomodando um a um de acordo com sua posição original no pequeno espaço, todos alinhados e encostados na parede do balcão. Fazíamos o mínimo de movimento possível.
Nessa ordem de ideias imaginei que a Minda deveria ser a primeira da fila no início do balcão, próxima da porta. Eu tentei me esticar um pouco para frente, e ver se localizava a Minda, mas o grandalhão ao meu lado colocou a mão no meu ombro e falou em tom baixo:
- Não se mexe. É sério. Se nos descobrem estamos fodidos.
Ficamos ali ouvindo a grande balbúrdia de tiros, caros que passavam em velocidade, e gente andando apressada pela calçada lá fora. Eu não queria colocar ninguém em risco e fiquei calado. Todos estavam com medo. Aí escutei uns movimentos arrastados como se alguém se movimentasse de joelhos pelo chão. E a seguir um pequeno estalido plástico, muito abafado, e segundos depois alguém estendeu uma garrafa de água mineral para que eu pegasse. Foi maravilhoso, pois estava com a garganta seca, pegando fogo. Bebi alguns goles, e a mão pegou de volta a garrafa e deu para outra pessoa. Assim todos bebiam um pouco. Percebi que estávamos sendo orientados por uma pessoa que sabia se virar em situações de risco.
Minda:
O cara que comandava as ações ao meu lado me puxou pelo braço. Ele me fez ficar sentada no chão e encostada ao balcão. Pouco depois eu recebi dele uma garrafa de água mineral aberta e já pelo meio. Eu dei alguns goles. Foi um alívio, precisava daquilo e devolvi a garrafa. A mão que me acariciava voltou a fazer toques, dessa vez mais ousados. Senti os dedos da mão me provocando, subindo entre as coxas, e tocando bem de leve a minha xoxota. Foi incontrolável não dar uma suspirada. Eu estava sentada no chão, de pernas ligeiramente abertas para me equilibrar e encostar ao balcão. A mão entrava fácil por ali e eu não tinha nem força para fechar a perna. Mas também não senti vontade de fechar. Não sei o que me deu. Foi então que começou o grande momento dramático. Lá fora, vozes de megafone, sirenes da polícia, muitos tiros, e explosões. Ali dentro, a mão do sujeito me apalpava os seios, e me sussurrava bem no ouvido:
- Você é uma delícia, está meladinha de tesão, e eu também estou. Fica tranquila e quieta. Relaxa. Obedece. Não vou fazer mal a você, só quero o seu bem e salvar nossas vidas.
A mão dele explorava mais minha xoxota, deslizava o dedo melado na rachinha e me arrepiava toda. Não eram toques brutos, eram toques suaves, delicados, sensuais, e eu não achei ruim. No meio de tantos perigos e ameaças, aquilo eu sentia como um conforto, feito por alguém que me dava confiança. Eu perguntei baixinho:
- Meu marido? Onde está?
- Fique calma, não fale nada, seu corninho está bem, só um pouco mais distante. Preciso que todos fiquem quietos, sem falar.
Ao ouvir ele chamar o Linus de corninho eu fiquei meio chateada, mas ele fez: “shhhhhh”
Havia nele uma força serena e firme de comando que me fazia obedecer. Eu me calei. Apenas os dedos dele me acariciavam na xoxota e no peito de um jeito muito provocante. Eu estava excitada com aquilo e nervosa. Quem era aquele homem que no meio de uma guerra me provocava de um jeito tão calmo? Aquilo dava tesão. Então, ele prosseguiu me provocando. Ele me penetrava de leve com a pontinha do dedo, depois pegou os dedos molhados com minha própria lubrificação e passou nos meus lábios. Lentamente eu fui ficando ainda mais excitada.
Ele falou no meu ouvido:
- Está com tesão? Se estiver diz que sim.
Eu estava com muito tesão e disse “sim”.
Quando ele colocou o dedo médio melado nos meus lábios eu instintivamente lambi e dei uma chupadinha. Pronto, ele percebeu que eu estava gostando. Ele prosseguiu nos toques e como havia muito tiroteio e barulhos lá fora, ele podia cochichar no meu ouvido.
- Delícia, você é muito provocante, sem calcinha e sutiã. Gosta de safadeza né?
Eu naquele momento fui tomada de uma volúpia incrível, que me tirou do juízo. Eu disse novamente “sim”.
Ele pegou na minha mão e levou até no meio das pernas dele. Quando toquei ali senti que meus dedos estavam sobre um pinto duro. Instintivamente eu segurei no pênis e notei que era grosso, muito grosso. Ele esperou com calma eu segurar no pau dele, sem fazer nada. Eu exclamei:
- Nossa!
- Shhhh..., gostou?
- Sim. Muito. Está duro.
- Estou muito tesudo. Sua mão está quente. Pode pegar.
Eu não me controlava mais. O fato dele ser suave, sem ser agressivo, me provocava. Sabia que ele estava tirando proveito de uma situação, mas eu estava muito excitada e gostando. Era um paradoxo. Lá fora os tiros e movimentações de carros continuavam. Às vezes ouvíamos explosões. Era uma situação dramática e todos estavam apavorados. Havia perigo real de sermos descobertos ali. Mas isso aumentava mais minha excitação. E o fato do Linus estar ali perto, tornava tudo mais louco. A mão do sujeito me tocava na xoxota de uma forma muito gostosa e eu já masturbava lentamente aquele pau grande. Senti o cheiro do sexo dele e me fez ficar ainda mais tarada. Minha xoxota escorria baba de tão excitada. Uma outra mão dele retirou um dos meus seios de dentro do vestido e ficou acariciando meu mamilo que parecia ter crescido e ficado duro. Lentamente, ele me beijou e eu correspondi. Não via o rosto dele e aquilo se tornava ainda mais excitante. Trocamos mais uns beijos. Eu perdi a noção. Ele prosseguia nas carícias, os dedos na xoxota, e eu já havia aberto mais as pernas. Então, ele pegou na minha nuca e me fez abaixar lentamente até colocar a boca no seu pau. Senti o cheiro da pica mais forte e a grande cabeça de pele lisa e esticada penetrou na minha boca. No começo eu lambi um pouco, muito excitada. Ele sussurrou:
- Chupa. Você quer?
- Sussurrei um sim. Na mesma hora passei a lamber e mamar na rola vigorosa. Estava tendo pequenos orgasmos nos dedos dele me acariciando, tocando no meu grelinho bem de leve.
Ele era muito experiente porque sabia tocar de um jeito delicioso. Estava alucinada de tesão. Nunca havia sentido tanto prazer nos toques como aqueles.
Linus:
Eu fiquei estático por algum tempo e tentando avaliar se algo poderia ser feito. Depois que bebi a água, baixou a taxa de adrenalina no sangue, minhas funções mentais se normalizaram e eu ganhei mais consciência do perigo real que havia ali fora e nos ameaçava. Mas o fato de ter olhos claros, me dá uma capacidade de me adaptar melhor em ambientes de pouca luminosidade. Havia apenas uma das geladeiras no final da fila de seis geladeiras, que ainda estava ligada e sua parca iluminação, uma lâmpada no fundo do refrigerador, não era suficiente para permitir uma boa visão do ambiente. Mas minha vista foi se adaptando, a pupila foi se dilatando, fui tendo a capacidade de identificar os vultos, todos parados, imobilizados pelo medo, encostados na parede do balcão. Foi então que localizei a Minda, bem ao lado do sujeito que eu achava ser o que tinha comandado as ações nossas ali. No início pareciam estáticos como todos, mas pouco depois eu notei movimentos neles. Eu me esforçava para identificar o que acontecia, e foi quando eu tive a certeza de que o sujeito estava abusando da minha mulher, pois vi sua mão entrar no decote e expor o seio da Minda. Mas ela não reagiu. Depois vi a mão dele entre as coxas dela. E minha mulher deixava as coxas separadas, não fechava as pernas. Achei que ela estava deixando. Eu tive um impulso de reagir mas fiquei paralisado ao ver que a Minda o beijava. Ela estava correspondendo aos avanços dele. Aquilo me congelou. Me deixou totalmente desnorteado. Pensei em me movimentar até lá, mas alguns tiros ali bem perto, e balas ricocheteando na parede me contiveram. Estava muito tenso. Então, aos poucos os movimentos dos dois juntinhos confirmaram o que eu desconfiava. A Minda estava colaborando com o abusador. Gelei. Fiquei todo arrepiado. Meio em choque. Aí aconteceu algo ainda mais forte. Ela se abaixou e começou a fazer sexo oral nele. Era o que parecia de onde eu estava. Pensei que fosse por medo. E eu sabia que se eu reagisse, poderia piorar nossa situação. Ponderei que iria observar melhor as atitudes dele e dela para ver se havia violência, ameaça ou colaboração. Eu estava totalmente nervoso e tenso. Os movimentos dela indicavam colaboração voluntária. Eu pensava que se eu estava podendo ver o que eles faziam, os outros também podiam. Mas todos permaneciam estáticos, paralisados de medo pelo grande tiroteio que prosseguia já por mais de meia hora. Então eu fiquei ali assistindo o que eu jamais imaginei que veria. A minha mulher praticando sexo oral, em um homem desconhecido, na frente de outras pessoas, num ambiente hostil e diante do próprio marido. E demorou uns cinco minutos ou mais. Eu transpirava e minha respiração ficou acelerada.
Minda:
Eu estivera tão apavorada desde o começo, e depois excitada, que ficara de olhos fechados muito tempo. A escuridão ajudava. Até que ele me puxou para chupar seu pau. Naquele momento eu abri os olhos, tentei enxergar, mas não olhei para o ambiente, só olhava para o homem ali ao meu lado com o pau enorme para fora. Vi o pênis na minha frente. Aos poucos foi que levantei a vista, notei então que era possível vislumbrar vultos no ambiente escuro, e localizei o Linus. Estava a um metro e meio de distância, sentado, encostado no balcão. Vi que ele me olhava admirado. Aliás, achei que todos me olhavam, foi essa a sensação que tive. Dei uma parada no que fazia, voltei a observar e pensei:
“Estou chupando o pau de um homem desconhecido na frente de outros e do meu marido”
A reação que tive foi inusitada. Jamais pensei que teria aquele tipo de sensação. Mas foi um calor estimulante da minha libido. Não sei explicar.]
Talvez algum componente exibicionista, devasso, no meu íntimo que me deixou tarada. Eu tinha uma justificativa para fazer o que estava fazendo, estava tentando preservar a minha vida, o sujeito tinha uma arma ao lado, e a situação lá fora era de guerra, com intensa tensão. Mas, na verdade, eu sabia, era apenas justificativa. Eu estava mesmo excitadíssima. Na minha cabeça a ideia era a de que o Linus vendo aquilo iria se excitar, exatamente como nas fantasias.
Então, eu fiz a coisa mais louca que pude. Fiquei de joelhos, sentada nos calcanhares, abaixei o tronco e comecei a chupar a rola do sujeito. Mas não me preocupava mais em disfarçar, fiquei ali de joelhos no chão diante dele, a bunda exposta e passei a chupar com vontade naquela rola grande e grossa, que me dava muito tesão. Fazia até um pouco de barulhos molhados.
Linus:
Eu via cena da Minda chupando o pau do sujeito, e não queria acreditar. No entanto, ao perceber que ela estava fazendo por vontade, sem pressão, eu pensei: “A safada está gostando de mamar no pau do desconhecido! ”
No momento que eu constatei aquilo, e tive certeza de que ela havia assumido seu desejo, meu pau ficou vivo, começou a endurecer, e percebi que me excitava. Eu não entendi muito bem o motivo, mas me remeteu na mesma hora para algumas das fantasias e contos eróticos que já havíamos lido juntos, e quanto mais eu constatava que estava excitado, mais aquilo me dava tesão. Vi quando o sujeito deixou a Minda se afastar um pouquinho e despir o vestido. Ela ficou nua por sua livre e espontânea vontade. Meu corpo fervia e via o sujeito beijar os lindos seios rijos da Minda que já soltava alguns suspiros mais altos. Ao meu lado o grandalhão tinha retirado o pau para fora da calça e se masturbava. Ele exclamou baixinho:
- Caralho, que safada!
Ali naquele ambiente de extremo silêncio dava para ouvir nitidamente Minda suspirando e chupando. Lá fora ainda se ouviam disparos e muito barulho, carros acelerando, gente implorando. Mas ali dentro todos permaneciam imóveis. Mas aos poucos vi que o terceiro homem também se masturbava. E não acreditei quando notei que a mulher jovem que estava ao meu lado, havia dobrado os joelhos e com os dois pés apoiados no chão, de pernas abertas e a saia suspensa se tocava sobre a calcinha. Todos ali contagiados pelas cenas eróticas da Minda chupando o pau do sujeito e sendo tocada nos seios. Meu pau duro doía dentro da cueca.
Minda:
Eu estava tomada de uma volúpia muito grande, e quando vi que o Linus me observava, decidi dar vida à todas as nossas fantasias, e aproveitar a oportunidade. O medo de poder estar morta dali a alguns minutos, também fazia pressão. Todos podíamos morrer. Cheguei a ver que os outros ali também assistiam tudo e se masturbavam. Então eu taquei um foda-se, deixei o tesão me dominar e chupei aquele pau delicioso, grande e rijo. Babei, suguei, lambi as bolas do saco, enquanto ele me acariciava. Decidi retirar o vestido e ficar nua e aquilo funcionou como um estopim para deixar a todos mais soltos. O moreno forte que eu chupava me questionu:
- Seu corninho gosta de ver? Sente tesão?
Eu achava que sim, pelo menos nas fantasias, então respondi:
- Sim, ele fica muito tarado. Meu corninho gosta.
Eu nunca tinha falado “meu corninho”, me referindo ao Linus, meu marido, pessoa de quem gosto tanto, mas naquele momento eu estava me lembrando dos contos que havia lido, do tesão narrado por aqueles que adoram ver suas mulheres com outro, e assumi totalmente o papel. Então o moreno forte me puxou e me fez deitar de costas no chão, abriu minhas pernas e veio chupar minha xoxota. Quando ele colou a boca quente na minha xana toda melada e lambeu, eu soltei outro suspiro prolongado, deliciada. Agarrei nos cabelos dele e deixei ele me chupando, sugando meu clitóris, apertando meus seios, de um jeito que eu nunca tinha sentido. Era uma pegada firme, mas suave, segura, experiente, safada. Comecei a ter orgasmos seguidos. Olhei de lado e vi o Linus parado, estático, assistindo aquilo com expressão admirada. Eu estiquei a mão para o lado na direção dele e ele num gesto instintivo, se ajoelhou, chegou para frente e esticando a mão segurou na minha. Eu apertei a mão dele sentindo um orgasmo delicioso que eu tentava expressar retendo o gemido profundo e apenas ofegando. Eu disse em tom bem baixo, mas suficiente para ele ouvir:
- Ah, corninho, estou gozando muito!
Linus estremeceu e ficou ali de quatro segurando a minha mão enquanto eu gozava sendo chupada deliciosamente. Eu também estremecia toda.
Linus:
Quando vi a Minda se deitar e abrir as pernas, ficando com os seus dois lindos pezinhos para cima e o sujeito mergulhar entre suas coxas para lamber sua xana, eu pensei que ia explodir. Meu corpo tremia e minha cabeça rodava. Meu coração acelerado. Mas eu via a cena que já tinha fantasiando algumas vezes e aquilo me deixou muito excitado. Meu coração dividido, apertado por ver minha adorada esposa se entregando para outro macho, e ao mesmo tempo a realização de uma fantasia que já tínhamos comentado algumas vezes, vendo vídeos de sexo. Então, a Minda estendeu a mão e me chamou, e eu não pensei em mais nada. Queria estar junto com ela naquele momento. Não para fazer sexo, mas para compartilhar com ela daquele momento tão erótico. Foi quando eu ouvi ela gemendo, me chamando de corninho. Meu corpo teve um arrepio completo, um calafrio que me fez estremecer, coisa que já havia imaginado, e eu apertei sua mão sabendo que ela estava gozando. Mas não acabou ali, eu logo vi o sujeito moreno forte se erguer nos joelhos, abaixar as calças e a cueca, e mostrar o caralho grande e escuro. Não acreditei no que via, era um pau grande e grosso, talvez mais de vinte centímetros de rola dura, e ele se encaixou entre as coxas arreganhadas de Minda, com uma mão segurou em sua virilha e com a outra pincelou a rola na xoxota. Eu fiquei angustiado, travado, sem reação. Não acreditava que pudesse caber. Notei que ao nosso lado, a moça que antes se masturbava vendo a Minda estava chupando o pau do grandalhão. E o terceiro sujeito ajoelhado com as calças arriadas se masturbava. Então ouvi a Minda pedir sussurrando para o morenão forte:
- Vem, vem, tesão, mete em mim, mete gostoso que eu quero sentir essa rola aqui dentro.
Ela em seguida me olhou, ainda agarrada na minha mão e eu estremecia todo ante a eminência de ver o que pensava ser quase um arrombamento. O moreno forte encaixou a pica na xoxota e falou assoprado:
- Vai, pede, pede pica vai...
Minda obedeceu, sempre sussurando:
- Vem gostoso, mete tudo. Me tola.
E ele foi enfiando a rola na xoxota e a Minda ofegando, gemendo, mas de prazer. Ela então apertou mais forte a minha mão, e eu correspondi apertando de volta. Ela gemeu:
- Ah, corninho, que loucura! É muito bom!
Quando vi o sujeito tinha enfiado toda a pica na xoxotinha pequenina da minha mulher, e ela rebolava enquanto ele ia socando.
Minda:
Por um tempo os barulhos de guerra do lado de fora não incomodavam mais. Eram apenas uma realidade distante. Como se tudo que existisse fosse aquilo ali. E eu estava alucinada de prazer, realizando uma louca fantasia que se tornara realidade por obra do acaso, mas que por isso mesmo se mostrava muito mais excitante. O moreno forte me fodia de um jeito delicioso, eu tinha a boceta toda atolada com uma rola grossa, dura e grande e que entrava e saia lentamente na minha xoxota. Eu arfava a cada enfiada. Ouvi o moreno dizer:
- Está bom? Está gostando?
Eu suspirava, gemia abafado, e confirmei:
- Muuuiiitoooo! Delíiiciaaa...
Então o moreno se vira para o Linus e pergunta:
- Olha aí corninho, está gostando de ver sua gata na rola do macho comedor?
Eu não sabia o que o Linus ia sentir ou dizer diante daquilo, mas ouvi ele falando:
- Demais. Dá muito tesão!
A resposta me deu mais confiança e eu relaxei e pedi:
- Então fode, me fode gostoso, eu quero gozar muito.
O moreno aumentou o ritmo das socadas, fazia floc, floc, floc, e eu fui ficando alucinada, o prazer se espalhava por todo o meu corpo, meus seios apertados pelo moreno latejavam.
Eu virei para o Linus que estava de mão dada comigo e disse:
- Amor, que tesão louco! Vou gozar com ele, você agora já meu corninho.
Nesse momento, o terceiro sujeito que estava se masturbando ali ao lado veio colocar a piroca na minha boca e eu lambi alucinada de tesão. Era um pinto mais curto, mas grosso com um cabeção rombudo que mal cabia na minha boca. Tinha um cheiro forte de pica e me deixou mais tarada.
Só o Linus não se masturbava, e me olhava meio hipnotizado com tudo aquilo. Eu não consegui mais aguentar de tanto tesão e entrei num orgasmo intenso, prologado extasiante. E senti os jatos fortes do moreno gozando na minha xoxota. Me inundando de esperma. A mulher atrás do Linus cavalgava a rola do grandalhão deitado no chão, e por uns minutos intermináveis só se ouviam os gemidos e suspiros de todos ali. O outro moreno logo também gozou jorrando jatos de porra na minha boca, no rosto, no cabelo, e espirrando até nos peitos. Nisso ouvimos um gemido mais alto e prolongado e era o grandalhão gozando com a cavalgada da morena montada sobre ele, sem conter suas emoções.
O moreno forte já retirava o pau de dentro da minha xoxota e ralhou:
- Chiiiuuu, sem barulho!
Mas todos já haviam gozado e ficamos apenas ofegantes tentando respirar. Permanecemos ali no chão estirados por uns trinta segundos a um minuto.
Eu então me levantei e fui me abraçar ao Linus. Dei um abraço apertado, cheio de ternura. Fiquei de joelhos abraçada bem firme com ele que me fazia carinho nos cabelos. E num gesto natural dei um beijo nele. Depois que vi que lambuzei o rosto e o corpo dele de esperma do outro que havia me dado um banho de porra. Eu falei:
- Desculpe amor.
Linus me beijou mais um pouco e disse:
- Não tem problema. Sua boca cheira a pica e porra. Isso dá um tesão danado.
- É amor? Que gostoso! Então me beija mais.
Outra vez o moreno ralhou:
- Cala a boca! Silêncio aí porra!
Foi quando percebemos que os tiros haviam parado, e os poucos tiros que ainda ouvíamos estavam bem distantes, só ouvíamos barulhos e movimentos de carros, sirenes e vozes distantes.
Ficamos mais um tempo sentados ali no chão ouvindo os ruídos, tentando entender o que acontecia lá fora. Acho que passou mais meia hora, o movimento diminuiu muito, começamos a ouvir rádios da polícia e vozes de comando de policiais, alguns passos e conversas mais calmas.
Em peguei do chão o meu vestido e coloquei. O moreno pegou num canto um pedaço de madeira e deu uma pequena erguida na porta de aço, para poder espreitar para fora. Mal ele abriu uma fresta ouvimos um policial perguntar quem estava ali dentro, e ele respondeu:
- Sou eu soldado, o capitão. Ficamos escondidos aqui dentro. Já podemos abrir?
- Abre devagar, capitão, com calma. Quantos estão aí?
- Somos seis pessoas.
- OK, pode abrir com calma. Todos de mãos à vista.
O moreno que se denominou capitão ergueu a porta. O soldado armado com uma metralhadora espreitava, mas pareceu aliviado ao nos ver.
- Temos que evacuar vocês já. Existem bombas que os bandidos deixaram armadas e podem explodir.
Ele chamou outro polícia e mandou nos levar. Linus estava calado, observando. O Capitão disse:
- Estávamos de folga, eu o grande e a namorada dele. Viemos aqui no boteco do negão tomar uma e estourou a guerra. Nos escondemos. Deu tudo certo.
- Ainda bem, capitão, a coisa foi muito feia.
Eles ficaram conversando. Seguimos levados pelos policiais, para fora do perímetro isolado do centro. O negão era o dono do boteco e foi junto. O tal do grande e a namorada saíram com policiais em outra viatura. O dito capitão ficou lá falando com o outro polícia e nos colocaram numa viatura. Tentamos pedir para pegar nosso carro estacionado perto, mas disseram que só quando fosse liberado. Então nos levaram para casa. Pegaram nossos nomes caso precisassem nos ouvir.
Ainda não nos chamaram. Nos dois primeiros dias, ficamos meio abalados, não falávamos no caso, ficamos até na quarta-feira sem sair. Como estávamos trabalhando em sistema home –office, não precisamos falar com ninguém, nem contar o que havia acontecido com a gente.
Só na quinta, eu não aguentava mais o clima e fui pedir arrego:
- Amor, estou com medo, assustada. O que você tem? Está triste? Está magoado?
Linus:
Eu tinha sofrido uma espécie de pane mental e emocional. Diferente da Minda, eu segurei uma barra de emoções muito forte, uma tensão violenta, e vi coisas que não saíam da minha cabeça. Mas a situação tinha sido tão tensa, que eu tentei por dois dias não falar, nem tocar no assunto. Saí apenas para buscar o carro quando a área foi liberada. A Minda percebeu que eu estava abalado e respeitou meu silêncio. Mas eu senti que ela também fora afetada. A gente dormia, acordava, só falávamos coisas triviais, evitando conversas pessoais. Até que vi a Minda vir ao escritório da nossa casa, onde eu trabalhava. Ela me questionou o que havia. Respondi:
- Não estou triste, não estou magoado, estou apenas abalado emocionalmente. Foi muito violento. Mas por conta da tensão do ataque. E sei que tivemos muita sorte. Se não tivéssemos entrado no boteco poderíamos ser reféns. E vivemos uma experiência que vai precisar uma boa conversa.
Minda me abraçou forte, afetuosa, e ficou em silêncio. Eu sabia que ela era hábil em levar as conversas, pois não falava, me tratava com carinho, e me obrigava a começar a falar. Mas dessa vez eu estava disposto e dar um tempo mesmo, esperar mais, forçar que ele se manifestasse em vez de vir me cobrar uma posição.
Ela perguntou:
- Então, essa boa conversa, vamos falar?
- Você tem o que falar? Pode dizer. Quero ouvir você.
Joguei a boa para ela.
Minda:
Minha aproximação ajudou, mas senti o Linus ainda arredio. Estava preocupada. Muito medo de ter machucado ou ofendido meu amor. Mas vendo que ele não estava disposto e começar eu avancei:
- Amor, eu fiz coisas que você pode ter ficado machucado. Não queria ofender nem magoar. Mas foi tudo muito sem controle.
Linus me olhava sério. Eu conheço aquele olhar, sei que ele estava se guardando, e não queria se expor. Eu precisava quebrar aquela barreira. Ele disse:
- Por favor, diga o que você quer. Onde quer chegar?
Eu vi que precisava entrar no que me preocupava.
- Amor, o que nós fizemos, ali no boteco...
Linus ficou me olhando firme, não disse nada, mas não precisava, eu percebi que falei errado.
- Desculpe, fizemos não. O que aconteceu, o que eu fiz. Queria falar sobre isso.
- Pode falar. Sou todo ouvido. Fique à vontade.
- Ah, querido, por favor. Não faz isso comigo. Estou me sentindo mal com esse seu distanciamento.
- Você está se sentindo mal com meu distanciamento? Qual distanciamento?
- Amor, sinto você mais fechado, mais distante, menos animado. Menos afetuoso. Acho que está traumatizado. E não quer falar.
- Voltamos ao ponto de partida. Eu disse que a noite foi violenta e traumatizante, muita tensão e me abalou. Estou deixando a poeira baixar.
Naquele momento eu achei que precisava tentar outra estratégia e concordei:
- Tá certo, amor, vamos deixar quieto, quando você achar melhor falamos.
Linus quando queria sabia jogar duro:
- OK. Quando você quiser falar é só me procurar.
Dei um beijo nele e saí do escritório. Desde aquela segunda-feira, eu passara a me vestir em casa, com mais cuidado do que antes. Sempre dormia de pijama, usava robe em casa, e não andava mais de tanguinha e sem sutiã como eu gosto. Tinha mudado para tentar criar uma atmosfera de respeito. Desde aquele dia o Linus não me procurou para sexo, e isso era algo que nunca tinha acontecido. Ele estava me evitando. No fundo eu me sentia abalada na minha imagem. Tinha sido devassa, feito coisas que nunca imaginei ser capaz, e fizeram sexo com outros na frente do meu marido e de outras pessoas. E ele sabia que não tinha sido forçada, mas eu aceitara tudo. Aquilo era uma verdade e me deixava preocupada. Eu saí dali do escritório me sentindo mal, triste, sensível e carente. Fui para o quarto, sentei na cama e chorei. Me sentia muito triste e era por conta da postura do Linus. Eu não queria ofender, abalar, e destruir nosso amor. Fiquei chorando por uns quinze minutos. Passado esse tempo, decidi que iria esperar mais um pouco, e ver se ele me procurava. Naquele dia nada aconteceu. Passou a semana e nada. No final de semana eu estava em frangalhos, abalada, me sentindo horrível. Ele afundava no trabalho e só vinha dormir depois que eu estava dormindo. Durante o dia falávamos das coisas corriqueiras, mas não havia mais um olhar mais quente, de desejo dele. Comecei a achar que o Linus tomara nojo de mim. Aquilo começou a me destruir por dentro. Eu desesperada fui novamente falar com ele. Desde aquele dia ele só ficava dentro do escritório, só saía para comer, tomar banho, e dormir, ou ajudar em alguma tarefa como cozinhar ou limpar a casa. Linus sempre foi muito companheiro. Ao entrar no escritório ele parou o que estava fazendo e me olhou. Não vi um brilho feliz em seu olhar. Então eu resolvi pegar pesado:
- Amor, as coisas entre nós não estão bem. Você distante. Sem afeto, sem desejo, eu me sentindo culpada, estou desesperada, você não fala nada. Acho que chegamos no limite. Creio que precisamos dar um tempo.
Linus:
Desde a hora em que a Minda saiu do meu escritório na quinta feira, eu decidi que iria me fechar totalmente. De fato, eu ficara abalado com os acontecimentos, mas não tanto a ponto de me traumatizar. Mas eu achava que aquela era a oportunidade de nós dois definirmos para nossa vida, o que desejávamos ter e criar. Eu não tinha dúvidas quanto e ter uma vida liberal, não duvidava do amor da Minda por mim, e muito menos deixara de gostar dela. Mas eu queria obrigar a que ela fizesse uma profunda reflexão sobre tudo aquilo, e pensasse o que estava em jogo. Isso seria para que nós tivéssemos na hora certa uma conversa definitiva. Então eu me mantive distante, frio e evitava maiores envolvimentos. Mudei tanto nossa rotina e meus hábitos que dava para ver o desespero da Minda, a cada dia ficando maior. Ela até perdera o apetite e se alimentava menos. Quando ela voltou naquele dia com a vontade de conversar, eu tentei ser muito calmo e ouvi. Quando ela falou em dar um tempo, eu respondi:
- Estamos dando um tempo. Ou não? Eu estou.
Vi que a Minda ficou branca como cera. Pensei que ela fosse desmaiar. Apoiou-se na mesa e me olhou tentando escolher as palavras e disse:
- Você não me ama mais?
- Amo sim. Amo muito. É por amar tanto que eu decidi dar um tempo.
Minda titubeava.
- Mas você não falou nada.
- Falei sim, disse que se você quisesse falar alguma coisa eu estava sempre disponível. Você saiu e só voltou agora. Passou um tempo. Achei que estava decidindo o que deseja falar.
Minda tentou articular:
- Mas você não diz o que sente.
- Eu estou me reservando um tempo, sem falar o que eu sinto. Se você não consegue falar o que sente eu talvez também não.
Minda estava chorando e saiu do escritório. Passadas duas horas ela voltou:
- Você quer dar um tempo. Eu também vou. Estou indo passar uns dias na casa da minha prima. Eles estão na chácara. Acho que preciso.
Eu sabia que era uma tentativa dela de dar um xeque-mate. Fiquei olhando para ela por alguns segundos e depois disse:
- Se você acha que será melhor para você, para nós, tudo bem.
Ela foi saindo novamente e disse:
- Se eu ficar mais um dia aqui eu enlouqueço. Disse para a prima que com a pandemia fiquei muito em casa e preciso mudar de ares, não disse nada a ela sobre nós.
- OK. Muito bom.
Ela já estava fora e nem sei se ouviu minha resposta.
Passada meia hora eu ouvi ela chegando, me deu um beijo na testa e se despediu.
Minda:
Eu estava desesperada. Tinha convicção que minha relação com o Linus não se reataria mais como era antes. Precisava sair daquele ambiente. Na verdade, eu não tinha coragem de tocar no assunto que estava travado na minha garganta, no meu coração e no dele também. Então, achei que ficar uns dias fora me aliviaria da pressão de conviver com um Linus completamente diferente de tudo que ele já tinha sido. Frio, distante, fechado. E eu sentia que a culpa maior daquilo tudo era minha.
O carro buzinou lá fora e eu parti com a minha malinha e embarquei para a casa da minha prima. Numa chácara que ficava apenas a poucos quilômetros da cidade.
Eu levei o meu notebook para poder continuar trabalhando em modo remoto. E passei a escrever um pouco todos os dias, sobre tudo aquilo que havia acontecido com a gente. Eram escritos sem ordem, mas onde eu relatava memórias, momentos, sensações do que havia acontecido.
Também mandava mensagens de e-mail para o Linus. Pelo celular mandava apenas mensagens de bom dia, de boa noite e dizendo que o amava muito. Ele recebia e respondia no mesmo tom.
Comecei a desconfiar que ele estava procurando um jeito de me afastar dele, de ir se desligando, para uma hora por fim na nossa relação. Eu não mostrava o que sentia, achava que seria o fim, mas minha prima notou minha tristeza. Ela me disse que eu andava muito abatida. Contei que a pandemia havia dado cabo da nossa alegria, e que eu andava cansada. Cansei de ficar em casa e fui para a chácara, e na chácara sentia falta do meu marido. Ela aceitou a explicação, e disse que o regresso à casa depois de uns dias seria transformador. Eu duvidava, mas acreditava que talvez eu ainda tivesse uma chance. Naquele dia, uma ideia começou a se formar na minha mente. De noite, entrei no site, peguei o endereço eletrônico do Leon e mandei uma mensagem a ele. Contei de forma resumida o drama que estava vivendo e que não sabia se eu contasse em um conto tudo o que passamos, desabafasse, talvez aquilo pudesse me ajudar. Na verdade, eu queria exorcizar aquela angústia e tristeza. Pensava que se a relação fosse acabar, pelo menos ficaria uma história da parte boa. Ele me respondeu dizendo que estava aberto para ouvir o que eu tinha a contar. Mas não sabia de antemão se faria um conto. E eu fui mandando mensagens aos pedaços para ele. Depois de eu ter mandado umas seis mensagens a ele, uma noite o Leon me manda uma mensagem dizendo:
- Minda, acho que tenho uma sugestão. Conte para o Linus que está querendo desabafar, contar a história do que aconteceu, e me pediu se eu posso fazer um conto com isso. Como é uma história que envolve os dois, você quer a opinião dele antes de mandar suas anotações para mim. Veja com ele o que o Linus acha. Se ele aceitar eu faço a história.
Naquela noite, juntei os pedaços de textos que havia escrito e mandei numa mensagem de e-mail ao Linus. E por celular mandei a mensagem para que ele lesse o meu e-mail.
No dia seguinte logo cedo, ao acordar vi que havia chegado uma resposta do Linus. Ele dizia:
“Oi Querida (ele não me chamava assim fazia uns dias) achei muito boa a sua ideia. Gostei de ler as suas narrativas. Você nelas se coloca francamente, sem disfarçar suas sensações e emoções. Gostei. Nem sabia dessa sua capacidade de contar. E descreve bem cada momento. Aquilo que você não conseguiu ter força de me dizer, está escrevendo e contando para o Leon. Manda bala. Por mim tudo bem. Mas eu gostaria de poder mandar ao Leon também as minhas observações. Assim quando ele escrever a história terá a nossa versão, cada um com o seu modo de ver e sentir. Você concorda? ”
Eu concordei, mas com uma condição, ao enviar ao Leon as narrativas dele, ele me enviasse copia para eu ler e saber a visão dele. Linus concordou.
Linus:
Eu li as narrativas da Minda contando a história e fiquei admirado. Era como se eu estivesse na cabeça dela e no corpo dela na hora dos acontecimentos. Ela contava o que via e sentia. Era o que ela não tinha conseguido falar comigo, conseguira colocar no texto. Eu fui aproveitando e fazendo meus escritos também, contando o que eu havia sentido e as emoções experimentadas. Levei uma semana para escrever as minhas anotações e então, mandei para a Minda e para o Leon. No final eu escrevi também o que se passou depois do ocorrido, até o dia em que a Minda fora para a Chácara, e minha surpresa ao receber depois os textos dela. Sabia que a Minda teria o que acrescentar depois.
Minda:
Eu consegui, com aquele processo, que o Linus escrevesse também o que havia sentido e visto naquela noite e durante o período em que estivemos em crise. Chorei muitas horas. Emocionada. Quando acabei de ler, mande uma mensagem ao Linus dizendo: “Amo você demais. Volto para a casa daqui a dois dias. Não aguento mais de saudade. Você me quer? ”.
Dois dias foi o tempo que o Leon gastou para botar em ordem o material que enviamos a ele, e reescrever em cima a história. No dia que eu estava me preparando para voltar, chegou no meu e-mail a mensagem do Leon com a primeira versão para nossa leitura. Ele havia mandado uma cópia ao Linus. Agradeci e disse que iria ler junto com meu marido em nossa casa.
Quando cheguei o Linus era o mesmo marido que eu sempre tive, amoroso, atencioso, feliz. Não preciso dizer que fomos direto para a cama matar a saudade. Fizemos amor, que é o sexo mais satisfatório que existe. Depois de mais de uma hora de rala e rola nos lençóis, foi que tomamos banho, pedimos comida, jantamos e fomos ler juntos a história escrita pelo Leon. A cada trecho a gente parava, excitados com as nossas lembranças, nos beijávamos encantados com a sensação de união e cumplicidade que nos reatou. Ao final, demos os parabéns ao Leon, e à sua capacidade de transformar nossos sentimentos em texto. Autorizamos que publicasse.
Linus me disse:
- Tirando o clima de guerra que foi péssimo, eu repetiria tudo novamente. Só que dessa vez eu quero participar mais.
Eu o beijei sorrindo e respondi:
- Eu topo meu corninho querido, claro que topo. Quero saber como você vai fazer para achar o capitão de novo. ”
Linus riu e me mostrou a foto dele no celular. Estava com o número do capitão na agenda. Ele então revelou:
- Ele veio aqui em casa para se desculpar comigo. Pegou o endereço com os policiais que nos trouxeram. Confessou que perdeu a cabeça naquela noite. E estava com medo de que eu fizesse alguma denúncia do ocorrido, e prejudicasse sua imagem no quartel. Ele sabe que teve testemunhas.
Eu olhava para ele sem botar fé.
- Não acredito. Você jura mesmo que topa isso?
- Querida, eu sei que você vai querer um repeteco, sem as neuras daquele dia. E com a gente tendo tempo e tranquilidade de desfrutar tudo desse momento. Afinal foram nossas fantasias por tanto tempo.
Agarrei no pescoço dele e fiquei beijando:
- Ah, corninho que bom, eu amo você para sempre.
Bom, o resto dos acontecimentos ainda não contamos para o Leon.
Mas talvez ele faça mais um conto com o que vamos contar.
Meu e-mail: leomed60@zipmail.com.br
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