Abusada no ônibus lotado
Conto de Marcela Araújo Alencar
"Aumenta o número de casos de abuso sexual nos trens, metrôs e ônibus no país".
Esta é a manchete na primeira página do jornal que Luiza vê ao passar em frente da banca ao sair da escola. Ela comenta com as colegas Christina e Marcela, que seguem juntas para o ponto de ônibus:
- Acho que há muito exagero nesse negócio todo. Eu pego todo dia ônibus lotado para ir e vir da escola e nunca fui encoxada.
- Sorte sua Luiza, pois eu já fui. Semana passada, retornando para casa, um carinha ficou se esfregando na minha bunda.
- Minha nossa, Christina! O que foi que você fez?
- Eu deixei, pois estava gostando, mas quando ele disfarçou e tentou levantar a barra da minha saia, eu o empurrei e fui para outro lugar. O pau dele estava duro me cutucando.
- Ele o que fez, voltou a te tocar?
- Não, viu minha reação e ficou com medo de que eu o denunciasse aos outros passageiros e ficou longe de mim.
Marcela, falou que também nunca foi incomodada por nenhum homem e comentou, em tom de brincadeira:
- Tome cuidado Luiza, pois um dia a tua sorte acaba, com este teu bundão e com as sainhas curtas que usas, qualquer dia desses vais ser encoxada.
- Que nada Marcela, eu sou muito piralha, e esses safados não vão querer mexer com uma menina... e pare de zoar de mim. Minha bunda não é tão grande assim, como falas.
- Você é muito burrinha, Luiza! Não notas que na escola a garotada não desgruda os olhos do teu rabo?
As colegas e amigas chegam ao ponto de ônibus. A primeira a embarcar é Luiza. No coletivo, com gente saindo pelo ladrão, não tira de sua cabeça a conversa sobre abusos sexuais nos coletivos. Com uma mão segurando no suporte horizontal para manter o equilíbrio e a outra segurando a mochila escolar, observa que ao seu lado está um senhor idoso de cabelos brancos. Ele é alto e tem as duas mãos sobre o suporte, no outro lado um negro fortão, que vira e mexe, dá uma olhada para ela. Atrás, para seu sossego, uma senhora um pouco acima do peso.
Então ela pensa: Minha bunda está salva e rí intimamente com isso. Entretanto se preocupa quando percebe o negro ao seu lado, se encostar ainda mais nela. Se afastar dele, não dá, pois o senhor idoso de cabelos brancos, também está colado nela. Tem um sobressalto ao perceber que o negro desce com o braço ao longo do corpo e assim encosta no seu corpo a mão dele.
Então ela imagina que o negrão poderá ser o seu primeiro "abusador". Fica arrepiada quando a mão, por cima do tecido da saia, desliza em movimentos lentos em suas coxas. Mas apesar de receosa nada faz. "é só a mão dele.... não o piru.... vou deixá-lo me bolinar". Nem quando os dedos envolvem suas carnes na altura dos joelhos, ela toma qualquer atitude.
A mão do negro sobe rápido pela lateral da coxa até tocar na sua calcinha e só agora, fica assustada com a mão dando apertos nos seus quadris, mas inexplicavelmente, ainda continua passiva, gostando de ser bolinada. "é a mão e não o piru... vou deixar, está gostoso demais".
Mas quando os dedos se intrometem por dentro da calcinha, Luiza decide parar com aquilo, com medo de que ele vá em frente com o abuso e desce sua mão, que até então segura o apoio horizontal e a leva até o punho do negro. Faz força para que tire a mão de dentro da calcinha, é quando descobre que nem com cem vezes mais forte, não conseguiria mover a mão dele, que desce pra baixo e para a frente e as pontas dos dedos pousam sobre sua testa vaginal e dão leves puxões nos poucos pelos pubianos.
Luiza se torce toda e solta a mochila e agora com as duas mãos envolve o punho e faz enorme força para retirar a mão, que ignora o esforço da menina e espalma totalmente a buceta de Luiza e mesmo com todo o enorme esforço que faz para puxar a mão, sente os dedos dele, começarem a "tiritar" com movimentos rápidos no meio de suas paredes vaginal.
Luiza se sente impotente para evitar que ele a masturbe, e em menos de um par de minutos, está toda molhada e excitada sexualmente, não tem mais nenhuma condição de o evitar. Os dedos se movem cada vez mais rápido e fundo dentro de sua buceta e com isso sente dor, mais o prazer que sente suplanta tudo e ela amolece nos braços do negro.
Totalmente aturdida, mergulhada numa forma de prazer que até então desconhecia, sente o senhor idoso ao seu lado a pegar pelos ombros, como se vindo em sua ajuda. Mas não é isso que acontece. O velho usa as mãos e puxa a saía de Luiza até a altura da cintura e o pau dele, por fora da calça está no vale das nádegas dela.
Baixinha, está perdida no meio dos dois homens, bem mais altos que ela e agora a envolvem por trás e pela frente, cada qual esfregando os pênis em suas carnes nuas, pois a calcinha rosa está abaixo dos joelhos e a saía enrolada na sua cintura.
O primeiro que a penetra é o enorme pau do negro e Luiza não suporta a dor do estupro e desmaia. Seu tardio pedido de socorro é abafado pela mão do velho que tapa sua boca com uma das mãos, enquanto com a outra posiciona o pau para que penetre no cu da desfalecida garota. Desmaiada não sente quando eles ejaculam em seus buracos, primeiro o velho e depois o negro.
Todo o duplo estupro de Luiza é perpetuado em menos de dez minutos e o absurdo de tudo isso é que foi realizado no meio de um ônibus entupido de passageiros, e ninguém notou ou fingiu que não notou, com exceção de três outros homens, que excitados com a cena, até ajudaram a encobrir a ação dos dois tarados.
O velho apoiou a menina desmaiada contra a parede dos fundos, os dois a encobrindo dos demais passageiros e ele levou como lembrança a calcinha e a saia, enquanto o negro levou a sacola escolar, com celular e os documentos e até os sapatos ele levou. Ela ficou nua, só com a blusa, imprensada contra a parede e a lateral do ônibus, com três outros homens em sua volta, a "escondendo" dos demais passageiros, enquanto um por vez continuam o estupro coletivo de Luiza.
Uma senhora foi a primeira a ver o que se passava nos fundos do ônibus, deu um grito alarmada e sem nem pensar lascou a bolsa nos três fulanos. Foi uma merda tremenda, socos e gritaria e eles só não foram linchados pelos demais passageiros, graças a ação de uma patrulhinha que passava pelo local e que os levou na viatura para receberem atendimento hospitala e depois serem encaminhados a delegacia.
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"Hoje em nossa cidade uma jovem que deve ter menos de quatorze anos, foi estuprada dentro de um ônibus da linha 1245, por volta do meio-dia. A jovem está internada no pronto socorro e até o momento ainda não foi identificada, pois está sem documentos. Apesar de não estar mais sedada,
Se encontra em estado comatoso e não se comunica com os médicos. Esta é a fotografia da jovem, solicitamos que quem a identificar, que entre em contato com a delegada envolvida no caso, pelos telefones mostrados abaixo"
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"Aumenta o número de casos de abuso sexual nos trens, metrôs e ônibus no país". Ontem a jovem estudante Luiza Spinell de apenas quatorze anos foi mais uma vítima. A jovem foi estuprada e ainda está internada, muito abalada emocionalmente não consegue se comunicar com a equipe médica e nem com seus familiares. Leia a íntegra da matéria abaixo".
FIM