Vivendo do Mundo da pornografia
De Marcela Araujo Alencar
- Você foi a primeira da lista de inscrição que estamos entrevistando. Por motivos operacionais resolvemos que nesta primeira etapa serão poucas as candidatas que chamaremos aqui no nosso escritório regional, aquelas que melhor impressionaram pelos Curriculum que nos mandaram pela mala postal. Pedimos desculpas por nossas instalações serem tão longe do centro da cidade.
- Agradeço muito em ser uma das primeira e quanto a estarem longe do centro, não se preocupem.
- Sabemos que usou ônibus e trem para chegar aqui, mais depois da entrevista nossos rapazes a levarão de volta até a cidade.
- Vamos começar a entrevista. Vejo aqui nas informações que nos enviou que estudas à noite, num curso noturno. Senhorita Anna, só tens 17 anos, por que não estudas durante o dia?
- Eu moro com meu pai viúvo e ele é auxiliar de limpeza num supermercado e ganha pouco e pediu para eu buscar um emprego e estudar à noite. Como sou ainda menor e sem nenhuma experiência, não consegui nenhuma colocação até agora. Então resolvi fazer um curso de datilografia noturno e tive de abandonar os meus estudos por isso. Como os senhores, informaram que necessitam de jovens de 17 a 19 anos, resolvi me candidatar.
- Anna, sabes que estamos selecionando jovens para a nova coleção de lingeries que lançaremos brevemente. São roupinhas íntimas, como biquinis, camisolinhas, calcinhas e sutiãs, coisas deste gênero. Como necessitamos da autorização escrita de seu pai, ficamos admirados por você não ter nos enviado esta autorização. Nos diga a razão disso, senhorita.
- Papai é um grosso, ele nunca permitiria que eu posasse para esse tipo de roupas.
- Não se preocupe, Anna. Nós damos um jeito nisso. Se ficar de boca fechada, podemos forjar a autorização de seu velho.
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A jovem e inocente garota, para sua alegria, foi selecionada para ser modelo da nova grife e Eduardo, um dos donos da agência, assinou a autorização, como se fosse seu pai. Mais ainda, os quatro sócios concordaram em a registrar como empregada do escritório, com o salário de 800 reais e mais ajuda de alimentação e transporte.
Quando disse ao pai que tinha conseguido emprego e as condições, seu Leôncio a felicitou e para comemorar, encomendou uma pizza e uma garrafa de vinho. Ele não dava a mínima que sua linda filhinha bebesse. Ela não se fez de santa, e os dois deram fim ao vinho.
Desde novinha, ela divide a mesma cama com Leôncio e se acostumou com os carinhos do pai. Com as lambidas dele em seu corpo, principalmente na xoxota e no bumbum. Ele a ensinou a gozar, a sentir prazer. Fez da filha, sua amante, mais por mais estranho que possa parecer, o pedófilo incestuoso, nunca a penetrou, nem pelo ânus. Temeroso por esses crimes, ele pedia a adolescente absoluto segredo. Como passou a gostar de ser acariciada pelo pai, sentindo imenso prazer, Anna nunca falou disso para ninguém. Só não gostou que ele a proibisse de namorar.
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No primeiro dia que Anna se apresentou para o serviço, foi avisada por Eduardo que seria levada para o estúdio onde ela posaria. Achou estranho que eles fechassem o escritório e todos os quatros sócios, Eduardo, Miguel, João e Esteves, fossem com ela para o tal estúdio. Mais intrigada ficou, com a enorme distância que percorreram por uma rodovia, saindo da cidade e depois por uma estrada secundária até chegarem a um casarão de três pavimentos, no centro de um terreno, cercado por muros altos. Por timidez, ela não falou nada e os acompanhou até uma sala e depois para o local, onde informaram será fotografada.
Anna não conhecia absolutamente nada sobre ser modelo fotográfico e muito menos como isso se daria. Eles mesmo começaram a preparar as máquinas e os refletores. Miguel lhe mostrou um monte de grandes almofadas brancas espalhadas no meio do salão e informou que deveria ficar espojada sobre elas, fazendo as poses que eles mandassem fazer. Esteves, de um armário retirou um conjunto de biquini e a mandou vesti-lo, atrás de um biombo noutro canto.
Ficou encabulada quando vestiu a calcinha, muito minúscula, atrás, só um fio que entrava no vão das nádegas, deixando sua bunda de fora e na frente uma tirinha em forma de triângulo que mal tapava sua ximbica. A peça superior, uma tirinha de 2 centímetros, que só dava para tapar os mamilos. Ela colocou o rosto por cima do biombo e avisou;
- Senhores, eu estou praticamente nua, não posso posar assim!
Viu que João e Eduardo, se aproximarem e sem prévio aviso removeram o biombo e envergonhada, levou as mãos para se tapar e se virou de lado, para se mostrar o menos possível aos homens.
- Não, assim não vou posar.... não era nada disso que pensei!
- Venha com a gente e deixe de palhaçada... tu vais posar assim e até nua!
- Estão malucos? Não vou mesmo!
Anna se virou para pegar suas roupas em cima de um banco quando sentiu um braço em volta de seu pescoço, se debateu assustada e cravou as unhas no braço do agressor. Miguel gritou de dor com as unhadas e a soltou. Ela ainda pode ver o punho de João, mas não teve tempo de se desviar e recebeu o potente soco na altura da orelha esquerda e tombou sem sentidos.
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Acordou e desesperada se viu amarrada pelos pulsos a duas argolas pendentes do teto, com algemas de couro. Estava nua e suas coxas presas com argolas, bastante separadas. Começou a gritar em pânico por socorro. Eduardo com a maior calma desse mundo, disse;
- Para de gritar Anna, não vai adiantar de nada, a não ser ficares rouca. Deves se conformar em ser uma das nossas modelos, mais tarde você irá conhecer as outras cinco garotas que requisitamos para serem fotografada e filmadas. Eu e meus sócios, somos um grupo que fizemos vídeos pornôs e nossa especialidade é usar em nossos filmes garotinhas como você, não profissionais, pois fazem um enorme sucesso pelo mundo todo. Se fores uma boa menina, daqui dois ou três anos, a gente te libera das filmagens e podemos até lucrar te vendendo para um outro grupo lá no velho mundo.
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Anna ao entender o que Eduardo lhe falou, redobrou a força de seus gritos, em pânico total. Mas minutos depois ficando sem voz, percebeu a inutilidade de seus pedidos histéricos de socorro e agora só soluçava. Viu quando outro homem, que não conhecia, entrou trazendo com ele uma garota, ela estava nua. E vinha quase que arrastada com o pescoço preso por uma espécie de coleira atada a uma longa corda. Com cabelos ruivos e um ar perdido, ficou de cabeça abaixada no meio do salão. Esteves a liberou da coleira e a empurrou até onde eu estava presa.
- Magda, preste bastante atenção as minhas instruções. Faça exatamente o que eu mandar. Você está vendo essa garota aí, pois hoje você vai contracenar com ela. Ficarás sentada neste banquinho entre as coxas dela e farais um sexo oral nela. Coisa bem-feita e nada de superficialidade. Só cessará o boquete quando eu mandar e vais lamber também o rabo dela, estamos entendidos?
- Senhor, no bumbum não, não me faça fazer isso, pelo amor de Deus!
João se aproxima da jovem Magda e lhe dá um soco nas costas e gritando de dor ela tomba no chão.
- Você já devia saber que aqui não tens vontade própria. Nós ordenamos e farás qualquer coisa que mandarmos. Se levante e faça exatamente o que pedimos, senão serás açoitada.
Magda, choramingando, se ergue e vai se sentar no banco em frente as minhas coxas. Foi a coisa mais incrível que vi em toda minha vida. A coitadinha passou os bracinhos por trás, em minhas nádegas e senti o beijo trêmulo em minha boceta. Logo recebeu ordem para também me chupar e ela o fez. Pelo que percebi, devia ser a primeira vez que fazia um boquete, pois apesar de se esforçar, não fazia direito. Eu sabia disso, pois desde há muito meu pai me lambia, na xoxota, no ânus e nos seios. Mas assim mesmo, não demorou muito e eu ficou excitada, e alguns minutos depois demostrei isso, com contrações de meu rosto e corpo, apesar de saber que não devia demonstrar estar com tesao. Mas quando a menina colocou a língua em meu cuzinho, eu não resisti e me torci toda em minhas amarras nos braços e pernas, a suavidade que ela fazia isso, com lábios trêmulos e úmidos, era diabolicamente delicioso, mil vezes melhor que meu pai fazia. Passei a demostrar isso com gemidinhos, querendo que a pequena não parasse nunca de me lamber. Em minutos embarquei num orgasmo super agradável.
Acho que eles apreciaram toda a cena, pois mandaram que a ruivinha repetisse tudo novamente e durante quinze inebriantes minutos ela me fez ficar entregue a deslumbrantes orgasmos. Depois disso eles me soltaram das argolas e com os ombros, braços e pulsos doloridos, fui colocada sobre algumas almofadas e Magda instruída a me beijar na boca, ombros e seios, ambas nuas e ela com uma das coxas entre as minhas. Tímida, com os lindos olhos azuis, a jovem parecia titubeante, então para evitar que fosse castigada, tomei a iniciativa e a abracei e lhe fiz um monte de carinhos, me lembrando dos que papai costumava fazer em mim. Me deliciei com o corpinho macio e quente dela e tenho certeza de que ela gostou da minha boca chupando os mamilos e a bucetinha, pois a senti bastante molhada. Antes eu só tinha feito coisa igual com a Lurdes, minha vizinha e amiga, com a mesma idade minha e fora ela só com meu pai, com mais ninguém.
Depois que ficaram satisfeitos com as gravações, nos levaram para uma espécie de dormitório e foi onde conheci as outras cinco jovens, que como eu foram pegas pelos homens, e estavam ali, como prisioneiras, só para sermos forçadas a fazermos os pornôs deles.
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Dois anos depois, eles fizeram neste período, mais de dois mil filmes pornôs da gente, com uma ou mais garotas aparecendo no mesmo vídeo. Só cerca de cem, filmaram a cinco no mesmo filme. Com o tempo fiquei amiga de todas, que na época eram bem novinhas: Helena com 17 anos, mulata, Ana 19 anos loira, Telma 18 anos negra e Ligia uma ruivinha de apena 16 anos, que na primeira vez que foi levada para fazer cenas de pornôs, entrou em choque e mesmo castigada, não conseguiu fazer nada do que eles mandavam e desde então nunca mais a levaram para o que eles chamam de estúdio. Com 19 anos, como a principal protagonista deles, já participei de mais de 900 pornôs. O grupo cresceu bastante, somos agora nove moças e seis rapazes. Os novos integrantes homens são voluntários, mas as sete novas moças não, elas foram simplesmente sequestradas ou iludidas e estão aqui forçadas.
Das seis moças de dois anos atrás, só continuam duas, eu e Helena, ela agora com 20 anos se tornou uma mulata de extraordinária beleza. As outras quatro, infelizmente, temo dizer, foram "vendidas" para grupos do estrangeiro, que fazem tráfico internacional de mulheres para exploração sexual. Quanto a mim e Helena, como somos as principais "artistas" deles, não quiseram renunciar de nós, pois gostamos imensamente de nossa profissão e desde algum tempo somos pagas por cada vídeo produzido e não somos mais consideradas "prisioneiras" do grupo, e temos até liberdade para sairmos do casarão, mas nós duas preferimos continuarmos residindo lá, pois apesar de recebermos por cada pornôs, temos casa, comida e roupas, tudo sem custo para a gente e assim estamos fazendo uma boa poupança, mesmo sendo uma mixaria que nos dão por vídeo.
Hoje, exatamente dois anos e cinco meses depois que fui iludida e forçada a fazer os vídeos pornôs e Helena com poucos meses a mais que eu, estamos na capital federal, portando uma pasta com farta documentação da atuação do grupo de produtores de filmes pornôs, com nome e idade de todas as meninas capturadas e das quatro que foram negociadas para o velho mundo.
Nosso objetivo, escritório central da Polícia Federal do Brasil e da Interpol.
Foi delicioso ver a Federal, a Interpol e a polícia de alguns países desbaratarem esse braço do infame comercio de tráfico de mulheres para exploração sexual e do seguimento para a produção de filmes pornôs com o sequestro de meninas virgens. Eu e Magda, estamos orgulhosas por sermos as responsáveis por isso.
Para evitarmos represálias de alguns outros grupos, nossos depoimentos foram sempre em absoluto segredo, mesmo assim a justiça nos concedeu novas identidades.
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Hoje, eu, "Ligia Maria", estou com vinte e três anos e Priscila (Helena), com vinte e dois, compramos um belo e espaçoso apartamento, onde recebemos homens, escolhidos a dedos e que nos pagam muito bem por algumas horas de sexo, pois nessa arte, temos vasta experiência e acima de tudo, sem falsa modéstia, somos gostosas, como eles nos dizem. Nosso pé-de-meia só faz crescer e até pensamos em aumentar nosso negócio, trazendo mais jovens para trabalhar com a gente, pois sabemos de muitas jovens, algumas até universitários, que necessitam um dinheiro extra para pagar seus estudos, e/o jovens da classe média, que igualmente necessitam aumentar seus ganhos.
Pois todos sabemos que “Esse negócio do sexo, como sabemos, move o mundo”.
FIM