Servindo - Resistência
Novos escravos estão sendo criados? Existe esperança para os convertidos?
(Essa é uma estória de ficção erótica. Todos os personagens e situações dessa estória são fictícios e todos personagens tem mais dezoito anos de idade. Não existem doenças sexualmente transmissíveis de qualquer tipo no universo dessa estória.)
O som baixo do alarme do celular me despertou por completo, embora eu já estivesse acordada a algum tempo.
Com movimentos cuidadosos me levantei e segui para o banheiro. O despertador de meu marido Douglas seria ativado apenas dentro de uma hora e meia.
Igual faço diariamente, tratei de minha higiene pessoal e íntima. Meu companheiro gosta de minha pele bastante depilada e perfumada, então eu tomo bastante cuidado com esse aspecto. Tenho muitos cremes que deixam minha pele muito macia e delicada.
Meu corpo é bastante sensível ao toque e fico excitada muito facilmente. Não posso evitar me excitar em atividades simples como passar um creme corporal ou quando esfrego o meu corpo durante o banho.
Em meu closet escolhi um bonito vestido azul claro e selecionei calçados combinando. Depois disso tratei de minha maquiagem, um tom leve casual, adequado para começar mais um dia. Pude ouvir o alarme do celular de Douglas e um pouco depois o som de seu banho.
Algum tempo depois segui para a cozinha onde encontrei Maria preparando a refeição da manhã. A cumprimentei com bom dia e verifiquei se tudo está adequado como gosta o meu companheiro.
Segui para a sala de jantar verificar se a mesa está adequadamente colocada. Meu pai já estava tomando o seu café em companhia de Suzane. Vendo-me disse com sua voz altiva:
--- Seu marido está dez minutos atrasado.
A voz de meu pai me excita, mas ele me proibiu de sensualizar para ele, então procuro me manter o mais casual possível. Humildemente me coloquei ao canto para aguardar Douglas.
Suzane está sempre sorrindo, mesmo quando estamos sozinhas. Acredito que ela realmente transpira felicidade o tempo inteiro. Eu procuro manter mais a linha esperada quando estou com um dos homens.
Alguns minutos depois, meu companheiro apareceu em passos apressados. Nós nos acomodamos na mesa e Maria serviu a nossa parte da refeição.
Meu pai e Douglas conversaram animadamente. O assunto preferido circula nos negócios. Às vezes tratam de política ou economia e mais raramente algo sobre diversão ou lazer.
Suzane, a companheira de meu pai e eu dificilmente falamos algo. No geral não nos é feita nenhuma pergunta e permanecemos em silêncio.
Os homens terminaram a refeição e apressados se retiraram. Suzane é sempre a última a terminar de comer e os homens não se preocupam em esperá-la.
Minha amiga Suzane fica nitidamente mais leve e relaxada sem estar na presença de meu pai. A sua excitação extrema passa quando estamos apenas nós. Com a proibição do meu pai eu tenho a impressão que a minha excitação é contida e bem limitada quando estou com ele.
Eu gostaria de poder ter relações sexuais com Suzane, mas meu pai proibiu qualquer interação sexual entre nós. Seguimos isso com total fidelidade.
Ela termina de comer e me convida para passear no jardim. Depois complementa:
--- Apenas uma volta. Seu pai não gosta que fiquemos bronzeadas.
A minha pele é bastante clara e o meu cabelo loiro. Eu fico queimada e vermelha com o Sol com facilidade. Já a pele de Suzane é naturalmente um pouco mais bronzeada.
Conversamos um pouco caminhando. Suzane gosta mais de falar do que eu e sempre encaminha as conversas. Ela gosta de falar sobre roupas, cosméticos e sexo. Sei que meu pai e ela transam quase todos os dias.
Douglas e eu somos muito diferentes. Já estamos casados a mais de seis meses e nossas relações sexuais podem ser contadas nos dedos. Acho que o prazer dele está nos negócios ou em outras coisas que estão longe de mim.
Não acho que ele seja homossexual. Ele aprecia o meu corpo e a minha beleza. Gosta de se expor ao meu lado em festas e eventos sociais. Talvez tenha uma amante, eu não sei. Sua personalidade e liderança é frágil. Posso ver nele quase uma submissão ao meu pai.
Um dos jardineiros estava cuidando do jardim de rosas e o cumprimentamos ao passar. Eu posso sentir o olhar dele apreciando nossos corpos. Isso me excita.
Passamos próximo ao cercado de tapumes. Meu pai está construindo uma nova obra na propriedade. Aparentemente está quase finalizada, mas não sei a sua função, apenas posso enxergar um pouco de seu telhado sobre o cercado.
--- Podemos ir ao shopping e depois almoçar por lá, o que você acha?
Suzane tirou-me dos pensamentos. Concordei com ela. Ela gosta muito de comprar novos vestidos e de passear entre as lojas. Os homens não se importam, basta que sempre estejamos de volta arrumadas e perfumadas antes de seus retornos do trabalho.
***
Entretida com a minha revista de moda que havia recém sido entregue pelos correios, me assustei com a entrada repentina de meu pai na sala de estar. Ainda é o meio da tarde e ele somente chegaria em algumas horas.
Olhei com curiosidade para a sua companhia. Uma garota jovem e bonita, trajando um belo vestido. Numa primeira vista ela me pareceu familiar, mas não consigo recordar de onde. Com sua voz forte meu pai falou:
--- Você se lembra da Paula?
A pergunta ativou ainda mais a minha curiosidade, mas tive que responder negativamente, mesmo sentindo que já a tinha visto antes. Ele continuou:
--- Essa é a Paula. Ela estará conosco por algumas semanas e irá treiná-la em uma nova atividade que você desempenhará. É importante você aprender tudo. Até mais tarde.
Do mesmo modo que chegou ele deixou o ambiente com passos rápidos. A minha atenção voltou-se para Paula e a importância de aprender o que ela deveria me ensinar.
A presença de Paula deixou-me um pouco excitada. Não existiu um bloqueio de meu pai em relação a ela, mas meu foco é em aprender. Eu sinto falta de um toque e do carinho de outra pessoa. Paula falou:
--- É um prazer revê-la. Seria improvável você recordar de mim. Você me acompanhará e aprenderá sobre todo o processo. Venha comigo.
A segui para fora da residência e pouco depois estávamos entrando na nova construção da propriedade recém terminada. No caminho fiquei pensando de onde poderia conhecer Paula e perguntei:
--- De onde nos conhecemos?
Ela olhou-me parecendo um pouco desconfiada e explicou:
--- Eu realizei o seu processo, o mesmo que lhe ensinarei a realizar.
Tentei recordar algum fato sobre isso sem sucesso. Provisoriamente deixei o assunto de lado.
Eu havia visitado a nova construção há alguns dias junto com Suzane. É uma casa pequena com dois quartos. Os móveis ainda estavam sendo entregues na ocasião.
Na nova casa um rapaz jovem nos recebeu. Seu cabelo ruivo chamou imediatamente a minha atenção e sua pele pálida lembra a cor de leite. No geral ele apresenta uma rudeza de quem foi ensinado para trabalhos braçais. De forma cordial ele falou:
--- Entrem, ainda estou desfazendo a minha mala. Não vejo a hora de começar a trabalhar.
O interior da casa já parecia inteiramente decorado. Paula nos apresentou. Seu nome é André e ele é o novo empregado da propriedade. Depois ela falou a ele:
--- Não se preocupe, se aclimate aos poucos e conheça a propriedade. Seu trabalho só começará em alguns dias. Aproveite a folga.
Eu não consegui imaginar para o que ele estava sendo contratado. Fazia mais sentido ser para algum cargo em uma das empresas.
A presença do rapaz me excitou. A umidade se tornou presente em minha xoxota, mas a presença de Paula serve para me manter contida e focada. Eu ainda imaginava qual seria a função do rapaz quando Paula disse:
--- Eu trouxe um vídeo de treinamento muito importante para você assistir. Vou prepará-lo.
Fiquei curiosa para ver. Com toda certeza o vídeo teria informações que indicariam qual é a razão da presença do rapaz. Provavelmente algum projeto novo de meu pai.
Paula preparou um pendrive no computador. Eu observei atentamente e em silêncio o que ela estava fazendo. Pouco depois ela chamou André e o acomodou em frente ao equipamento usando fones de ouvido.
Algumas informações apareceram rapidamente na tela. Paula apertou o teclado algumas vezes e a imagem foi substituída por uma imagem de espiral colorida com um círculo se movimentando de um lado para o outro.
Paula se afastou um passo e ficou imóvel e esperando ao lado da tela. André permaneceu bastante atento e eu fiquei pensando o que seria aquilo. De forma alguma aquilo parecia algum tipo de treinamento.
O rapaz estava vidrado na tela do computador e mal parecia respirar. Eu já pensava em indagar para a minha visitante o significado daquilo quando ela falou:
--- Já podemos falar sem distraí-lo. Poderia explodir uma bomba aqui e se o computador não desligar isso não iria atrapalhar o processo.
Olhei para a estranha tela e a imagem em movimento sem entender. Eu podia perceber um som presente nos fones de ouvido dele, mas eram muito baixos para eu identificar. Paula explicou:
--- O processo dura duas horas e meia. Ele está sendo adaptado. Instruções estão sendo implantadas em sua mente e depois evoluirão aos poucos. Nosso papel será encaminhá-lo da forma correta.
A garota seguiu para a cozinha e pegou um suco na geladeira. Ela ignorou a minha curiosidade. Resolvi perguntar:
--- Ele está sendo adaptado para o que?
--- Uma fêmea dócil, comportada, ativa sexualmente, obediente e submissa. A nova personalidade varia um pouco, mas segue nessa linha. Encaminharemos para que seja dessa forma. Isso te lembra algo?
Tentei recordar, mas nada pude lembrar. Paula não deveria estar esperando uma resposta. Continuou explicando:
--- Nós temos bloqueios para não lembrar ou pensar no processo. Você aprenderá todos os passos em como fazer do rapaz o que ele deve se tornar, é nisso que você deve se focar.
As palavras entraram em minha mente. Tentei em vão me lembrar de já ter passado por aquilo sem sucesso. Mas de alguma forma eu sei que já tive uma vida diferente antes, mesmo que não consiga me recordar.
Conversamos pouco por algum tempo. Paula pouco contou mais sobre o processo. De forma discreta tentei fazer ela falar mais algo sobre o que eu tinha passado, mas ela nada revelou.
Em certa altura fomos até o rapaz. A tela estava preta e sem uma imagem. O rapaz estava imóvel, com um olhar fixo e sem emoções. Paula falou para ele:
--- Vá para a sua cama e se arrume para dormir como você faz todas as noites.
Sob o meu olhar curioso o rapaz ganhou vida e com movimentos lentos desapareceu em direção ao quarto. Paula parecia satisfeita.
Não pude deixar de imaginar eu realizando a mesma atitude e obedecendo a ordem de Paula igual ao rapaz. Preciso descobrir mais.
***
Com a chegada de Paula a rotina da casa mudou um pouco nos últimos quatro dias. Não sei que instruções Suzane pode ter recebido do meu pai, mas ela permanece mais afastada que o habitual, principalmente sob a presença de Paula.
Eu tenho passado uma boa parte do tempo em companhia de Paula. A sua personalidade oscila entre ser submissa, principalmente sob a presença de meu pai, e dar ordens.
Diariamente visitamos juntas e passamos um pouco de tempo com André. Ele está sempre entusiasmado e querendo começar logo o seu trabalho. Ele é bastante interessado e prestativo. Gostaria de uma oportunidade de transar com ele.
Procuro prestar muita atenção para entender a adaptação mencionada, por enquanto sem perceber nada de especial.
Hoje nossa visitante saiu da residência logo cedo, mesmo antes da nossa refeição matinal. Eu esperava por dias uma oportunidade sozinha. Com pressa segui para o computador do meu quarto.
Eu uso o computador principalmente para ver lojas, buscar receitas e pesquisas triviais diversas. Em uma ferramenta de buscas coloquei o meu nome completo e depois pedi para ver fotos.
Algumas fotos localizadas eram desconhecidas. Demorei um pouco para entender e me reconhecer. Haviam fotos minhas com cabelo escuro, mais curto e roupas feias quase sempre pretas e escuras.
Passei pelas fotos sem me reconhecer e sem conseguir lembrar de como ou quando elas foram tiradas. Haviam locais nas fotos que eu conseguia saber onde e como eram, mesmo sem ter qualquer lembrança da visita.
Algumas fotos tinham outras pessoas, entre homens e mulheres. Consegui recordar informações como o nome e características pessoas, mas impossível para eu saber algo relacionado comigo, como conheci cada uma dessas pessoas ou momentos importantes juntos. Não faz o menor sentido.
--- Estou de volta!
Eu quase tive um infarto ao ouvir a voz de Paula atrás de mim. Ela entrou no quarto sem bater.
Não sei o que ocorreria se ela me visse pesquisar fotos de meu eu anterior. Tentando manter a calma fechei as janelas abertas no micro e falei de volta:
--- Que bom que voltou.
Ela nada pareceu perceber de diferente. Me mostrou as sacolas e explicou:
--- Hoje a sua visita ao André será sozinha. Transe com ele se ele consentir, isso será bom para o processo.
A ordem me surpreendeu por um instante. Ignorando qualquer dúvida minha ela continuou:
--- E você deve tentar fazer ele usar isso. Seja delicada, não precisa insistir, mas incentive. Se ele permitir toque o anus dele. Vá com calma.
Peguei a sacola que ela tinha em mãos e abri. De seu interior comecei a tirar belas peças de calcinhas sexy de várias cores. Ela continuou:
--- Essa é a sua tarefa de hoje.
Fiquei imóvel por um momento. É loucura pensar que ele usaria a peça feminina. Lembrei-me de Suzane. Ela poderia um dia ter sido como André?
Segui sozinha para a casa externa. Seria a primeira vez que eu visitaria o homem sem a companhia de Paula.
Encontrei André limpando a casa. Parecia bastante dedicado à tarefa. Conversamos um pouco.
A liberação de Paula para eu transar com André me deixou terrivelmente excitada. Ele sabe que sou filha de seu patrão, então isso pode atrapalhar o ato.
Sentada no sofá em frente de André deliberadamente levantei a minha saia expondo mais as minhas coxas, talvez uma parte de minha calcinha, e reforcei um comentário de que Paula não apareceria na visita de hoje. André estava visivelmente nervoso.
Levantei-me e fui para o seu lado. Seu volume entre as pernas já pressionava a sua calça. Com delicadeza toquei em seu pinto sobre a calça.
O homem abruptamente se afastou um pouco. Ele está visivelmente preocupado e disse:
--- Sra Vitória, por favor, eu preciso desse emprego.
Expus para ele meus seios ainda mais através do decote e me aproximei novamente. Minhas mãos apertaram as suas pernas e tocaram o seu pinto novamente.
O homem congelou. Com habilidade abri o seu cinto e puxei a sua calça.
Acariciei o seu pênis sobre a sua cueca e depois deslizei a minha mão para dentro dela. Seu pinto é maior e mais largo do que o do meu marido.
O massageei por algum tempo, observando as reações dele. A sua excitação está mais forte que o seu medo.
Eu não poderia deixar André pensar sobre a situação e interromper o ato. Não há tempo para tirar as minhas roupas. Decidi me abaixar e puxando a cueca do homem comecei a lamber e chupar o seu pinto.
O estimulei por um tempo, mas não deixei ele gozar. Eu preciso de alguém dentro de mim, e decidi aproveitar a situação.
Com pressa tirei a minha calcinha e montei sobre o homem. Seu pinto deslizou dentro de minha xoxota molhada com facilidade.
Não demorou para eu gritar sob um forte orgasmo, seguido pouco depois do orgasmo do homem. Me senti enchida por sua porra.
Senti o seu pinto amolecer aos poucos dentro de mim. Depois me desencaixei e sentei sobre o sofá. Com voz cansada ele falou:
--- Você é louca!
Eu apenas ri e falei:
--- E você é muito gostoso! Tenho um presente para você!
Segui para a parte seguinte das instruções. Retirei uma das belas calcinhas da sacola e colocando sobre o seu colo falei:
--- Vista ela pra eu ver, por favor…
Ele pegou a peça com um misto de desconfiança e curiosidade. É uma bonita peça azul claro. Sem deixar ele falar algo completei:
--- Eu ficaria muito feliz.
Transparecendo desconfiança ele retirou a sua calça e a cueca e com calma vestiu a calcinha.
Fiz alguns elogios de como ele estava bem e que deveria usar calcinhas outras vezes. Mostrei para ele as outras peças.
Ver o homem vestindo a bela peça feminina me trouxe um estranho e inexplicável prazer. Mas deve ter apenas relação com o meu prazer por seguir ordens. Preciso me livrar dessa característica de alguma forma.
O homem se olhou no espelho com curiosidade. Aproveitei para novamente elogiar como ele estava bem com a peça. Os incentivos positivos parecem ser importantes.
Algum tempo depois eu já estava de volta à casa principal. Paula já me aguardava e fiz um relatório verbal para ela sobre a tarefa cumprida. Ela pareceu bastante satisfeita.
***
Por quase uma semana desde a relação sexual as visitas a André ocorreram junto de Paula e foram aparentemente inocentes, formadas de conversas desinteressadas e refeições preparadas por André. Não tocamos no assunto sobre o ocorrido.
Nunca comentei com o meu marido a relação sexual que tive com André. Se ele ficou sabendo de alguma forma, nunca comentou ou demonstrou alguma contrariedade. A nossa monótona rotina não sofreu alterações.
Paula sabe o que esperar e seu objetivo. Através dos comentários de Paula e minhas observações pude perceber os pequenos sinais da maior delicadeza do homem nos seus atos, uma maior preocupação com a aparência física e com o ambiente a sua volta e um desejo sutil por seguir ordens. Características que de acordo com Paula apenas se tornariam mais fortes.
Após o café da manhã e da partida dos homens Paula comentou ainda na presença de Suzane na mesa:
--- Hoje a sua visita será sozinha novamente. André gosta e vê você como alguém de confiança. Aprofunde isso. Pode transar com ele, fique com ele, converse com ele, mande nele e nada de recordar ele sobre passado ou sobre o suposto trabalho dele. Ele deve se concentrar no tempo presente e nada mais.
Olhei para Suzane, mas ela não esboçou qualquer reação às palavras de Paula. Se algo a incomodou ou chamou a sua atenção ela foi bastante discreta. Paula continuou:
--- Vou sair e apenas retorno amanhã. Boa sorte em sua tarefa.
Logo fiquei sozinha e com isso decidi fazer algo que estava planejando. Mesmo sem a presença de Paula, a companheira de meu pai rapidamente se afastou, me deixando livre para realizar meus planos.
Deixei a casa grande em direção ao velho galpão nos fundos da propriedade. Meu pai não gosta de se desfazer de velhas lembranças e guarda muitas coisas na construção mais escondida.
Tentei me lembrar sem sucesso da última vez que estive no local. Deve fazer parte de pensamentos bloqueados. Mas posso lembrar da existência e de características do galpão.
O velho local estava como eu me lembrava: muitas caixas empilhadas em estantes metálicas em vários corredores. Eu sabia do corredor com meu nome e onde ficam minhas coisas.
Olhei para as caixas de papelão. Algumas são bastante velhas, então procurei as mais novas e que estão mais aparentes.
Abri uma das caixas separadas mais novas. De seu interior retirei com interesse algumas camisetas pretas e outras cores escuras. Segurar cada uma das peças me causa repugnância.
Abri uma segunda caixa, para encontrar um tênis e duas botas, todos pretos. Eu conscientemente sei que jamais poderia usar um traje desses, mas as fotos que vi dizem que eu usava essas vestimentas antes de passar pelo processo.
Com cuidado guardei tudo. Não sei o que meu pai ou Paula fariam se descobrissem que estou remexendo sobre o meu passado.
Abandonei o galpão e segui para casa de André para realizar o meu dever. Não tem como não pensar que um dia Suzane e eu estivemos nessa posição, provavelmente até Paula.
Fui recebida por André com animação. Ele não perguntou sobre Paula, provavelmente já está desejando que ela não venha.
Mesmo excitada e sentada ao seu lado, conversei com o homem por algum tempo. Eu esperava uma iniciativa da parte dele em relação a sexo, que não chegou.
Em determinado momento peguei a sua mão e coloquei sobre a minha coxa, para logo depois puxá-la em direção a minha calcinha.
Ele me olhou com alguma surpresa. Não sei até onde ele pode ser afetado pelo processo e não lembrar sobre o sexo que fizemos dias antes.
A minha atitude o despertou. A sua mão ganhou vida e entrou pela calcinha acariciando o meu sexo. Ao mesmo tempo, coloquei a minha mão em seu pinto sob a calça. Com satisfação pude sentir a calcinha que ele está usando.
Os estímulos do homem em minha xoxota estavam quase me levando ao orgasmo, mas seu pinto permaneceu flácido. Em um momento não aguentei mais e explodi em prazer.
André parecia confuso e inseguro com seu pinto. Sua testa suava. Eu não sabia exatamente se Paula já esperava por isso, mas continuei no plano e com a maior atitude autoritária que pude falei:
--- Tire as suas roupas!
Ele hesitou um instante e depois executou a ordem. Sua insegurança é nítida. Logo observei decepcionada seu pinto sem nenhum sinal de despertar.
--- Deite no chão! Barriga para baixo!
Dessa vez mais rapidamente ele obedeceu. Não dando tempo para ele pensar, me sentei sobre as suas costas. Em minha boca molhei os meus dedos.
Pude sentir seus músculos se contraírem quando toquei seu cu. Esperei alguma reclamação que não chegou. Acariciei por algum tempo o seu saco e o contorno de seu anus.
Seu corpo relaxou com os estímulos, mas observei que seu pinto continuava dormindo. Em certo momento explorei mais a entrada de seu cu e penetrei um dedo.
O homem gemeu em prazer e continuei um movimento leve entrando e saíndo o meu dedo. Ele parecia estar gostando bastante.
Mesmo com o pinto flácido após algum tempo ele gritou num orgasmo e pude perceber um pouco de esperma em seu pinto.
Sai de suas costas e sentei sobre o sofá. Sem aguardar a sua recuperação mandei:
--- Estou com sede, me prepare um suco!
O dia prosseguiu com muitas ordens e novos estímulos em meu corpo. Já fazia algum tempo que eu não tinha tantos orgasmos prazerosos.
***
Eu folheava uma revista na sala quando meu pai entrou impotente como sempre. Paula também folheava uma revista no outro sofá e ambas interrompemos e nos levantamos. É uma atitude de reflexo.
A figura grandiosa de meu pai se aproximou me deixando excitada, mas sei que tenho que conter essa situação. Ele perguntou:
--- Como está o processo? Está gostando?
A pergunta foi dirigida a mim, então Paula permaneceu calada. Acredito que ela faça relatórios periódicos para ele. Tudo o que eu queria seria sentir meu pai dentro de minha xoxota, mas ele não quer. Um pouco insegura respondi:
--- Acredito que André esteja indo bem. Logo ele será uma escrava perfeita. É um prazer estar participando e aprendendo sobre o processo para melhor servi-lo.
Ele sorriu de satisfação. Se afastou em direção a Paula e tocou em sua coxa, subindo para o seu sexo. Depois com autoridade falou:
--- Venha comigo que hoje você será minha.
Eles deixaram a sala e não pude deixar de sentir uma gigantesca inveja de Paula. Queria poder sentir toda a autoridade dele dentro de mim. Minha xoxota está em chamas.
***
Já fazem duas semanas da forçada presença de Paula na casa e o acompanhamento do processo que está sendo feito em André.
Sinto falta de minhas conversas rotineiras com Suzane que evita sempre a minha companhia. Não consigo gostar da presença de Paula.
A visitante me abordou pouco depois do café da manhã. Ela estava carregando algumas sacolas, enquanto uma das empregadas da casa a seguia com uma caixa pequena de papelão.
Após o seu convite, como se não fosse uma obrigação, segui com ela para a casa de André. Já faz três dias que não íamos até lá e eu já estava curiosa em ver os progressos dele.
Como sempre fomos muito bem recebidas por ele, que parecia estar ansioso em nos ver. Provavelmente sentiu a falta de nossas visitas diárias.
Sob o pedido de Paula seguimos para o quarto de André. Ele está notadamente com olhar mais servil e com gestos mais delicados, confrontando com seu corpo mais forte.
Paula arrumou alguns vestidos bonitos e novas calcinhas sobre a cama. Voltou-se para André e mandou:
--- Tire as suas roupas.
O homem me olhava, como se eu pudesse dar alguma ordem contrária ou ajudá-lo de alguma forma. A presença de Paula o incomoda. Ela repetiu a ordem mais rispidamente e ele a obedeceu.
Ela ficou satisfeita em vê-lo usando calcinha. Estendeu para ele um vestido e falou:
--- Agora vista isso!
--- Eu não posso usar isso, é uma roupa de mulher.
Foi a primeira vez que eu presenciei André rejeitar uma instrução. Temi que Paula pudesse perder a calma, mas se isso ocorreu ela se manteve firme e apenas falou:
--- É uma pena, você ficaria muito bem de vestido. Vitória ficaria muito feliz de te ver vestido assim.
Ela me encarou me pegando de surpresa. Insegura falei:
--- É… é isso mesmo, eu ficaria feliz se você colocasse um pouco o vestido.
Ele ficou confuso e inseguro. Sua confiança em rejeitar a ordem de Paula desapareceu. Ele pegou o vestido e o olhou por um momento.
Eu o ajudei a vesti-lo para evitar uma nova rejeição de sua parte. Ele aceitou passivamente a minha ajuda. Me senti como se estivesse o traindo, mas procurei esconder o sentimento.
Em silêncio o homem se olhou no espelho. Pouco a pouco ele está sendo quebrado. Me imaginei numa situação similar sendo obrigada a tirar as minhas roupas pretas básicas e a colocar um vestido, mesmo que não consiga lembrar de ter passado por isso.
Sob o incentivo de Paula e o meu olhar silencioso o homem experimentou outros vestidos. A cada um a sua resistência pareceu diminuir.
Ele nada disse quando Paula começou a retirar algumas peças de roupa do homem de seu armário e a depositá-las sobre o piso em um canto do quarto.
Com os três usando vestidos seguimos para a sala. Paula perguntou:
--- Você já tomou vitaminas André?
Sob sua resposta afirmativa ela continuou:
--- Muito bem. Eu trouxe algumas vitaminas que você deve tomar diariamente após acordar. É muito importante que você as tome para ficar saudável.
Ela pegou uma caixa plástica e dentro havia uma espécie de mini seringas. Com todo o cuidado ela mostrou para André e eu como usá-las e fez a aplicação na coxa de André.
Mesmo sem saber exatamente a sua função, reforcei para o homem a importância de usar corretamente as vitaminas.
Continuamos com André por algum tempo e depois deixamos a casa. No caminho para a casa principal Paula explicou:
--- Ele está usando uma droga que iniciará a feminização de seu corpo. Ela é rápida, em uma semana ou uma semana e meia poderemos ver algumas mudanças. Em aproximadamente trinta e cinco a quarenta dias ele terá características femininas predominantes.
A informação me surpreendeu. Isso me esclarece como Suzane tem um corpo tão feminino e perfeito, apesar de seu pinto entre as pernas.
***
Eu já estava a quase vinte dias sem sair de casa, sendo evitada por Suzane e em companhia da insuportável Paula. Já faz dois dias que não visitamos André, então avisei para Paula que iria passear e fazer compras no shopping. Para a minha imensa surpresa ela não se opôs ou mostrou qualquer contrariedade com o fato.
Era verdade que eu precisava sair para me distrair um pouco. Mas eu preciso colocar meu plano em prática. No banheiro escrevi a mensagem no celular e depois de enviada a apaguei do aparelho.
Igual a muitas vezes o motorista me levou até o shopping. Escolhi o maior deles da cidade e que costumo ir eventualmente.
Durante o caminho uma certa paranóia me invadiu. Meu computador ou o meu celular poderiam estar sendo monitorados de alguma forma. Isso seria muito ruim, mas nada indicou que isso estivesse acontecendo.
Dentro do shopping andei, olhei as lojas, comprei alguns cremes e batons, mas principalmente observei. Busquei nos rostos e caminhos seguidos alguém ou algo que denunciasse estar sendo perseguida ou monitorada. Nada pude perceber.
Com medo, segui para a praça de alimentação. Num canto mais discreto, sentei-me observando tudo. Foram dez minutos de espera, até que ele surgiu e se sentou.
O olhei com curiosidade. Meu corpo reagiu a sua presença ficando excitado. Ele parece um pouco mais velho que nas fotos e com mais barba. Suas roupas parecem feias como nas fotos. Forcei a minha mente para recordar qualquer fato junto com ele, mas foi impossível.
Nos últimos dias escolhi a pessoa que eu mais tinha fotos juntos e que me pareceu ter mais contato comigo. Consegui na internet o seu celular e entrei em contato pedindo um encontro. Ele pareceu bastante surpreso, mas concordou. Não trocamos muitas palavras. Agora meu amigo Michel está à minha frente. Informalmente falou:
--- Oi sumida! Achei que nunca mais fosse te ver.
Eu não sabia exatamente como me comportar. Meu condicionamento quer me forçar a ser sexy e ficar disponível para sexo com ele, mas tento focar meus pensamentos em outra coisa. Insegura falo:
--- Obrigada por vir. Eu precisava ver alguém. A quanto tempo não nos vemos?
--- Uma eternidade.
--- A quanto tempo exatamente?
Ele pareceu estranhar a pergunta e respondeu:
--- Uns sete ou oito meses. Talvez um pouco mais. Você deixou muito claro que não queria mais contato com nenhum de nós. Depois nunca mais entrou nas redes sociais ou em um jogo on-line. Nunca respondeu às tentativas de contato e depois seu celular mudou de número.
Tentei me lembrar do fato e não consegui. Ele continuou:
--- Você está muito diferente.
--- Diferente como?
--- Parece uma outra pessoa. Mais adulta, mais feminina, até mais gostosa se posso dizer. A minha amiga Vitória jamais usaria essas roupas, esses brincos e essa maquiagem. É como se você tivesse envelhecido uns dez anos. Você assumiu a personalidade riquinha que sempre rejeitou e disse que jamais se tornaria.
Prestei atenção às palavras. Elas fazem todo o sentido acompanhando as mudanças que André está gradualmente sofrendo e as fotos antigas minhas que ver.
O nervosismo da situação me deixou ainda mais excitada e eu pude sentir a umidade acumular na minha xoxota. Ele falou:
--- Desculpe dizer, mas você parece querer transar com qualquer um aqui no shopping.
Ele tinha razão na afirmação. Me desculpando falei:
--- Desculpe, não consigo evitar. Estou tentando me conter.
--- Mas porque marcou comigo aqui?
Suspirando respondi:
--- Eu preciso muito de ajuda. Seu pai é advogado e talvez possa ajudar. É complicado de explicar, mas ouça…
Com o máximo de detalhes que pude eu descrevi as mudanças em minha pessoa que descobri, o meu relacionamento com meu marido, sobre a presença de Paula, sobre Suzane e as descobertas dos últimos dias. Muito perplexo ele ouviu com atenção tudo. Depois falou:
--- Isso é surreal!
--- Você acredita em mim? Ou acha que estou louca?
--- Acredito claro! Isso explica muitas coisas que eu não entendia. Você não pode voltar para a sua casa.
Pensando expliquei:
--- Eu tenho que voltar. Meu pai tem muito dinheiro e recursos. Tudo pode simplesmente desaparecer se eu não voltar. Suzane e outras pessoas precisam de ajuda. Mesmo Paula pode ser apenas uma vítima disso tudo.
Ainda ficamos juntos por algum tempo e depois tristemente nos despedimos. Ele prometeu contar a situação ao pai e me ajudar.
***
Já faz alguns dias que eu estivera no shopping com o meu amigo, mas a rotina voltou e como sempre sem nenhuma surpresa. Meu medo que soubessem de algo se dissipou.
Alguns dias Paula e eu visitamos André e em outros dias apenas me dedico a minha monótona e sem sentido rotina. Existem momentos que acho que tudo não passou de um sonho e que não existe meu amigo e minha vida sempre foi essa.
André psicologicamente e fisicamente está mudando. Seu corpo cada vez mais ganha curvas afeminadas e suas atitudes cada vez mais submissas. Aos poucos ele abandonou totalmente as roupas masculinas. Se eu não estivesse acompanhando a transformação eu não acreditaria.
Paula me chamou e pacientemente fui até o seu quarto. Uma vez lá ela me mostrou uma caixa. Abrindo seu conteúdo perguntou:
--- Sabe o que é isso?
Peguei o primeiro e o item de maior destaque com calma. A visão do objeto me excitou bastante. Tentei recordar de já ter usado um e não consegui. Desistindo respondi:
--- Sei o que é e como usar? Quer que use em você?
Rindo ela respondeu:
--- Eu não preciso disso. Mas você levará e usará isso na sua visita ao André. Está na hora de ele perder a sua virgindade anal.
Com certo receio falei:
--- Ele não vai me deixar usar isso.
Ela riu novamente e falou:
--- É bastante provável que deixe. Ele está com vinte e cinco dias de processo. Na verdade ele lamberia seus pés se você pedisse. Mas comece por isso primeiro.
Ela tirou da caixa um creme depilatório. Usar isso nele o deixaria completamente livre de pelos por algum tempo. Ela deve ter percebido o meu receio e falou:
--- Você não lamberia os pés do seu marido ou do seu pai se eles pedissem? Fique tranquila!
Imaginar meu pai me pedindo para lamber seus pés ou qualquer coisa sexual me deixou ainda mais excitada. Paula deve ter razão se André já está num nível próximo de Suzane ou de mim.
Na caixa ainda haviam outros cosméticos, esmaltes e maquiagens. Um kit completo para uma transformação.
Segui pensativa para a casa de André carregando a caixa. Me sinto uma traidora buscando ajuda externa e contribuindo para a conversão do homem, mas não tenho opção.
André ficou feliz ao me receber e ver que eu estava sozinha. Ele gosta muito de minha companhia e demonstra ter certo medo de Paula.
Eu nunca havia acompanhado os efeitos rápidos do tratamento que André se auto aplica diariamente. Os cabelos do homem já apresentam um crescimento e seu corpo está mais modelado sob o vestido. Seus seios apresentam algum volume.
Conversamos um pouco e logo estávamos abraçados no sofá. Nossos lábios se tocaram em um longo beijo.
Eu sinto muita falta do carinho de alguém e meu marido está muito distante de cumprir esse papel. Mas a minha missão é outra. Com uma voz que tentou soar como autoritária falei:
--- Tire as suas roupas.
Ele levantou e prontamente obedeceu. Cada vez mais está se acostumando a obedecer sem hesitar. Ele até tentou ser um pouco sexy, embora tenha se saído desengonçado.
Sem o vestido pude ver melhor o delineamento novo do corpo de André, seus seios ganhando tamanho e seu pinto diminuindo. Não resisti em tocá-los e André reagiu sentindo prazer.
Seguimos para o quarto e o posicionei deitado sobre a cama de costas. Na caixa peguei o creme de depilação para executar a minha primeira atividade.
André apenas se moveu um pouco quando toquei o creme frio em sua perna, mas depois continuou imóvel e em silêncio.
Um pouco depois e o corpo, as partes íntimas e o rosto de André já estavam completamente livres de qualquer pelo. Deixei ele se ver no espelho e pareceu gostar muito.
Novamente mandei:
--- Se ajoelhe e se apoie ao lado da cama.
Retirei a minha saia e a minha calcinha. Peguei o strap on na caixa e com cuidado o prendi a minha cintura. Peguei um creme lubrificante e me posicionei ao lado de André. Eu queria que ele olhasse a prótese entre as minhas pernas.
A surpresa do homem olhando o falso pinto foi breve e não esboçou maiores reações. Paula tinha razão.
Passei o creme lubrificante nele e massageei o seu cu. Não houve qualquer reação negativa, apenas leve contração muscular quando inseri e retirei os dedos dentro dele.
Depois me posicionei e toquei a prótese na entrada de seu cu. Pressionei com calma sentindo a resistência de seus músculos. Um pouco depois cheguei até o final e comecei um movimento de entrada e saída. André apenas gemeu sendo invadido pelo prazer.
Após muitas estocadas André explodiu num orgasmo com um berro alto e o corpo inteiro tremendo.
Um pouco cansada me afastei e sentei sobre a cama. Nesse momento tive certeza que o processo poderia transformar qualquer homem.
Após uma recuperação breve pedi para André se vestir. Em minhas atividades ainda existia fazer a sua maquiagem e talvez furar as suas orelhas.
***
É domingo e meu marido e meu pai estão em casa. Paula já tinha comentado que em breve haveria a mudança do lar de André para a residência principal.
Nos últimos dias Suzane arrumou um quarto para André, que já tinha seu nome mudado para Andreia. Suzane e eu compramos roupas, acessórios, cosméticos e tudo mais que ela precisaria.
O processo chegou ao seu dia quarenta e quatro. Andreia já tem suas mudanças corporais acentuadas: seus seios já estão bem formados, sua voz está menos grave e mais feminina, seus músculos diminuíram e seu corpo está mais bem formado, seu pênis diminuiu bastante de tamanho e seus cabelos cresceram razoavelmente.
Às vezes eu me recordo do pedido de ajuda para Michel. Ele parece muito distante e inexistente.
Meu pai chegou na sala com Suzane e Andreia, uma em cada lado. Paula, meu marido e eu já aguardávamos. A nova garota está assumindo seu novo papel como segunda companheira de meu pai.
Uma das empregadas entrou na sala alarmada com passos rápidos. Sob o olhar de meu pai falou:
--- A polícia está no portão principal! Avisaram que eles possuem um mandato de busca e forçarão a entrada se necessário.
Ele ficou perplexo por um momento e se recompondo rapidamente olhou para o meu marido e berrou:
--- Ligue para o advogado! Veja o que pode ser feito e mande ele vir agora!
Meu marido saiu às pressas do meu lado em busca de seu celular. Meu pai voltou a atenção para os restantes. Tive a impressão que ele fixou seu olhar em minha direção por mais tempo. Com voz alta falou:
--- Todas vocês estão proibidas de falar qualquer coisa que me comprometa ou que tenha relação com o processo de conversão pelo qual Andreia passou.
Suas palavras penetraram forte em meu pensamento. Ele deixou a sala apressadamente em companhia apenas de Andreia.
Foram quase dez minutos até que um policial uniformizado entrou na sala seguido de outros.
A presença dos bonitos rapazes me excitou. Impossível não fantasiar me entregando a eles. Um homem não uniformizado e com terno acompanhado de um policial se aproximou de nós e falou:
--- Qual de vocês é o Pedro?
Todas nos entreolhamos sem saber uma resposta. O homem olhou para uma foto que tinha em mãos e parou seu olhar em Suzane. Pouco depois falou para o policial ao seu lado:
--- Ele está muito diferente, praticamente irreconhecível, mas é ele.
Percebi que o nome real de Suzane deveria ser Pedro. Depois dirigiu o olhar para mim e falou:
--- Vitória, você também terá que vir conosco. Façam rapidamente uma mala com itens essenciais, o restante vai depois. O tenente lhes acompanhará. Vocês estão salvos.
Um outro homem com termo entrou na sala se dirigindo para nós. Me vendo falou:
--- Ainda bem que você está em segurança. Eu sou o Dr. Manoel, pai de Michel. Fique tranquila que você está salva. A rede de tráfico de pessoas está sendo dissolvida. Venha comigo!
Deixei a sala na companhia do homem. Uma parte minha se encontra feliz, mas outra parte sente como se meu modo de vida e tudo o que eu conheço estivesse sendo encerrado. Uma vez fora da sala ele explicou:
--- Quando pesquisei as informações relatadas por Michel rapidamente esbarrei na operação policial sigilosa em andamento. Eles já estavam numa investigação avançada sobre o caso. Sabiam a respeito de Paula, mas não sobre o seu pai e seu marido. O nome verdadeiro de Paula é Gustavo. Já estamos com os documentos de André que pegamos na outra casa. Com as informações do seu relato decidiram agir. Outros dois locais suspeitos também estão sendo invadidos nesse momento. Não sei ainda quantos serão salvos.
Me senti em paz e realizando o bem, satisfeita por ter feito o certo e ansiosa para reconquistar uma nova vida.
Fim dessa série
Outras histórias nesse universo com outros personagens ainda poderão ser escritas.
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