As Larvas Astrais , que estavam bem unidas, formando quase uma forma esférica, foram se aproximando mais e mais da bunda de Claudia, enquanto a cabeça do caralho de Nguvu ia entrando no cuzinho dela.
Nisso, Meister, com um gesto rápido, pegou o frasco com uma das mãos e , segurando a tampa com a outra, capturou aquela forma, fechando bem. Meio como quando pegamos com um vidro um vagalume ou um outro inseto.
Percebendo que Meister havia sido bem sucedido, Claudia contraiu as nádegas e girou o corpo, desequilibrando o Negão, que com o susto caiu meio de lado.
- Essa foi por pouco! – disse ela. Quase que você consegue.
- Mas eu estava só tentando ajudar – falou ele, rindo.
- Não vai ser desta vez, Nguvu.
- Quer dizer que em outra vez, pode ser?
- Nem vem! Ela respondeu, rindo.
Ela saiu do Círculo e me abraçou. Eu perguntei:
- E agora, o que vão fazer com esse frasco?
- Esperar. Depois de algum tempo, sem a energia de Claudia, essas Larvas devem desaparecer.
- Mas não existe a possibilidade de alguém mal-intencionado soltá-las , aí vão ficar sugando a energia dela? – perguntei.
- Vamos guardar esse frasco em um local bem seguro, não se preocupem.
Fiquei preocupado. Se algum Mago resolvesse, de alguma maneira, tentar sugar a energia de minha esposa, essas Larvas seriam uma maneira de conseguir fazer isso. Mas o que fazer? Parecia que estávamos sendo levados, aos trancos e barrancos, a um destino que não tínhamos escolhido. Ela, com toda aquela Energia Sexual, mais as coisas que ela havia conseguido fazer, como desencadear eletricidade e levitação, e eu com a “visão à distância” e a habilidade de alterar o tempo... E ainda – infelizmente – as pessoas que usaram essa energia para criar uma Realidade Paralela.
O que iria acontecer dali em diante?
Meus pensamentos foram interrompidos por Hector.
- Daqui a pouco vai amanhecer, meus amigos. Vou pedir ao nosso motorista para levá-los até sua casa, vocês certamente estão ansiosos. E não queremos que aconteça mais nenhum contratempo. Parece que vocês atraem encrencas.
- Com toda certeza. Chega de confusão.
O motorista nos levou para casa, e finalmente pudemos respirar tranquilos.
- Nossa, quanta coisa aconteceu!
- E o curioso é que se passaram apenas dois dias! Como isso foi possível?
- Acho que foi aquilo mesmo, o tempo passa de maneira diferente no outro Plano.
- Amor, e se foi sua habilidade de mexer com o tempo que fez isso? Você estava preocupado com nossos empregos, aí fez o tempo voltar.
- Bom...como aconteceu, não importa. Mas uma coisa é importante lembrar: se a Grasiela esteve em casa há três dias , então a seguir o Walter viria em casa ver suas fantasias, e falaria sobre a tal “ Irmandade onde as mulheres ficam nuas o tempo todo nas cerimônias”...
- É mesmo! Mas, se aquele Walter substituiu o “nosso”, em que momento teria sido? E se ele desencadear tudo de novo?
- Espere aí... mas nós fechamos a Fenda quando libertamos Xulhutu! E Hector e Grasi disseram que, deste lado, a energia havia desaparecido.
- Tá...mas e se for aquele Walter do outro Plano ?
- Deixa eu ver... quando ele veio devolver a furadeira pela manhã, eu coloquei um bilhete no bolso dele. Ele havia dito que tinha um compromisso no centro da cidade. Depois, lá pelas três da tarde foi que ele voltou. ( Ver “Completamente nua na Pousada Parte 10 – Provocando o Amigo” ). E se foi nesse meio tempo que ele foi substituído?
- Se é que isso aconteceu. Pode até ser que o Walter seja o mesmo, e lá no Mosteiro estejam escondendo isso.
- Aí você está sugerindo que estão todos eles, incluindo Grasi e Hector, tapeando a gente.
- É uma possibilidade, querida.
- Mas vamos supor que não seja, e o outro Walter tente capturar o “nosso” em algum momento entre a manhã e as três da tarde.
- Tá, mas como poderemos resolver isso?
- Bom, eu poderia me oferecer para acompanhá-lo até o seu compromisso no centro.
- Mas pode ser perigoso.
Acho que não, até então eles não tinham pensado em sequestrar a gente.
- E se não acontecer nada?
- Aí eu pergunto a ele se ele sabe dessa coisa de Ordens e Irmandades, para ver se este Walter sabia de alguma coisa.
- Se eu não tivesse que trabalhar, iria junto.
- E se a gente fizer diferente?
- Como assim?
- Ele devolve a furadeira e pronto. Você não dá o bilhete, e a coisa para por aí.
- Mas aí a gente não estaria criando uma linha de tempo paralela, onde aquilo não aconteceu mas pode acontecer algo pior, tipo “efeito borboleta?
- Querida, se você for com ele até o centro, é a mesma coisa.
- Aí complicou.
- Vamos ter que esperar. Se a fenda se fechou mesmo quando Xulhutu foi embora, então este Walter do outro plano não vai aparecer. Talvez venha o Walter daqui mesmo.
- E aí nada daquilo aconteceu? O Negão não comeu minha bunda? Hehe.
- Se nós lembramos que ele comeu seu cuzinho, é porque ele comeu. Mas pode ser um paradoxo. De qualquer maneira, vamos ter que esperar.
Voltamos à nossa rotina diária. Alguns dias depois, Walter veio, como havia acontecido antes, devolver a furadeira que ele havia pedido emprestado. Da mesma maneira, Claudia veio com um vestidinho curto para cumprimentá-lo.
- Oi Walter, tudo bem?
- Ué, está com roupa hoje?
- Estou sim, nem sempre fico pelada para os outros verem.
Foi exatamente como da vez anterior. Conversei um pouco com ele, e depois ele saiu, dizendo que tinha um compromisso no centro da cidade.
- E aí?
- E aí o que?
- O bilhete. Você colocou no bolso dele?
- Não. Fiz como você falou, amor. E depois, aquilo já aconteceu. Eu já fiquei pelada na frente dele, experimentando as fantasias.
- Mas e se foi o outro Walter, e não este?
- Olha, vamos torcer para que a fenda tenha se fechado mesmo e não vejamos nunca mais aquela turma.
- Então o seu exibicionismo se acalmou.
- Por enquanto, hehe.
Sem receber o bilhete, Walter não apareceu naquela tarde. E, como ele não veio, não falou sobre Ordens e Irmandades, então não o convidamos para ir ao bar de Rock e Blues. Mas recebi o convite para ir pescar com o Jorjão, aquele amigo que tinha um sítio. Falei com minha esposa logo em seguida.
- Eba! Vou poder ficar pelada de novo lá no sítio!
- Querida, você tem que lembrar que ele ainda não conhece você. Então vá com calma, lembre da vez anterior...ou talvez seja melhor não irmos.
- Que nada, pode deixar que eu faço de conta que nunca vi ele na vida, hehe.
- Hmmm... sei não.
Mas era a primeira chance que tínhamos de fazer de novo algo que já tínhamos feito antes, como naqueles filmes de viagem no tempo. Só que eu sabia que minha esposa iria mudar alguma coisa.
No dia marcado, peguei todos os apetrechos de pesca ( embora eu soubesse que não iríamos pescar nada, como da outra vez) , comida e bebidas, repelente, protetor solar, colocamos no carro e fomos até o sítio do nosso amigo, com o rio, o lago e a cachoeira ( Ver o conto “Completamente nua no Sítio- Pescando com o Jorjão”). Como da vez anterior, chegamos, estacionamos nos cumprimentamos e eu a apresentei novamente. Obviamente, ele ainda não a conhecia, embora Claudia já tivesse até visto ele pelado, entre outras coisas.
Ela estava com uma camiseta regata, sem soutien, e um shortinho bem curtinho, sem calcinha por baixo, aquele que mostrava boa parte da bundinha. Ela o cumprimentou com um beijinho no rosto, e ele não resistiu e falou:
- Desculpe, mas sua esposa é muito linda e gostosa! Você se deu bem, hem, amigo?
Ela riu, principalmente porque já havia ouvido aquilo antes.
- O lago é logo mais abaixo, não é longe. Já sabíamos onde era, mas tudo bem, fomos andando atrás dele, apreciando a paisagem.
Chegamos ao lago e descarregamos nossas coisas, montamos a tenda, e Jorjão colocou a rede entre duas árvores, dizendo que Claudia poderia descansar lá enquanto estivéssemos pescando. Ela já foi experimentando, deitou e comentou:
- Acho que dá pra fazer mais coisas além de descansar, hehe.
CONTINUA
