Depois da primeira vez com a minha mãe, muita coisa mudou na minha vida. Eu nunca mais fui um desesperado por buceta, não vivia mais preocupado em caçar garotas na escola, e pode crer: mudei meu comportamento, meu visual. Eu vou contar pra vocês como que minha mãe me ensinou coisas loucas, mas vou relatar aqui como foi meu retorno à escola.
Eu havia perdido uma matéria importante, eu nunca faltava aulas por causa de passeios no Shopping, resfriados, só se eu estivesse muito ruim mesmo. Uma colega minha ficou de passar as matérias para mim, eu sempre fazia isso quando ela não ia às aulas. Mas ela também pouco faltava.
A Fernanda não era muito bonita, mas certamente era dotada de outras belezas. Muito inteligente, muito prestativa, a melhor garota da classe, quantitativa e qualitativamente. Demais.
Primeira coisa que fez foi saber se eu tava legal. Agradeci a preocupação, mas eu estava muito bem, melhor impossível.
Fernanda: Ah, que ótimo, porque você perdeu muita coisa, e a prova não será nada fácil.
Eu: Relaxa. Você é inteligente, vai tirar de letra, hehehe, a vida é bela. Descomplica!
Fernanda: Eu posso saber o que deu em você? Hahahahaha, tá apaixonado ?
Eu: Olha, o que eu aprendi nessa ausência é que às vezes cabular uma aula pode ser muito relaxante.
Fernanda: Hummm, depois me ensina como fazer isso, porque eu tô numa loucura essa semana.
Eu: Quem sabe a gente não perde uma hora juntos e aí eu te mostro.
Fernanda: Bobo! Eu vou te emprestar as folhas do meu fichário, mas vamos ter de tirar uma hora pra eu te explicar tudinho.
Eu: tenho certeza de que vai explicar muito bem…
Fernanda: Escuta, você não misturou nada na água que bebe ou andou tragando nada estranho não, né!?
Eu: Olha, eu vim de um período que ajudou a me relaxar muito. Você está estressada. Tira um dia e faz o mesmo.
Fernanda: Tá bom, só não sei se meus pais vão aprovar que eu falte um dia, mas vou tentar - ela já estava meio desconfiada, mas… você tá bem, né!?
Eu: Fernanda, daqui a pouco você vai querer um exame toxicológico pra eu provar que não andei em má companhia. Eu estive com a minha mãe, cara. Tem companhia melhor?
Fernanda: Definitivamente você está muito estranho, ninguém volta nesse estado zen porque esteve com a mãe. Você é doido, garoto!
Eu: Bem, não te pedi pra entender. Mas… quer ir lá em casa hoje!?
Fernanda: Pra?
Eu: Passar a matéria, garota!?
Fernanda: Tá. Que horas!?
Bem, pulando tudo isso, a gente marcou a aula particular e fomos pra aula. A Fernanda ficou me olhando estranho durante o dia inteiro, principalmente porque quando ela me explicou a matéria eu havia entendido tudo. Rapidinho. Os dias que se seguiram foram muito produtivos, claro, tinha quem me ajudava a relaxar em casa. Acontece que Fernanda ficou curiosa demais e isso despertou alguns curiosos. A Elisane veio me perguntar o que eu tinha com a Fernanda, que ela não parava de falar sobre mim. Eu sempre dizia: " Nada demais. Mas você tá usando a Fernanda pra querer saber como é que eu tô, ou veio pra me mandar recado dela? "
Elisane: Nossa, precisa ser tão seco!?
Eu: Ué , eu que tô errado!?
Elisane: Tá bom, não tá mais aqui quem perguntou, eu hein! Mas que ela tá comentando sobre você, isso ela tá.
Eu: Olha, se quiser saber algo de mim, isso eu posso responder. A Fernanda veio à minha casa, passou a matéria comigo, eu peguei fácil, fácil, e tô relax.
Elisane: Nossa, ela é muito maneira mesmo. Mas… e aí?
Eu: E aí, o que? Ah, Zane, não rolou nada. Foi só uma vez mesmo.
Elisane: Mas eu aposto que ela tá curiosa com o que você andou fazendo na ausência. É bongô, ioga, ou o quê!?
Eu: É cuidar da minha vida e não ficar falando o que você vive de bom, porque aí não estraga. Segue a dica. E pára de ser menina de recado dos outros porque você é mais.
Elisane: Nossa… ok, não tá mais aqui quem falou. Grosso!
E por conta do burburinho, acabei de isolando um pouco, até da Fernanda acabei me afastando. No dia seguinte, sentei bem atrás na sala. A minha cadeira cativa ficou vaga pra outro nerd. Fernanda pensou que eu tivesse faltado até responder que estava presente. Aí ela olhou para trás e viu mudança em tudo.
Veio me procurar, não no fim da aula, chamou-me no aplicativo e perguntou porque eu estava me afastando. Eu disse que não quero ninguém vinculando meu nome a ela e que não quero contar nada da minha vida pra ninguém.
Fernanda: Cara, mas eu não fiquei falando nada de você pra todo mundo, eu só disse que você estava diferente.
Eu: E a Elisane veio dar o recado. Daqui a pouco, vão dizer o que, se virem você comigo? Que a gente tá ficando, namorando!? Valeu, mas acho que você não devia ter falado nada. Você era a única pessoa com quem eu tinha mais intimidade, e ficamos bem amigos, só que eu não gosto de estar metido em fofocas. Foi mal, Nanda.
Fernanda: É uma pena. Eu gosto muito de estar com você.
Eu: Lamentável mesmo. E tudo porque eu voltei relax depois de faltar um dia.
Fernanda: Só queria saber o que te deixou tão feliz. Se foi uma garota, se você tá apaixonado. Mas…
Eu: Tá bom, Nanda, quer se encontrar comigo!?
Fernanda: Que bom que você não vai mais se afastar de mim! Quando?
Eu: Vamos matar uma aula e aí…
Fernanda: Ah, de novo?
Eu: Que de novo, garota ? Você nunca matou aula!
Fernanda: Ai, é que eu tenho medo…
Eu: Fernanda, tu tem medo do que, cara!? Você vai pegar a matéria.
Fernanda: Mas o que você quer comigo!?
Eu: Quero um encontro. Pra gente se conhecer.
Fernanda ficou em silêncio e nem um " não " eu recebi como resposta. Achei que era um " definitivamente você está louco, passando dos limites ". Fiquei quieto uma meia hora. Daqui a pouco recebo uma resposta:
Fernanda: Desculpa, eu… não tava esperando isso. Eu fui atender a minha avó aqui e…
Eu: Cara, só me dizer se quer ou não. Se não quiser, vou ficar puto, mas depois passa.
Fernanda: Você nunca disse nada sobre garotas, nem pra mim, o pessoal até achava você esquisito.
Eu: Pessoal é muita gente. Eu moro há pouco tempo aqui, você sabe. Não tenho amizade com todo mundo. Minha mãe é minha melhor amiga, confidente, tudo que passo eu conto pra ela. Só pra ela. Mas não posso ficar dividindo tudo com ela, ela é minha mãe. Então… eu só tomei a coragem de conhecer alguém bacana. Alguém que gosta de mim. Alguém como você.
Fernanda: Foi por isso que você se afastou de mim? Porque sentiu algo e não queria estragar as coisas!?
Eu: Quando você ficou curiosa demais em querer saber por que eu tava tão zen, e ficou falando pros outros, você passou uma mensagem pra quem quisesse entender que você estava reparando em mim de alguma maneira. Eu sou bem quieto na minha. Não curti o que fez.
Fernanda: Foi mal. Me perdoa!?
Eu: Não se culpe mais. Tá perdoada.
Fernanda: Eu fiquei admirada pelo seu novo eu.
Eu: Sou o mesmo. Mas… você não me respondeu.
Fernanda: Hahahahaha, é. Então , eu… Eu topo te ver. Mas tem que ser na aula?
Eu: É. Tem.
Fernanda: Tá, eu vou falar com a…
Eu: Tá maluca, você não vai falar com ninguém, pra nada! Depois a gente dá um jeito , cê tá louca!?
Fernanda: Mas Allan…
Eu: Nanda, a gente dá um jeito. Vai falar pra Zane, pra depois ela tirar conclusões de que a gente tá se pegando?
Fernanda: Mas você quer chegar aonde com isso? Vai cuidar da sua vida ou viver em função dos outros? E daí se a gente se pegar, Allan? Tem que ter aprovação dos outros?
Eu: Tem razão.
Fernanda: Você complicou tudo por ser na hora da aula. Vão dar falta de nós dois, e depois alguém vai perguntar. Eu vou matar aula sem meus pais saberem. Você tem sua mãe, que é cúmplice. Aliás, só me diz uma coisa…
Eu: O quê!?
Fernanda: Ela sabe que você vai matar aula de novo!?
Eu: Eu tô bolando isso agora. Claro que ainda não sabe. Né. Chegou. Vou contar pra ela.
Fernanda: Hummm, tá. Vou ver o que falo pros meus pais, aqui. Pra onde a gente vai?
A gente traçou os detalhes e procurou um lugar onde a gente não fosse conhecido. Ela me sugeriu a Quinta da Boa Vista. Achei maneiro. No dia seguinte, busquei ela em casa. E porra, ela tava bem maquiada, tinha dado um trato no cabelo, e pela primeira vez, a vi sem uniforme. Gatinha, cara. Magrinha dos peitos médios, cabelos crespos compridos, pele mulata, boquinha carnuda, 1.74m , fiquei animado na hora, se é que me entendem, hehehehehe!
Eu: Uau, nunca te vi assim. Tá linda!
Fernanda: Sério!? Gostou mesmo!?
Eu: Claro. Com propriedade, alguém uma vez disse que a mulher pode estar feia como um cão chupando manga, ela aparece maravilhosamente linda , renascida como a Fênix.
Fernanda : Obrigado por me chamar de feia.
Eu: Eu nunca disse que você é feia.
Fernanda: Você só me notou quando eu me produzi. Significa que…
Eu: Significa que você realçou o que já tinha de bom. Mas que aquele uniforme esconde a beleza, isso esconde.
Fernanda: Talvez porque nunca ninguém me notou. Quem sabe agora eu não faça mais vezes.
Eu: Sugiro que faça mais. Porque eu gostei.
Fernanda: Pára de querer me…
Levou um beijo, porque eu já estava sem assunto, e se eu falasse demais poderia estragar tudo. Nossa, e que boca boa, viu!
Fernanda: Garoto, você borrou meu batom! Que idéia é essa de roubar beijo do nada, eu posso te acusar de assédio!
Eu:( agarrei-a de novo e dei um beijo mais voluptuoso) Desculpe , eu tô devolvendo com juros. Não quero ficar te devendo nada.
Fernanda: Você até que paga muito bem, sabia!? Tô gostando de como começou nosso…
Eu: Encontro!? É… se arruma aí.
A gente ainda estava na porta da casa dela. Quando finalmente ela se retocou, porque teve que entrar e consertar o borrão que deixei, a gente foi para a "biblioteca ( Quinta da Boa Vista). Eu tinha um trocado guardado, então a gente almoçou juntos, e durante o dia conversamos e rimos sobre um monte de bobagens. Isso foi numa quinta-feira. Quando a gente voltou, já estávamos de mãos dadas e um clima gostoso entre a gente. Nem nos lembramos de escola, matéria, porra nenhuma, só mesmo trocamos ideia sobre a vida, o futuro… e finalmente ela voltou a tocar no assunto da minha falta.
Fernanda: Foi isso que você fez com a sua mãe!? Nossa, eu achei nosso programa muito divertido. Realmente não imaginava que desse pra relaxar…
Eu: Ambos estávamos bem estressados. Ela é uma profissional liberal. A gente sempre foi muito unido e sempre dividiu as coisas, inclusive do coração. Minha mãe é uma garotinha, quando se trata de relacionamentos, ela vive quebrando a cara. E eu, sou o ouvinte e confidente de suas desventuras.
Fernanda: Nossa, achei legal essa amizade dos dois. Curioso é que você não tem uma decepção pra contar pra ela.
Eu: Ah, eu tive algumas. Nunca namorei ninguém, só ficava afim e não era correspondido. Sempre fui mais tímido.
Fernanda: Não foi o que vi sobre isso , hoje cedo.
Eu: Bom, a mãe me deu uns toques sobre como chegar numa garota. O primeiro deles foi parar de ter medo de garotas, porque vocês sentem o mesmo em relação a gente, ela me ensinou que não importa quem seja, a garota precisa sentir confiança em você, saber o que quer, entende? E outras coisas mais…
Fernanda: e onde você aprendeu a beijar gostoso, assim? Não me diga que…
Ruborizei. Desviei o olhar.
Fernanda: Não acredito!!!
Eu: É.
A gente ficou em silêncio um bocado de tempo.
Fernanda: Fala alguma coisa, esse silêncio tá me matando.
Eu: Falar o que, não sei o que deve estar pensando sobre mim.
Fernanda: Eu prometo que não conto a ninguém. Mas é.. sei lá, muito louco, isso.
Eu: Acho que foi um erro te trazer aqui e falar sobre tudo. Poderia ter ficado como era antes…
Fernanda: Não poderia. Agora tenho um pouco de você, comigo. Só queria perguntar mais uma coisa. Mas acho que já sei a resposta.
Eu: O quê?
Fernanda: Esquece.
Eu: Ah, fala. Quer saber se ela me ensinou mais coisas além do beijo, né!?
Fernanda: Quando você falou em beijo, eu já deduzi o resto. Eu queria saber se posso confiar o que sinto a você.
Eu: Você me acha bizarro por isso, né.
Fernanda: Eu não te acho bizarro. Mas é um bocado novo pra minha cabeça.
Eu: Não deveria ter falado nada. Vamos embora. Só não conta pra ninguém o que sabe.
Fernanda: Espera…
Eu: O q…
Ela avançou sobre mim e me deu um beijo. Um beijo bem quente. Demorado. Correspondi com a mesma fúria. A gente estava sentado num banco, e a sensação era de que todo mundo estava nos olhando. Acho que é a culpa do segredo quebrado. Agora, a sensação era de que todo mundo iria saber.
Fernanda: Obrigada. Por ter me escolhido pra contar isso. Não é algo trivial. É muito profundo. Não me imagino no seu lugar, mas nem daqui a 1000 anos, em outra vida. Mas eu tinha sentido que algo de especial tinha mudado você.
Eu: Tá. Valeu, né.
Fernanda: Eu… só quero saber se você me vê só como uma confidente qualquer ou… se algo pode sair a mais de tudo isso. Eu sempre achei você legal. Queria poder conhecer mais de você.
Eu: Acho que você já tem a resposta.
Fernanda: Jura? Hehehehehe , mas eu queria ouvir de você.
Eu: O quê sinto pela minha mãe é algo muito diferente. Talvez nunca devesse ter acontecido. Mas eu… gosto de você. Eu te trouxe aqui porque queria que sentisse o mesmo que eu.
Fernanda: Nenhum garoto tem a história que você tem. Pelo menos isso te fez mais maduro. E eu adorei isso.
Eu: Quer então continuar me conhecendo?
Fernanda: Claro que eu quero. Sei lá, eu acho que tenho um certo ciúme da sua mãe.
Eu: Por que?
Fernanda: Porque não quero competir com outra mulher pra ter você.
Eu: Nenhuma outra vai ter lugar no meu coração como ela. E não terei ninguém como você. Eu te entendo. Sei que isso te deixa...insegura sobre a gente.
Fernanda: Não. É com raiva.
Eu: Com raiva!?
Fernanda: É…
Eu: Entendo, mas acho que não entendo.
Fernanda: Porque eu quero que você fique zen a partir de agora COMIGO! Só comigo. Não quero você dividindo mais nada com ninguém além de mim.
Eu : Eu te entendo. Você vai ter.
Fernanda: Você promete?
Eu: Prometo. Vai ser só você. E na hora que achar certa.
Fernanda: Jura!? Então tá bom…
A gente voltou pra casa bem agarradinhos e de mãos dadas. Já era de tarde. Despedimos-nos com um beijo bem quente e gostoso e fui pra casa. Pegar uma garota é bem diferente de ter algo com a minha mãe. Mas curti o lance que ela é eu estávamos tendo.
No dia seguinte, eu sentei lá no fundão.
Cheguei primeiro que ela. A Elisane , como sempre, perguntou qualquer coisa pra ela. Mas o que chamou a atenção foi ela olhar pra trás e me chamar pra ficar do lado dela. Eu mandei uma mensagem dizendo: " Tá maluca, garota, o que querem que pensem da gente?"
Aí, ela saiu do lugar, e me pegou pela mão . Todo mundo parou e olhou, sem entender nada. Me levou lá pra frente e me colocou do lado dela. Então ela simplesmente disse em voz alta: " Escutem: nós estamos nos conhecendo, e se alguém tem alguma coisa pra falar, falem na nossa cara!
Silêncio geral na turma. Eu estava explodindo de vergonha, por dentro. Mas fiquei firme e não mostrei intimidação diante dos olhares dos meus colegas. Elisane, incrédula, olhava pra um lado e pra outro buscando explicações, manifestações, qualquer coisa. Tava chocada.
Fernanda: Já imaginava. Fica aqui do meu lado, amor. A gente sempre sentou juntos.
Eu: Ok. Já que insiste. É um prazer.
Professor: Linda cena. Agora sentem-se, preciso começar minha aula. Parabéns pro casal.
Era aula de Linguagem de programação, com o Wesley. O burburinho cessou e finalmente tive paz com relação a isso. Mas sempre ela, a Elisane, tinha que procurar a gente pra poder falar alguma coisa. Foi no intervalo:
Elisane: Nossa, amiga, eu fiquei embasbacada com o que você fez hoje na sala. Eu só vim dizer meus parabéns. Espero que tudo dê certo entre vocês.
Eu: Grato. Quer conversar com ela, Nanda!? Depois a gente se fala.
Elisane: Na verdade, eu já sabia, bobinho… hahahahha!
Eu: O que!?
Fernanda: A culpa é minha, Allan, desculpa. Mas foi pra ela que contei como você estava diferente, primeiro. E também… foi ela quem encorajou nosso encontro…
Eu: Caraca, e eu pensei que ela tivesse especulando qualquer coisa.
Fernanda: ( no pé do ouvido) Eu jamais contaria algo do seu tipo pra ela. Aliás, a gente precisa resolver isso… não é!?
Eu: Ah, claro!! Conto com você!!!
Elisane: Peguei o bonde andando.
Eu: Tá bom, Elisane, obrigado pela força.
Elisane: O que uma amiga não faz pela outra,né?
Fernanda: Amiga, você pode me dar um instantinho pra eu ficar com meu namorado? Já vou falar com você!
Elisane: Okay, pombinhos. E Allan: ela sempre teve afim.
Fernanda: Zane!
Eu: Hahahahahaha!
Assim que ela se afastou, olhou dentro dos meus olhos com aquele olhar bobo, de apaixonada, e perguntou:
Fernanda: Nossa, nem sei de onde tirei essa coragem pra poder fazer o que fiz. Eu não quero que pense que quero controlar você, nada disso. Mas eu não iria aguentar você longe de mim.
Eu: Obrigado. Você ganhou o dia. E ganhou ainda mais meu coração. Aprendi muito com isso. E sobre aquilo que você falou no meu ouvido? Aquilo é sério!?
Fernanda: ( no meu ouvido ) Eu mal espero por esse momento. Vamos matar aula de novo… depois das provas!? A gente precisa agora ver como falar com meus pais. Que tal você almoçar comigo, nesse domingo?
Eu: Vai ser um prazer.
Continua.