O que vou narrar não é fictício. Faz parte das experiências que tive e que ainda me dão arrepios de medo ou de tesão.
O ano foi 2007. A minha casa deve ter sido uma das primeiras a ter internet de fibra ótica na rua, ou até mesmo um computador, que por algum tempo não era tão acessível como hoje.
Moramos por muitos anos de aluguel, mas enfim estávamos com a nossa casa própria, mas num bairro novo de Brasília, sem muita infraestrutura e numa fase bem embrionária do que é hoje.
À época eu estudava na oitava série. Já havia tido contado com algumas rolas. Adorava sair sozinho à noite procurando caras bêbados em paradas, quiosques fechados ou becos escuros (nesse tempo Brasília ainda tinha becos, e chupei muita rola nos cantos escuros). Já havia dado, aliás, isso daria outro conto, pois foi o meu tio bêbado quem abusou de mim bem mais novo, me fazendo de depósito de porra quase que diariamente.
O mundo do sexo não era mais tabu pra mim, mas ainda era um rapaz imaturo e cheio de “curiosidades”.
Ouvi falar na escola que havia um mundo de sites de relacionamento. Um desses era o chat do Uol (penso que todo puto pervertido tenha que estagiar no chat do Uol). Não demorou muito e eu estava viciado no chat. Passava horas lendo, contando anedotas e causos no chat do Uol. Punhetava horrores, cheguei até a apanhar quando meus pais descobriram o histórico de navegação, mas lá estava eu, viadinho pueril feliz da vida descobrindo a putaria.
Numa das navegações pelo chat conheci um rapaz de nick “estoura cu”. Eu amava os apelidos mais grotescos, tanto que o meu era “cu de bêbado”. Puxei assunto:
Cu de Bêbado: e aí gatão, blz? Tá onde?
Estoura Cu: fala putinha, tô na Ceilândia. Tem local?
Cu de Bêbado: tbm. Tenho não e vc?
Estoura Cu: tenho mais tarde. Como vc é?
Cu de Bêbado: tenho 1.75al, 70k, branco, corpo bonito e poucos anos. Se não curtir eu entendo.
Estoura Cu: dlc. Já serviu um macho de verdade?
Cu de Bêbado: Como assim? Rsrsrs
Estoura Cu: já levou rola no cuzinho putinha?
Cu de Bêbado: já, e já levei leitinho no pelo tm.
Estoura Cu: então tá no ponto. Vem pra cá às 21h. O endereço é ...
A abordagem era tosca mesmo, penso que ainda seja, papo reto para o sexo e pronto. Na época não tínhamos Wpp, então as coisas tinham que ser o mais diretas possíveis.
Fiz o meu asseio, mas mesmo com xampu ou creme hidrante havia em mim um cheiro de moleque, que hoje me leva ao delírio. Enrolei os meus pais, muitas vezes eu só saia de casa, nem dava muita satisfação não (falha na educação? Talvez, mas serviu como possibilidade para dar o rabo muitas vezes para caras estranhos na rua).
Cheguei ao local marcado, dei algumas voltas na rua, a casa estava com tudo apagado. Quando o fogo no cu é grande você fica perambulando até achar uma rola que o apague. Devo ter ficado uns 15 minutos pra lá e pra cá, até que a luz da sala acendeu e um homem apareceu na penumbra da garagem dizendo:
- Tá perdido?
- Tô (eu já tinha usado muitas falas prontas na minha vida de puto depósito de porra para abordar homens na rua. A desculpa do tô perdido era clássica). Estou procurando a casa de um amigo da escola – respondi com o rosto colado na grade.
- Esse teu amigo da escola tava no Uol (disse com um sorriso, chegando mais próximo).
- Tava sim – respondi sacando que se tratava do “Estoura Cu”.
Já era possível vê-lo. Tratava-se de um homem moreno claro, com traços de homem branco, mas com lábios carnudos. Estava só com um short, com uma senhora ereção, evidenciando uma lapa de rola e pernas grossas e peludas. A barriga era normal, nem magro nem gordo, mas era cheio. O tesão maior eram os braços, grossos, grandes e duros (mais tarde descobri que seriam fortes também).
- Então você achou a casa do seu amiguinho. Entra ai – disse abrindo o portão e observando com atenção se havia alguém na rua.
Entrei com um frio na barriga, típico de quando você está num encontro para dar o cu. Rola um tesão estranho, que o corpo tende a expressão com arrepios e frios na barriga, ou boca seca em casos extremos.
Entramos. A única luz acessa era a da sala. Ele realmente era um tesão de cara, do jeito que eu gostava, cheio, voz grossa, com cheiro de sabonete de erva cidreira (o cheiro marcou a minha vida!). Macho comedor de buceta, casado com mulher corna que gosta de paparicar o macho e mendigar rola em algumas poucas fodas, enquanto isso o macho sai por ai depositando porra no cu de viado, como era o meu caso.
Conversamos meia dúzia de bobagens. O tempo era curto para ambos, principalmente para mim. Ele me chamou para ir para um quarto nos fundos. Não pensei duas vezes e o segui pela casa escura.
Era uma casa simples, mas arrumadinha. Na rua havia muitas casas em construção vazias, eu mesmo já havia mamado um rapaz numa delas, e poucos moradores.
O quarto não tinha nada além de um colchão velho com uma capa surrada. As paredes tinham tábuas encostas com um cheiro peculiar de verniz, pareciam estar secando ou algo do tipo. O chão era de cimento grosso, como na maioria das casas.
Fui tirando a minha roupa. Ele disse alto, como se estivesse assustado ou irritado:
- Não! Eu tiro.
Achei aquilo um tesão, mas fiquei assustado com o tom de voz, já que estávamos sussurrando até ali. E realmente o tom de voz dele era outro, falava mais alto, mais firme, parecia não se preocupar se alguém ouvisse (mais tarde entendi que nem o próprio diabo ouviria algo dali).
Sentei no colchão. Ele amaciava o pau ainda com o short. Era enorme, devia ter uns 20 ou 21 cm. Diferente dos paus que eu já havia procurado na rua para encherem o meu cuzinho de leite, era um pau grosso da base até a cabeça, me fazendo pensar se eu realmente aguentaria aquilo.
Ele me abraçou, me beijo o pescoço e me chamava de Júlia. Cheguei a corrigi-lo e ele mais uma vez alto e grosso disse:
- Cala a boca vagabunda. Você é só uma putinha que não vale nada.
A frase veio seguida de um chupão enorme no meu pescoço. Eu era muito inexperiente com as preliminares. Meu negócio era chegar, chupar, dar e ir embora.
Ele percebeu a minha apatia. Ficou nervoso. Mandou eu pegar nele. Eu pegava com muita inexperiência. Ele ficou mais brabo.
- Pega que nem homem viado filho da puta! Lixo. Você é um lixo seu merda.
Eu estava pra lá de assustado. Quase nunca ouvia a voz dos machos que me comiam. E ele estava interagindo, brigando, parecia muito nervoso.
Ele levantou, meio que me empurrando, e saiu do quarto. Demorou um pouco. Um pouco mais. Decidi procurá-lo. Vesti a minha roupa e sai pela casa chamando.
- Moço?! Moço?! Eu tenho que ir.
Passei pelos cômodos. A casa era grande, parecia ter 3 quartos, ainda não acabados, uma cozinha ampla e uma área de serviço uma parte dos fundos consideravelmente grande (depois descobri que seria outro lote).
Voltei na direção do quarto, ainda chamando pelo homem. Passei pelo que seria um corredor. Foi quando ouvi um barulho de tapa e logo em seguida uma ardência insuportável nas minhas costas. Não tive qualquer tipo de reação. Estava em choque. Confuso. Que porra era aquela, pensava procurando suporte.
Outro barulho de tapa! A ardência foi maior ainda. A voz do desconhecido do chat do Uol quebrou o silêncio gritando:
- Não queria rola, viadinho de merda?! Bando de filho da puta! Lixo. O que te faltou foi uma surra, pra tomar jeito de homem.
Dito isso levei uma surra. Tapas fortíssimos. Aquele homem me agarrou pelo braço e estava me batendo com toda força. Eu lutava do jeito que podia, até que ele me deu um soco na cabeça e apaguei.
Acordei eu estava no quarto. O meu corpo todo doía. Olhei desesperado para os lados. Desespero total. Que merda que eu havia feito para aquele homem me bater tanto. Não dava para enxergar quase nada no quarto, só um feixe de luz amarela que vinha de um dos poucos postes na rua sem asfalto.
Tentei levantar. Eu estava amarrado.
Remexi de todas as formas, a cabeça estava latejando. Tudo doía. Foi quando senti que havia alguém no quarto, no canto.
Eu que adorava mexer no pau dos meus primos enquanto eles dormiam com o quarto totalmente escuro. Adorava aquele ambiente. Estava experimentando um pesadelo agora.
O homem estranho saiu do canto do quarto e numa velocidade surreal me derrubou no colchão e meteu incontáveis tapas na minha cara. Foram muitos a ponto de não sentir dor, apenas a dormência do inchaço.
Ele pegou pela corda que usou para me amarrar. Sorria. Mandava eu gritar, chorar...
- Vai putinha, grita, chora, pede socorro! Aqui nem o Diabo te ouve!
Ele sabia do que estava falando. As madeiras no quarto criavam uma proteção acústica perfeita. O isolamento da casa era ideal e as cigarras (era época de início de chuva) abafariam perfeitamente qualquer som meu. Ali eu era refém dele.
Ele me jogou novamente na cama, já não se importava com sedução, se iria me machucar ou não. Abaixou o meu short. Percebeu a dificuldade e rasgou short com cueca numa só tentativa. Era assustadora a força daquele homem, que só trabalhadores braçais tem.
- Veio todo cheio de marra, né desgraçado? Em sala de bate papo procurando macho! Filho da puta de merda. Tem mais é que matar essas porra tudinho.
Eu ouvia aquilo com a garganta seca. O medo de morrer é algo surreal de assustador.
- Agora vou te mostrar o que é ser homem de verdade, seu desgraçado – ele falava ofegante e dando tapas fortes nas minhas costas e bunda.
- Já deu essa bunda, viado? Responde filho da puta desgraçado.
- Já sim. Pelo amor de Deus, me deixa ir embora. Não me mata não. Socorroooooo – respondi gritando e levando mais tapas.
- Grita vagabunda. Grita que quanto mais você grita mais o Capeta domina o meu corpo.
Aquele homem estava fora de si.
Ele passou a abrir minha bunda. Puxava com força o meu saco, apertava o meu pau com muita força e sorria dizendo:
- Parece uma buceta! Anormal! É isso que você é, um anormal, nem pinto tem, parece uma buceta.
Disse isso forçando o dedo no meu cu.
- Uma bucetinha de piranha. Uma bucetinha da piranha Júlia – a voz dele estava embargada, intercalando com rosnados estranhos.
Ele passou a sarrar na minha bunda. O dedo, no seco, procurar meio de entrar no meu cu. A dor era insuportável. Implorava para que ele parasse.
- Vadia. Você é uma vadizinha. Ninguém vai sentir falta de você, deposito de porra. Todo mundo fala de você aqui, que você fica mostrando a bunda para os carroceiros nas construções, que você fica perto dos bares procurando piroca. Vergonha. Você é uma vergonha pra sua família, pra humanidade.
Dizia isso introduzindo o dedo no cu. A lágrima já não era de desespero, era de dor mesmo. Era um dedo grosso e calejado. Seco e ríspido. Foi insuportável.
Eu chorava. Ele forçava o dedo.
- Agora vou de dar um presentinho.
- Pelo amor de Deus!!!!! Paraaaaaaa!!!! Socorro!!!! Ajudaaaaa!!!
- Vadia – tapa na minha cara – tava que cachorra no cio quando entrou aqui. Vou te dar o que você tanto quer. Não queria pau? Vai ter.
Ele levantou. Eu o vi pegar algo com som metálico. O desespero veio com força, os gritos rasgavam a minha garganta. Ele apenas sorria. Fui em direção a ele e vi, com dificuldade, que parecia ser um cabo de madeira de uma pá de areia. Ele estava encaixando uma sacola. Eu implorava para não me fazer mal e ele só dizia que eu morreria naquela noite.
Pegou um pote de margarina e lambuzou a sacola dizendo:
- Lubrificar pra entrar o máximo! Hoje você vai se realizar, viado desgraçado.
- Moço, não faz isso não, pelo amor de Deus!
- Vira! – resisti. Vira desgraça! Vira se não te mato agora mesmo, imundícia.
- Não!!!! Socorroooooooo!!!
Foi o tempo de sentir a mão dele no meu rosto e o corpo rodopiar e eu cair de bruços, indefeso, inerte e vulnerável.
Ele pegava pela corda com uma das mãos e com a outra segurava a pá. Eu travava a bunda, que estava molhada, presumia ser sangue depois do dedo que ele enfiou. Ele sorria dizendo que dificultar seria pior, pois ele meteria dois cabos.
Realmente não fazia diferença travar a bunda. Ele continuava enfiando. E como estava lubrificado com a gordura vegetal, foi fácil pra ele. Quando senti que o meu cu estava perdendo a guerra para o cabo da pá, a dor que veio em seguida era como se um poste estivesse entrando no meu cu. Doía tanto, mas tanto, que a minhas pernas deixaram de ter movimento. Eu sentia choques na minha nuca, similares aos choques que sentimos quando o dente doí ou está sensível.
Ele percebendo a minha fraqueza, enfiou de uma só vez. Só me lembro de ter dito “aiiiiii” e apaguei.
Acordei com as minhas pernas para o ar, em frango assado, e ele fazendo um vai e vem frenético com o cabo da pá. A dor estava ali, lembrando o motivo do desmaio.
- Olha que bucetão que você tem agora! Quem gosta de macho é fêmea. Como você não tinha buceta vou fazer uma em você. Agora você vai ter buceta, praga dos infernos! Olha que bucetão grandão. Já tá até menstruando!!!
- Paraaaaaa.
- Para o que, merda, agora que começou.
E realmente, ele passou um bom tempo fazendo aquilo, até que cansou. Eu lutei com ele todo o tempo, me mexia, chorava, implorava por liberdade...
Ele só sabia me bater, me xingar e meter o cabo da pá no meu cu.
- Ainda tem mais pra você!!! Vou te fazer uma putinha completa hoje!
Continua.