No armário! (10 Fim)

Da série No Armário
Um conto erótico de Cigana
Categoria: Crossdresser
Contém 3688 palavras
Data: 27/10/2021 17:05:21
Última revisão: 10/07/2024 09:20:17

— Mãe, queria mesmo falar com você, já me decidi ...

Continuando ...

Eu agora estava mais tranquilo com Débora, com minha família e com mamãe.

— Mamãe, eu estive pensando muito sobre tudo isso. Não quero tomar nenhuma decisão precipitada, mas confesso que tenho medo do que me espera, vou estar sozinho em uma nova cidade, em uma nova escola, sem meus irmãos ou irmãs para me proteger, isso tudo me faz ficar com medo de ir muito direto a transformação que tenho sonhado, mas sonho é uma coisa, realidade é outra.

— Eu não deixarei nada te acontecer e acima de tudo te apoiarei no que decidir. Disse mamãe me dando um beijo na testa e pegando em minhas mãos.

— Então, acho que podemos primeiramente, marcar ainda esta semana a psicóloga e a endócrina, queria poder tirar todas minhas dúvidas sobre o meu perfil e as possibilidades de hormonização que podem ser possíveis. Lembra das meninas gêmeas que encontramos na pousada, eu até queria ser como elas, mas por mais que você diga que eu sou feminina eu sei que tenho características que não ajudam, principalmente esse excesso de pelos, facial nem tanto, mas no mais meu corpo tá estranho. Vamos lá e daí continuamos daqui a conversa pode ser?

— Filha, ótima escolha, vamos sim, note que embora fosse isto que eu queria eu seguirei suas escolhas, quando ver que elas são perigosas a você irei opinar, mas tentarei seguir elas com o coração aberto.

E assim foi, neste meio tempo, até a consulta vir, mamãe me convenceu a ter um mínimo de um guarda roupa feminino, primeiro para que eu pudesse ir como menina nas duas médicas, depois para que eu pudesse quando achasse conveniente me transformar, ela me queria realmente livre para quaisquer escolhas. Decidi que na psicóloga iria de menina, e na endócrina eu iria de menino, até mesmo para que cada uma olha-se um perfil distinto de como me sentia (menina) e de como eu estava (menino).

Foi uma sessão longa dividia em três partes, uma conosco na sala, depois uma comigo sozinha e a outra apenas a mãe, isso tudo deve ter demorado umas 2 horas e pouco, mas a psicóloga disse que nestes casos meus ela reserva a tarde toda pois as vezes precisa retomar algum assunto juntas ou separadas até poder ter o panorama exato do que cada um sente, ou que ambos sentem.

Ficou claro que eu era um transgender, mais para uma crossdresser, com mente feminina e masculina, quanto ao sexo eu era nitidamente uma menina que gostava de meninas, não tinha repulsa por meninos, apenas precisava de muito estimulo para um convívio mais íntimo, quanto ao meu lado menino, ele era nitidamente avesso a um relacionamento homossexual com um homem, mas a psicóloga disse que e eu confirmei que poderia naturalmente me relacionar com uma transexual, com uma mulher de forma que se existe ou não eu era uma menina trans, lésbica e um menino trans afetivo ou algo assim era engraçado, mas ficara nítido que eu não gostava de homens, simpático a meninos afeminados e natural com meninos trans e totalmente liberal com mulheres.

Na endócrina além dos exames que já tínhamos feito, pelo sangue, ela fez inúmeras medidas, colocou em um software e ele fez a progressão de meu crescimento em peso e estatura para um homem, e para um homem hormonizado, neste ponto ela falou que tinha 2 possibilidades.

Ser hormonizado parcialmente, bloqueando ao máximo os hormônios masculinos, o que me daria uma androginia fácil de controlar e de viver tranquilamente sem muitos riscos físicos, mentais e hormonais, com uma leve dose de hormônios femininos para salientar e moldar pequenas partes (pele, seios e bunda)

Segunda opção é que junto a esta primeira, com doses maiores e uso de cirurgia eu ter meu corpo transformado completamente em mulher, de uma forma estética, com silicone, mudança facial, capilar, até de mãos e pés havia possibilidades de mudança.

Claro que a segunda até tudo ocorrer seriam tempos difíceis, a transição pode demorar até 2 anos e até lá o estigma é nítido e muita gente sofre abusos, espancamentos e muitos até atentam com a própria vida pela carga imensa que esta transição dá conforme o ambiente seja hostil ou amigável.

Ela foi direta, mostrou algumas fotos, com estereótipos parecidos com o meu e com uns que parecem que nasceram meninas. Era claro pra Dra. deixar tudo bem explicado pois não tem meia volta nenhum deles, tipo parar e vida que segue, o parar pode ser tão danoso psicológica e fisicamente para ambos se não for também estudado, pensado e equilibrado, retirar ou suprimir um hormônio jamais pode ser abrupto disse ela, mostrando inclusive relatos de outras enfermidades em rins, fígado que levaram a óbito algumas pessoas.

— Bom Dra., disse mamãe, creio que ficou claro tudo, mas se me permite, filho eu trouxe uma sacola, você poderia ir ali trocar de roupa e voltar, queria que a Dra., visse você como menina e desse uma opinião acerca de possíveis mudanças, pode ser filho? Agora para mim é que caiu a ficha do porquê mamãe insistiu tanto em eu me depilar e aquela bolsa extra.

— Mamãe, não havíamos combinado isso, mas não deixa de ser válido, afinal a decisão não terá volta em qualquer dos 3 casos.

— Três, disse a doutora, eu só falei de dois.

— Três é eu estar exatamente como estou agora, sem nenhuma interferência.

— Verdade, desculpe-me. Disse a Dra., apontando um banheiro privativo dentro do consultório.

Assim que sai, minha mãe aproveitou para conversar sobre ela e a reposição hormonal para mulheres na menopausa.

— Olá Dra., disse eu, num falsete, saindo da porta um pouco tímida. Gostaria de me examinar?

— Vem minha filha, sente aqui vamos conversar.

— Sim, bom vamos agora imaginar ela sendo uma menina com problemas hormonais e o que podemos acelerar ou ajustar, ok.

Assim fomos mais uns 45 minutos e saiu dali uma lista enorme de produtos, exercícios, remédios, injeções e demais elementos, com três relatórios um para cada escolha, afinal a ideia de mamãe trouxe para a endocrinologista uma terceira via, pois eu com roupas, batom e cabelo mudado, mostrou um olhar mais feminino do que ela imaginava de início.

Saímos dali eu de menina, fomos fazer um lanche passear no shopping e ir ao cinema, era algo que já havíamos combinado de fazer um dia, e aquele meio de semana seria ideal pela presença de poucas pessoas nos lugares que íamos e o que nos daria mais liberdade. Mamãe no carro me retocou, fez eu colocar uma sapatilha, e assim muito mais feminina fomos nos divertir.

Na pousada era uma coisa, essa minha primeira saída em público era bem diferente, parecia uma caipira, encolhida, sem quase falar, mamãe volte e meia me corrigia, e com o passar do tempo fui me soltando, quando estava livre realmente já era hora do filme e fomos pra sala. Saímos de lá com o shopping fechando, acabou que em casa ficamos mais um tempo entre mãe e filha e fui dormir, nova surpresa que ela tinha me dado um presente quando chegamos e era um baby doll lindo, transparente, me troquei, vesti e assim dormi como uma princesa.

Acordei, me dei conta que estava ainda de menina e resolvi ir tomar café assim, mamãe adorou, tomamos café e fomos pra sala discutir todos os relatórios e o que poderíamos ou não decidir.

Tocou o telefone e era Débora, pedindo para passar o fim de semana lá em casa, mamãe disse sim, convidou a mãe dela também, e logo em seguida ligou para meus irmãos dizendo que teríamos visitas e talvez a casa não comportasse a todos, eles já tinham seus planos e acabou que deu certo.

— Mamãe disse, filha, já que é quinta por que já não fica assim até o domingo, assim você só domingo depois que todos forem embora voltamos e decidimos ou melhor você decide os rumos, pode ser.

— Tudo bem mamãe, mas não tenho tanta roupa assim pra 4 dias, então vou guardar estas pra sábado e vou lá por um shots.

— Nada disso mocinha, não irá tirar de mim a chance de um dia de compras com minha filha, vamos já resolver isto, pegue sua bolsa, vamos naquele shopping novo fazer nosso dia de compras.

Meus olhos brilhavam, fui eu lá, ter o melhor dia de minha vida, não compramos coisas pra 4 dias, acho que mamãe comprou coisas pra algumas semanas sem precisar lavar uma só muda, só de soutien e calcinhas tinha mais de 20, das casuais as nitidamente sensuais pra não dizer de apelo sexual extremo. Foram calças super apertadas, micro shots, minissaia, vestidinho, roupas de festa (2) roupas de dormir umas 5 e de sapatos foram 12 ao todo nossa eu praticamente dobrei meu guarda roupa que era simples como menino, mas como menina era extremamente requintado. Voltamos mortas, mas com energia ainda para guardar tudo e eu escolhi a sequência de roupas que iria usar aquele fim de semana.

Sexta fizemos umas sobremesas, bolos e preparamos algumas coisas para ficarmos em casa curtindo.

Débora estava linda e ficou mais ainda quando me viu totalmente feminina, ela não esperava, veio e me beijou ardentemente, mesmo sabendo que tínhamos terminado o namoro, me puxou e me fez a levar para o quarto para conversar. Nossas mães foram pra sala, conversar sobre tudo o que ocorrera entre a pousada e esta situação atual, afinal não tinham tido tempo para isso, e não queriam falar por telefone, eram de sempre conversarem uma olhando para a outra.

— Meu Deus, você está linda Débora, quanta saudades, tenho tanto pra te dizer, mas saiba que ainda não decidimos nada, estou desde quarta-feira assim, até para que eu tire a prova final do que eu desejo, então sem dar falsas esperanças vamos curtir este fds tá bom.

— Nossa, não vou te forçar a nada, desculpe te beijar, afinal foi eu que propus nos separarmos, desculpe mesmo, é que te ver assim me deu algo que não sei controlar, pra ser sincera, estou muito excitada, podemos tirar nossas roupas e ir para cama?

— Não era o que eu pensava, mas vamos sim, estou com saudades de você também, podemos ficar de lingerie por um tempo?

— Sim, eu adoro você assim, e já foi me beijando e calmamente tirando nossas roupas, pendurando tudo com calma com muita cumplicidade.

Fizemos amor por um bom tempo, depois ficamos nos acariciando e nos beijando e falando sobre tudo, mas eu, aí ela meio que envergonhada queria me falar algo.

— Não me julgue mal tá Karine, depois que a gente se separou, na festa de réveillon eu recebi uma ligação da Duda, acabamos que passamos boa parte das tardes juntas saindo em shopping, sorvete ou mesmo em casa ficamos juntas assistindo a filmes.

— Vocês estão namorando?

— Não, não estamos, eu acho, pois eu já a vi com outro menino estes dias e creio que a gente apenas se curte, é estranho ela agora é praticamente uma menina, seu pênis encolheu tanto que não dá um dedinho mindinho as vezes meu clitóris é mais avantajado do que o dela, desculpe, digo isso por que ficamos algumas noites juntas na casa dela e sim, junto com a irmã dela, acho que ali somos amigas de sexo mesmo, elas não querem compromisso.

— Entendi, não tem problemas, eu te entendo, eu sei que não te dou todo o prazer que vc quer, elas já agora pelo visto também não, acho que nossas vidas são incompletas juntas ou separadas. Vamos deixar isso pra depois vamos então nos curtir.

Descemos achando que nossas mães estariam fazendo algo como beijar, mas elas estavam exatamente como chegaram, conversando.

Olharam para nós e disseram:

— Pelo visto estavam aprontando né, tudo bem vocês podem. Disse dona Magna. Curtam essa juventude, mas com cuidado hein não quero minha filha grávida por descuido.

— Exatamente mocinhas, venham aqui.

Fomos e tivemos uma aula de cuidados, que até já sabíamos, mas que foi mais pra cumprir o dever de dizer do que ensinar mesmo, pois já era recorrente estes assuntos em ambas as casas com cuidado.

Almoçamos e combinamos um cinema, e acabamos assim aquele dia indo ao shopping e depois uma longa sessão, na volta nossas mães estavam mais próximas, no cinema mesmo vi que deram as mãos, mas tudo bem discreto.

Voltamos e fomos nos trocar, mostrar os quartos que cada uma ia ficar.

— Dona Magda falou, vocês vêm necessidade de ocupar todos os quartos, se me permitem podíamos fazer como na pousada, está tudo bem pra vocês duas? Disse olhado para mim e para minha mãe que não disse nada apenas me olhou aguardando que eu decidisse.

— Tudo bem, tia e já puxei a Débora pro meu quarto, vamos nos trocar e já voltamos pra sala.

— Saímos, colocamos nossas roupas as mais sexy possíveis e descemos.

Mamãe veio deslumbrante e tia Magda parecia uma outra mulher, sexy, provocante. Confesso que não tirava os olhos dela, pensando em que Débora ficaria assim no futuro. Débora percebeu e me achamos a atenção.

— Sabia que é indelicado desejar outra mulher quando está ao lado de uma, ainda mais se é a mãe de sua namorada!!!

Nossa aquilo deixou eu, mãe e tia vermelhos, tia já disse.

— Nossa Débora, assim vc me vulgariza, desculpe estou assim não pela Karine, você sabe, credo que maldade a sua filha.

Mamãe logo completou.

— Olha Magda, o mesmo desejo que tenho por você, minha filha tem pela Débora, natural ela imaginar como a Débora seria, mas tá certo, filha, comporte-se não é nada elegante este tipo de atitude, não neste momento, não com sua namorada, falando isso, vocês não tinham terminado?

— Então tia, disse Débora, foi uma força de expressão, assim como vocês não são namoradas, mas se atraem eu e Karine também, eu falei para ela de meu relacionamento com a Duda, se fosse pra dizer, to mais namorada da Duda do que da Karine, mas por amor mesmo, só tive pela Karine, na verdade muito antes dela ser Karine.

— Tá certo meninas, eu estou um provocante, mas vocês duas, se não fossem nossas filhas, seriam bem provocantes, se tivéssemos a idades de vocês, já até comentamos que teríamos nos apaixonados como vocês duas, afinal é a nossa versão jovem aí com todos os hormônios.

Bom ficamos mais um tempo nestas converses, confesso que elas tinham as vezes frases insinuantes, provocantes, mas era nítido que cada um estava por provocar sua parceira e que foi só uma prévia do que eu e Débora iríamos fazer e o mesmo com mamãe, afinal elas duas começaram a contar suas aventuras de faculdade e olha, ambas eram bem saidinhas para a época, eu me impressionei como ambas já tinham feito de tudo, agora havia entendido como que foi tão fácil para elas fazer e aceitar tudo o que aconteceu na pousada, já haviam feito a 3 e a 4 pessoas, em acampamentos e fim de festas da faculdade. Como elas mesmo disseram, era o tempo de aprontar, depois de casadas, ficaram comportadas, dentro dos padrões, mas seus maridos não podiam reclamar que elas nunca lhes deixaram faltar nada.

— Credo mãe, como assim nada! Disse Débora!

— Filha, a Karine pode lhe dizer, como é gostoso o prazer anal, e o país de vocês adoravam quando a gente permitia esse prazer deles em nos pegarem por tudo, não era sempre o que os deixavam loucos quando conseguiam e a nós também né Karine?

— Bem, é digo, a Duda e a Rafaela, também adoravam, mas eu confesso que tenho pouco a dizer do prazer, antes disto tudo, eu até tive algumas experiencias comigo mesmo, com dedos, mas nunca senti um pênis de Verdade, os das gêmeas dá a metade do meu, e como a Débora disse hoje, agora então, o clitóris dela é maior que o pênis das duas.

— Das duas, como assim Débora, VOCÊ TA SAINDO COM AS DUAS FILHA?

— Não mãe, foram mais 2 vezes só, e foi um pedido da Rafa, que estava solitária e a gente, eu e Duda resolvemos agradar ela, mas Como dedos, explique Karine.

— É, bom pelo jeito, temos um jogo das verdades, sim eu naquele final de semana e até antes, havia experimentado dois dedos em meu ânus e uma escova, creio eu, que tinha na lavanderia de cabo siliconado. Eu queria saber o que era ter prazer anal, lembro que gozei muito sendo penetrada em tocar meu pênis, ali foi o início do gatilho para eu querer ser menina, mas era bem estranho os desejos.

— Você nunca sentiu um homem te possuindo? Disse mamãe me olhando e olhando também para Débora.

— Tia, eu já senti a versão homem da Karine, transando comigo, na vagina, na boca e no ânus, mas ela nunca me excitou como quando ela fez as mesmas coisas vestida de menina, aí sim já tive orgasmos de diversas formas, até no beijo dela na boca já fez eu gozar, sua filha é fogo.

— Credo filha, disse dona Magda, não imaginei tanta sinceridade, embora já falamos nisso, contando nossas aventuras na faculdade, mas não imaginava vocês duas. E você Débora, gostaria de ter um homem transando com você?

— Não tia, credo, não mãe, talvez uma trans, não sei.

Nisso mamãe saiu da sala rápido e voltou com uma sacolinha em mãos.

— Tá Débora, use na Karine, é uma cinta peniana, tem um pênis no tamanho do pai de vocês, digo isso porque a Magda falou o tamanho do marido dela, não pense besteira.

Olhamos a sacola, vermelhos e falamos.

— Nossa que conversa, vamos dormir, tchau mães!!!!

— Tchau filhas disseram as duas juntas e com cara de cúmplices de mais alguns segredos.

No quarto, Débora parecia uma criança com um brinquedo e confesso que dormi toda dolorida, mas feliz em ver ela feliz e eu também, agora era mais uma coisa a pesar em minhas decisões, mas antes de dormir Débora falou:

— Vou comprar um seio de silicone, já vi numa revista, para mulheres com retirada de seios pelo câncer, vou pedir pra mamãe, e aí vamos experimentar em você, talvez aí esteja a solução, junto com a cinta de como podemos nos satisfazer sem muita mudança né amor.

— Não sei, vamos dormir, amanhã conversamos, disse isso num misto de gemido e de dor, Débora realmente abusou de mim, não pela força mais pelo tempo e por todas as posições que ela quis me penetrar, gozei até não sair quase mais nada, fui julgado por ela literalmente.

Passamos o domingo, todos foram embora.

Mamãe após organizar a casa veio conversar comigo, não sei por que eu fui me banhar e voltei como menino.

— Filha, ops, desculpe filho, não vi que mudou, vamos conversar?

— Então mamãe, decidi que vou fazer a opção de hormonização mais suave possível, apenas bloquear estes hormônios masculinos, mudar pouco nos seios e fazer alguns exercícios. Queria te pedir um seio de silicone, para eu sentir o que é ter seios e assim se der certo, não mudamos os planos e ficarei em alguns momentos em Femme com seios postiços. Como disse, será difícil na escola sem um suporte de amigos, irmãos, então não quero arriscar. Consigo viver tranquilo assim, de tempos em tempos você terá Karine, e eu terei minha mãe feliz com a filha. Débora e eu teremos amizades, não iremos namorar mais, ficou claro que ela precisa de uma menina com pênis e seios, embora prefira os seios e uma vagina. Coisa que eu não posso dar a ela no momento, quem sabe depois da faculdade, se conseguir manter esta androginia controlada.

— Filho, vou te apoiar sempre, vou comprar sim, o que houve ontem foi uma forma de eu e Magda mostrar para vocês como foi nossa vida escondida, bloqueada, julgada pela sociedade hipócrita que nos aceitavam na cama, mas não no dia seguinte andando lado a lado. Sei que me expus e você tem todo direito de me julgar, mas tenha certeza que junto com seu pai, meu único deslize foi na pousada.

— Ok mamãe, entendo. Vamos então com esta ideia, pode falar com a endócrina e com a psicóloga, começamos o tratamento amanhã pode ser?

— Pode sim filha, se tiver um encaixe fazemos amanhã senão esperamos o agendamento.

Fui dormir, a vida continuou. Eu preferi viver de aventuras, sem compromissos, era mais tranquilo, mesmo por que a qualquer sinal de submissão ou abuso eu já encerrava o relacionamento e partia para outro. Tenho seios de pré adolescentes, que disfarço tranquilamente, meu bumbum aumentou pouco, faço academia e fiz depilação a laser na face, costas e todo corpo, é mais higiênico e permite-me a dualidade.

Vou visitar a Débora e as gêmeas frequentemente, cada uma formou sua família que nos veem eu e Débora como mulheres, não sabem que eu já fui um menino e isso basta.

Dona Magda, também se separou, mas para ela foi traição mesmo, infelizmente. Agora ela é visita frequente em casa, mamãe e ela vivem um relacionamento íntimo em casa e discreto na sociedade.

As gêmeas têm um casamento agora oficial, tem sua identidade mudada, fizeram também a resignação sexual e vivem bem com cada uma adotando crianças, Duda uma menina e Rafaela um casal de gêmeos.

Debora, casou-se também, com uma menina, linda por sinal, vivem muito bem, pensam em também adotar.

Agora estou aqui de unhas do pé pintadas em um vermelho lindo, apenas de lingerie, encostada na cama, notebook no colo, nunca casei então tenho minha liberdade e meu mundo secreto. Tá frio lá fora, mas o calor da roupa (mesmo intima) e a visão dos pés me deixam num calor que amo.

Não estou claramente no armário, uso ele e me completa, aprendi a me amar, como sou e a me entregar a quem me valoriza, mesmo que seja por uma noite, embora seja difícil isso acontecer, a química tem que ser muito forte, as vezes não passa de uns beijos na balada, uma vez ou outra que deixo ele louco com minha boca em seu pênis, que aprendi a gostar muito mais do que imaginava, mas apenas na boca.

Obrigada pela jornada, beijos e até a próxima história.

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Comentários

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Foi um ótimo final, pena n ter casado com a Débora, mas nem sempre sai como esperado. Bjs😘

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Pois é, como no início estava sozinha no quarto de unhas pintadas e de soutien e calcinha, o final teria que ser desta forma.

Quis também respeitar o direito de Débora de ser feliz com seus sonhos.

Obrigada por estar sempre junto comigo nos contos.

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Nossa amiga amei sério 💓 pena que acabou rsrs💞💞💞

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Obrigada, mas tinha que encerrar afinal era pra contar o entra e sai do armário que tanto povoou a vida de Karine né!

Obrigada por acompanhar, pelos comentarios sempre incentivadores. Vc é um amorzinho.

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