Essa história ocorreu quando eu fui morar em São Paulo. Na época, trabalhava em uma empresa com filiais pelo país. Às vezes, eu era designado para viajar e acompanhar o trabalho em alguns desses locais.
Em outubro de 2019 eu tive que viajar por uma semana para Campinas, interior de São Paulo. Fui com alguns colegas de trabalho, iríamos acompanhar ações da empresa e nos hospedamos em um hotel no centro da cidade, de uma conhecida rede no país. Cada um ficou com o seu próprio quarto (será que eu gostei dessa privacidade? hehe). A gente acordava bem cedo para tomar café. Esse era um dos melhores momentos do dia, pois eu fico bastante excitado ao observar homens e ver se eles correspondem a um olhar mais demorado, com talvez uma piscada ou outro sinal de que está a fim de curtir. No primeiro dia, fizemos o check-in, deixamos nossas malas nos quartos e fomos tomar rapidamente o café.
Eu deixei que meus colegas fossem primeiro se servir, pois assim teria tempo de trocar olhares com outros hóspedes e ver se conseguia atrair a atenção de algum homem. As mesas estavam em sua maioria vazias, somente poucos hóspedes já estavam acordados tão cedo. Vi um homem interessante, deveria ter seus quarenta e tantos anos, cabelo grisalho, olhos castanhos, barba por fazer, estatura média, corpo de pai, como dizem. Na sua mão, uma aliança indicando que era casado. Eu não prefiro os casados... mas se o desejo falar mais alto, fica difícil resistir à tentação. Ele estava acompanhado de outros dois homens e todos usavam uniformes e crachás de uma conhecida empresa de equipamentos eletrônicos. Não vou descrever os outros homens porque o maduro casado foi quem realmente captou a minha atenção naquele momento. Olhei timidamente pra ele, vendo se correspondia ao meu olhar. Para a minha surpresa, ele olhou de volta e por breves segundos ele terminou aquele contato com o que eu imagino ter sido um leve aceno com a cabeça, do tipo "Oi, tudo bem com você?". Eu sempre fico um pouco envergonhado e acabo desviando o olhar rsrs. Mas aquela troca me deixou com uma boa impressão, de que poderiam ocorrer mais momentos...
Assim que terminamos o café, fomos rapidamente escovar os dentes e nos preparar para ir à empresa. O trabalho foi puxado, preenchemos o nosso dia com várias atividades. Quando a noite chegou, retornamos ao hotel para um merecido descanso... ou era o que a empresa achava. Eu queria conhecer a cidade, viver a noite de Campinas. Ficar no quarto dormindo? De jeito nenhum! Tomamos um banho, nos arrumamos e fomos jantar em um restaurante italiano delicioso perto do hotel. O bom de viajar pela empresa é que há benefícios como valor diário para alimentação, então nós aproveitamos para caprichar no jantar, conhecendo um pouco da gastronomia na cidade. Que delícia, comi uma massa divina regada a algumas taças de vinho (sou muito fraco para bebida, então não exagerei tanto para evitar a ressaca no outro dia).
O bom de visitar lugares próximos ao hotel é que mesmo a caminhada da volta se torna um passeio, uma oportunidade nova para ir conhecendo as ruas e um pouco da história da cidade. Fomos conversando, falando sobre aquele dia e o que ainda teríamos pela frente naquela semana. Ao chegar na entrada do hotel, fomos caminhando para a recepção e quem eu avisto sentado, conversando com os mesmos companheiros do café? O maduro casado. Ele estava um pouco mais à vontade, sem o uniforme, e assim pude ver melhor como o seu corpo estava muito bem conservado seja qual fosse a idade daquele homem. Ele usava uma camisa meio xadrez vermelha e blusa branca por baixo, levemente colada ao corpo, reforçando as linhas dos seus músculos. Ele também usava uma calça jeans ajustada às suas grossas pernas. Adoro quando os homens estão sentados, porque geralmente eles sentam com as pernas mais abertas, deixando o caminho livre pra que eu possa olhar o tamanho do "pacote". Aquele inclusive era um bom pacote, certamente o cara pagaria por excesso de bagagem em uma companhia aérea hehe...
Brincadeiras à parte, quando passamos perto eu novamente olhei para ele, tentando estabelecer algum contato que me mostrasse um sinal positivo para rolar algo. Ele estava conversando, mas em um breve relance o seu olhar acabou encontrando o meu de novo. Ele estava sorrindo por algo que um colega deve ter contado, mas quando nossos olhos se cruzaram senti que um pouco daquele sorriso passou para o olhar dele, revelando talvez um interesse da sua parte. Confesso que fiquei um pouco corado, eu sempre fico. O jogo da sedução sempre me deixa muito excitado, é algo que faz o coração acelerar como louco, mas que também faz eu me sentir vivo, sentir que eu posso mudar o rumo do meu dia e, quem sabe, conseguir alguém para viver momentos tórridos de tesão. Com esse novo sinal eu fui dormir mais feliz, tendo a certeza de que eu iria tentar algo mais decidido para atrair aquele homem e viver a experiência que eu queria naquela cidade.
Continua...
Espero que estejam gostando. Os próximos dias vão pegar fogo. Sim, dias no plural ;) Para quem estiver curtindo os meus contos, me siga para acompanhar as novidades no meu perfil na Casa dos Contos. Quem quiser mandar mensagens, sugestões, pode enviar via mensagens privadas ou pelo e-mail: constantebusca@hotmail.com