Este conto é uma adaptação de uma história de outro autor. Praticamente é tudo novo, mas é bom ressaltar.
Marvio e Liane formavam um casal financeiramente estabilizados, ele com pouco mais de 40 e ela próximo disso. Quando se casaram, já estavam com carreiras asseguradas no serviço público – Ela oficial de justiça e ele engenheiro agrônomo. Tinham um filho de 13 anos. O que teria sacudido a vida de pessoas tão estáveis?
Eles tinham uma casa de veraneio, bem simples, o suficiente para aproveitarem um descanso à beira-mar, caso a vida estressante da cidade cobrasse isso. Em um feriadão, estavam programados para viajarem e aí Liane resolveu convidar uma sobrinha, que estava na maior fossa.
- Querido, vou chamar a Andressa. Terminou o namoro e não tem nem um mês foi demitida. Que tal levarmos ela pra dar uma animada?
- Pô, chama! Lá ela passeia, e quem sabe encontra gente da idade dela pra se enturmar? Surpresas existem...
E lá foram o casal e a sobrinha. O filho – já na fase da rebeldia – não quis ir. Lá chegando, perceberam a casa do lado vazia. Arrumaram a casa, limparam os moveis e foram pra praia, só retornando após o pôr do sol. Resolveram fazer um churrasquinho no começo da noite, na porta de casa. Eis que se aproxima um jovem com uma prancha de surf e se dirige a casa ao lado.
- Ih, tem gente aqui do lado. Esse rapaz já estava aqui antes?
O jovem deu boa noite e já ia entrando, quando Marvio o chamou.
- Achei que não tivesse ninguém aí. Você é filho do Esmeraldino?
- Sobrinho. Eu saí cedo, tava com uns amigos, voltei pra surfar um pouco.
- Tá sozinho aí?
- Sim, ninguém quis vir, vim só mesmo, pegar umas ondas.
- Chegue mais. Estamos fazendo um churrasquinho, será bem-vindo. Conheço seu tio há muito tempo.
- Opa! Vou tomar um banho e apareço
Andressa deu um sorrisinho e parece ter gostado do moço. Ela tinha 23 anos, e ele parecia ter a mesma idade dela.
O jovem se chamava Tomás, e reconheceu o casal, pois ia adolescente pra lá, informando que lembrava de Liane, que estava grávida na época. Tinha 26 anos.
- Tem tempo que não apareço. Vinha algumas vezes pra estudar aqui, quando adolescente.
O papo fluía, uma cervejinha, carne a vontade. Até que ele engatou papo com Andressa e como tinham diferença pouca de idade, viram que tinham algumas coisas em comum, mesma geração. Depois de algumas horas, bateu o cansaço. Mesa recolhida, Andressa se retirou, mas jogando um olhar pra Tomás. Liane foi lavar as coisas e também ia se deitar depois. Marvio e Tomás ficaram bebendo a saideira.
- E aí, Tomás? Vou ainda jogar uma sinuquinha, rever o pessoal lá no barzinho. Vai comigo... ou vai ver a Andressinha? Olha...ela falou que foi dormir, mas parece que tá lhe esperando lá hein?
- Não, Marvio. Não combinamos. Não vou adentrar o quarto dela assim!
- Olha, cara... aproveite. Você não vai desrespeitar minha casa e minha esposa dando um pega nela! Ela ficou caidinha por você! Não dá mole, aproveita que amanhã pode ser outro dia! Se a coisa esquentar, você fecha a porta que ninguém vai escutar nada. Você é bom rapaz, frequenta aqui desde sempre...vai lá, gasta sua juventude, porra!
Tomás queria mesmo ver Andressa, só não achava que teria um empurrão tão facilitado pelo dono da casa.
- Bom, vou tomar um banho e vou lá. Tem tempo que não vejo alguns amigos daqui. Não demora, senão ela pega no sono.
Marvio tomou um banho, ao mesmo tempo que Liane foi se deitar. Não demorou e ainda encontrou Tomás na varanda.
- Ela acabou de apagar a luz. Não demora, rapaz, não dá mole! Surpreende ela! Surpresas existem...
Marvio saiu e deixou Tomás pensativo. Passou umas duas horas jogando uma sinuquinha, cantando no karaokê, e jogando conversa fora. Ao retornar, encontrou apenas a luz da varanda acesa e na casa ao lado, tudo apagado.
- O que será que rolou? Será que o rapaz deu duro ou deu o maior mole?
No outro dia, acordaram quase todos juntos pra aproveitar o dia. Marvio tava curioso.
- Bom dia, Andressinha. Como foi a noite ontem?
- Minha noite? Ué? Na cama! Não viu a hora que me deitei? Foi antes de você sair.
- Ah... achei que você daria uma volta com o Tomás...
- Ahahahahahaha... tá viajando? Vou dar uma volta com ele hoje! Daqui a pouco ele vai me ensinar a surfar...
- Provavelmente, Andressa, seu tio achou que Tomás ia pro seu quarto, invadir sua privacidade... entende? – interveio Liane
- É... por que não? Não vejo nada demais!
- Ahahahahah...ah, se ele aparecesse ia se decepcionar, porque eu capotei! Dormi como uma pedra!
E eles tomaram o café e Tomás apareceu pra levar Andressa pra praia. Marvio e Liane foram para outro local, curtir a sós. Mas antes, Marvio chamou atenção do jovem.
- Porra, velho, não foi mesmo ver a menina, hein? Eu na sua idade nem esperava o dono da casa sair, já ia entrando!
- Pô... não me senti a vontade, senti que seria muito invasivo... ela tava dando mole, mas...sei lá... vou dar uma volta com ela agora.
- Porra, mulher tem umas coisas...ela podia lhe esnobar hoje...ela podia nem tá olhando pra sua cara. Você deu mole, viu? Vacilou!
- Nada, ela ainda tá afim, acho o contrário, ela se sentiu respeitada, não invadi espaço nem nada...
- É, mas homem tem que ser atrevido! Pra ganhar moral tem que ter ousadia! Você deu sorte, moleque!
Andressa passou o resto do dia com Tomás, inclusive a noite, pois eles dormiram juntos. E foram assim os outros dois dias com o casal veterano e o novato, hora juntos, hora separados.
Ao retornarem pra cidade, o namoro engatou e até emprego novo Andressa arrumou. Tudo em riba.
Alguns meses depois, num determinado dia, Marvio estava próximo do trabalho de Liane e resolveu passar lá pra marcarem de almoçar juntos. Não eram dez da manhã. Tava quase na frente do prédio, pra que ligar? Surpresas ainda existem...
Ao chegar lá, foi informado que um evento ocorria e os funcionários do anexo do Fórum haviam sido dispensados naquela data. Marvio estranhou.
- Vixe! Ela saiu de casa dizendo que vinha trabalhar!
De repente, sentiu uma pulga agitar atrás de sua orelha. Resolveu não ligar. Quando chegasse em casa, perceberia se a esposa comentaria alguma coisa. Daí o celular toca e era Andressa.
- Oi, não tô conseguindo falar com tia Liane, minha mãe tá doida atrás dela, mas ela não atende o celular, nem tá no escritório. Aconteceu alguma coisa?
- Oi, Andressa... não, ela saiu pra trabalhar, vou até ligar também pra ver...
Deu uma parada
- Como vai Tomás? Tem visto ele?
- Tá bem, falei mais cedo, disse que ia resolver algumas coisas de um campeonato amador que ele quer participar aí...
Marvio freou. A esposa foi trabalhar quando não era dia pra isso... Sobrinha ligando pra ela sem atender... Tomás... foi se inscrever num campeonato? Essas coisas se fazem online hoje em dia! Parecia que tinha um quebra-cabeças pra ser montado aí!
Marvio então pegou seu carro. Servidor público, jogou trabalho pra cima e se mandou pro litoral. Sua intuição tava inspirada.
Da cidade para lá dava uma hora e dez, uma hora e quinze, mas no meio da semana a estrada estava livre e ele sentou o pé. 50 minutos depois chegou lá e... viu o que? O carro de Liane...em frente à casa deles!!!!
Ele suou bicas.
- Meu Deus!!! O que ela está fazendo aqui???
Foi sorrateiramente pelo fundo até ouvir gemidos ao longe. Quando subiu pra ver pelo basculante... a cena! Com ajuda de um papelão – que parece que foi colocado ali pra que esse flagrante ocorresse um dia – cobrindo a parte de baixo do vidro, e cobrindo qualquer chance de algum dos dois vê-lo, ele viu:
Liane cavalgava gostosamente Tomás, recostado na cama enquanto a mulher atirava os fartos seios pra frente que esbarravam eroticamente no rosto do surfista bronzeado e ela jogando a buça no pau do rapaz. O ortobom com aquele rangido, e o casal na maior fodança!
- Ai, Tomás...gostoso...ai, gostoso, me fode assimmmmmm, vaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaai
Liane estava prestes a gozar e acelerou a montada
- Ur...ur...ur...gostosa, que saudade desse bucetão apertado...
E afogava o rosto naquele mar de peitos
Marvio ficou sem ar, meio abobalhado, sem reação. Não passava nada na cabeça. Não ficou excitado com a cena, não ficou revoltado, nada disso. É algo muito impactante pra ter um sentimento perceptível ou reativo.
- Ahhhhhhhhhhhhhh, tesãaaaaaaaaaaaaaaaaaao!!!!
Liane gozou e beijou obscenamente seu amante. Logo estava de quatro pra receber seu garanhão.
Tomás meteu seu porrete espalmando aquela bunda e fodendo pra valer. Os dois arfavam de tesão, gemidos e muito prazer.
Marvio estava petrificado. Ele é até meio barraqueiro, mas uma apatia que ele não sabe de onde veio o impediu de tomar qualquer atitude. Algo dizia que armar um salseiro ali poderia terminar em tragédia. O casal acelerou a foda.
- Ai, Tomás! Ai..ahhhhhhhhhh...vai meu garanhão, me esfola!! Seu pau é muito gostosooooooooooooo!!!
- Toma, tesuda, ahhhhhhhhhh
E tome tapa na bunda e socadas firmes. Liane praticamente chorava de prazer no pau do namorado da sua sobrinha!
Bra-bra-bra-bra-bra!bra-bra-bra... era a cama se arrebentando na parede. Quanto tempo aquele móvel não recebia tamanha carga!
Pararam um pouco, se beijaram e Liane caiu de boca no pau de Tomás. Esse relaxava e fechava os olhos, curtindo a mamada da peituda vizinha de verão. Ela engolia a verga, lambuzava, lambia despudorada, metia na boca e mamava até babar toda.
Marvio pensava na vida, como faria. Não se movia, o futuro lhe preocupava mais que aquele momento.
O casal já estava fodendo de novo, ela deitada e ele metendo na posição do “frango assado”. A cadência era forte, rítmica, o jovem tinha folego de atleta, e Liane aproveitando as metidas com rosnados de gatinha manhosa. Ele se deitou sobre aquele corpo feminino e dava socadas e muitos chupões no pescoço.
- Vem, meu gostoso, fodedor!Ai...ai...aí, assim, ai que gostoso, que tesão, meu Deus!!!! Me mata de prazer!!!
Marvio lembrou de algumas estripulias do início de casamento, uma noitada numa boate de strippers, um sarrinho com uma estagiária dentro do carro... coisas que homens geralmente fazem. Mas ele nunca teve amante fixa, e nesse caso, Liane botava uma noite com putas e uma fodinha sem graça com uma zinha qualquer no fundo de um corsa no bolso!!!
- Ahhhhhhh, gostosa, vou gozar, minha peitudinha delicia!
- Goza, cachorro! Aproveita hoje, goza onde você quiser!! Me enche de porraaaaaaaaaaaaaa!!!
Os dois grunhiram alto, berraram juntos as últimas vigorosas socadas e ele retira o pau pra estourar uma champanhe de esperma que voou pra esparramar sêmen do rosto até o umbigo, com esguichos precisos nos fartos seios daquela sereia. Game over!
Marvio estava lá, nada impávido. Nem com “impávido colosso”. Não se excitara. Tava resignado demais pra isso. Como seria dali pra frente? É isso que preocupava. Aconteceu então o prêmio pra ele. O diálogo esclarecedor de como as coisas haviam chegado ali. Liane se levantou, com expressão de saciedade, mas cansada falou séria:
- Bom, Tomás, nossa aventura acaba por aqui. Você tem se mostrado um cara bem maduro, Andressa está encantada com o namoro e chegou a hora da responsabilidade.
- Eu sei, Liane, eu sei... Isso começou por mero acidente e finaliza onde começou. Naquele feriadão jamais imaginava o que rolaria entre a gente. Seu marido saiu e eu errei o quarto! Errei não, ele nem avisou que quarto era. Minha intenção era ver Andressa de fato, tínhamos dado uns beijinhos e ela lançou um olhar convidativo e resolvi ir... mas tava tudo escuro, fui tateando e você estava receptiva...
- Marvio costuma fazer isso... Ele se levanta, demora um tempo e volta pra cama na espreita, me despertando. Tava acostumada. Pensei que era ele, você sabe.
- E eu, que era Andressa. Vocês têm corpo parecido, fui lhe beijando, tava bem excitado com tudo isso, não imaginava que ia chegar e encontrar vocês me convidando pro churrasco e ter logo uma morena pra curtir a noite... fui beijando seu corpinho e você gemendo e nos beijamos bem gostoso...
- Pensei na hora, “uau, como ele está viril!” Senti a pegada diferente, mas estava envolvida. Tava tão entretida com isso, estando na praia, você gostosão flertando com Andressa, isso me acendeu! Estava cansada pra sexo naquela noite, mas essas coisas mudam de uma hora pra outra, com jeito, pegada, vontade do homem...
- Quando mamei seus seios estavam deliciosos. Os seus são maiores que da Andressa, mas estava uma delicia seus biquinhos duros...
- Ai...tô me lembrando, sua boca... Nos beijamos bem gostoso e foi ai que quando vc tava pra enfiar percebi que a rola tava bem mais grossa que de costume... ai vi que alguma coisa tava beeemmmmm errada!
- Q quando você falou “amor, é você” pensei “puta merda!!!!”. Mas naquela altura não tinha volta, queria uma mulher! Você se desesperou, começou a me empurrar e pedi pra você me bater! Só me esmurrando que você me expulsaria dali.
- Ai, que sujeira a sua! Comecei a lhe socar, socar... mas quanto mais lhe batia, mais ficava excitada! E você atacou meu pescocinho e não sou de ferro...cedi.
- Nossa, que foda gostosa, Liane! Gememos baixinho pra não despertar Andressa, hummmmm... ah, aquela noite foi mágica...você ficou louca!
- Ai, quando senti seu pau grosso... me rasgando...uma sensação gostosa...pontos que o Marvio nunca havia alcançado... me entreguei totalmente mesmo, ai, onde tava com a cabeça, sua louca! Você me arrombou! Fiquei esticadinha, minha xota pulsava!!!!!! Nossa, foram o que? Uns 20 minutos que nós metemos? Nossa, só lembro daquele barulho “chap-chap-chap-chap”. Eu tava encharcadissimaaaaaaaaaaaaa!
- E a gozada? Ahhhhhhhhhhhhhhhhh... acho que gozei por três fodas ali!!! E você parecia que tava cantando ópera, ahahahahahah... parecia uma soprano!
- Aahahahahah, nem me fale, menino! Gozei muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito gostoooooooooooooooooooooooooooooooso! Ahhhhh, sentia seu leitinho quentinho nas entranhas! E tasquei o maior beijaço! Quase deixei minha língua dentro de você, ahahahahahhaha
- E eu quase engoli, ahahahahahahahahhaahha
- Nem lembro de nada depois. Que horas você saiu, não lembro! No outro dia acordei satisfeita, Marvio roncando a meu lado e eu travei. “Meu Deus, o que foi aquilo ontem??? Aconteceu de verdade ou eu sonhei????” Só quando Marvio e Andressa conversaram sobre a possibilidade de você ter ido no quarto dela, caiu minha ficha. Tive que arrumar um tempo pra falar com você não comentar nada daquilo! Marvio botou minhoca na sua cabeça, eu sei, mas você foi muito atrevido tá? Já falei isso com você
- Claro que não ia comentar, foi um lance inusitado! Sabia que não ia se repetir. Juro que me apaixonei pela Andressa e nos damos bem, não me apaixonei por você. Mas nos encontramos ontem, conversamos animados, trocamos mensagens pra marcar essa despedida, dar um ponto final... Nossas vidas estão bem e vão ficar assim. Só queria que fizéssemos isso sem correr risco, a sós, e no mesmo lugar onde aconteceu. Uma espécie de celebração de um ato inesperado...
- E não sei onde tava com a cabeça que aceitei!!! Mas casada há um tempão, nunca dei um escorregão, nem pulei a cerca. Sempre vivi pra minha família, que amo!!! Marvio é o homem que quero passar meus dias, construí tudo com ele. E resolvi dar essa escorregada, essa despedida porque as coisas estão bem e vou fazer o possível pra aprofundar e melhorar ainda mais minha relação com o Marvio. É ele que eu amo e não é um pau grosso de duas fodas que vai me fazer mudar. Acho que tudo tende a ficar ainda melhor e mais elucidativo depois de dar uma vazão, enfiar o pé na jaca como hoje e pronto!
Marvio escutou tudo e ficou claro o porquê da sua esposa estar com aquele jovem ali. Tudo por acaso, numa noite que ele influenciou demais pra coisa acontecer ao estimular o jovem a procurar a sobrinha pra dar um refrega, mas ele acabou no seu quarto comendo a sua mulher! E ainda chamou o jovem surfista de “vacilão” ao não ter aventurado ir no quarto de Andressa! Ele estava dando um esporro num cara que tinha comido Liane na noite anterior enquanto ele cantava no barzinho animado “Você pagou com traição / a quem sempre lhe deu a mão”.
De repente, as coisas pareciam se encaixar e ao ouvir a esposa dizer que se aproveitou de algo que ela não procurou, parecia que tudo ali tinha jeito. E tinha.
Liane foi até o banheiro. Tomás ia atrás, mas ela o impediu.
- Epa, nosso contato físico acabou nessa cama e só nessa cama que ele existiu! Espere eu tomar meu banho e depois vá você que eu aguardo. Enquanto isso, tira esse lençol dai e leve logo pra sua casa. Não queria minha coberta com nossos fluidos e manchada de suor e porra.
Marvio saiu de fininho e retornou. Estranhamente estava calmo. Era como seu casamento, que estava bom, passasse dali adiante pra uma etapa melhor. Ainda eram pouco mais de duas da tarde. Ao chegar na cidade, não foi pra casa. Ia dar quatro horas ainda. Foi pro bordel. Contratou uma boa puta e meteu até o anoitecer. Dai, as imagens que viu ajudaram na trepada, pois à medida que ele comia em todas as posições, lembrava das cenas da tarde. Era como fogo cruzado. E o fogo se apagaria ali pra reacender um outro em casa.
Chegou em casa cansado e Liane lia um livro.
- Dia cheio, querido?
- É... Tem dias que duram mais que outros.
- Tô aqui tomando um vinho, me acompanha? Não fui trabalhar no Forum hoje. Estava tendo evento, encontrei um pessoal depois tomei umas cervejas no barzinho nesse fim de tarde. Fiz um Happy Hour solitário. Parecia aqueles coroas ociosos, que ficam bebendo sozinhos durante horas...
- É... é bom fazer um programa de índio desses de vez em quando...
- humhumhumhumhum... Mas tava pensando da gente nas férias fazer um programa de casal. Buenos Aires, talvez...
Marvio tava exaurido, mas o vinho o relaxou, música tranquila tocando, a esposa estava bem carinhosa... Aquele dia teve de tudo e terminou com uma noite de amor. Por incrível que pareça. Nada presumia que acabaria assim. Os dois exaustos. Primeiro de sexo. Depois de amor. Pra que tomar atitudes precipitadas ou levadas pela emoção? Ninguém é perfeito e surpresas acontecem. Se for pra melhor, viva.
Anos depois, Tomás e Andressa se casaram e ela estava no início de uma gestação. Marvio e Liane viram o filho crescer e entrar na faculdade. Numa tarde juntos na casa de praia, ambos estavam curtindo quando foram dormir.
- Aí, Tomás! Lembra que quando você conheceu Andressa eu incentivei você a entrar no quarto dela? E você, vacilão, não foi? Hoje tá liberado tá?
E todos riram. Tanto tempo depois e tudo dando certo, não haveria surpresas que melassem relacionamentos, tanto os duradouros quanto os que vingaram.