CONTINUANDO...
Fui do céu ao inferno em alguns segundos. Com o orgasmo o meu nível de excitação caiu absurdamente. Não queria ter gozado. Imediatamente me bateu aquela sensação de vergonha e culpa e me perguntei o que é que eu estava fazendo. Eu estava toda produzida de mulher, em cima de um homem, com ele enterrado profundamente em mim. Eu havia terminado, mas ele mal havia começado. Eu queria sair daquela situação, mas não sabia como. Ele nem percebeu que eu gozei. O que eu poderia fazer? Eu queria sumir. Só tinha um jeito: eu teria que fazer ele gozar o mais rápido possível, pra acabar tudo logo.
Eu comecei a me mover devagar pra cima e para baixo, cavalgando. No começo senti apenas um leve incômodo, um pouco de dor, acho que os hormônios liberados pelo orgasmo intenso me anestesiaram um pouco. Tentei relaxar, mas não sentia nenhum prazer. Quando começou a ardência e dor. Continuei na esperança de fazer ele gozar logo. Cavalgava mais rápido, mas a cada movimento ficava ainda pior. Me segurei enquanto pude, por pura força de vontade, até que não aguentei.
- Esta doendo muito... não aguento.
Minha voz saiu chorosa. E dizendo isso tirei ele de dentro de mim. Aliviou um pouco mas ainda queimava. Eu queria chorar, queria ficar sozinha, queria tomar um banho. Estava envergonhada e enjoada.
- Calma Alana, isso acontece... deita aqui...
Minha única reação foi obedecer. Eu estava altamente fragilizada e confusa. Me sentia muito brava comigo mesma por ter me colocado nessa situação. Eu deitei de bruços, querendo esconder meu rosto dele. Eu só respirei fundo, achei que tudo acabaria por ali, que ele tinha entendido que eu não queria mais. Senti ele passar lubrificante na minha portinha.
- Vai ajudar com a dor...
O geladinho realmente aliviou um pouco a ardência. Então ele afagou meus cabelos e se deitou em cima de mim, uma perna de cada lado das minhas. Não acreditei. Travei. Sentia seu membro duro me roçando, seu peso em cima de mim. Nunca na vida havia me sentido tão subjugada, tão a mercê da vontade de alguém.
- Você é deliciosa, apertadinha...
E falando isso me penetrou de uma vez. Ardeu e doeu muito. Mordi o lábio para não gritar. Eu queria sair dali, mais seu corpo me pressionava contra a cama, eu não podia me mexer. Estava sem ar, sem reação nenhuma. Ele sussurrou no meu ouvido.
- A dor vai passar... Relaxe...
E eu só queria sair daquela situação, queria que ele fosse embora, mas meu corpo não se mexia. Senti uma lagrima escorrer. E ele começou a se mover. Primeiro bem lentamente. Era muito dolorido e ardia muito. Cada movimento era um suplicio. Eu mordi o travesseiro e pensava que aquilo ia passar, que logo ele iria gozar e que tudo terminaria. Parecia que aquilo não estava acontecendo comigo, que eu assistia a essa cena de fora. Por vários minutos ele ficou assim, dando estocadas lentas, constantes, enquanto eu mordia o travesseiro e as lágrimas de dor escorriam. Me pareceram horas.
E ele começou a se moveram pouco mais rápido e mais forte. Perdi a noção do tempo. Eu estava totalmente entregue a vontade dele. Senti que meu cuzinho foi vencido, desistiu de lutar. Já não doía tanto, mas ainda era muito desagradável. As lágrimas pararam. Pensei comigo mesma que ele estava me usando, e que eu estava permitindo, que a minha falta de reação havia me colocado ali, que esse homem faria tudo que queria, que eu não conseguiria reagir. Eu simplesmente não tinha forças pra lutar contra o domínio dele e teria que aguentar até ele acabar. Mas eu me manteria firme até isso acabar, até ele gozar. Suas estocadas já não eram tão dolorosas, estavam bem mais suportáveis. Pensei, tenho que tomar uma atitude, fazer com que ele termine logo, tenho que excita-lo ainda mais. Empinei de leve a bunda e comecei a gemer baixinho e a rebolar devagarinho, puro teatro. Ele começou a estocar mais rápido e mais forte, tomei isso como um bom sinal. Eu empinei ainda mais a bunda, gemendo mais alto. Ele metia forte e rápido, segurando meus cabelos com uma mão, a outra segurando meu pulso. Eu só sentia o quadril dele batendo forte na minha bunda de forma ritmada. Só me restava empinar bem a bunda, gemer e rebolar. Ele começou a meter bem fundo e muito rápido.
- Eu vou gozaaaaar!!!
Finalmente, eu pensei. Ele deu uma estocada funda e senti seu corpo enrijecer, suas mãos apertaram meu pulso, puxaram meu cabelo. Senti seu pênis pulsar dentro de mim. Ele urrou alto... e desabou em cima de mim. Passou alguns minutos deitado em cima de mim, dentro de mim, sem se mexer. Permaneci quieta, sabendo que ele tinha acabado. Eu sentia seu peso, sua respiração forte, seu suor, seu cheiro. Finalmente ele saiu de cima de mim, se virou de lado e respirou fundo. Sentou na cama e retirou a camisinha. Mexeu no celular, levantou e começou a se vestir.
- Tenho que ir, estou atrasado, minha mulher está me esperando. Você precisa de alguma coisa?
- Não preciso de nada... obrigada.
Ele se vestiu, foi até o espelho, conferiu a roupa. Eu deitada na cama, acabada, mas muito aliviada que ele iria embora. Ele e me pediu para abrir a porta para ele. Levantei, coloquei o salto, eu manteria a dignidade até o fim. Fomos até a porta. Nos despedimos, ele visivelmente sem jeito. Fechei a porta já sentido as lágrimas escorrendo. Me despi, removi toda maquiagem, tomei um banho demorado, me esfreguei toda, me sentia muito suja. Me sequei, vesti uma cueca folgada, shorts e camiseta. Meu quarto cheirava a sexo. No chão, jogada, ainda estava a camisinha cheia. Joguei no lixo. Juntei toda lingerie, sapatos, maquiagem, tudo que fosse de Alana e enfiei fundo no guarda roupa, não queria lidar com aquilo agora. Respirei fundo, e percebi o quanto estava exausta. Deitei na cama desarrumada. Dormi de exaustão, no travesseiro ainda molhado com as minhas lágrimas. Não me lembro de sonhar.