- Oi bebê. Tudo bem com você?
- Oi amor, tudo bem... saudades.
- Vi que não foi a faculdade hoje... aconteceu alguma coisa?
- Não. Resolvi descansar, arrumar a casa. Esta tendo semana de Arquitetura, não tive realmente aula.
- Entendi. Então está tudo bem?
- Sim está. Resolvi manter as unhas compridas, mesmo na faculdade.
- Fico feliz de ver você se aceitando e se assumindo...
- É um processo. Culpa sua...
- Seja você mesma bebê. Te dou todo o apoio.
- Obrigada. Te amo.
- Te amo bebê.
No dia seguinte Acordei um pouquinho mais tarde. Me alonguei, tomei uma ducha. Vesti uma calcinha fio dental preta sem costura, que eu acho muito confortável, uma calça jeans justinha, uma camiseta preta baby look, tênis. Coloquei brincos de argolas pequenas, deixei o cabelo solto, coisa que eu nunca fazia para ir a faculdade. Tomei meu shake, meus comprimidos. Fui pra faculdade, mas antes passei na casa de Renan que era caminho. Me sentia mais segura de chegar com ele. A maioria das pessoas pareceu nem ligar pra mim. Também percebi alguns risinhos, mas não liguei. Rosângela não falou nada, mas elogiou meu cabelo. A manhã passou sem maiores incidentes. Me senti muito mais a vontade sendo eu mesma.
Minha vida entrou numa nova rotina. Faculdade, treinar com Renata, tomar meus hormônios. Todo sábado a tarde Paula vinha cuidar de mim, dar manutenção no meu cabelo, me depilar, fazer minhas unhas. Eu me sentia muito mais solta, mais eu mesma. Alexandre vinha aos sábados, passava a noite comigo, ia embora no domingo. As vezes chegava mais cedo e saíamos para jantar no shopping e ir ao cinema, as vezes íamos um restaurante mais requintado. Adoro sair com ele, agarrada no braço dele, sob a proteção dele. Fazíamos amor, vivíamos em lua de mel quando estávamos juntos. Ele continuou a honrar seus compromissos comigo, me mandava minha mesada e cuidava de mim mesmo a distância. Guardei um bom dinheiro, mesmo comprando muita roupa. Fui ao dentista, deixei meus dentes perfeitos. Agora fazia sessões semanais na fonoaudióloga para treinar melhor minha voz. Quando meu notebook começou a desligar sozinho e eu disse que ia mandar arrumar ele me enviou um novo, muito melhor que o meu. Somente a distância dele durante a semana me doía.
Com um mês de hormônios percebi que estava mais emotiva, e que não tinha mais ereções espontâneas. Minha pele melhorou muito, estava mais macia, mais luminosa. Meu cabelo estava maravilhoso, sedoso, macio. Com três meses minha bunda e coxas estavam maiores, mais arredondados. Sentia meus mamilos formigarem de vez em quando, eles estavam bicudos, e eu começava a ter algum volume nos seios. Logo teria que usar sutiã todo o tempo. Os hormônios e os exercícios estavam começando a fazer sua mágica, e eu estava adorando. Eu estava cada vez mais feminina. Quando completei três meses refiz os exames, recebi uma nova caixa de remédios, mas além dos comprimidos e dos envelopes de creme eu teria que tomar outro comprimido adicional todos os dias. Com quatro meses eu tinha que usar uma faixa pra esconder os seios para ir pra faculdade. Meu pipi estava minúsculo, assim como minhas bolinhas. Minha bunda e coxas estavam realmente ficando grandes e redondas, eu já tinha corpo de mulher. Alexandre adorava ver as mudanças que ocorriam no meu corpo, e descobri que ter meus seios chupados por ele era maravilhoso, me excitava muito.
- Bebê, esteja pronta pra viajar na quinta de tarde, vou te pegar pra passar esse final de semana prolongado comigo.
- Jura? Vou conhecer sua casa?
- Vai conhecer sua futura casa e sua sogra. Já passou da hora.
Fiquei eufórica. Finalmente ele me levaria pra conhecer sua casa em São Paulo. Conhecer minha sogra... as coisas estavam serias mesmo entre a gente. Mandei mensagem para a Paula pra ela me preparar na quarta, meu cabelo precisava de manutenção. Eu quase não tinha mais pelos, e quando apareciam eram bem fininhos. Mas queria fazer as unhas e as sobrancelhas. Teria que ir ao shopping comprar uma mala grande de viagem para poder levar tudo que eu ia precisar.
Na quinta-feira acordei ansiosa. Preparei a mala, o que levou quase a amanhã toda. Tinha que prever tudo que iria precisar. Levei roupas, lingeries, acessórios, sapatos. Levaria a maleta de maquiagem em separado. Coloquei na mala também as coisas que preparei para uma surpresa para Alexandre. Tomei um banho, coloquei o esparadrapo. Vesti um conjunto de calcinha fio dental e sutiã de bojo pretos, um vestido colado de malha cancelada cinza com mangas e que ia até o joelho. Fiz uma maquiagem leve, calcei botinhas de cano curto e salto alto grosso. Só usava a minha aliança e brincos de argolas grandes prateadas.
Alexandre chegou no final da tarde, nos abraçamos e nos beijamos. Ele colocou minhas malas no carro, tranquei a casa e nos colocamos a caminho. Foi uma viagem curta, menos de duas horas até chegarmos em seu prédio, numa das travessas da avenida Paulista. Ele estacionou o carro na garagem, levou minha mala grande enquanto eu levava minha maleta de maquiagens. Eu estava eufórica. Iria conhecer a minha futura residência. O prédio de alto padrão me impressionou. Pegamos o elevador, ele aperta o último botão, da cobertura, um andar só dele. Seu apartamento me fez ficar embasbacada, parecia aqueles apartamentos de novela. Espaçoso, muito bem decorado, lindo. Eu bem que adoraria morar aqui. Tudo muito bonito, fino de bom gosto. Sua sala tinha quatro sofás, varias poltronas, muitos tapetes, quadros. Eu não sabia pra onde olhar.
- Bem vinda! Sinta- se em casa. Vem, vou mostrar onde você pode colocar suas coisas.
Ele me levou por um corredor até o seu quarto, nosso quarto. Era lindo! Tudo muito claro, uma cama imensa me chamou a atenção. Ele me levou até o closet, onde haviam dos dois lados armários embutidos brancos, um de frente para o outro.
- Este lado é seu.
E percebi que só o outro lado estava ocupado, muitas camisas, ternos, sapatos relógios... todas as minhas roupas não encheriam um sexto daquele lado que ele me reservou. Ele me deixou ali, devagar pendurei algumas coisas, coloquei outras numa gaveta. Percebi que o closet dava para um banheiro enorme, com um box grande, banheira de hidromassagem, uma pia dupla, um espelho gigante. Era tudo muito suntuoso.
- Você quer comer alguma coisa?
- Não, estou sem fome... Mas tenho fome de você...
Ele me abraçou, me beijou.
- Tenho uma surpresa pra você. Me espere na sala.
- Tá bom. Não demore.
- Não vou...
Ele me deixou ali, e eu comecei a minha produção. Tinha pensado muito nela. Me despi, completamente, fiz minha higiene intima no banheiro, retirei o esparadrapo. Algumas vezes Alexandre havia me dito que eu não precisava daquilo, e hoje seria o primeiro dia que ele me veria sem ele, mas não completamente a mostra. Peguei minha maleta de maquiagens fui ao banheiro e carreguei na minha maquiagem. Sombra escura, cílios enormes, batom vermelho escuro, blush carregado. Voltei ao closet e vesti meias 7/8 pretas com punho de renda, cinta liga preta de renda, prendi as meias nas ligas. Vesti um sutiã preto de renda, de aro, sem bojo, que emoldurava e deixava totalmente a mostra meus pequenos seios. Calcei minhas botas de cano altíssimo que subiam até depois dos meus joelhos, deixando apenas um palmo das meias aparecendo. Afivelei no meu no meu pescoço uma coleira de couro preto, grossa, com um anel de metal cromado na frente. Nos meus pulsos afivelei dois braceletes no mesmo estilo da coleira. Prendi meu pintinho num cinto de castidade preto, bem pequeno, passei o anel em volta do meu saquinho e fechei com um pequeno cadeado. Puxei e vi que não iria sair. Eu não tinha mais ereção, era somente para mostrar submissão. Me olhei no espelho e adorei o visual submissa total. Prendi na minha coleira o mosquetão da guia, uma corrente fina cromada com uns sessenta centímetros que terminava numa alça de couro preto. Eu estava pronta para impressionar meu homem.
Sai do quarto, caminhei até a sala. Parei na frente dele, pés juntos, toda empinada. Estiquei a alça da guia em sua direção.
- Meu senhor sou sua, faça comigo o que quiser.
Seus olhos brilharam, ele me olhou de cima em baixo, prestando especial atenção na gaiolinha que prendia os resquícios da minha masculinidade. Eu me entregava completamente vulnerável a ele.
Ele se levantou, bem abraçou, me beijou com volúpia.
- Você confia em mim?
- Confio completamente no meu dono.
- Sente-se e espere quietinha aqui.
Eu me sentei sem entender nada. Ele vai em direção ao quarto, e volta depois de alguns minutos, ainda veste o mesmo terno sem gravata, traz na mão o que parece ser um casaco preto.
- Vista isso.
Vejo agora que ele me passou um casaco longo, preto. Sem entender eu visto o casaco que chega aos meus joelhos.
- Pegue sua bolsa e venha comigo.
Eu pego minha bolsa e o sigo. Ele abre a porta, passamos, ele a tranca. Chama o elevador. Será que ele quer me levar para um motel? Não digo nada, só obedeço. Confio completamente nele. Descemos na garagem, entramos no carro. Ele está quieto e pensativo. Ele aperta minha coxa.
- Confie em mim, você vai gostar.
CONTINUA...