UMA HISTÓRIA DE MINHA AVÓ

Um conto erótico de Cláudio Newgromont
Categoria: Lésbicas
Contém 1789 palavras
Data: 02/11/2021 17:02:58
Assuntos: Lésbicas

Minha avó Felismina, que a gente chamava de Vó Mina, sempre foi uma mulher muito além de seu tempo. Desbocada, teimosa, briguenta, não aceitava que lhe pisassem nos calos, nem que lhe pusessem peia na língua – que ela falava mesmo o que lhe desse na telha, a quem estivesse por perto, no lugar em que se encontrasse. Sempre fora assim. Desde novinha. Era o terror da família, religiosa e tradicional, que, para ver se domesticava um pouco a pequena, trataram de enfiá-la num colégio interno, de onde não foi expulsa graças a sua esperteza e inteligência.

Eu sempre fui o neto preferido de Vó Mina, o único que, além de não me escandalizar com seu jeito atrevido, adorava ouvi-la, e ela adorava me contar suas histórias escabrosas de juventude. Escolhi, para contar aqui, a que eu acho mais bacana, a melhor de todas, e também a que está mais viva em minha memória, pelas inúmeras vezes que lhe pedi para ela contar de novo, e outras tantas vezes que ela contava sem eu pedir.

No final dos anos 1930, Vó Mina estava no auge de seus dezoito anos, bonita como poucas, gostosa como nenhuma, ousada como só ela, quando foi flagrada, no final de uma festa no clube, por trás de um muro, dando a buceta a um carinha que ela conhecera naquela noite. Foi um escândalo (aliás, mais um) na família. O pai dela, meu bisavô, bruto que só um burro chucro, quis enchê-la de porrada, e só não fez isso porque minha bisa não deixou. Onde já se viu, ser descabaçada assim, num pé de muro, e por um desconhecido! Puto da vida mesmo, ele ficou quando a filha riu debochadamente e lhe disse que ela não era mais virgem desde os 13 anos. O pai quase teve um troço, e, na semana seguinte, tratou de internar a filha num colégio de freiras, na capital. Severíssimo, endireitava até o satanás, ele dizia.

Pensam que Vó Mina encarou isso como castigo? Nada disso! Era a chance de ouro que ela teve de sair daquele cu de judas, e no qual jurou jamais voltar a botar os pés, senão para tomar posse da herança, quando chegasse o tempo.

Sua chegada no colégio foi precedida por longo discurso de seu pai, recomendando rigor redobrado com aquela menina, que ela parecia que tinha o cão no couro. Fizesse o que fosse preciso, mas botasse aquela doida no bom caminho – ou, quando não, num caminho pelo menos caminhável. Vó Mina se dobrava de rir, quando contava essa conversa do pai com a madre superiora, sem nenhum dos dois imaginarem que ela estava escondida, escutando tudo.

Nos primeiros dias, a marcação fora cerrada. Vó Mina não podia fazer nada, ficar sozinha um minuto, que havia sempre uma irmã carrancuda de olho, e pronta pra entrega-la à madre. Mas, como era preciso ser mais do que antipática para dar conta da minha avó, não demorou que ela percebesse os furos na vigilância e a possibilidade de escapar, de vez em quando, dos olhares atentos das freirinhas.

Mas o diabo é que não havia homem de espécie alguma naquele colégio e sua xoxota já começava a dar sinais de desespero, babando direto, dando fisgadas... E o jeito era se resolver com siriricas, no banho ou debaixo dos lençóis. Às vezes se tocava até durante o terço – não havia os tais mistérios gozosos? Pois bem, ela experimentava esses mistérios na prática, sentada no último banco da capela.

Foi quando ela começou a olhar para o que havia ali, mais próximo de prazer sexual, que poderia acalmar sua coivara: suas colegas eram pitéus deliciosos, algumas mereciam mesmo belas chupadas – embora ela nunca tenha experimentado ficar com outra mulher. Mas, naquela situação, quem não tem cão, caça com gata mesmo. Danado é que eram todas muito fechadas, muito tímidas, e logo viu frustradas algumas sondagens e investidas que fez.

Até que um dia de domingo, à tarde, todas de folga, Vó Mina afastou-se um pouco do prédio central do colégio e enveredou por uma pequena mata que havia por trás. A solidão do mato começava a atiçar seu tesão e ela começou a sentir vontade de gozar. A saia comprida e plissada, a blusa fechada até o pescoço, o galifon lhe apertando os peitos, tudo isso foi lhe acendendo o desejo. Avistou, então, uma espécie de barraco que parecia abandonado, na beira de um pequeno riacho, decerto usado como lugar de troca de roupa para quem fosse tomar banho ali, em tempos passados.

Resolveu ir até lá e se satisfazer. À medida que se aproximava, no entanto, ouviu alguns barulhos estranhos. Ela poderia jurar serem gemidos abafados. Caralho! Será que ali era um lugar de foda escondida, em tardes de domingo? Esgueirou-se até lá e... puta-que-me-pariu! Não é que a madre superiora, com toda aquela empáfia e aquela cara feia, estava sentada sobre uma toalha que forrava o chão, de pernas abertas, na melhor das siriricas que ela já vira?

Porra, como a freira era gostosa! Nem dava para desconfiar que, debaixo daquele hábito escuro e tenebroso, havia um puta corpão de fêmea, de uma mulher madura. Com uma mão, ela apertava os seios alvos, que teimavam em escapar do porta-peito; com a outra, perdida entre os panos da saia, acariciava com cadência a buceta...

Mina, vendo aquela cena, sentiu encharcar completamente a calçola, seu mel descia pela parte interna das coxas, arrepiando-a inteiro. Mas, maldição, quando menos poderia fazer barulho, o acaso se encarrega de produzi-lo: uma pisada num galho seco e parecia o eco das trombetas de Jericó... A freira parou bruscamente seus lúbricos movimentos, fez-se branca e voltou seus olhos aterrados de preocupação para o local do barulho.

Em questão de segundos, minha avó percebeu que precisava ser mais do que rápida, porque do sucesso ou não de sua atitude poderia ficar de boa ou lascada para sempre. A energia do tesão que já circulava em seu corpo a impulsionou violentamente para a frente e ela correu para onde a madre se encontrava, aflita, tentando recompor-se desordenadamente.

Sem dizer palavra, Mina enfiou rapidamente a mão por entre as saias da freira, encontrando a xoxota em lava ardente, e, contabilizando como crédito o efeito surpresa e a momentânea paralização da madre, passou a acariciar aquela buceta, como sempre fizera com a dela própria. Quando a freira, recobrando por segundos, a razão, abriu a boca para gritar, minha avó fechou-a com um beijo como só havia antes beijado homens.

A madre resistiu, inicialmente, mas a insistência da língua ligeira de minha avó na sua boca e o esfregado contínuo e cadenciado de Mina sobre um pinguelinho que ela descobrira no alto da xoxota da mulher, fizeram com que esta fosse aos poucos relaxando, aceitando, correspondendo e finalmente agindo ativamente.

Em pouco tempo as duas estavam de saias arregaçadas, calçolas arriadas, galifons jogados num canto, os seios se esfregando, os corpos em brasa, as bucetas roçando uma na outra, aos gemidos lânguidos de suas donas. Mas quando minha avó se abaixou, meteu a cara no meio das pernas da madre e alcançou sua xoxota com a língua, essa freira parecia possuída por legiões de demônios...

Ela gemia, gania, gritava, urrava, jogava a cabeça para o alto, os cabelos estavam desgrenhados, o véu a quase cair, e ela apertava fortemente a cabeça de minha avó contra seu ventre. Minha avó lambia e sugava aquela gruta negra, lambuzando seu rosto com o intenso líquido que saía dali. Mina não sabia que poderia ser tão delicioso foder com uma mulher.

Em certo momento, o corpo da madre retesou-se todo, ela esticou as pernas e seus grunhidos alcançaram níveis impressionantes. Ela gozava aos berros, pedaços de orações e nomes de santos escapavam de sua boca, em meio àquele barulho... Até que ela se prostrou, como desfalecida, o corpo a dar pinotes involuntários, enquanto minha avó estava a ponto de enlouquecer de tanto tesão.

Quando a madre se recuperou minimamente, e se preparava para uma bronca fenomenal, percebeu diante de si uma fêmea desvairada, completamente fora de si, e com o corpo em chamas. Não teve tempo para articular nada, porque minha avó partiu para cima dela, com a buceta ardendo e derretendo-se e enfiou no rosto da freira. Como antes, o primeiro movimento foi de resistência, mas a insistência desesperada da aluna, e o próprio cheiro delicioso de xoxota novinha derrubaram os últimos tabus, e a madre chupou aquela caverna com uma ânsia tão grande, que em pouco tempo os raios do gozo sacudiam o corpo de Mina, que gemia descontroladamente.

Dois corpos exaustos e arfantes, duas fêmeas gozadas e jogadas uma sobre a outra, no chão daquela cabana abandonada, em pleno domingo à tarde; nenhuma se atreveu a dizer coisa alguma. A inusitada situação era eloquente o bastante para saberem que nada do que dissessem uma à outra, seja esporro da freira, seja lamúrias da jovem, nada adiantaria.

Então, como se fosse combinado, e no mais profundo silêncio, a madre superiora ergueu-se, vestiu-se tão rápido quanto possível, e se preparava para ir embora; enquanto isso, minha avó, ainda sentindo o sangue correndo quente nas veias, também se vestia, evitando olhar para a diretora do colégio. Com surpresa, viu-a se abaixar sobre si e depositar os lábios em sua boca; ela correspondeu ao beijo – que foi bruscamente interrompido pela freira, que se retirou quase correndo.

Minha avó sorriu, avaliando todas as conquistas que representava aquele momento de prazer que vivera. E, de fato, ela passou a ser muito bem tratada no colégio, a ter a vigilância afrouxada, a receber delicados e discretos mimos, e, principalmente, passou a ter uma vida sexual regular com a madre superiora, que lhe ensinou inúmeros jeitos de sentir e de proporcionar prazer...

Cada vez que me contava essa história, sem esconder qualquer detalhe, sem escolher palavras ou evitar palavrões, eu lhe percebia os olhos brilharem. Ela sempre completava a narrativa dizendo que, a despeito dos muitos homens e mulheres com quem fodera na vida, ninguém lhe deixou tão profundas marcas de tesão quanto a madre superiora – era a única que ainda umedecia sua buceta, tantos anos depois, e a cada vez que recontava a história.

Desconfio que a constante repetição desse relato era, na verdade, uma forma de masturbação para ela; seu corpo tremia quando me contava essa história. Será que se eu tivesse vencido minha timidez e avançado para além dos limites familiares de respeito, não teria eu também experimentado algumas vezes o fogo inapagável daquela velhinha? Não sei. Nunca vou saber. Só me resta imaginar como seria, e me sentir de pau duro, todas as vezes que recordo essa história, como agora, que me lembro dela, na visita do dia de finados ao seu túmulo.

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